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ANAIS - VII ENCONTRO NACIONAL DA ANPEGE

[Trabalho 1371 ]
Espacialidades no mundo contemporâneo: desafios teóricos e empíricos
EXCLUSÃO ESPACIAL OU INCLUSÃO DIGITAL: OS NOVOS CAMINHOS DA URBANIZAÇÃO A PARTIR DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (NTIC’S).
ARAMIS CORTES JUNIOR;
UFRJ (IPPUR), RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL;

Resumo

O objetivo central deste trabalho será analisar a nova dinâmica em estágio de implantação na atual estrutura socioespacial capitalista, a qual altera completamente o
seu processo de urbanização. Nesta proposta, aborda-se uma nova forma de urbanização, modificadora da tradicional forma urbana concentrada, típica das cidades
industriais, partindo em sentido ao espraiamento urbano, priorizando uma maior relação com o espaço, aproveitando-o, consumindo-o, transformado em pura
essência de uso em oposição a de troca até então verificada.

Inicia-se a discussão partindo do pressuposto de que há uma nova configuração no processo de crescimento das cidades utilizando uma nova estrutura econômica
para tal. Esta referência se deve ao fato de que, nos dias atuais, não temos mais a percepção da tradicional urbanização ligada ao processo de industrialização,
historicamente ocorrido primeiramente nos países centrais e, posteriormente, notado em países semiperiféricos e periféricos.

Ao contrário, a proposta aqui apresentada, e defendida, é aquela ligada a um novo padrão, desatado do processo de industrialização, justamente este concentrador e
construtor de grandes aglomerações urbanas, tão marcantes no estágio atual. Nossa proposta trata de analisar o processo de urbanização do século XXI às
atividades ligadas aos serviços e ao comércio, ou seja, uma mudança de setor econômico que altera o secundário pelo terciário.

Por isso, tentar-se-á, rapidamente, recordar aspectos desta urbanização que, assim se pensa, está em fase de alteração. O surgimento das cidades, relembrando a
sua origem grega, a polis, a Ágora, formou-se a partir de três características que sempre lhe foram importantes: a centralidade, a simultaneidade e a mobilidade. Na
primeira característica, centralidade, temos a reunião em um local definido, o surgimento das discussões, debates e entendimentos públicos das diretrizes a serem
seguidas pelos cidadãos que ali viviam. Este espaço será o centro das decisões políticas do território, a essência do que conhecemos hoje como cidade.

A segunda característica, a simultaneidade: dos acontecimentos, das percepções, das condições de existência, do público e do privado, das classes sociais, do velho e
do novo, ou seja, a coexistência de todos os processos existentes em uma sociedade ocorre no espaço citadino. Esta simultaneidade é ainda mais difundida no atual

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momento de globalização, com uma maior interação dos fluxos que fazem das grandes cidades os verdadeiros centros de gestão do território global. Para estipular a
terceira característica, entramos no centro do debate deste trabalho que irá se interligar no binômio urbanização-NTIC’s.

O que se discutiu até aqui é o padrão de urbanização existente atualmente. Porém, o que se propõe é a diferenciação da histórica concentração que marca o nosso
processo de urbanização. Busca-se debater o papel das áreas afastadas das metrópoles que estão em constante crescimento populacional e econômico por fatores
opostos aos buscados pela população em geral. Não se trata de uma extensão das metrópoles, da formação de um continuum que terá a simples reprodução das
forças produtivas concentradas na metrópole.

E para tal mudança, haverá um aumento da importância tecnológica que efetiva, ratifica e corrobora a transferência da cidade grande para as médias e pequenas
além dos limites territoriais metropolitanos. A este conjunto de cidades extra-metrópole condiz dar o nome de áreas peri-metropolitanas. Ora, o que então se oferece
neste espaço de resistência ao concentrador metropolitano? Qualidade de vida, em suma, atestada pelo ar puro, pela menor violência, pela diminuição do trânsito e
engarrafamentos, pela educação de qualidade oferecida em algumas destas cidades, pela acessibilidade facilitada e por serviços oferecidos que não deixam os
moradores sem uma parte do encontrado na metrópole.

A mobilidade se tornará facilitada a partir do momento em que o cidadão possa se ausentar fisicamente do seu local de atividade, diminuindo a rigidez do trabalho
semanal presencial, saindo desta redoma enclausurante, oferecendo maior liberdade ao trabalhador para que, dessa forma, possa delimitar um determinado número
de encontros por semana em sua empresa, firma, enfim, trabalho, e, assim, possa estar liberado para se locomover até sua residência que dista entre noventa e
cento e cinqüenta quilômetros da metrópole, sendo facilitado pela acessibilidade oriunda da modernização dos principais eixos rodoviários do estado – como as
rodovias Presidente Dutra, BR 101 e BR 040 – o fazem estar em menos de duas horas – o mesmo tempo que enfrenta-se de engarrafamentos no horário do rush
carioca – em uma das cidades peri-metropolitanas do Rio de Janeiro, tendo todo o conforto de sua antiga residência com a qualidade de vida sempre buscada.

A propósito, estaria havendo um processo de diminuição da importância das metrópoles? Esta polarização histórica terminaria e criaríamos áreas independentes? Há,
desse modo, a valorização de espaços até então usufruídos por uma pequena parcela da população, certamente aquela que pode pagar por tal modo de vida. Além
disso, temos outra questão que muito se estuda nos últimos anos que é a transformação das segundas residências em primeiras a partir desta nova mobilidade do
trabalhador, mudando o seu uso que até então se concentrava em períodos pré-definidos ao longo do ano – como férias e feriados – reunindo em sua habitação a
vida e o trabalho, aumentando os laços familiares e de comunidade, havendo um verdadeiro espaço qualitativo para esta família, abandonando aquele espaço
abstrato, inchado, da cidade grande.

Este fenômeno de alteração dos espaços da cidade não é recente e já teve como mola propulsora outros atores. Lembra-se, com isso, das rodovias e das ferrovias
que possibilitaram a ampliação das áreas a ser ocupada, do transporte de passageiros e de cargas, o que aumentou a comunicação entre os espaços até então
separados pela distância; Do telégrafo que ampliou a possibilidade da comunicação mundial. Entretanto, as NTIC’s diminuem os deslocamentos diários das pessoas
sem diminuir a sua integração com o mundo pois, agora, estou “conectado” de uma maneira diferente, telemática, inovadora.

A metodologia será concretizada com a observação deste processo em Petrópolis, cidade localizada na região serrana do Rio de Janeiro. A construção de condomínios
fechados, de alto padrão, instigou o início das indagações e alimentaram a idéia de que haveria algo novo, inédito, que estaria motivando esta migração. Nessa
análise, contudo, busca-se relacionar nossa proposta com esta migração.

Contudo, na tentativa de buscar maior credibilidade para o trabalho, analisaremos, ainda, algumas outras cidades peri-metropolitanas que terão seus dados
comparados com o objeto Petrópolis a fim da busca de um mais completo entendimento desta nova forma de urbanização em áreas peri-metropolitanas,
confeccionando também uma revisão bibliográfica a cerca dos principais autores que se dedicam ao tema da urbanização e NTIC’s.

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