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Descrição
Para Heller et al. (2004), comer quando esta com fome provavelmente
não engradara pois já estávamos privados de alimentos e portanto tão logo
ingerido o alimento, nosso corpo trata ou de utilizar toda a energia absorvida,
mas por outro lado se ingerirmos alimentos quando estamos com problemas ou
somente passar o tempo, iremos consumir alimentos calóricos, guloseimas, e
tendemos a sentir culpa ao fazer isso, nessa ultima situação, não precisávamos
da energia desses alimentos calóricos e engordurados. Em casa cabe aos pais
o estabelecimento de regras relativas à alimentação, desde as mais básicas,
como horários para as refeições, desde muito cedo, a criança pode aprender
que se faz em media quatro refeições diárias, e que elas devem ser feitas
sempre nos mesmos horários, não oferecendo comida constantemente auxilia
a criança neste processo discriminativo. Alem da questão do horário, o local
onde as refeições serão feitas é importante, o estabelecimento que se coma na
mesa é função dos pais, algumas famílias permitem que suas crianças comam
assistindo televisão ou em frente ao computador , este tipo de padrão dificulta
que a qualidade e a quantidade de alimentos seja percebida alem de impedir
que horários fixos para as refeições sejam estabelecidos. Normalmente ao
comer vendo televisão come-se mais, optando pelas guloseimas e abre-se a
porta para a obesidade. Comer com outras pessoas é muito gratificante para a
criança, pois a alimentação tem também um papel social, as crianças que
comem em creches tendem a comer uma dieta mais diversificada, pois imitam
os seus pares, quando em companhia de adultos é bastante freqüente que a
criança diga que não gosta de um alimento sem sequer ter provado, na creche
isto geralmente não ocorre pois a criança imita os colegas.
Heller et al. (2004), antes mesmo de a criança falar, quase todo o
controle alimentar esta nas mãos dos pais, entretanto à medida que a criança
aprende a falar, ela começa a impor suas vontades e inicia o tempo de
negociações, esta fase, por um lado é positiva na medida em que permite que
se saiba quando a criança tem fome e quando esta saciada. Porem, como não
comemos apenas porque temos fome, tampouco apenas alimentos saudáveis,
muitas vezes esta fase torna-se uma verdadeira guerra na qual os pais tentam
impor consumo de certos alimentos e a criança se rebela, não se pode deixar
toda a decisão por conta da criança, pois ela provavelmente não terá uma dieta
equilibrada, é preciso que se respeite a quantidade que ela quer consumir, pois
cabe à criança ser capaz de discriminar sua fome identificando quando esta
saciada. É importante deixar que a criança de cinco anos se sirva, pois ela
passa a discriminar a quantidade de alimento que necessita. As diferenças
entre os pais no controle da alimentação têm um importante papel no
desenvolvimento das preferências, da seleção de alimentos alem da regulação
da quantidade ingerida. As crianças pequenas são capazes de autoregular sua
ingestão, entretanto isto pode ser prejudicado pelo controle inadequado dos
pais, os pais controladores tendem a impedir que a criança autoregule o
consumo de alimento, dificultando assim o estabelecimento de autocontrole do
comportamento alimentar e essa incapacidade pode ter complicações serias no
futuro servindo de gatilho pra a obesidade.
Bandura (1969) citado por Heller et al. (2004) dizia que a criança imita o
comportamento das pessoas que tem prestigio para ela, isso é chamado de
aprendizagem por modelação ou imitação de modelo. Pais, familiares e
educadores são os principais modelos na infância, e daí sua profunda
responsabilidade no desenvolvimento infantil, famílias que tem uma dieta
equilibrada ensinam este padrão de comportamento alimentar para suas
crianças e fazem com que a relação com o alimento seja adequada. Já nas
famílias em que ocorre superalimentação tende-se a fomentar e a incentivar a
alimentação desequilibrada (ingestão excessiva de doce e pouca de verdura),
nestes casos, a relação com a comida apresenta-se de maneira bastante
desadaptativa, a comida serve a diferentes fins e é associada a diferentes
situações como solidão, quando os pais viajam ou saem e quando voltam
trazem doces para a criança; dor, quando a criança se machuca e grã água
com açúcar e doces para se acalmar ou para se alegrar; socialização, faz muita
comida para as visitas e não se aceita que elas não consumam, ensina-se que
é falta de educação deixar comida no prato e não comer o que for oferecido,
mesmo que não se tenha vontade ou que não goste.
Aspectos emocionais da Obesidade Infantil
Conclusão