Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Resumo
Procuramos identificar e analisar neste artigo as estratégias de produção de empresas
(montadora e fornecedores diretos) situadas em duas cadeias de suprimentos da indústria
automobilística: uma cadeia em que a unidade principal monta caminhões e uma em que a
unidade principal monta motores. Entrevistamos para isso diretores e gerentes nessas
empresas. São discutidas principalmente duas questões: (1) Como as estratégias de produção
dos fornecedores são condicionadas pela estratégia de produção da montadora em cada
cadeia? e (2) As configurações das cadeias condicionam as relações entre as estratégias de
produção das montadoras e as estratégias de produção dos fornecedores? Verificamos que as
estratégias de produção das montadoras condicionam as estratégias de produção dos
fornecedores e que essa influência pode ser significativa dependendo das configurações das
cadeias de suprimentos e das características dos fornecedores e dos componentes
transacionados.
1. Introdução
A influência das estratégias competitivas e de produção de empresas que “comandam”
cadeias produtivas sobre seus fornecedores é um tema relevante para a Engenharia de
Produção e para a Administração da Produção, mas ainda pouco explorado na literatura.
Neste artigo procuramos comparar as relações entre as Estratégias de Produção
adotadas por empresas situadas nos primeiros níveis (de suprimento) de duas cadeias da
indústria automobilística brasileira. A empresa que comanda a primeira cadeia é uma
montadora de caminhões e ônibus que implementou em sua planta a forma de organização da
produção denominada consórcio modular. Já a planta principal da segunda cadeia é uma
montadora de motores para automóveis.
As questões principais abordadas neste trabalho são: (1) Como as estratégias de
produção dos fornecedores são condicionadas pela estratégia de produção da montadora em
cada cadeia? e (2) As configurações das cadeias condicionam as relações entre as estratégias
de produção das montadoras e as estratégias de produção dos fornecedores?
Para desenvolver esta pesquisa, entrevistamos gerentes e diretores da montadora e de
três fornecedores, no caso da cadeia que monta caminhões, e gerentes e diretores da
montadora e de dez fornecedores diretos, no caso da cadeia que monta motores.
Nas seções seguintes do artigo apresentamos uma breve fundamentação teórica para as
questões propostas, as características das cadeias, os resultados de nossa pesquisa sobre as
estratégias de produção nas cadeias e as conclusões principais até aqui formuladas.
7. Análise – Conclusões
Considerando-se o conjunto de empresas entrevistadas nesta pesquisa, observa-se que
a maior parte delas implementa estratégias de produção que priorizam objetivos relacionados
à redução de custos, à melhoria de qualidade de produto e de processo e à entrega dentro do
prazo estipulado. Isso indica como as organizações vêm respondendo ao acirramento da
concorrência no setor automobilístico, implementando, em geral, programas e ações na gestão
Referências Bibliográficas
ALVES Fo., A.G., RACHID, A., DONADONE, J.C., MARTINS, M. F., TRUZZI, O. S.,
BENTO, P.E.G e VANALLE, R.M. Prioridades competitivas e organização do trabalho:
relações entre uma montadora de motores e seus fornecedores. In: ENCONTRO NACIONAL
DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 22., 2002, Curitiba. Anais eletrônicos...Curitiba:
ENEGEP, 2002. CD-ROM.
ANFAVEA. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS
AUTOMOTORES. Anuário Estatístico da Anfavea. São Paulo: 2002. Disponível em:
<http://www.anfavea.com.br>.
BAUM, J. A. C; DUTTON, J. E. Advances in strategic management: the embeddedness of
strategy. New York: JAI Press, Vol. 13, 1996.
HAYES, R; WHEELWRIGHT, S. C.; CLARK, K. B. Dynamic manufacturing: creating the
learning organization. New York: The Free Press, 1988.
HUMPHREY, J.; LECLER, Y.; SALERNO, M.S. Global strategies and local realities: the
auto industry in emerging markets. London: Macmillan, 2000.
GRANOVETTER, M. Economic action and social structure: the problem of embeddedness.
American Journal of Sociology, v.91, p. 491-501, 1985.
ZUKIN, S.; DIMAGGIO, P. Structures of capital. London: Cambridge University Press
1990.