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Publicado em 2/28/2008
Juan Carlos Ortiz deu início às igrejas em células nos passados anos 1960/70. A ele dá-se o
crédito de ter deslanchado o movimento de apascentamento e discipulado nos EUA, quando
introduziu os seus ensinos de discipulado aos proponentes, mais tarde conhecidos como Fort
Luderdale "Five". Ele declara que cada pessoa precisa estar sob a autoridade de alguém. Sua
primeira lei no discipulado é: "Não existe formação sem submissão" e a segunda: "Não existe
submissão sem submissão" ("Disciple", Juan Carlos Ortiz, ps. 111,113). Ele esclarece isto,
dizendo: "Somente quando estou na linha é que a autoridade pode passar de mim para os
outros... Quem quiser ter o direito de controlar os outros, precisa estar, ele mesmo, sob o
controle de outros" (Ibid, os. 113,114). Ele ressalta uma estrutura, na qual os comandos para o
corpo fluem "do alto, através do meio, para a extremidade inferior" (Ibid, p. 125). Não seria essa
uma errônea analogia da nossa anatomia? Os comandos não fluem da nossa cabeça, através
do pescoço, do coração, do estômago, das pernas e dos pés para movimentar os artelhos.
Existe uma conexão direta entre a cabeça e os artelhos. Não existe hierarquia no corpo. Cada
membro é conectado, através do sistema nervoso, à "cabeça". Eis aqui a exata diferença entre
a Antiga e a Nova Aliança. A Antiga era exterior, organizacional e hierárquica, enquanto a Nova
é orgânica, embasada no relacionamento de cada um de nós com Deus.
Outra doutrina fundamental de Juan Carlos Ortiz é o ofício de "apóstolos", na igreja moderna.
"O Novo Testamento não fala constantemente da doutrina de Jesus, mas da doutrina dos
apóstolos. Eles eram infalíveis." Esta pode ser uma doutrina católica e tenho dúvidas de que os
apóstolos iriam concordar com a mesma. Lembre-se deste conceito, quando chegarmos ao
capítulo 10, sobre "Apóstolos, Profetas e Submissão". Ele conclui com a idéia de "uma igreja,
uma cidade", na qual todos os pastores da cidade são co-pastores de uma igreja (Ibid, os.
128,129). É a tentativa de manter os cristãos de uma cidade sob o comando de um grupo de
"super-anciãos", consistindo de apóstolos auto-nomeados sobre os pastores e o laicato dessa
cidade. A base do Movimento da Igreja em Células é uma interpretação não bíblica da
submissão, na qual cada pessoa deve estar sob ou sobre o comando de outra. Discutiremos
isso com mais profundidade no próximo capítulo. Ora, o pastor hispânico, atualmente, na
Catedral de Cristal de Robert Schüller, trabalhando de mãos dadas com este, é Juan Carlos
Ortiz. Para quem é iniciante e achar que Schüller é apenas um apóstata, vejamos: "O falso
ensino de Schüller é um assunto extremamente sério, à luz de sua ampla influência. Ele é o
mais popular em sua difusão pela TV na América. Seus livros são vendidos aos milhões. Ele
aparece ao lado de presidentes. O seu 'Cristianismo da auto-estima' tem sido adotado por
multidões. Elas acham que são cristãs e freqüentam igrejas; porém, na realidade, adoram um
falso cristo e seguem um falso evangelho. Roberto Schüller e o seu mentor, o falecido Norman
Vincent Peale, são dois entre os mais danosos promotores do erro".
(http://rapidnet.com/~jbeard/bdm/expose/schuller/). Acesse este website, para ler uma
exposição mais completa do assunto supra.
Cho declara: "Nossa Igreja tornou-se um organismo vivo, no qual as células são vivas,
funcionando identicamente às células do corpo humano. Em um organismo vivo as células
crescem e se dividem. Onde antes existiu uma célula, agora existem duas. Depois haverá
quatro, oito, dezesseis e assim por diante. Elas são simplesmente acrescentadas ao corpo
numa progressão geométrica". ("Successful Home Cell Groups", David Yong Cho, p. 65).
A Igreja de Cho não é uma rede de igrejas domésticas, porém uma igreja dividida em células,
com uma rígida liderança hierárquica e compulsórios serviços semanais. Ela se encaixa mais
no modelo da Meta-Igreja de Rick Warren, a Igreja de Saddleback.
Uma estrutura em pirâmide - Controle e mais controle
Conforme veremos, as igrejas em células são todas elas estruturas piramidais, onde os líderes
aprendizes são cuidadosamente reinados e monitorados apenas sob a liderança de outro líder
e do "staff" da igreja. Embora afirmem seguir os métodos do "Novo Testamento", elas são mais
rígidas e autoritárias do que as estruturas tradicionais que temos hoje. O famoso consultor de
"Crescimento da Igreja" Carl F. George, descreve os sistemas "Jetro I e Jetro II", cujos nomes
derivam do sistema instituído por Moisés com os "juízes da lei". Ele começa com o indivíduo,
seguido pelos líderes aprendizes, o líder do grupo de células, o líder de dez, o líder de cinco
grupos de dez, o líder de 100 e o de 500. A falha neste caso é que a forma organizacional do
Antigo Testamento, incluindo o Templo e o sacerdócio, foram descartados pela Nova Aliança.
[Nota da Tradutora: Todo criador de novidades no Cristianismo atual tende a se embasar no
Antigo Testamento e no Gnosticismo, pois o NT não dá margem a esses engodos].
Os pastores desenvolvem uma hierarquia clerical e líderes leigos, numa organização que pode
ser desenhada num mapa chamado "Meta-Mapa". "O hábil uso do 'Meta-Mapa' permite que o
"staff" e os escritórios entendam como são configuradas as suas igrejas, de modo a que
possam movimentar fatores críticos importantes, como, por exemplo, onde se encontram os
líderes e líderes em potencial, as novas pessoas, como os visitantes estão sendo tratados e
onde os membros antigos são aparentados com os membros mais novos. Um 'Meta-Mapa'
possibilita que os líderes vejam o que acontece depois que cada pessoa se reuniu em
adoração corporativa: aonde elas vão? Qual a tarefa que estão levando com elas? Qual o
estágio de vida que estão ocupando? ... Cada símbolo visual no 'Meta-Mapa' representa um
líder a ser supervisionado, um sítio de treinamento para a produção de um aprendiz..." (Carl F.
George - "The Coming Church Revolution", p. 246). Longe de serem liberalmente organizados
e estarem sob a direção do Espírito Santo, os grupos de células são fortemente controlados
dentro da hierarquia da igreja.
Seus proponentes sentem que "a igreja embasada no programa tradicional não pode conter o
futuro reavivamento" (Larry Stocksill - "The Cell Church", p. 17). As linhas seguintes descrevem
uma reunião ideal de células:
"Às vezes, no estabelecimento de um lar, cada pessoa se move numa área de vida,
começando com um 'quebrador o gelo', como, naturalmente, em qualquer outro tópico de
conversa. O líder do grupo coloca uma simples pergunta (escrita em cada lição), à qual cada
pessoa deve dar uma resposta rápida ou engraçada. Um "quebrador de gelo" é indispensável,
pois ele promove a comunidade de grupo e ainda abre uma possibilidade dos membros
compartilharem. O próximo componente é uma discussão de quatro perguntas embasadas
numa passagem da Escritura. Nossos grupos geralmente discutem o tópico do sermão do
domingo passado... A lição termina com uma 'aplicação'... Após a lição, o grupo focaliza mais
uma vez a oração e a 'visão'" (Ibid, ps. 135,136). Esta é dificilmente uma explanação de uma
espontânea "igreja primitiva", onde cada pessoa seguia a direção do Espírito Santo.
Compartilhar, segundo esse relato, o sermão do domingo passado? E onde fica o Espírito
Santo nessa história?
Infelizmente, porém, o contrário é que é verdade, pois, conforme veremos, o sistema da igreja
em células se destina a reforçar a mais estrita obediência à nova ordem do governo
apostólico, assegurando que essa obediência seja difundida pelos comandos locais e,
eventualmente, pelo mundo inteiro (ênfase do autor).
"Deus está transacionando o seu povo. É tempo de se preparar... tempo de mudança. Ele está
colocando a Igreja em seu devido lugar e compreensão, através dos quais ela possa cumprir o
seu propósito na terra... Ele está querendo que a Igreja encha a terra com a Sua glória, a fim
de que ela seja subjugada, para Ele ter domínio sobre a mesma. Ele está querendo que ela
cumpra os seus propósitos no Cosmo. Ele quer que ela triunfe sobre os principados e
potestades... Um movimento espiritual paradigma já se encontra em movimento, numa porção
de frentes e de várias maneiras... Uma redefinição das compreensões geralmente mantidas e
de conceitos familiares. Nesse sentido temos entendido que os aspectos de Sua vontade não
têm sido suficientes para deslanchar a colheita final e expressar a Sua vontade, assim na terra,
como no céu... Em vez disso, temos visto igrejas em termos de moldes denominacionais...
Todas essas definições serão redefinidas - pois são delimitadoras e seccionais. Existe apenas
uma igreja na terra - a de Jesus Cristo.
Falamos agora das Igrejas em Células, igrejas jovens, igrejas das crianças, igrejas domésticas.
Precisamos permitir outra expressão de igrejas nos locais de trabalho, nas instituições e em
comunidades, onde não seja apropriado existir um modelo denominacional... Elas devem ser
também definidas em termos relacionados às necessidades... Serão redefinidas no emprego.
O negócio modelará a igreja para os seus empregados e clientes. As pessoas que trabalham
em diversão e nas artes deveriam compor a sua igreja conforme os seus próprios termos e
premissas.
Os pastores não mais verão o seu ministério simplesmente em termos de apascentar um grupo
específico de psoas chamado congregação. Eles serão convocados a cooperar através das
nascentes e das fronteiras, de modo a serem pastores de cidades. Desse modo eles
começarão a ter responsabilidade diante de Deus pela sua cidade e todas as suas expressões
de vida. Eles vão pastorear o governo local, a polícia, os serviços de educação. Vão pastorear
as áreas da cidade ainda não atingidas, procurando expressar, ali, a igreja de uma nova
maneira.
A batalha cósmica pelo controle do mundo se aproxima. Não devemos ver isso apenas em
termos humanos, nesta área da globalização - mas também em termos cósmicos... A igreja
precisa aprender a combater os poderes cósmicos das trevas - em unidade de coração, mente,
vontade e propósito, em completa harmonia com os propósitos divinos... É tempo da igreja,
como entidade corporativa, descobrir como operar em uníssono" (Brian Mills, Outubro 2000).
Pensamento de Grupo
Quem desejar pesquisar detalhadamente os vários livros escritos sobre o assunto, poderá
descobrir que o objetivo do Movimento da Igreja em Células é obstruir o pensamento dos
indivíduos e levá-los a confiar no grupo - "pensamento de grupo". Vamos falar sobre o controle
da mente e o engodo. O grupo de células é inteiramente controlado e coreografado através da
construção de processos de consenso e de resolução de conflitos. Conforme diz Berit Kjos em
sua obra "Brave New Schools", na qual ela fala do processo dialético que envolve os
estudantes (o qual poderíamos substituir por membros de células): "Nada existe de
inerentemente errado com uma livre troca de fatos e idéias. As discussões organizadas até
podem ser boas, neutras ou manipuladas, dependendo do propósito, direção e controle.
Porém, quando os professores (líderes de células) promovem as discussões em grupos
embasadas em informações próprias, na direção de um consenso antecipadamente planejado,
ou a conclusões que conflitam com valores prioritários, estão manipulando os estudantes
(membros de células) (p. 70).
"O que os líderes das igrejas em células desejam é o experimental conhecimento de Deus,
uma intimidade espiritual, sinais miraculosos, grupos entrelaçados, mãos levantadas, canções
e danças, diversão e emoção. O estudo, ensino e pregação da Palavra são deixados de lado, e
em alguns casos abandonados, sendo a maior ênfase colocada em satisfazer as necessidades
sentidas pelas pessoas, relacionando umas com as outras e "compartilhando" atividades
sociais, psicologia, aconselhamento, e usando-se recursos espirituais para efetuar mudanças
nas pessoas que freqüentam, ou sobre as que estão sendo trazidas ao grupo. Desenvolver a
vida comunitária é considerado muito mais importante do que estabelecer a verdade objetiva
no coração do indivíduo" (Ibid, Tracia Tillin, parte 7).
Análise
Existe algo sutilmente atraente sobre o movimento da "igreja em células", pois ele parece estar
nos conduzindo de volta aos singelos encontros domésticos da igreja primitiva. Contudo, o
clero ainda existe, mas para o propósito de treinamento, supervisão e desenvolvimento das
células - elogiável, se fosse apenas isso que ali houvesse. Eles usam o exemplo da China e
dizem que se a igreja institucional fosse fechada, suas células continuariam... e até pode ser.
Confio em que você vai pedir que o Senhor lhe dê uma revelação, à medida em que você for
lendo estas simples palavras de Efésios 3:14-21:
"Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do
qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo as riquezas da
sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem
interior; para que Cristo habite pela fé nos vossos corações; a fim de, estando
arraigados e fundados em amor, poderdes perfeitamente compreender, com todos os
santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o
amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a
plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais
abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós
opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o
sempre. Amém".
Isso agora pode parecer fantasioso e nada prático, uma vez que dificilmente você pode
conseguir alguém envolvido nestes dias. Além disso, a média dos cristãos "freqüentadores da
igreja", não tem muita experiência verdadeira com Cristo, na base do dia a dia. Eles não têm
muito o que compartilhar ou dizer, porque estão por demais ocupados com seus empregos,
servindo os seus patrões e se colocando diante da TV, à noite, simplesmente para vegetar,
enquanto chega a hora de irem para a cama, e acordam na manhã seguinte,para repetir todo o
processo, novamente. Se você diz que é para isso que levantamos pastores, então é porque
está atado a uma vida de imaturidade, engano e morte. Jamais terá maturidade em Cristo, nem
conseguirá sólidos relacionamentos com outros cristãos, para suportar este tempo mau.
Os grupos da igreja em células são muito semelhantes, historicamente, às células usadas nas
sociedades comunistas e servem para reeducar as massas. Seu propósito é controlar e fazer
lavagem cerebral. Eles o conectam a relacionamentos que, no final, comprovam ser mais fortes
do que a verdade. No último capitulo nós frisamos que Rick Warren disse que,
estatisticamente, se as pessoas têm pelo menos sete amigos, a igreja poderá segurá-las.
Contudo, existe uma grande divisão a caminho. Ao falar dos tempos finais, Jesus disse em
Lucas 21:16-17: "E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos
sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis
odiados por causa do meu nome". Você deve amar a verdade mais do que
quaisquer relacionamentos:
"Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e
irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo" (Lucas 14:26).
Existe alguma verdade no que os defensores da igreja em células dizem. Precisamos de outros
cristãos. Não podemos resistir sozinhos; então peça que o Senhor o conduza àqueles que
pensam do mesmo modo como você pensa. Como veremos no próximo capítulo, Jesus fala
sobre nós sermos a videira, não uma árvore. Cada cristão está diretamente conectado à
Videira. Os artelhos recebem ordens da cabeça, não do pé. Não existe hierarquia de
autoridade sob a Nova Aliança. Cada membro do corpo precisa funcionar. Não são ofícios
eletivos nem posições, mas funções de vida. Nenhum membro é maior nem melhor que o
outro. Não estão conectados por pertencerem à mesma organização, mas por compartilharem
uma vida comum e essa vida deve ser expressa de CADA membro para o outro.
Ao contrário das discussões guiadas pelos líderes do "grupo da célula", deveríamos aprender a
seguir a liderança do Espírito Santo. Deveríamos olhar firmemente para Jesus, para Quem Ele
é e o que está fazendo em nossas vidas. Pelo que você precisa agradecer? Em outras
palavras, quais as experiências reais, atuais e novas que tem no seu relacionamento pessoal
com Jesus Cristo? Se você não tem experiência alguma, seria melhor voltar ao comitê. O que
será do Seu corpo, se as pessoas não estiverem compartilhando o que Ele tem feito em suas
vidas, visto como Ele está vivo em seus santos? Seria preferível escutar o que o Senhor fez
esta semana, na vida de dez "donas de casa" e como o Senhor está tratando com elas, do que
escutar um eloqüente pastor treinado num Seminário. Deus está (ou deveria estar) tratando
conosco, todo dia. Mas se Ele não for ativo em sua vida, é melhor que você corra a entreter-se
em adoração, em algum grupo ou com algum pastor. Vá lá, sente-se e cole os ouvidos, junto
com as massas, enquanto é alimentado com leite e mediocridade provindos do púlpito. Quando
você começa a escutar a voz dEle, permitindo que Ele se revele e trate com você, então vai ter
muito o que compartilhar numa reunião com outros cristãos, os quais também tenham idênticas
experiências.
A verdadeira "vida da igreja" depende da união das várias partes vivas do corpo. Se cada
membro foi "vivificado", experimentando o Senhor cada dia, algo maravilhoso acontece,
quando os cristãos se reúnem. Quando, porém, o cristão está "morto", ele só pode mesmo
esquentar um banco na igreja ou em outro lugar. Não se trata de encontrar um momento certo
para se encontrar. Nem como isso é feito. Não se trata de ter-se "preparado para um
ajuntamento", não se trata de forma ou método... Trata-se da vida em Cristo. Você está
espiritualmente vivo ou morto? A igreja está repleta de cadáveres espirituais e de bons atores.
Quando temos um vibrante relacionamento com o Senhor, temos muito para compartilhar e nos
edificar mutuamente. Quando não temos um novo relacionamento com Ele, sentimo-nos
culpados e vazios, criticando os outros e nos aborrecendo. E quando não recebemos o
alimento e os cuidados desejados, logo ficamos zangados. Não existe um projétil mágico,
nenhum sistema ou organização, nem forma de reunião. A legítima "vida da igreja" deve ser
espontânea e liderada pelo Espírito - não organizada num programa escrito para se seguir uma
forma ou modelo de adoração.
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;
falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao
Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome
de nosso Senhor Jesus Cristo"
Os primeiros cristãos podem ter sido perseguidos, mas cantavam, compartilhavam e davam
graças. Precisamos gastar menos tempo falando do que aprendemos com os outros, fofocando
e nos queixando, e mais tempo dando graças e olhando à frente, para o Senhor e para o que
Ele está realizando agora em nossas vidas. Então, nossas reuniões serão ricas e significativas.
Os versos acima nos ordenam a nos submetermos uns aos outros, não em termos de
hierarquia ou de posição. A Bíblia fala de atitude, espírito e respeito mútuo e das necessidades
de todos os membros do corpo. Paulo fala da Igreja, nos seguintes termos, em Romanos 12:3-
8:
"Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si
mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé
que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros,
e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos
um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo
que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela
segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação
ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com
liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria".
Ele não fala de opiniões nem de posições, mas de funções. Somos membros do mesmo corpo,
mas com diferentes funções e para que haja um corpo saudável cada membro deveria ter a
sua função. Você não precisa ingressar numa Escola Bíblica ou num Seminário. Não
deveríamos pensar tanto em nós mesmos, porém reconhecer a medida de cada membro. Cada
um deve funcionar conforme os seus dons e com a vida que Deus lhe deu. Não existe
hierarquia, apenas funções diferentes. Nenhum membro é mais importante do que o outro e
ninguém deve "governar" sobre os outros.
Tudo isso é apenas um eco distante das igrejas em células. Em seguida, vamos passar ao
estreitamente controlado Movimento dos Apóstolos e Profetas [capítulo 10], onde veremos
como tudo está inteiramente conectado.