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UEM – Nutrição Mineral de Plantas

13.
DIAGNOSE DE DEFICIÊNCIA E TOXICIDADE DOS ELEMENTOS
MINERAIS

13.1. Suprimento nutricional e resposta de crescimento

A curva de produção de matéria seca em relação ao suprimento mineral tem


três regiões bem distintas como mostrado na Figura 13.1:

a) a taxa de crescimento aumenta com o aumento do suprimento (nível de


deficiência).
b) a taxa de crescimento atinge um máximo. Não é afetado com o aumento do
suprimento de nutrientes (nível adequado).
c) o crescimento decresce com o aumento do suprimento do elemento mineral
(nível tóxico).

Figura 13.1 - Relação entre o suprimento mineral e o crescimento.

A ótima produção das culturas é conseguida mediante a aplicação de


nutrientes. Para a aplicação racional de fertilizantes há necessidade do
conhecimento dos nutriente que estão disponíveis no solo e do “status” nutricional
das plantas (necessidade).

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13.2 Diagnose da deficiência mineral por sintomas visuais

Como regra, a desordem nutricional que reduz o crescimento e a produção,


em poucos casos, não são caracterizados por sintomas visíveis específicos. Os
sintomas tornam-se claramente visíveis quando a deficiência é aguda, onde já
houve o comprometimento da taxa de crescimento e da produção. Todavia, há
exceções, muitas espécies de plantas perenes e anuais, adaptadas a regiões
pobres em nutrientes, ajustam sua taxa de crescimento para um mínimo, e os
sintomas de deficiência não são observados.
O diagnóstico baseado em sintomas visíveis requer uma aproximação
sistemática como sumarizado no Quadro 13.2. Os sintomas aparecem nas folhas
velhas ou novas, dependendo se o elemento mineral é, ou não, facilmente
redistribuído.
O padrão de como se apresenta a clorose e a necrose é um critério
importante para a diagnose. Como regra, os sintomas visíveis da deficiência
nutricional são muito mais específicos do que aqueles de toxicidade dos
elementos minerais, uma vez que a toxicidade de um elemento mineral pode
induzir a deficiência de outro.

Quadro 13.2 - Alguns princípios de diagnose visual de desordem nutricional

Parte
Parte da
da Planta
Planta Sintoma
Sintoma prevalecente
prevalecente Desordem
Desordem

Deficiência
Deficiência
Uniforme
Uniforme N
N (S)
(S)
Clorose
Clorose
Folha
Folha madura
madura Internerval
Internerval ou
ou manchas
manchas Mg
Mg (Mn)
(Mn)
ee velha
velha Queimad.
Queimad. marg.
marg. ee ponta
ponta K
K
Necrose
Necrose
Internerval
Internerval Mg
Mg (Mn)
(Mn)

Uniforme
Uniforme Fe
Fe (S)
(S)
Clorose
Clorose Internerval
Internerval ou
ou manchas
manchas Zn
Zn (Mn)
(Mn)
Folha
Folha jovem
jovem
Necrose (clorose)
Necrose (clorose) Ca,
Ca, B,
B, Cu
Cu
ee ápice
ápice
Deformações
Deformações Mo
Mo (Zn,
(Zn, B)
B)

Toxicidade
Toxicidade

Manchas
Manchas Mn,
Mn, B
B
Necrose
Necrose
Folha
Folha madura
madura Internerval
Internerval ou
ou manchas
manchas B,
B, Sais
Sais (pulver.)
(pulver.)
ee velha
velha
Clorose,
Clorose, necrose
necrose Toxicidade
Toxicidade
não
não específica
específica

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O diagnóstico pode ser complicado quando mais do que um mineral está


deficiente, ou quando há deficiência de um e toxicidez de outro. Como por
exemplo em solo alagado há toxicidade de Mn e deficiência de Mg, sendo os
sintomas complexos. A diagnose pode ser também complicada na presença de
doenças, pragas e outros sintomas causados por injúrias mecânicas (ex.:
pulverizações). Para diferenciar os sintomas de desordem mineral dos sintomas
acima citados, é importante ter em mente que a desordem nutricional tem sempre
uma simetria padrão típica; folhas da mesma ou posição similar (idade fisiológica)
na planta, mostra padrão idêntico de sintomas, e há uma gradação marcante na
severidade dos sintomas das folhas velhas para as novas (Quadro 13.2).
Para se fazer uma precisa diagnose visual deve-se ter informações sobre o
pH do solo, disponibilidade dos elementos no solo (análise do solo), “status” de
água no solo (seca/alagamento), condições de temperatura no solo (baixa
temperatura/congelamento), aplicação de fungicida, inseticida, fertilizante, etc. O
tipo e quantidade de fertilizante a ser usado pode ser recomendado,
imediatamente a diagnose visual. Isto pode ser feito para os micronutrientes (Fe,
Zn ou Mn) ou Mg.

13.3. Deficiência e toxicidez dos elementos minerais

Esta parte tem como objetivo dar apenas uma idéia resumida da deficiência
e da toxicidez dos elementos minerais na planta.

a. NITROGÊNIO

Concentração de N necessária para o ótimo crescimento varia de 2 a 5% do


peso seco da planta. A deficiência causa redução drástica do crescimento da
planta.
O nitrogênio é mobilizado das folhas mais velhas para as folhas mais novas
(alta mobilidade). Os sintomas típicos podem ser vistos devido a senescência
(amarelecimento) das folhas mais velhas. Plantas com deficiência de N tendem a
aumentar a relação raiz/parte aérea. Com o aumento do suprimento de N à planta
ocorre: aumento do comprimento e largura da folha e redução da espessura
(podendo causa inclinação das folhas interferindo na absorção da luz), como
ilustrado no Quadro 13.3.
Como se observa, o excesso de N pode causar acamamento das plantas
(grande extensão do colmo). O uso de retardantes de crescimento (cicocel e
clormequat) pode possibilitar o uso de maior quantidade de N, e assim, aumentar
a produtividade das plantas sem o inconveniente do acamamento.
O N altera a composição da planta mais do que outros elementos minerais.
Alta disponibilidade, de N no solo, aumenta o N total na planta; decresce a
quantidade de amido e polifrutosanas, e aumenta a quantidade de lignina.

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Quadro 13.3 – Efeito do aumento do suprimento de N (como NH4N03) em folhas


de arroz

Suprimento de Comprimento Largura Área Espessura


N (mg L-1) (cm) (cm) (cm2) (mg cm-2)
5 49,0 0,89 30,6 4,9
20 56,1 1,13 47,8 4,1
200 60,3 1,25 56,1 3,8

b. ENXOFRE

O requerimento de S na planta varia de 0,1 a 0,5% do peso seco. O


requerimento pelas diferentes espécies segue a seguinte relação: gramíneas <
leguminosa < crucífera.
Na deficiência de S, a parte aérea é mais afetada do que o sistema
radicular, e a interrupção do suprimento de S causa, em poucos dias o decréscimo
da condutividade hidráulica, da abertura estomática e da fotossíntese líquida. A
deficiência de S causa também:

• Redução da área foliar (número e tamanho das células);


• Pode ou não decrescer o número de cloroplastos;
• Ocorre drástico decréscimo no conteúdo de clorofila das folhas;
• Redução do teor de proteínas (cisteína e metionina).

A clorose nas folhas das plantas deve-se principalmente a inibição na


síntese de proteínas (sintomas similar a deficiência de de N). A planta com alta
disponibilidade de N apresenta sintomas de deficiência de S nas folhas novas,
enquanto que a planta tendo baixa disponibilidade de N, apresenta sintomas de
deficiência de S nas folhas velhas.

c. FÓSFORO

O requerimento de P varia de 0,3 a 0,5% da matéria seca. A toxicidade de


P ocorre quando o concentração do mesmo for superior a 1% da matéria seca.

A deficiência de P causa:

- redução da expansão celular, da superfície da área foliar e no número


de folhas;
- as folhas apresentam-se com um verde escuro quando a expansão foliar
e celular é mais afetada do que a formação dos cloroplastos e clorofilas;
- causa decréscimo da relação parte aérea/ sistema radicular;
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- iniciação floral é retardada;


- número de flores e formação dos frutos são prejudicados.

d. MAGNÉSIO

O requerimento de S varia de 0,15 a 0,35% da matéria seca

A deficiência causa:

- clorose nas folhas completamente expandidas (folhas mais velhas


- redução da taxa fotossintética

e. CÁLCIO

O requerimento de Ca varia entre 0,1 a > 0,5% da matéria seca, sendo a


exigência maior nas dicotiledôneas do que nas em monocotiledôneas. O
requerimento de Ca aumenta com o aumento da concentração externa de metais
pesados, alumínio, NaCl ou prótons. Este parece ser um mecanismo das plantas
para minimizar os problemas de fitotoxicidade causado por esses elementos.

A deficiência causa principalmente:

- desestabilização da membrana plasmática e da parede celular;


- causa várias doenças como: “tipburn” em alface, coração negro
(“blackheart”) em couve-flor, apodrecimento da flor terminal em tomate e melancia
e “bitter pit” em maçã.

Deficiência de Ca nos frutos aumenta as perdas causadas pela senescência


precoce dos tecidos e infecção fúngica. Também, as perdas devido ao
armazenamento aumentam, devido a menor resistência aos agentes patogênicos.

f. POTÁSSIO

É o elemento mais requerido pelas plantas (2 a 5% da matéria seca).

A deficiência causa:

- retardamento do crescimento;
- clorose e necrose (mais severo). A intensidade depende da intensidade de
luz;
- prejudica os feixes vasculares e lignificação aumentando a suscetibilidade
a agentes patogênicos;

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- perda do turgor e conseqüente murchamento das folhas (sintoma típico


de deficiência e K);
- maior suscetibilidade das plantas ao frio.

A baixa sensibilidade de plantas suficientes em K á seca deve-se a muitos


fatores, entre os quais:
- função do K no estômato (controla o regime de água na planta);
- função do K no potencial osmótico no vacúolo (aumenta o conteúdo de
água nos tecidos sob condições de seca);
- a baixa suscetibilidade ao “stress” hídrico (seca) em termos de biomassa e
produtividade pode ser o resultado da maior concentração de K no estroma o que
mantém maior taxa fotossintética e redução do nível de ABA nas plantas.

g. FERRO

A deficiência crítica ocorre entre 50-150 mg Fe kg-1 da matéria seca. Em


solos calcáreos, a deficiência de Fe é um problema mundial, e caracteriza-se
principalmente pela clorose nas folhas mais jovens.

A deficiência causa:
- redução de clorofilas e proteínas;
+
- causa extrusão de H (para promover a absorção de P).

h. MANGANÊS

Há baixa disponibilidade de Mn em solos com alto pH, contendo carbonatos


livres, principalmente com grande quantidade de matéria orgânica.
A deficiência pode ser corrigida pela aplicação de fertilizantes via solo, ou
aplicação foliar de MnSO4, embora esta última, seja muito limitada na prática.
A quantidade de deficiência crítica do Mn varia entre 10 a 20 mg kg-1 de
matéria seca.

A deficiência causa:
- menor taxa de fotossíntese, redução de clorofila, maior suscetibilidade ao
frio;
- queda no número de grãos (queda de produtividade) devido a baixa
fertilidade do pólen e baixo suprimento de carboidratos para o enchimento dos
grãos;
A deficiência em dicotiledôneas é caracterizada por clorose internerval nas
folhas novas. Em cereais a deficiência caracteriza-se por manchas cinza
esverdeadas nas folhas basais.
A toxicidade do Mn causa:

- precipitação do Mn na forma de MnO2 (pontos necróticos nas folhas


velhas;
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- induz deficiência de Fe, Mg e Ca (diminui absorção ou função a nível


celular);
- perda da dominância apical aumentando a ramificação da parte aérea
(diminui a síntese de AIA).

i. COBRE

A alta disponibilidade de N pode também acentuar a deficiência de Cu. O


nível crítico de deficiência do Cu varia entre 1 a 5 µg g-1 da matéria seca.
Entretanto, a sensibilidade a deficiência de Cu varia muito dentro da mesma
espécie como entre diferentes cultivares.

A deficiência causa:

• retardamento do florescimento (aumenta síntese de AIA);


• reduz a taxa fotossintética (diminui plastocianina);
• diminui a lignificação (aumenta acamamento e murcha);
• necrose do meristema apical;
• distorção de folhas novas.

A toxicidade causa:

• indução a deficiência de Fe;


• peroxidação de lipídios (destruição dos cloroplastos).

A aplicação de Cu na forma de sais inorgânicos, óxidos ou quelado podem


ser usados como meio de corrigir rapidamente a deficiência nas plantas.
Os mecanismos de adaptação a toxicidade de Cu pelas plantas são
basicamente:

• exclusão ou restrição da absorção;


• imobilização nas paredes;
• complexos insolúveis;
• compartimentalização com complexos solúveis;
• adaptação de enzimas;
• fitoquelatinas (são polipeptídeos que seqüestram ou quelam metais
pesados na célula, evitando dano destes metais à nível intracelular).

j. ZINCO

A deficiência: de Zn em dicotiledôneas acarreta redução do crescimento


devido ao encurtamento dos internódios (roseta) e um decréscimo rápido no
tamanho da folha. Há também, queda da fotossíntese e clorose nas folhas. Na
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deficiência severa ocorre morte do ápice da planta. Geralmente a parte aérea é


mais afetada do que o sistema radicular. É comum a exclusão de solutos de baixo
peso molecular em dicotiledôneas (aminoácidos, açúcares, fenólicos e K) e em
monocotiledôneas (fitosideróforos – compostos que se ligam ao Fe no solo
permitindo facilitando a entrada deste micronutriente na célula).

K. BORO

A dediciência acarreta:

- redução na lignificação (menor diferenciação do xilema). Ex,: Caule oco


em couve-flor);
- reduz o crescimento das raízes (diminui AIA o que diminui o
alongamento);
- aumento de substâncias pécticas e calose no floema (reduz, o transporte
de carboidratos no floema);
- diminui citocininas nas raízes;
- reduz síntese de proteínas ( em deficiência severa);
- necrose e morte do ponto de crescimento (redução na síntese de AIA);
- pecíolo foliar quebradiço.

Em nível tóxico ocorre:

- clorose e necrose dos bordos das folhas maduras;

O limite de deficiência e de toxicidade de B são muito próximos e, variam


muito entre as espécies.

l. MOLIBDÊNIO

Na deficiência ocorre:

- acúmulo de nitrato na célula (sintomas de deficiência de N);


- aumento da proporção Pi/Po na planta;
- aumento de ácidos orgânicos;
- presença de “ponte de chicote” (couve-flor);
- limbo foliar perfurado (couve-flor).

A toxicidade é rara na planta. É comum ocorrer a molibdenose em animais


ruminantes que é um desbalanço entre Mo e Cu.

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m. CLORO

A deficiência é rara pois é fornecido pelo solo, ar, chuva,etc. Em deficiências


provocadas observa-se:

- murcha de folhas especialmente nas margens reduzindo a taxa de


crescimento celular
- reduz a fotossíntese (diminui a área foliar)
- fechamento dos estômatos

A toxicidade causa:

- competição com N03- ;


- dano osmótico (> 20 mM de Cl na solução externa).

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