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Programa de ensino à distância e de e-learning em promoção da saúde na União Europeia ENSP- EUMAHP
http://www.ensp.unl.pt/saboga/prosaude/eumahp
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EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
Este reconhecimento traz à luz ligações bastante sólidas entre as condições sociais,
económicas, o ambiente físico, os estilos de vida e a saúde. Estas ligações são a chave
de uma compreensão holística da saúde, que é central à definição de promoção da
saúde.
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A Promoção da Saúde é o processo de capacitação dos indivíduos no sentido de
aumentarem o seu controlo sobre a sua própria saúde. Permite aumentar o controlo
sobre os determinantes da saúde, melhorando desta forma a própria saúde.
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A Conferência enfatiza a necessidade de avaliação do impacto das políticas de saúde
implementadas. Os sistemas de informação que suportam este processo devem ser
desenvolvidos. Isto poderá encorajar a tomada de decisão sobre a futura alocação de
recursos para a implementação de políticas de saúde pública.
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♦ Dimensão política;
♦ Dimensão económica;
♦ Necessidade de utilizar as capacidades e o conhecimento das mulheres em todos os
sectores (incluindo na política).
Nesta conferência é criada uma aliança mundial para a promoção da saúde que tem
como meta promover as prioridades de acção para a promoção da saúde:
♦ Aumento da sensibilização sobre os determinantes da saúde em constante mudança;
♦ Apoio à criação de actividades de colaboração e de redes para o desenvolvimento
sanitário;
♦ Mobilização de recursos para a promoção da saúde;
♦ Acumulação de conhecimentos sobre as melhores práticas;
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♦ Facilitação da aprendizagem partilhada;
♦ Promoção da solidariedade em acção;
♦ Promoção da transparência e da responsabilidade pública na prestação de contas na
promoção da saúde.
Assim, particularizando para Portugal, e fazendo uma ligeira evolução histórica do país
e da implementação do Serviço Nacional de Saúde, associados ao seu nascimento
encontram-se uma série de acontecimentos que influenciaram de forma decisiva o seu
aparecimento.
Podem referir-se como os mais marcantes:
Democratização e descolonização em 1974;
Entrada na Comunidade Económica Europeia em 1986.
Associados a estes acontecimentos, e durante este período, também a População
Portuguesa sofreu alterações consideráveis. Como exemplos destas mudanças podem
referir-se:
A diminuição da taxa de mortalidade infantil (de 58,6%0 em 1970 para 5,8%0 em
1998);
População (n.º de residentes – de 8 668 267 em 1970 para cerca de 10 356 000 (10 355
824) em 2001 (dados do INE - Censos 2001));
Percentagem de partos realizados em ambiente hospitalar (37.5% em 1970 para 98.9%
em 1997);
A adopção do SNS em Portugal não foi um acto isolado. Integrou-se num movimento
mais amplo que contemplou outros países do sul da Europa: Itália em 1978, Portugal em
1979, Grécia em 1983 e Espanha em 1986. Houve, no entanto uma diferença importante
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entre o primeiro e os três últimos – nestes teve lugar num clima de pós-democratização,
num período de maior radicalização política, pelo que a sua aprovação foi pouco
consensual, ao contrário do que aconteceu em Itália.
A criação do SNS fez parte da democratização política e social do país. Permitiu, num
período de tempo relativamente curto, uma notável cobertura da população portuguesa
em serviços de saúde.
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grave problema de saúde de todas as idades e de todos os países, tendo sido feito um
apelo aos governos e departamentos de saúde para procederem à reorganização dos
cuidados de saúde aos diabéticos, devendo ser investido um esforço muito particular na
prevenção, identificação e tratamento das suas complicações. Como principais
complicações desta patologia podem referir-se aquelas que representam um maior grau
de morbilidade para os doentes, tais como as retinopatias, com posterior cegueira, as
amputações não traumáticas dos membros inferiores, insuficiência renal terminal e as
doenças cardiovasculares.
Estima-se que actualmente, em Portugal, existam entre 300 000 a 500 000 diabéticos, o
que corresponde a uma prevalência de 3-5%, dos quais 10-12% são doentes do tipo I
(insulinodependentes). É uma patologia que consome, por si só, mais de 10% dos
recursos globais da saúde.
No entanto, e segundo os dados recolhidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
em 1998, e referidos no Relatório de Primavera de 2001 do Observatório Português dos
Sistemas de Saúde, poderiam ser alcançados ganhos potenciais em saúde na ordem dos
66% antes dos 65 anos de idade (por diminuição da mortalidade prematura), o que nos
indica que há ainda muito a fazer nesta área.
Sendo a equidade um dos objectivos a atingir na promoção da saúde, tal como foi
amplamente defendido nas cinco Conferências de Promoção da Saúde já realizadas,
pode-se afirmar que, todas as estratégias de saúde definidas em Portugal, no que se
refere à Diabetes Mellitus, propõem orientações de actuação de carácter equitativo, na
medida em que pretendem proporcionar aos diabéticos o acesso a todas as vertentes do
“Programa Nacional de Controlo da Diabetes Mellitus”, promovendo a auto-suficiência
de todos os doentes – crianças, adolescentes, adultos e idosos.
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É de extrema importância referir que, para que o programa seja efectivamente aplicado
é imprescindível a colaboração dos vários actores sociais envolvidos no sistema
(médicos enfermeiros, farmacêuticos, indústria farmacêutica, ordens profissionais,
entidades patronais, entre outros), no sentido de tornarem possível a execução em
condições do programa. A resposta por parte de tais parceiros já foi em certa medida
efectivada através do fornecimento e fixação do preço máximo de venda ao público e da
comparticipação directa no acto da sua compra, de material indispensável ao
autocontrolo do diabético (tiras-teste, lancetas, etc).
Mais recentemente foi também assinado pelo parlamento Europeu e pelo Conselho da
União Europeia um Programa de Acção Comunitária no domínio da Saúde Pública,
programa este também assinado por Portugal, e que traça os principais objectivos a
atingir neta área para o quinquénio 2003-2008, sendo a mais recente demonstração de
que, de facto, os governos se encontram preocupados com a integração do doente no
centro das decisões, criando formas de lhe fornecer a informação necessária para que ele
possa, sempre que possível fazer uma gestão controlada da sua própria patologia..
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Por tudo o que foi apresentado pode notar-se uma crescente consciencialização dos
governos relativamente à importância do cidadão e da sua participação activa nas
decisões políticas. O cidadão, como utente dos serviços de saúde, deve ter a
possibilidade de expressar a sua opinião no sentido de melhorar o que para si se
encontra menos bem. No entanto, para que o possa fazer de uma forma conscenciosa e
informada é necessário criar um sistema que disponibilize informação actualizada ao
utente, de uma forma simples e acessível, para lhe permitir a tomada de decisão baseada
em informação fidedigna e actualizada. É neste sentido que vem o documento
recentemente assinado em Bruxelas por representantes de todos os países europeus, que
reforça a ideia de, até 2008 implementar sistemas de informação para o cidadão no
sentido de reforçar a sua participação nas tomadas de decisão que tenham influencia na
sua vida e na sua saúde, podendo fazê-lo com acesso a informação que possa melhorar
de alguma forma a sua participação.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
OMS. Highlights on health in Portugal. WHO regional office for Europe, European
Comission, 1997;
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Organização Mundial de Saúde
http://www.who.int/hpr/backgroundhp/index.htm
(site consultado em 05-07-02);
União Europeia. Programme of Community avtion in the field of Public Health. Junho
2002;
www.ensp.unl.pt/saboga/documentos/parlamentoeuropeu2008.doc;
www.ensp.unl.pt/saboga/prosaude/eumahp/.
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