Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
4 comentário(s)
Avalie esta Notícia 5 votos
Petrobrás vai dosar a atuação nos campos para dar tempo à indústria nacional se adequar à demanda, diz executivo
Operadora única de todas as áreas da região do pré-sal - caso seja aprovado sem restrições o projeto de
lei enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso - a Petrobrás espera dosar a atuação
nesses campos para dar tempo à indústria brasileira se adequar à nova demanda. "Não adianta mapear o
pré-sal, ter dez oportunidades e querer desenvolver isso tudo ao mesmo tempo. Não. O País já é
autossuficiente", afirmou ontem o diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, em
entrevista exclusiva ao Estado.
Em dez anos, prevê o executivo, a Bacia de Santos, que ele define como "a joia da coroa" do novo
momento do setor no Brasil, terá suplantado a Bacia de Campos, onde hoje estão concentrados mais de
80% da produção nacional. "Há sete anos, nem se falava na Bacia de Santos", comenta. Ele deixa claro que
a formação de um conteúdo industrial nacional no setor foi um dos motivos que sustentaram a condição de
operadora única da Petrobrás e admite que isso será também um peso para a companhia. "Claro que há um
ônus. Mas nós, da Petrobrás, consideramos uma missão da companhia", afirma.
Não ficou claro se é uma vantagem para a Petrobrás ser operadora única.
Mas a Petrobrás terá também o ônus, por exemplo, de acompanhar propostas em leilões que pode não Incluir no Arquivo Virtual
Imprimir
ser tão atraentes.
Fale com a Redação
Claro que há um ônus. Mas nós, da Petrobrás, não consideramos um ônus. Consideramos uma missão da
companhia, como empresa controlada pelo governo, na participação do aproveitamento dessa grande
riqueza. Além disso, a escala em qualquer indústria é muito importante. Se uma empresa tiver que colocar
duas, três plataformas, é uma coisa. Se tiver de pôr 20, é outra. A escala para uma indústria petrolífera é
muito importante até pelos custos gigantescos envolvidos. Sermos operadores de toda a área nos dá uma 09:35 Enviado de Obama negocia retaliação
grande tranquilidade de aproveitarmos essa escala e, através disso, sermos um fator e uma ferramenta de comercial
desenvolvimento da indústria brasileira. São dezenas, às vezes centenas, de equipamentos que são hoje
09:30 Déficit comercial do Reino Unido fica estável
importados. Com essa dimensão e escala, pode-se tomar decisões de construir estratégias voltadas ao
em julho
desenvolvimento da indústria nacional.
09:20 Brasil cai duas posições e é o 129º em ranking
Quer dizer, manter a exploração em um ritmo que a indústria nacional possa acompanhar? de negócios
tona não foi o pré-sal, mas a Bacia de Santos. Há sete, oito anos, não se falava na Bacia de Santos. Hoje
tem pré-sal, pós-sal, Mexilhão, Tambaú, é uma bacia gigantesca. Temos toda a costa leste, a costa
equatorial. O pré-sal não é o petróleo brasileiro. O Brasil é muito mais do que isso. É uma grande
oportunidade e as empresas estrangeiras continuarão a vir, não tenho dúvida nenhuma.
O governo espera ficar com entre 40% e 80% do petróleo dos novos contratos. Para a Petrobrás é
factível?
Como operadora, todos os dispêndios da Petrobrás serão ressarcidos. A empresa não terá prejuízo. Mas os
acionistas querem também o lucro. Com certeza, a empresa que fizer a oferta (nos leilões) levará isso em
consideração. Existe um equilíbrio. Vamos atuar dentro dessa premissa fundamental. As empresas querem
ser operadoras porque isso dá experiência. Isso é um benefício muito grande. Mas hoje, no sistema de
concessão, em que somos operadores na maioria dos nossos blocos, a sinergia, a troca de experiência entre
as empresas é absolutamente completa, independente de ser operadora ou não.
O que está em jogo são reservas mundiais. Em 2030 mais da metade do óleo a ser consumido não foi
descoberto ainda. As grandes petrolíferas mundiais, inclusive a Petrobrás, lidam com esse desafio de
manter suas reservas. Quanto maior a produção, maior o desafio: se a empresa produz 2 milhões de barris
por dia, no fim do ano precisa de mais de 700 milhões de barris para repor a produção. O simples fato da
grande empresa ter acesso a uma reserva já é uma garantia. É um bem, um patrimônio estratégico
importantíssimo. Francamente, não acredito que vejam a legislação como uma redução das oportunidades
no Brasil. Essa oportunidade é única. Um país grande, num mercado excepcional, economicamente estável,
numa democracia... E no Atlântico, onde se tem os grandes consumidores da Europa e dos EUA com acesso
por navio.
O tom do governo para justificar o novo marco é proteger o País de uma eventual ameaça estrangeira.
Nenhuma informação que chegou até a mim foi levada em consideração, mas eu me reservo o direito como
brasileiro de especular sobre isso. O petróleo é uma riqueza não como qualquer outra. Ninguém invade um
país por causa de laranja ou tâmara. Eu trabalhei em Bagdá por alguns anos e ninguém chegou com um
tanque americano para tomar uma tamareira. Isso é uma coisa. A outra é o gráfico da Agência
Internacional de Energia, que mostra que mais da metade do petróleo a ser consumido ainda não foi
descoberto. Então, o Ocidente, que é o grande consumidor de petróleo tem uma fome estratégica de
reservas enorme. Combustíveis alternativos vão ocupar 20% ou 25% do consumo. Até que uma virada
tecnológica ofereça à sociedade uma fonte energética que esteja à mão e facilmente reproduzível. Então,
reserva (de petróleo) continua a ser a sustentação econômica e de segurança de todo o lado ocidental.
A sua opinião é que isso tem que ser visto como estratégico?
Como brasileiro, como cidadão, acho que isso tem que ficar sempre evidente. Tem que fazer parte da
reflexão da sociedade brasileira. Da exploração e a propriedade desta riqueza dependerá o futuro dos
nossos filhos e netos. Certamente as nações hegemônicas devem estar pensando: "Tem um cara grande aí
no sul que tem água, tem sol, mal ou bem tem uma democracia, tem uma economia crescente, agora
descobre a expectativa de uma baita reserva de petróleo. Este cara vai nos incomodar". É evidente que
eles estão pensando isso. Agora, como é que vamos lidar com isso? O cara lá pensa daqui 50, 100 anos. Com
um país que tem a potencialidade que tem o Brasil, fontes energéticas... Então, recria a quarta frota...
primeira coisa. O que é isso camarada? O Brasil está sendo mapeado. Ninguém vai querer largar esta boca
de ser o país com nível avançado. É briga de cachorro grande, mesmo.
No anúncio de Tupi, foi dito que com o pré-sal o Brasil poderia chegar a mais de 100 bilhões de barris.
A expectativa se mantém?
A Bacia de Santos é muito prolífica e não tem óleo e gás só no pré-sal. A Bacia Equatorial é uma área
enorme, com um potencial enorme. Enfim, não é difícil. Francamente não é difícil. Contando toda área
sedimentar brasileira. Se você me perguntar em volumes recuperáveis, acho que é possível sim passar de
14 bilhões de barris hoje de reservas para chegar a isso. Acho que teremos surpresas por aí.
Todos os comentários
estadao.com.br: Primeira Página |Opinião |Nacional |Internacional |Vida & |Economia |Cidades |Esportes |Caderno 2 |Link |Paladar | Mais Suplementos |Blogs
Estadão de Hoje |Estadão Digital |No desktop |No celular |Tópicos | RSS || Especiais |Fotos |Áudios |TV Estadão || Tempo |Trânsito
O Estado de S.Paulo: |Portal do Assinante |Conheça o jornal || Portais: Jornal da Tarde |Limão |Território Eldorado |AE Investimento |ILocal |ZAP |Ibiubi
Grupo Estado: Curso de Jornalismo |Responsabilidade Corporativa |Nosso Código de Ética ||Publicidade: Como anunciar |Prêmio de Mídia |Top Imobiliário |Cannes