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21 DE SETEMBRO

25. SÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA


Festa

– Correspondência de São Mateus à chamada do Senhor. A nossa correspondência.

– A alegria da vocação.

– Uma vocação essencialmente apostólica.

São Mateus, Apóstolo e Evangelista, nasceu em Cafarnaum, e quando


Jesus o chamou para fazer parte do grupo dos Doze, exercia o ofício de
cobrador de impostos. A Tradição é unânime em reconhecê-lo como o autor
do primeiro Evangelho, escrito em arameu e traduzido pouco depois para o
grego. Segundo a Tradição, pregou e sofreu o martírio no Oriente,
provavelmente na Pérsia.

I. SÃO MARCOS, SÃO LUCAS e o próprio São Mateus narram a


vocação deste Apóstolo imediatamente após o relato da cura do
paralítico de Cafarnaum. Provavelmente no mesmo dia ou no dia
seguinte, Jesus dirigiu-se às margens do lago seguido por uma
grande multidão1. E no caminho passou pelo lugar onde se
pagavam os tributos pela circulação de mercadorias de uma
região para outra. Cafarnaum, além de um pequeno porto de
mar, era uma cidade fronteiriça da região da Pereia, situada do
outro lado do Jordão.

Mateus, como publicano, estava ao serviço de Herodes e, sem


ser funcionário, era arrendatário de impostos. Esse ofício era
mal visto e mesmo desprezado pelo povo, embora também fosse
muito cobiçado porque permitia enriquecer-se em pouco tempo.
Mateus devia ter uma boa posição, pois pôde oferecer um
grande banquete em sua casa, de que participou grande número
de publicanos e outros, que estavam sentados à mesa com
eles2.

Passando Jesus, convidou-o a segui-lo. E ele, levantando-se,


seguiu-o3. Foi uma resposta rápida e generosa. Mateus, que
certamente conhecia o Mestre de outras ocasiões, devia estar à
espera desse grande momento, pois não duvidou à primeira
insinuação em deixar todas as coisas para seguir Jesus. Só
Deus sabe o que viu em Mateus naquele dia, e só o Apóstolo
sabe o que viu em Jesus para deixar imediatamente a mesa dos
impostos e segui-lo. “Ao manifestar uma decisão pronta e ao
desprender-se tão subitamente de todas as coisas da vida,
Mateus testemunhava muito bem, pela sua perfeita obediência,
que o Senhor o tinha chamado no momento oportuno”4.

O instante e a situação em que o Senhor se insinua numa


alma e lhe pede uma entrega sem reservas são os que Deus
previu na sua Providência, e são portanto os mais oportunos.
Umas vezes, será em tenra idade e, para essa pessoa, esse será
o melhor momento para seguir a chamada do Senhor. Outras,
Cristo chama na maturidade e nas circunstâncias mais diversas,
de família, trabalho, saúde, etc. Com a vocação, Deus concede a
graça necessária para se responder prontamente e para
sempre. Além disso, pode acontecer que, quando se diz não ao
Senhor, na esperança de dizer-lhe sim mais adiante, num tempo
que subjectivamente pareça mais oportuno, esse momento não
se apresente, porque toda a resistência à graça endurece o
coração5. Também é possível que o Senhor não passe uma
segunda vez: que a chamada amorosa não volte a repetir-se.
Isto levava Santo Agostinho a animar todos os fiéis a
corresponderem à graça quando Deus a dá; e acrescentava:
Timeo Iesum praetereuntem et non redeuntem, temo que Jesus
passe e não volte6.

O Mestre fixa o seu olhar em todos nós, seja qual for a nossa
idade e condição. Sabemos bem que Jesus passa perto da
nossa vida, que nos olha e se dirige a cada um de nós de
maneira singular. Convida-nos a segui-lo mais de perto e ao
mesmo tempo – na maior parte dos casos – deixa-nos onde nos
encontrávamos: no meio da sociedade, do trabalho, da família...
“Pensa no que diz o Espírito Santo, e enche-te de pasmo e
agradecimento: «Elegit nos ante mundi constitutionem» –
escolheu-nos antes de criar o mundo –, «ut essemus sancti in
conspectu eius!» – para que sejamos santos na sua presença.

“Ser santo não é fácil, mas também não é difícil. Ser santo é
ser bom cristão: parecer-se com Cristo. – Aquele que mais se
parece com Cristo, esse é mais cristão, mais de Cristo, mais
santo.

“– E que meios temos? – Os mesmos dos primeiros fiéis, que


viram Jesus ou o entreviram através dos relatos dos Apóstolos
ou dos Evangelistas”7.

II. PARA CELEBRAR e agradecer a sua vocação, São Mateus


deu um grande banquete, ao qual convidou os seus amigos,
muitos dos quais eram tidos por pecadores. Esse gesto reflecte
a alegria do novo Apóstolo pela sua vocação, que é um grande
bem e que deve alegrar-nos sempre.

Se reparamos apenas na renúncia que todo o convite de Deus


para segui-lo com passo mais firme traz consigo, se nos
detemos apenas no que é preciso deixar e não no dom de Deus,
no bem que Ele vai realizar em nós e através de nós, pode
acometer-nos a tristeza do jovem rico, que não quis deixar as
suas riquezas e se retirou triste8; pensou apenas nas coisas que
deixava, e não chegou a conhecer a maravilha de estar com
Cristo e de ser instrumento para coisas grandes. “Talvez ontem
fosses uma dessas pessoas amarguradas nos seus sonhos,
decepcionadas nas suas ambições humanas. Hoje, desde que
Ele se meteu na tua vida – obrigado, meu Deus! –, ris e cantas, e
levas o sorriso, o Amor e a felicidade aonde quer que vás”9.

A vida de quem foi chamado por Cristo – e todos nós o fomos –


não pode ser como a daquele personagem que Jesus menciona
quando já parece ter concluído a parábola do filho pródigo: o
irmão mais velho que permaneceu na casa paterna, que foi um
bom trabalhador, que não saiu dos limites da fazenda, que foi
fiel..., mas sem alegria, sem caridade para com o irmão que por
fim acabava de voltar. É a imagem viva do justo que não
consegue compreender que a possibilidade de servir a Deus e
gozar da sua amizade e presença é já uma contínua festa. Não
entende que a recompensa já se encontra no próprio serviço a
Deus, que servir é reinar. Deus espera de nós um serviço alegre,
não de má vontade nem forçado, porque Deus ama aquele que
dá com alegria10. Quando servimos o Senhor, quando dizemos
sim às suas chamadas, sempre temos suficientes motivos de
festa, de acção de graças, de alegria.

São Mateus converteu-se numa testemunha excepcional da


vida e dos actos do Mestre. Um pouco mais tarde, seria
escolhido como um dos Doze que seguiriam o Senhor em todos
os seus passos: escutou as suas palavras, contemplou os seus
milagres, esteve entre os íntimos que celebraram a Última Ceia,
assistiu à instituição da Eucaristia, ouviu o testamento do
Senhor centrado no preceito do Amor e acompanhou Cristo no
Horto das Oliveiras, onde começaria, com os outros discípulos,
um calvário de angústia, especialmente por ter também
abandonado Jesus. Depois, muito poucos dias depois, saboreou
a alegria da Ressurreição e, antes de Ascensão, recebeu o
mandato de levar a Boa Nova até os confins da terra. Mais tarde,
também com os discípulos e a Santíssima Virgem, recebeu o
fogo do Espírito Santo no dia de Pentecostes.

Ao escrever o seu Evangelho, reviveu sem dúvida todos os


gratos momentos passados ao lado do Mestre. Compreendeu
que a sua vida tinha valido a pena. Que diferença se tivesse
ficado naquela manhã agarrado ao telônio dos impostos e não
tivesse seguido Jesus que passava! A nossa vida, bem o
sabemos, só vale a pena se a vivermos junto de Cristo, com uma
correspondência cada vez mais fiel..., se soubermos responder
a cada apelo de Jesus com sim pronto e alegre.

III. AO BANQUETE oferecido por Mateus assistiram os seus


amigos e muitos conhecidos. Alguns eram publicanos. Os
fariseus e escribas murmuravam entre si e diziam aos discípulos
de Jesus: Por que comeis e bebeis com os publicanos e
pecadores?11 São Jerónimo, numa nota à margem do texto e em
tom jocoso, anota que aquilo deve ter sido um festim de
pecadores.

O Mestre assistiu ao banquete em casa do novo discípulo. E


deve tê-lo feito de bom grado, com gosto, aproveitando aquela
oportunidade para conquistar a simpatia dos amigos de Mateus.
E aos comentários mal-intencionados dos fariseus, respondeu-
lhes com um ensinamento cheio de sabedoria e simplicidade:
Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os
enfermos12.

Muitos dos assistentes ao banquete sentiram-se acolhidos


pelo Senhor, e é provável que, decorrido algum tempo, tivessem
recebido o baptismo e passado a ser cristãos fiéis. O Senhor
ensina-nos com o seu exemplo a estar abertos a todos para
ganhar a todos. “O diálogo de salvação não ficou condicionado
pelos méritos daqueles a quem se dirigia, nem pelos resultados
favoráveis ou contrários: Os sãos não têm necessidade de
médico, mas sim os enfermos... O diálogo de salvação abriu-se,
é oferecido a todos; abriu-se para todos os homens sem
discriminação alguma...”13

Ninguém pode ser-nos indiferente; quanto maior a


necessidade, maior deve ser o nosso empenho apostólico,
maiores os meios sobrenaturais e humanos que temos de
empregar. Vejamos agora na nossa oração se mantemos um
trato acolhedor com todas as pessoas, mesmo com aquelas que
parecem estar mais longe das nossas ideias e do nosso modo
cristão de pensar e de ver a vida.

“Tens razão. – Do alto do cume – escreves-me –, em tudo o que


se divisa (e é um raio de muitos quilómetros), não se enxerga
uma única planície; por detrás de cada montanha, outra ainda.
Se em algum lugar a paisagem parece suavizar-se, mal se
levanta o nevoeiro, aparece uma serra que estava oculta.

“É assim mesmo, assim tem que ser o horizonte do teu


apostolado; é preciso atravessar o mundo. – Mas não há
caminhos feitos para vós... Tereis que fazê-los, através das
montanhas, à força das vossas passadas”14.

Agradeçamos hoje ao Apóstolo o Evangelho que nos legou. E


peçamos-lhe, por intercessão da Virgem Maria, que saibamos
também ir em busca dos nossos antigos amigos – e procurar
sempre outros novos – para que conheçam o Mestre e se sentem
à mesa com Ele. Que o Senhor nos torne audazes e nos dê
espírito de conquista.

(1) Mc 2, 13; (2) Lc 5, 29; (3) Mt 9, 9; (4) São João Crisóstomo, Homilias sobre
o Evangelho de São Mateus, 30, 1; (5) cfr. Federico Suárez, A Virgem Nossa
Senhora, Prumo, Lisboa, 1983, pág. 64; (6) Sagrada Escritura, Santos
Evangelhos, Braga, nota a Lc 18, 35-43; (7) Josemaría Escrivá, Forja, n. 10; (8)
cfr. Lc 18, 18; (9) Josemaría Escrivá, Sulco, n. 81; (10) 2 Cor 9, 7; (11) Lc 5, 30;
(12) Mt 9, 12; (13) Paulo VI, Enc. Ecclesiam suam, 6-VIII-1964; (14) Josemaría
Escrivá, Caminho, n. 928.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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