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SEGUNDA-FEIRA, 31 DE AGOSTO DE 2009

O ESTADO DE S. PAULO
ECONOMIA
ECONOMIA B3
B3

A ERA DO PRÉ-SAL q

Oposição quer impedir


‘oba-oba palaciano’
Em nota, PSDB, DEM e PPS afirmam que pré-sal não pode virar bandeira
eleitoral e deve ser tratado com transparência e participação da sociedade

João Domingos de conversas restritas aos gabi- não ao objetivo de perpetuação de conhecimento de todos.
BRASÍLIA
netes do Palácio do Planalto, da das autoridades de plantão”. “Basta lembrar que, hoje, R$
Esplanada dos Ministérios e da Eles anunciaram que quando 1 de cada R$ 10 da riqueza
Os partidos de oposição – PS- diretoriada Petrobrás,adiscus- os projetos chegarem ao Con- produzida no Brasil vem do
DB, DEM e PPS – divulgaram são sobre a exploração das re- gresso, o debate sobre o pré-sal petróleo; é cinco vezes a fatia
nota conjunta anunciando que servas da camada pré-sal, en- estará desinterditado e “deixa- de 12 anos atrás. O peso do
vão lutar para impedir que o fim,chega à esferapública”, dis- rá de ser feito apenas com base setornoPIBpassoude2%pa-
pré-sal seja transformado em seram os partidos de oposição. em afirmações desencontradas ra 10%. Com a abertura, o
bandeira eleitoral nem “que ve- Para eles, a cerimônia de lança- das figuras do governo, como País ganhou muito: suas re-
nhafavorecera grupos partidá- mento do pré-sal, marcada pa- tem ocorrido desde o anúncio servas provadas de petróleo
rios que transformam o Estado ra hoje, é “mais um oba-oba ca- da descoberta de Tupi, em no- quase dobraram; a produção
brasileiro em extensão dos seus racterístico” do governo. vembro de 2007”. diária mais que duplicou; e a
interesses”. Na nota, intitulada “O oba-oba palaciano tem o “No Parlamento – a despeito participaçãodaUniãonaren-
“O pré-sal é do Brasil”, os três objetivo explícito de transfor- da visão autoritária do presi- dageradapelosetormultipli-
partidoslembraramque osbra- mar o tema em plataforma elei- dente Lula e de seus seguidores cou-seporoito”.Issotudo,se-
sileiroshádécadaslutamemde- toral para 2010. No entanto, ao que veem a passagem da pro- gundo dados da Agência Na-
fesa dessa riqueza nacional, apresentar o modelo que consi- posta pelo Congresso como me- cional do Petróleo, também
que também pertence às gera- dera mais conveniente para ra formalidade –, a oposição po- criada pela lei.
ções futuras. suas pretensões eleitorais de derá questionar a necessidade Em seguida, eles pediram
Para as oposições, o pré-sal curto prazo, o governo também e a conveniência de se alterar o que o assunto seja debatido
envolve uma questão de Estado abre espaço para uma grande atual marco legal, que surgiu em profundidade, “sendo
que pode definir o futuro do discussão nacional, que deveria em 1997, como resultado de am- inadmissível qualquer tenta-
País. Portanto, para elas, é as- estaracima de partidos e candi- plo consenso técnico e político, tivade atropelamento”.Assi-
sunto que deve ser tratado com daturas”, afirmaram os parti- frutodediscussõesqueseinicia- naram a nota os presidentes
transparência, e com participa- dos de oposição. ram dois anos antes.” do PSDB, senador Sérgio
ção de toda a sociedade. Sem E continuaram: “O tema diz De acordo com os partidos Guerra (PE), do DEM, depu-
rolo compressor. respeito à estratégia da Nação oposicionistas,osresultadosob- tado Rodrigo Maia (RJ) e do
“Depois de quase dois anos para o seu desenvolvimento e tidos com a Lei do Petróleo são PPS, Roberto Freire. ●

Mudança na partilha de royalty


enfureceu governadores
Sérgio Cabral, do Rio, chegou a dizer que a mudança na distribuição dos
recursos arrecadados com o óleo do pré-sal seria um ‘assalto ao Estado’
FABIO MOTTA/AE

BRASÍLIA

Com a alegação de perda de ar-


Minc defende
recadação, os governadores do participação
Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e
do Espírito Santo, Paulo Har- diferenciada
tung, ambos do PMDB, posicio- ●●● O ministro do Meio Ambien-
naram-se fortemente contrá- te, Carlos Minc, defendeu on-
rios à proposta feita pelo gover- tem, no Rio, que Estados pro-
no federal de repartir de forma dutores de petróleo tenham
igualitária os ganhos com a ex- “uma participação diferencia-
ploração do pré-sal com todos da” nos royalties do pré-sal,
os Estados e municípios. cujo modelo de exploração
Cabral, que é aliado e amigo será anunciado hoje, “sobretu-
do presidente Luiz Inácio Lula do no viés ambiental”. Para
da Silva, chegou a dizer até que ele, “o petróleo, por mais que
a mudança na distribuição dos a tecnologia tenha avançado,
royaltiesdopré-salseriaum‘as- é o maior causador de impac-
salto ao Rio de Janeiro’. to nos ares, mares e ambiente
Como represália, o governa- em geral. Os Estados produto-
dor anunciou que não compare- res arcam com todo o ônus em
ceria à pomposa cerimônia de caso de acidente”, diz, citando
lançamento dos projetos de re- como exemplo “casos que
gulação do pré-sal, que ocorre- ocorreram na baía da Ilha
rá hoje às 15 horas em Brasília – Grande, na baía da Guanaba-
no Centro de Convenções Ulys- ra, na bacia de Campos e Ma-
ses Guimarães, a cerca de 2,5 caé, todos no Rio de Janeiro”.
quilômetros do Palácio do Pla- Minc acha justa a proposta
nalto. Para a festa foram convi- do governo federal de repartir
dadas cerca de 3 mil pessoas. a riqueza a ser conquistada
No anúncio do boicote, Ca- com todo o país. “É legitimo
bral arrastou consigo o capixa- usar uma riqueza que não se
ba Paulo Hartung. conhecia antes, uma riqueza
nova, para plantar alguma coi-
sa para as gerações seguintes,
Rio, Espírito Santo em matéria sobretudo de edu-
cação, diminuição da desigual-
e São Paulo são os dade e tecnologia”.
principais Estados ● MARCELO AULER

produtores VIÉS AMBIENTAL – Mind adverte que ‘petróleo causa impacto nos ares’

bral montou uma proposta pa- verno pretende fazer na repar- São Paulo, Geraldo Alck-
Osdois foram ainda atrásdas ra apresentar a Lula durante o tição das gratificações com os min, elaborou um relatório
lideranças do PMDB e exigi- jantar. De acordo com a suges- outros entes da federação. sobre quanto o Estado pode-
ram que o Congresso vote leis tão do governador, o atual mo- Na sua linha de mais ouvir do rá perder com as mudanças
favoráveisaosEstadosproduto- delo de concessões para explo- que falar, Serra anunciou na na legislação, principalmen-
res. Porém, o aceno de Lula – de ração do petróleo não seria mu- sexta-feira que não tinha como te quando for iniciada a ex-
que poderia recuar, por não ter dado. As participações espe- discutir a proposta que será ploração da camada do pré-
como enfrentar o PMDB no ciais cobradas das empresas apresentada pelo governo fede- sal na Bacia de Santos. Mas
Congresso, e por não querer ra- sobre o que é produzido em po- ral, por não conhecê-la. oteor doestudo, por enquan-
char a base aliada em um mo- ços altamente produtivos pas- De qualquer forma, o secre- to, não é conhecido. ●
mento crítico de formação da sariam dos atuais 40% para tário de Desenvolvimento de EDNA SIMÃO e J.D.
aliançaquedeveráapoiaracan- 70%.
didatura da ministra-chefe da Ele sugeriu ainda que pas-
CasaCivil, DilmaRousseff, àsu- sem a ser cobrados bônus nas
cessão presidencial – levou Ca- assinaturas dos contratos de li-
bral a ceder um pouco. O gover- citação. Desse modo, acredita
nador fluminense acabou por que a União poderia arrecadar
aceitar o convite de Lula para até R$ 1,5 trilhão até 2050.
jantarontemnoPaláciodaAlvo- Rio deJaneiroe Espírito San-
rada, ao lado de Hartung e do to, ao lado de São Paulo, são os
governador de São Paulo, José principais Estados produtores
Serra(PSDB),quetemprocura- de petróleo do País. Os dois pri-
do ficar um pouco distante dos meiros, que assumiram a briga
debates do pré-sal. contra a mudança na forma de
distribuição dos royalties, ale-
PROPOSTA gam que perderiam muita re-
Para não perder o costume, Ca- ceita com a alteração que o go-

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