2.
9 – Ensinar exige curiosidade
• Ensinar exige curiosidade
• A prática que dificulta ou inibe a curiosidade do educando é uma prática
que nega a experiência formadora;
• O educador que utiliza procedimentos autoritários ou paternalistas que
impedem o exercício da curiosidade do educando acaba dificultando sua
própria curiosidade: “Nenhuma curiosidade se sustenta eticamente no
exercício da negação da outra curiosidade”;
• Curiosidade e liberdade
• O bom clima pedagógico-democrático é aquele em que o próprio educando
aprende que sua curiosidade e liberdade devem estar em constante
exercício, mas com limites: “Minha curiosidade não tem o direito de invadir
a privacidade do outro e expô-la aos demais”.
• Curiosidade ou memorização mecânica?
• A curiosidade é importante pois, sem a mesma, não se aprende, nem se
ensina: “Com a curiosidade domesticada, posso alcançar a memorização
mecânica do perfil deste ou daquele objeto, mas não o aprendizado real ou
o conhecimento cabal do objeto”;
• A reflexão e a exposição do professor
• Deve-se estimular a pergunta, a reflexão crítica sobre a própria pergunta, o
que se pretende com esta ou aquela pergunta, mas isto não anula os
momentos explicativos e narrativos em que o professor expõe ou fala do
objeto.
• Professor:mobilizador de pensamentos e idéias
• “O bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a
intimidade do movimento de seu pensamento”. Com essa prática, os alunos
acompanham as idas e vindas de seu pensamento, e cansam, ao invés de
dormirem.
• Da curiosidade espontânea para a curiosidade epistemológica
• “Satisfeita uma curiosidade, a capacidade de inquietar-me e buscar
continua em pé. Não haveria existência humana sem a abertura de nosso
ser ao mundo, sem a transitividade de nossa consciência”;
• É fundamental transformar a curiosidade espontânea para a curiosidade
epistemológica.
• Autoridade e liberdade
• Outro saber indispensável à prática educativo-crítica é o de como lidar com
a relação autoridade-liberdade, sempre tensa e que gera disciplina e
indisciplina: “Resultando da harmonia ou do equilíbrio entre autoridade e
liberdade, a disciplina implica necessariamente o respeito de uma pela
outra”;
• O respeito ao vir-a-ser-mais
• O autoritarismo e a licenciosidade são rupturas do equilíbrio tenso entre
autoridade e liberdade: “Somente nas práticas em que autoridade e
liberdade se afirmam e se preservam enquanto elas mesmas, portanto no
respeito mútuo, é que se pode falar de práticas disciplinares como também
em práticas favoráveis à vocação para o ser mais”
• Autoridade e liberdade
• É indispensável que autoridade e liberdade, vão se tornando cada vez mais
convertidas ao ideal do respeito comum somente como podem autenticar-
se.
• Ser aluno;ser professor
• “É interessante observar que a minha experiência discente é fundamental
para a prática docente que terei amanhã(...) Para isso, como aluno hoje
devo ter como objeto de minha curiosidade as experiências que venho
tendo com professores vários e as minhas próprias, se as tenho, com meus
alunos”.
• Glossário
• Paternalista: é aquele que vive num regime baseado na autoridade paterna
• Cabal: completo, pleno
• Epistemológica: baseada no estudo crítico dos princípios, hipóteses e
resultados das ciências já constituídas
• Licenciosidade: comportamento indisciplinado, desregrado
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