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Desabafo Verde

Recentemente estive presente a um encontro cuja temática era “A questão Ambiental: Nosso mundo,
nossos modos de vida”. Sob esta, uma temática bastante polêmica, há como abordar tudo o que tem sido
considerado dor de cabeça pela Humanidade nos dias de hoje. O fator limitante a nosso raciocínio é
exatamente este: podemos demarcar nosso presente, não modificar o passado – todavia interferimos sempre e
a todo instante em conseqüências do futuro.
Não mo proponho aqui a dizer mil coisas a respeito de nada – nem descrever que tais percentagens
de gases são emitidas por dia e que a taxa de desaparecimento da paisagem natural como hoje a conhecemos
é ‘x’. Até mesmo porque esse assunto já é tão discutido que às vezes perde o sentido...
Acredito, apenas, que a relevância do tema é significativa e merece ser comentada nesta coluna.
Chegou-se a um ponto em que a atividade antrópica é exatamente o que limita ao ser sua própria evolução.
Ainda há quem pense que o cientista – ator tecnológico[1] – detém o poder de controlar tudo a partir
de seus conhecimentos, no entanto já se deve refletir sobre tal. Vencer o caos causado pela ciência pela
mesma é uma tarefa árdua e extremamente demorada; haja em vista que demanda a aplicação de novas
pesquisas que talvez nem sequer tenham sido pensadas.
E o problema está no tempo: em pouco tempo a situação tende a piorar – e isso é a otimista visão de
que hoje não mais poluiremos, imaginando o que já foi feito irá repercutir.
Exatamente por isso o comentário de que podemos influenciar o futuro. Mas como? Circulam pela
WEB milhares de e-mails sobre o fazer a diferença – talvez o uso disto não seja propriamente incorreto.
Claro que uma pessoa não muda o mundo; só que esta pessoa dá o bom exemplo e prova a conscientização e
seu funcionamento.
A verdade é que as idéias sufocam-se sob a pressão; não vivemos uma ficção científica e no final
não há um mocinho e uma linda garota. Quisera o fosse. Apenas há a necessidade da mudança, mas somos
nós a geração da energia[2]: vivemos em função de uma luz acesa, um equipamento funcionando. Nossos
combustíveis poluem, e tecnologias limpas cada vez mais são necessárias para desmistificar que os
combustíveis cuja queima nos é de responsabilidade única, são o peso de nossas costas. No início fez-se o
fogo – hoje se faz os mp4, mp3 e celulares.
Talvez tudo isso esteja tão no íntimo do animal que o homem é, tão só animal[3]. Cheio de instintos,
mas uma vez socializado preenchido pelo vazio existencialista de necessitar e implorar que o cosmo lho
preste atenção.
E se hoje se propõe um veículo a hidrogênio, qual o risco se a maior causa de morte são os acidentes
de trânsito? Afinal, a pressão é tamanha.
E nesse universo puramente egocêntrico do ser, de um ser Humano, fica a questão: por que não
mudar?
Não é o ozônio o ícone. Tampouco as atitudes de ONGs[4]. O ícone é a autoconscientização: por um
amanhã ainda valioso e por novas gerações.
Não é no Tietê de São Paulo que queremos ver o mundo. Não é no deserto que queremos a
biodiversidade. Sustentabilidade[5] Já!
E uma cultura nova e não imposta, mas recriada pelos novos modos de vida das pessoas!
E da política apenas se espera que ultrapasse os créditos de carbono. Que transpondo os limites
entenda que não é apenas pequenas atitudes, mas atitudes de dimensão a não se pronunciar nestas tímidas
palavras. Ser sustentável, ou melhor, ter um país sustentável, não é devastar áreas inteiras por uma
monocultura – quer seja de cana-de-açúcar em determinadas regiões ou mesmo de soja em outras; muito
menos o é ter várias e continuar a devastar; a necessidade é preservar o que se tem e criar novas reservas
naturais.
Levam-se anos para se formar uma floresta, atingir o nível crescente e maravilhoso de diversidade
em um bioma. Mas esse tempo é infinitamente grande se comparado com o tempo de destruição deste.
Como toda escala cronológica – é normal que Gaia[6] tenha sua vida própria. E oscile
esporadicamente, a nosso ver. Nem toda mudança é de todo ruim, há vegetações que se tornam outras.
A questão é: este papel pode ser reciclado? Quisera o fosse, tão e unicamente esta. Mas vai muito
além de fechar a torneira ao escovar os dentes, não usar copos descartáveis e plantar árvores. Cá entre nós,
caro leitor: se fizeres isso a partir de agora – acredite – já estás mudando o planeta.
[1] Metáfora que diz respeito ao cientista, usada por um pesquisador da área de Humanas durante o Encontro cuja participação foi
mencionada.
[2] Também assunto de discussão no evento – energias limpas e renováveis.
[3] Há correntes que caracterizam o Homem como apenas isso: animal.
[4] O Greenpeace tentou usar de um toco de uma árvore queimada, cuja região em que se encontrava era tida como de preservação,
para simbolizar a causa contra o aquecimento global e para fazer com que percebam a necessidade de novas leis específicas à área
ambiental (Brasil).
[5] Sustentabilidade – nota-se pela frase o quanto é utópico pensar em uma sustentabilidade se não há a ação em prol desta.
[6] A teoria de Gaia vê o planeta como um ser vivo; nós seríamos como os carrapatos de um cachorro.

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