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Questões da FCC – Português Pág 2
A indiferença da natureza
Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e
sofrimento? (Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do
planeta, supostamente a de maior sofisticação, cria não só para os animais, mas também
para si própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe uma espécie de
vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu
veneno, e, quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta,
que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a
respeito. A resposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de
comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples: a
preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da transmissão de
seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para entendermos as intenções da
vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a
“humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano, quando usada como
adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamento decente. Parece que isentamos o
resto do mundo animal desse tipo de comportamento, embora não faltem exemplos que
mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em nossas ações
“desumanas”.
pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie
humana, não?
(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. S.Paulo: Companhia das Letras, 1999, pp. 75-
77)
Temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses
atos. O segmento sublinhado no período acima pode ser corretamente substituído, sem
prejuízo para o sentido, por:
(A) nos isentarmos a.
(B) nos eximir para.
(C)) nos abster de.
(D) subtrair-nos em
(E) furtar-nos com.
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Há uma relação de causa (I) e conseqüência (II) entre as ações expressas nas
frases destacadas em:
(A) I. Para entendermos as intenções da vespa,
II. temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento.
(B) I. Para finalizar,
II. apareciam as detestáveis hienas.
(C) I. Isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento,
II. embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos
animais.
(D)) I. as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta,
II. que assiste viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora.
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O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para
preencher corretamente a lacuna da frase:
(A) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no
interior das vespas.
(B) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não
uma intenção cruel.
(C) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a
radicalidade de que é capaz um homem enciumado.
(D) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que
interpretamos como crueldade.
(E)) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum
a toda a
espécie.
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O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a
próxima Copa. Quem estava em campo era a diplomacia. Para comprovar, basta ver a
cobertura da televisão: em vez da Fifa, era a ONU que aparecia nas imagens. No lugar do
centroavante, era o presidente do país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a
primeira nem será a última vez em que futebol e política se misturaram. É por causa dessa
proximidade que alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam um retrato perfeito
da sociedade. A bola está na moda entre os analistas políticos.
Se 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, surge então a dúvida: por que
justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? “A arte sempre será produto da
imaginação de uma pessoa. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura
política. É um microcosmo singular”, diz um jornalista americano. Não apenas singular, mas
global. É o esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco
esportivas. “O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os ingleses tinham um
império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul,
petroleiros para o Oriente Médio”, acrescenta ele.
Mas é preciso não confundir o papel do esporte. Ele faz entender, mas não muda o
mundo. “Não se trata de uma força revolucionária capaz de transformar uma nação. É
apenas um enorme espelho que reflete a sociedade em que vivemos”, diz outro especialista.
Considere o que diz o Dicionário Houaiss da língua portuguesa a respeito dos vocábulos
grifados na frase acima.
singular: 1. único de sua espécie; distinto; ímpar 3. fora do comum; admirável, notável,
excepcional 4. não usual; inusitado, estranho, diferente 6. que causa surpresa;
surpreendente, espantoso; extravagante, bizarro.
global: 1. relativo ao globo terrestre; mundial 2. que é tomado ou considerado no todo, por
inteiro 3. a que nada falta; integral, completo, total.
O sentido mais próximo dessas palavras está representado, respectivamente, em
(A) 1 e 3.
(B)) 3 e 1.
(C) 6 e 2.
(D) 4 e 3.
(E) 6 e 1.
bola no Haiti.
(B) dessa proximidade – o pronome retoma a idéia da mistura entre futebol e política.
(C) alguns estudiosos – o pronome indefinido limita o número dos que compartilham a
mesma opinião.
(D) Ele faz entender – o pronome substitui o termo o esporte, para evitar repeti-lo.
(E)) de uma onda que varreu o país – o pronome refere-se a país.
A idéia de que o povo é bom e que deve, por conseguinte, ser o titular da soberania
política, provém, sem dúvida, de Rousseau. Mas o pensamento do grande filósofo sobre
esse ponto era muito mais complexo e profundo do que podem supor alguns de seus
ingênuos seguidores.
É aí que se insere a sua famosa distinção entre vontade geral e vontade de todos.
Aquela “só diz respeito ao interesse comum; a outra, ao interesse privado, sendo apenas a
soma de vontades particulares”. Para Rousseau, nada garantiria que a vontade geral
predominasse sempre sobre as vontades particulares. Ao contrário, ele tinha mesmo da vida
em sociedade uma visão essencialmente pessimista. Sustentava que os povos são virtuosos
apenas na sua infância e juventude. Depois, corrompem-se irremediavelmente.
Não há, pois, maior contra-senso interpretativo do que afirmar que o princípio da
soberania absoluta do povo tem origem em Rousseau. Na verdade, ele, que sempre foi um
moralista, preocupado antes de tudo com a reforma dos costumes, descria completamente
de qualquer remédio jurídico para os males da humanidade.
(Fábio Konder Comparato)
forma sistematica.
(D) É gratuíta a impressão de que Rousseu pensa de forma simples, ou mesmo ingênua;
quem disso cojita incorre em grave erro.
(E)) É fácil encontrar quem divirja de Rousseau; difícil é surpreender, nos discursos do
filósofo, a falta de perseverança ética.
Quem precisava de uma desculpa definitiva para fugir da malhação pode continuar
sentadão no sofá. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
demonstra que, a exemplo do que ocorre com drogas como o álcool e a cocaína, algumas
pessoas podem tornar-se dependentes de exercícios físicos. Ao se doparem, os viciados em
drogas geralmente experimentam um bem-estar, porque elas estimulam, no sistema
nervoso, a liberação da dopamina, um neurotransmissor responsável pela sensação de
prazer. A privação da substância, depois, produz sintomas que levam a pessoa a reiniciar o
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vê impedida de praticá-los.
II. A ausência de investimentos, não só nacionais como também dos países mais ricos,
impede que a produção de grãos no Brasil seja economicamente rentável.
III. Problemas internos no país – conflitos no campo por posse de terras, condições das
estradas em regiões produtoras, legislação inadequada – dificultam o desenvolvimento da
agricultura.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
(A) II.
(B) III.
(C) I e II.
(D)) I e III.
(E) II e III.
(D)) O Brasil ainda possui terras que podem ser destinadas à agricultura, uma área
equivalente ao território da França e ao da Espanha somados.
(E) Resta ainda no Brasil milhões de hectares, que constitui uma das maiores reservas de
terras agrícolas do planeta.
Nem todas as leis têm a mesma qualidade. Existe uma hierarquia, além de
diferenças que as fazem gravitar em campo próprio. A lei constitucional – norma
constitucional e emenda integrada na constituição – domina todas as demais leis: sem a
conformidade a ela, as leis comuns (ordinárias e complementares) são nulas. Há leis de
ordem pública, as quais todas as pessoas devem observar, independentemente de sua
vontade. Outras, permissivas, só vigoram se os interessados não declaram sua vontade em
sentido contrário.
Onde a lei não impõe uma conduta obrigatória, o indivíduo exerce livremente sua
atividade. O poder público só pode intervir na esfera individual mediante uma lei que o
autorize. Essa garantia de caráter institucional se expressa pelo princípio da legalidade. A
lei, depois de publicada, torna-se obrigatória, sem que ninguém possa negar-lhe
cumprimento, alegando que não a conhece, pois para que a ordem jurídica tenha real
vigência é forçoso supor o conhecimento geral da lei. Em direito penal, por aplicação da
mesma regra, entende-se que a ignorância ou errada compreensão da lei não eximem de
pena.
(Adaptado do verbete Direito. Nova Enciclopédia Barsa. 6. ed. São Paulo: Barsa
Planeta Internacional, 2002, vol. 5, p. 197-198)
Em meados dos anos 90, o economista americano Jeremy Rifkin causou polêmica
com seu livro O fim do emprego, no qual previa que a era do emprego estava com os dias
contados. Segundo Rifkin, o aumento da produtividade resultante da adoção de novas
tecnologias – como a informática, a robótica e as telecomunicações – iria provocar efeitos
devastadores no nível de emprego mundial. Milhões de pessoas perderiam seu ganha-pão
no campo, na indústria e no setor de serviços. Somente uma pequena elite de trabalhadores
especializados conseguiria prosperar numa economia global dominada pela tecnologia.
Não por acaso, entre os Estados colocados nas dez últimas posições no ranking do
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), figuram os nove da região – o décimo é o Acre.
Esse desempenho pífio tem várias causas, uma delas a deplorável distribuição da riqueza.
Felizmente, há indícios de que essa situação começa a ser revertida. No lugar das
tradicionais frentes de trabalho, criadas no passado para abrandar os efeitos da miséria,
estão surgindo frentes de negócios nos mais diferentes setores de atividade.
Localizada no semi-árido, uma das regiões mais secas do planeta, Campina Grande,
a 120 quilômetros da capital João Pessoa, transformou-se num importante pólo de
prestação de serviços, em particular, de tecnologia da informação. A existência de duas
universidades públicas, bem como a criação do Parque Tecnológico (Paqtec), no começo
dos anos 80, foram decisivas para esse desenvolvimento. Pela incubadora do Paqtec
passaram 80% das mais de cem empresas de tecnologia locais. A Light Infocon é uma das
mais bem-sucedidas, graças à internacionalização. Com cerca de 50 funcionários e nomes
como a Natura e a Gol como clientes, tem outros, espalhados por vários países. O mais
recente é um tal de Bill Gates.
(Adaptado de O Estado de S. Paulo, Novo mapa do Brasil, Região Nordeste, 23 de
outubro de 2005)
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área de tecnologia.
(D) é fundamental na comercialização dos produtos oferecidos pelas maiores empresas de
tecnologia da região.
(E) determinou, desde o início, o reconhecimento internacional da qualidade dos produtos
desenvolvidos.
(E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de argumentar com
tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.
para ser mais intelegível, promovemos uma simplificação sem qualquer dúvida.
(E) Ao reconhecer na democracia que ela tem seus próprios méritos, nem por isso o autor
deixa de lhes explorar seus aspectos negativos das campanhas dos candidatos em que ela
se denigre.
Velhas bibliotecas
No entanto pode ocorrer que os olhos venham a brilhar ao darem com um título
célebre - romance, tratado científico, biografia, ensaio filosófico, pesquisa antropológica,
tudo de valor ainda reconhecido, provando que há palavras e idéias que se atualizam e
permanecem, interessando a sucessivas gerações. Parece que também aos livros se aplica
a lei de Darwin: os mais fortes permanecem.
Costuma-se dizer que há, no Brasil, leis “que pegam” e leis que “não pegam”.
Qualquer cidadão pode verificar, por sua própria experiência, que tal afirmação não é
improcedente. Mas talvez seja injusto confiná-la aos limites do território nacional: a invasão
do Iraque se deu a contrapelo das decisões da ONU. A partir de então, como deixar de
reconhecer que a arbitragem da própria Organização das Nações Unidas já “não pega”,
esvaziando-se, assim, a razão mesma de existência desse organismo internacional?
Recuando um pouco no tempo, poderíamos lembrar que o regime de apartheid, na África do
Sul, representou um manifesto escárnio contra a Declaração dos Direitos Humanos.
Exemplos como esses escancaram, para tristeza nossa, a verdade de que há dispositivos
legais que “pegam” ou “não pegam” segundo a força de quem os manipula ou,
simplesmente, os ignora.
(Péricles Sampaio)
Os bispos também afirmaram que vão conversar com deputados e senadores para
tentar convencê-los a não votarem as matérias que tratem do assunto. Só na Câmara, há
177 matérias que tratam de crimes praticados por adolescentes, 58 das quais abordam a
redução da maioridade. No Congresso, o projeto mais recente apresentado pelo líder do PL,
é bastante rigoroso: propõe a redução da maioridade para 13 anos.
(Folha on line, “Cotidiano”, 26/11/2003)
(B) O que vêm influenciando as pessoas são a força da mídia e a violência dos crimes.
(C)) Houve muitos projetos apresentados, um dos quais prima pela absoluta radicalidade.
(D) Caso se submeta meninos de treze anos ao código penal, condenar-se-á crianças.
(E) Num plebiscito, a maioria haverão de se manifestar a favor da redução.
Já os que não aceitam a redução da maioridade acham que o Código Penal não tem
nada o que fazer em relação aos menores, cujos direitos e deveres são competentemente
estipulados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O argumento desta corrente é o de
que se deve apostar tudo no potencial de um jovem. A repressão só ensejaria um aumento
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Maioridade penal
Que isso seja assim não justifica o abandono do princípio. Mesmo porque não será
reduzindo a maioridade penal que o envolvimento de jovens em crimes deixará de existir.
Parte da criminalidade juvenil pode ser explicada pelo fato de organizações criminosas se
utilizarem de menores (e sua suposta impunidade) para “puxar o gatilho” no lugar de adultos.
Nada impedirá que os bandidos passem a recrutar um contingente mais jovem, de quase
crianças – o que, aliás, já ocorre em algumas situações. O que fazer então? Reduzir ainda
mais a maioridade penal? Para 15, 14, 10 anos de idade?
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(C) Quando a todos ...... (convir) eliminar de vez a violência, a todos ...... (sensibilizar) a
adoção de reformas profundas na vida social.
(D)) Mesmo se ...... (vir) a se reduzir pela metade, os índices de violência ...... (haver) de
refletir um quadro absolutamente escandaloso.
(E) Parece que já não nos ...... (impressionar), a nós todos, tal estatística de violências
banalizadas; será preciso que nos ...... (alcançar), a cada um de nós,
a dor da tragédia?
Instruções: As questões de números 1 a 12 referem-se ao texto seguinte.
A rotina de uma família costuma ser duramente atingida numa Copa do Mundo de
futebol. O homem da casa passa a ter novos hábitos, prolonga seu tempo diante da
televisão, disputaa com as crianças; a mulher passa a olhar melancolicamente para o vazio
de uma janela ou de um espelho. E se, coisa rara, nem o homem nem a mulher se deixam
tocar pela sucessão interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os alaridos da
vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria está em jogo nos gramados
estrangeiros.
É preciso também reconhecer que são muito distintas as atuações dos membros da
família, nessa época de gols. Cabe aos homens personificar em grau máximo as paixões
envolvidas: comemorar o alto prazer de uma vitória, recolher o drama de uma derrota,
exaltar a glória máxima da conquista da Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la.
Quando solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com intensidade muito menor,
essas alegrias ou dores dos homens. Entre as crianças menores, a modificação de
comportamento é mínima, ou nenhuma: continuam a se interessar por seus próprios jogos e
brinquedos. Já os meninos e as meninas maiores tendem a reproduzir, respectivamente,
algo da atuação do pai ou da mãe.
Claro, está-se falando aqui de uma “família brasileira padrão”, seja lá o que isso
signifique. O que indiscutivelmente ocorre é que, sobretudo nos centros urbanos, uma Copa
do Mundo põe à prova a solidez dos laços familiares. Algumas pessoas não resistem à
alteração dos horários de refeição, à alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas,
às tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo − e disseminam pela casa
uma insatisfação, um rancor, uma vingança que afetam o companheiro, a companheira ou
os filhos. Como toda exaltação de paixões, uma Copa do Mundo pode abrir feridas que
demoram a fechar. Sim, costumam cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se abrem,
por força dos diferentes papéis que os familiares desempenham durante os jogos.
Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis tradicionais − até que chegue uma outra Copa.
(Itamar Rodrigo de Valença)
(D) Diante das televisões, em todas as casas, ......-se (aglomerar) uma imensa torcida
nacional.
(E) Sempre ...... (faltar), aos torcedores mais fanáticos, a convicção de que os jogadores
deram o melhor de si.
Décadas atrás, afortunados leitores de jornal podiam contar com uma coluna em que
sobravam talento, reflexão, observação atenta das cenas da vida, tudo numa linguagem
límpida, impecável, densamente poética e reflexiva. Era uma crônica de Rubem Braga. Os
chamados “assuntos menores”, que nem notícia costumam ser, ganhavam na pena do
cronista uma grandeza insuspeitada. Falasse ele de um leiteiro, de um passarinho, de um pé
de milho, de um casal na praia, de uma empregada doméstica esperando alguém num
portão de subúrbio − tudo de repente se tornava essencial e vivo, mais importante que a
escandalosa manchete do dia. É o que costumam fazer os grandes artistas: revelam toda a
carga de humanidade oculta que há na matéria cotidiana pela qual costumamos passar
desatentos.
E teria razão. O leitor que percorrer crônicas do velho Braga saberá que ele não
precisaria mesmo dizer nada além do que já disse e continua dizendo em suas páginas
mágicas, meditadas, incapazes de passar por cima da poesia da vida.
(Manuel Régio Assunção)
Caso de injustiça
Está evidente que a tal da “insubordinação mental” do rapaz não foi um desrespeito,
mas uma reação legítima à restrição estapafúrdia do professor quanto ao mérito que este
mesmo, livremente, já consignara. O mestre agiu com a pequenez dos falsos benevolentes,
que gostam de transformar em favor pessoal o reconhecimento do mérito alheio.
Protestando contra isso, movido por justa indignação, o jovem discípulo deu ao mestre uma
clara lição de ética: reclamou pelo que era o mais justo. Em vez de envergonhar-se, o
professor respondeu com a truculência dos autoritários, que é o reduto da falta de razão. E
acabou expondo o seu aluno à experiência corrosiva da injustiça, que gera ceticismo e
ressentimento.
A “insubordinação mental”, nesse caso, bem poderia ter sido entendida como uma
legítima manifestação de amorpróprio, que não pode e não deve subordinar-se à
agressividade dos caprichos alheios. Além disso, aquela expressão deixa subentendido o
mérito que haveria numa “subordinação mental”, ou seja, na completa rendição de uma
consciência a outra. O que se pode esperar de quem se rege pela cartilha da completa
subserviência moral e intelectual? Não foi contra esta que o jovem se rebelou? Por que
aceitaria ele deixar-se premiar por uma nota alta a que não fizesse jus?
Muitas vezes um fato que parece ser menor ganha uma enorme proporção. Todos já
sentimos, nos detalhes de situações supostamente irrelevantes, o peso de uma grande
injustiça. A questão do que é ou do que não é justo, longe de ser tão-somente um problema
dos filósofos ou dos juristas, traduz-se nas experiências mais rotineiras. O caso do jovem
poeta ilustra bem esse gosto amargo que fica em nossa boca, cada vez que somos punidos
por invocar o princípio ético da justiça.
(Saulo de Albuquerque)
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autoritária do outro.
(E) O caso narrado deixa claro de que pequenas injustiças podem gerar grandes
ressentimentos.
Se é que Cabral gritou alguma coisa quando avistou o monte Pascoal, certamente
não foi “terra ã vishta”, assim, com o “a” abafado e o “s” chiado que associamos ao sotaque
português. No século XVI, nossos primos lusos não engoliam vogais nem chiavam nas
consoantes – essas modas surgiram no século XVII. Cabral teria berrado um “a” bem aberto
e dito “vista” com o “s” sibilante igual ao dos paulistas de hoje. Na verdade, nós, brasileiros,
mantivemos sons que viraram arcaísmos empoeirados para os portugueses.
Brasil. Num pólo estavam as áreas costeiras, onde os índios foram dizimados e se
multiplicaram os escravos africanos. No outro, o interior, persistiam as raízes indígenas. À
mistura dessas influências vieram se somar as imigrações, que geraram diferentes
sotaques.
Mas o grande momento de constituição de uma língua “brasileira” foi o século XVIII,
quando se explorou ouro em Minas Gerais. “Lá surgiu a primeira célula do português
brasileiro”, diz Marlos Pessoa, da Universidade Federal de Pernambuco.A riqueza atraiu
gente de toda parte – portugueses, bandeirantes paulistas, escravos que saíam de moinhos
de cana e nordestinos. Ali, a língua começou a uniformizar-se e a exportar traços comuns
para o Brasil inteiro pelas rotas comerciais que a exploração do ouro criou.
(Super Interessante. Almanaque de férias 2003. São Paulo, Abril, 2003, pp. 50-51)
(E) A língua começou a uniformizar e a ficar exportando traços comuns para o Brasil inteiro
pelas rotas comerciais que a exploração de ouro teve de estar criando.
A safra atual de cana está prevista em 414 milhões de toneladas e, para 2010/2011,
há previsão de chegar a 560 milhões. O grande crescimento do setor sucroalcooleiro no
Brasil se dará, inicialmente, por causa do mercado interno. Os carros bicombustíveis ou flex
− que podem rodar tanto com gasolina quanto com álcool − serão os principais responsáveis
pela necessidade de expansão dos canaviais, pelo menos nos próximos cinco anos.
Uma semelhança entre os dois fluxos é a de que ambos se dirigem sobretudo aos
países ricos. O número de americanos que vivem fora dos Estados Unidos cresceu; a cada
ano aumenta o número de franceses que moram no exterior; Inglaterra e Alemanha, que nas
últimas décadas foram inundadas por levas de imigrantes, bateram recentemente o recorde
histórico em emigração. Desde a II Guerra não se viam tantos alemães de mudança para o
exterior. No ano passado, a quantidade foi equivalente à que saía do país no fim do século
XIX − época das grandes migrações, quando 44 milhões de pessoas fugiram da pobreza na
Europa, em busca de oportunidades no Novo Mundo.
Um dos tipos que caracteriza os novos migrantes, que saem de países ricos, é o de
profissionais que encontram no exterior oportunidade de investir na carreira, se possível
conciliando trabalho com qualidade de vida. A globalização da economia é o principal
catalisador dessa tendência.
(Adaptado de José Eduardo Barella, Veja, 14 de setembro de 2005, p. 100)
"Previdência só muda com revolução, diz Mello" (1a página, oito colunas)
"Para Marco Aurélio, reforma só com revolução" (página A8, oito colunas)
"Menos polêmico, Mello pede fim dos privilégios" O que aconteceu? Alguém falou o
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Nem uma coisa nem outra. O ministro-presidente disse duas coisas registradas com
igual precisão no corpo da matéria: que os direitos adquiridos, cláusula pétrea da
Constituição, só podem ser alterados por uma Assembléia Constituinte ou por um estado de
exceção; que ele é favorável ao regime único de aposentadorias, desde que respeitados os
direitos adquiridos.
Autoridade e autoritarismo
O curioso é que essas reflexões me ocorreram na época do carnaval, essa festa que
a cada ano ocorre como uma prática libertária exemplar. É possível que, em suas origens
pagãs, o carnaval tenha sido uma demonstração de alegria anárquica, incontrolável,
libérrima. Mas à medida que veio ganhando maiores proporções, veio também exigindo
alguns parâmetros de controle. Hoje, poucas manifestações públicas são tão regradas e
controladas quanto um grande desfile de carnaval. As escolas e os blocos são criados com
regimento interno, organograma e cronograma das atividades. Na hora de um desfile, o
respeito ao tempo do relógio é um drástico critério de avaliação. Há dezenas de regras sob
os passos dos sambistas e sob as rodas dos carros alegóricos.
Sirva o exemplo para lembrar que mesmo nossa maior festa popular tem suas
margens de liberdade, além das quais há sempre violência e caos. Quem está nas
arquibancadas não se sente oprimido pela regulamentação do espetáculo; aceita-a como um
critério estabelecido e reage com aplausos e muita animação. A força de um desfile
carnavalesco está tanto na euforia dos participantes e dos espectadores quanto no sentido
dos limites que dão forma e organização ao espetáculo. Como se vê, a constituição da
autoridade se preserva até mesmo numa festa; já o autoritarismo é a negação de toda
alegria e de toda prática de liberdade.
(José Fausto Correia, inédito)
Cult O senhor cursou jornalismo na Faculdade Cásper Líbero numa época em que o
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C.R. Eu queria cursar diplomacia, mas não tinha idade –e acabei fazendo
Jornalismo. Mas sou contra a obrigatoriedade do diploma. É impossível uma escola de
jornalismo ensinar todos os assuntos com os quais um jornalista vai lidar fatalmente na
profissão. Não dá para ensinar agricultura, taxa de juros, urbanismo, ecologia. É impossível,
o sujeito ficaria cinqüenta anos na escola e ainda assim não aprenderia tudo. É melhor abrir
para os jornais a caça a talentos em qualquer tipo de faculdade do que centrar a busca só
nos cursos de jornalismo, porque o aluno não sai deles com a formação necessária para
lidar com a gama de situações que encontra no dia-a-dia da profissão. Na escola, o que eu
realmente aprendi foi o comportamento ético que um jornalista deve respeitar. Mas isso,
teoricamente, deveria ser ensinado em qualquer escola superior – e não só no curso de
jornalismo.
(A) Os talentos para a carreira de jornalista pode ser pesquisado em qualquer curso
universitário.
(B) Não haveriam razões, segundo Clóvis Rossi, para tornar obrigatório o diploma de
jornalista.
(C)) São tantas as áreas que um jornalista deve cobrir, que lhe seria impossível estudá-las
num único curso.
(D) Todos os profissionais deveria preocuparem-se com um comportamento ético, e não
apenas os jornalistas.
(E) Agricultura, ecologia e urbanismo são assuntos que não poderiam ninguém dominar com
razoável competência.
O motorista do 8-100
Esse motorista, que limpa seu caminhão, não é um conformado, é o herói silencioso
que lança um protesto superior. A vida o obrigou a catar lixo e imundície; ele aceita a sua
missão, mas a supera com esse protesto de beleza e dignidade. Muitos recebem com a mão
suja os bens mais excitantes e tentadores da vida; e as flores que vão colhendo no jardim de
uma existência fácil logo têm, presas em seus dedos frios, uma sutil tristeza e corrupção,
que as desmerece e avilta. O motorista do caminhão 8-100 parece dizer aos homens da
cidade: "O lixo é vosso; meus são estes metais que brilham, meus são estes vidros que
esplendem, minha é esta consciência limpa."
(Rubem Braga, O homem rouco)
Contra a idéia de que o bandido é um facínora que optou por atacar a sociedade,
prevalece a noção de que são as vergonhosas condições sociais e econômicas do Brasil
que geram a criminalidade; enquanto essas não mudarem, não há mágica: os crimes vão
continuar aumentando, a despeito do maior rigor nas penas ou da multiplicação de presídios.
(Adaptado de Carlos Weis. "Dos delitos e das penas". Folha de São Paulo, Tendências
e debates, 11/11/2000)
(E) Apesar de não serem muitos os seus desafetos políticos, não lhe convêm que os
subestime.
Senhor Deputado:
As verdades da Ciência
Li recentemente nos jornais que o renomado cientista Stephen Hawking fez uma
declaração sensacional, para dizer o mínimo. Afirma que cometeu um erro ao enunciar, nos
anos 70, a sua teoria dos buracos negros, e agora se prepara para apresentar as devidas
correções diante de um plenário de cientistas. Para entender o de que vou aqui tratar não é
necessário saber o que são os buracos negros; basta lembrar que constituem uma das
questões mais controversas e cativantes da astrofísica moderna.
Para os que lidam com as ciências, não há nada de excepcional nessa atitude de
Hawking, mas entendo que o episódio deva ser levado ao conhecimento dos jovens de
todas as escolas não-fundamentalistas e leigas, para que reflitam sobre os princípios da
ciência moderna. Esta não crê que o novo está sempre certo, ou que a verdade reside
congelada num passado remoto. Ao contrário, ela se baseia no princípio da “falibilidade”,
segundo o qual a ciência avança corrigindo-se constantemente, desmentindo suas hipóteses
por meios de tentativa e erro, reconhecendo os próprios enganos e considerando que um
experimento malsucedido não é um fracasso, podendo ser tão valioso quanto outro bem-
sucedido, por provar que determinada linha de pesquisa estava equivocada, e que é
necessário corrigi-la, ou mesmo recomeçar do zero.
Ele tem um currículo de dar inveja. Mais de 90% de toda a matéria que vemos no
universo é hidrogênio. Ele é fundamental para a vida: compõe a água e quase toda matéria
orgânica, além de ser a fonte de energia do Sol, que funde 600 milhões de toneladas desse
gás por segundo. Ele também inspirou muitas das pesquisas mais importantes do último
século - foi pesquisando o hidrogênio que os cientistas descobriram desde a origem do
universo até os elementos que compõem os átomos. Ele também abastece as naves que
levam o homem ao espaço (e às vezes as transformam em bola de fogo).
Questões da FCC – Português Pág 88
Quais os motivos para gastar tanto dinheiro? O primeiro é que, um dia, o petróleo vai
acabar. Há uma enorme polêmica sobre quando as reservas atuais irão se extinguir, mas
sabe-se que a era do petróleo barato não irá durar mais do que 40 anos. Os geólogos
pessimistas afirmam que o pico da produção mundial ocorrerá ainda nesta década, e que
daí em diante os preços aumentarão rapidamente, tornando o consumo cada vez mais
restrito. As diferenças entre as previsões existem porque não há um número exato do
tamanho das reservas atuais, dos barris a serem consumidos nos próximos anos e das
reservas que ainda podem ser descobertas. Sabe-se, no entanto, que a maior parte das
fontes de petróleo remanescentes está no Golfo Pérsico. Depender dos países do Oriente
Médio para fornecer um insumo que hoje é responsável por 40% da energia consumida no
mundo é algo que não agrada aos países desenvolvidos. Restarão ainda fontes de petróleo
em outros minérios, como o xisto e a areia de alcatrão, mas que são muito mais caras e
poluentes.
(Superinteressante, março 2003)
(E) à - à - à
Aprendendo o Brasil
Os brasileiros que têm o privilégio de viajar bastante pelo Brasil estão, o tempo todo,
surpreendendo-se com a diversidade de nossos tesouros naturais e culturais. É pena que a
maioria dessas riquezas ainda não esteja integrada a um planejamento turístico eficaz e
Questões da FCC – Português Pág 94
Não é nenhum exagero afirmar que o turismo pode representar um dos mais
objetivos caminhos para o Brasil se fazer conhecer e para os brasileiros se conhecerem a si
mesmos.
(Abelardo Junqueira)
Segurança
O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas
casas, os jardins, os play-grounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, a segurança.
Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas
que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os
proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados. (...)
Foi reforçada a guarda, construíram uma segunda cerca. As famílias com mais
posses mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma
medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local
predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.
Questões da FCC – Português Pág 97
Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa
temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar
através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às
grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.
A liberdade ameaçada
Costumo dizer que a liberdade de imprensa, mais do que direito dos jornalistas e
das empresas jornalísticas, é da sociedade. Só com a livre circulação de idéias e de
informações uma nação pode evoluir e construir uma sociedade realmente justa e
equilibrada. Foi para defender essas propostas e para informar a sociedade brasileira sobre
seu direito inalienável de receber informação livre que criamos a nossa Rede em Defesa da
Liberdade de Imprensa (RDLI).
propriedade do Estado.
(E) o direito do público à informação não é um princípio fundamental garantido em nossa
Constituição.
Não haverá prejuízo para a correção e para o sentido básico da frase acima caso se
substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por
(A) em função dos - vinculamos
(B) tendo por base os - reputamos
(C) no caso dos - propomos
(D) a partir dos - cogitamos
(E)) no tocante aos - aprovamos
Gabarito
Questão Eq Correta Questão Eq Correta Questão Eq Correta
1 001 C 60 035 D 119 014 E
2 002 A 61 036 E 120 015 A
3 003 D 62 037 B 121 001 B
4 004 B 63 038 C 122 002 C
5 005 E 64 039 D 123 003 E
6 006 B 65 040 A 124 004 D
7 007 A 66 041 C 125 005 A
8 008 C 67 042 E 126 006 C
9 009 D 68 043 D 127 007 B
10 010 E 69 044 B 128 008 D
11 011 D 70 045 A 129 009 C
12 012 A 71 046 C 130 010 A
13 013 B 72 047 E 131 011 E
14 014 E 73 048 B 132 012 B
15 015 C 74 049 A 133 001 B
16 001 C 75 050 D 134 002 C
17 002 E 76 001 B 135 003 D
18 003 B 77 002 C 136 004 E
19 004 A 78 003 A 137 005 A
20 005 D 79 004 D 138 006 B
21 006 B 80 005 C 139 007 D
22 007 C 81 006 A 140 008 E
23 008 E 82 007 E 141 009 C
24 009 D 83 008 D 142 010 D
25 010 A 84 009 C 143 001 C
26 85 010 B 144 002 E
27 86 011 E 145 003 B
28 87 012 A 146 004 A
29 88 013 D 147 005 D
30 89 014 B 148 006 E
31 90 015 E 149 007 B
32 91 001 B 150 008 C
33 92 002 C 151 009 A
34 93 003 A 152 010 D
35 94 004 D 153 011 E
36 95 005 E 154 012 B
37 96 006 B 155 013 C
38 97 007 D 156 014 A
39 98 008 C 157 015 D
40 001 C 99 009 A 158 001 D
41 002 A 100 010 E 159 002 B
42 003 B 101 011 B 160 003 C
43 004 D 102 012 C 161 004 E
44 005 E 103 013 A 162 005 A
45 006 A 104 014 D 163 006 B
46 007 B 105 015 B 164 007 C
47 008 C 106 001 B 165 008 D
48 009 E 107 002 C 166 009 A
49 010 D 108 003 D 167 010 E
50 011 C 109 004 E 168 011 B
51 012 D 110 005 A 169 012 C
52 013 B 111 006 C 170 001 B
53 014 E 112 007 D 171 002 D
54 015 A 113 008 B 172 003 D
55 114 009 E 173 004 C
56 031 B 115 010 C 174 005 A
57 032 E 116 011 B 175 006 E
58 033 C 117 012 D 176 007 A
59 034 A 118 013 A 177 008 B
Questões da FCC – Português Pág 105