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Promoção “E agora Sookie?

To Have and Not To Hold

By Candie

Minh'alma ardente é uma fogueira acesa,


É um brasido enorme a crepitar!
Ânsia de procurar sem encontrar
A chama onde queimar uma incerteza!

Tudo é vago e incompleto! E o que mais pesa


É nada ser perfeito. É deslumbrar
A noite tormentosa até cegar,
E tudo ser em vão! Deus, que tristeza!...

Aos meus irmãos na dor já disse tudo


E não me compreenderam!... Vão e mudo
Foi tudo o que entendi e o que pressinto...

Mas se eu pudesse a mágoa que em mim chora


Contar, não a chorava como agora,
Irmãos, não a sentia como a sinto!...

“O meu impossível”, poema de Florbela Espanca


Estou parecendo uma idiota olhando para o espelho e imaginando o vestido branco,
a igreja, o noivo, o sim, o beijo e a lua de mel. Bill consegue com apenas algumas
palavras me tirar totalmente do sério, alguns minutos atrás achei o pedido sem
sentido, agora com o anel no dedo mudei totalmente de opinião e estou sentindo
que foi a coisa certa. Estou pronta para casar, cuidar de nossa casa, acordar todos
os dias juntos, nossos filhos, nossos filhos, nossos... Filhos. Tem alguma coisa
errada nesse conto de fadas, eu beijei o sapo e ele não é um príncipe encantado,
mas um vampiro que não está vivo, que bebe sangue e jamais poderia ter filhos ou
fazer piquenique debaixo de um sol escaldante. Não queria pensar mais naquele
momento, o anel ficou lindo, serviu perfeitamente e eu quero apenas ser a
Sra.Compton. Resolvi não perder mais tempo, escancarei a porta do banheiro e fui
correndo até o homem da minha vida ou vampiro da minha vida. Mas nada poderia
me preparar para o que eu vi, tentei respirar fundo, minhas mãos tremiam
descontroladamente, senti que iria desmaiar, não queria imaginar o que tinha
acontecido. Olhei para a porta aberta e para a cadeira caída no chão, a mesa
bagunçada, e o que teria acontecido? Onde está Bill? Ele não poderia ter me
largado sem uma resposta definitiva, ele não faria isso, seria rude, seria sujo, seria
tão Eric. Eric, balancei a cabeça em negativa, por que lembrei dele? Não faz sentido,
estou com problemas maiores, correndo o risco de ter perdido o noivo antes de o
casamento acontecer, virar motivo de piada e ter apenas um anel como lembrança.
Não é o momento para lembrar-se da existência de Eric, precisava de concentração
para entender o que estava acontecendo, olhei em volta, não havia nenhuma alma
viva por perto, onde estariam os funcionários? Pensei começando a sentir o
desespero crescer, não tinha sangue no chão, nem na parede e, isso poderia
significar que mortes não haviam acontecido, respirei fundo e caminhei até uma
porta lateral que deveria levar para a cozinha ou qualquer outro lugar que poderia
haver pessoas. Abri a porta lentamente esperando encontrar uma cozinha lotada e
barulhenta, mas não havia sinal de ninguém, tudo na mais perfeita ordem e sem
sinal de seres viventes, apenas eu... Sookie, a noiva abandonada. Isso soava tão
patético, eu havia dito não e sem dúvida ele foi embora para encontrar talvez uma
humana menos estúpida do que eu. Balancei a cabeça, eu não iria ficar remoendo o
acontecido, e sim tentaria pelo menos encontrar Bill, falar em voz alta minha
resposta e tudo ficaria certo. Com esses pensamentos positivos sai pela porta
escancarada do restaurante chique, apenas meu carro velho estava lá solitário
naquela noite. Abri a porta com força, sentei no banco não contendo o choro, estava
sem Bill, sozinha e sem saber o que fazer. Após uma boa meia-hora de choros e
soluços, recobrei os pensamentos positivos de antes, liguei o carro e parti a toda
velocidade para a casa de Bill. Talvez ele ainda estivesse por lá ou Jessica saberia o
que aconteceu, eu não poderia dar ao luxo de ter novas crises de choro, já tinha
acontecido tantas coisas na minha vida e não seria o sumiço de Bill que me deixaria
sem saber o que fazer.

Dirigi como uma louca pela estradinha até a casa de Bill, eu só via pelo retrovisor a
poeira levantando, nem sei como estacionei o carro, sei que quase bati com tudo na
varanda, sorte que sou uma boa motorista e pisei no freio antes do pior. Seria algo
estranho contar para a polícia o sumiço de Bill e eu destruindo sua varanda, sem
dúvida me prenderiam pensando que ele havia me largado, e louca da vida tentei
destruir sua casa. A velha mansão estava com as luzes apagadas, reprimi
pensamentos sobre o tanto de alegria que tinha passado ali, não era o momento de
agir como a pobre donzela apaixonada. Subi correndo a escadinha da frente, pisei
sem querer num buquê de flores que estava colocado na frente da porta, estraguei
as belas flores com meu pisão. Peguei o buquê procurando por alguma mensagem,
não encontrei nada, também não estava preocupada de estar invadindo privacidade
de alguém. Parecia coisa de admirador secreto e só podia ser para Jessica,
mulheres não fazem isso, não deixam buquês na porta de seu amado. Claro que
não queria imaginar que tinha alguma mulher bancando a admirado secreta de Bill,
era para Jessica e ponto final. Bati várias vezes com força na porta:

- Bill, Bill, Bill, Jessica, tem alguém aí? – continuei batendo e gritando pelo nome
deles, sem sucesso, a casa estava sozinha. E mais uma vez sem Bill, sentei no
degrau, olhei para aquele anel lindíssimo e comecei a retirá-lo com raiva, tristeza,
uma mistura de sentimentos – Oh, meu deus, era só o que faltava – falei em voz
alta. O maldito anel não queria sair, reparei que meu dedo estava inchado, meio
vermelho, eu simplesmente não conseguia retirar o anel, não passava nem da
metade e de lá também não saia. Já estava prendendo meu sangue e gemi de dor,
levantei num pulo, agora andava em círculos puxando o anel com força, sendo que
ele nem se movia, continuava lá, um pouco abaixo da metade do dedo, o vermelho
do sangue havia se intensificado, balancei a mão gritando de dor. Vou até o
Merlotte, demorei a pensar no bar de Sam, meu patrão calmo e compreensivo. Corri
para o carro, dirigira novamente como uma louca, também não havia ninguém na
estrada, era tarde e depois da turbulência de Maryann, as pessoas estavam meio
comedidas. Chegando perto do bar, notei luzes de ambulância, todo mundo parado
em frente ao bar, estacionei o carro perto da entrada dos funcionários, caminhando
em seguida na direção das pessoas. Arlene foi a primeira que me viu, nem precisei
abrir a boca para perguntar, ela já estava tagarelando:

- Oh, Sookie, que bom que chegou. Tara vai precisar da sua ajuda, imagina, também
com o que aconteceu, eu estava lá dentro servido as mesas, sabe, Terry estava na
cozinha, tudo estava normal, nem notei nada de diferente, até que um barulho de
tiro, nosso susto foi...nem te conto, pior que derrubei a bandeja, quebrei um monte
de copos, espero que o Sam não fique bravo quando voltar.

Quando ela parou para recuperar o fôlego, perguntei:

- Arlene, não entendi nada do que aconteceu e por que Tara precisa de minha
ajuda? – e antes que ela pudesse responder, senti o sangue fugir da minha face
quando vi o motivo. Tara estava debruçada em cima do corpo de Eggs que jazia em
cima de uma poça de sangue. Comecei a empurrar as pessoas para chegar até
Tara, cai de joelhos ao seu lado, evitando olhar para a cabeça aberta de Eggs e os
miolos espalhados pelo chão – Tara, querida – não conseguia encontrar outras
palavras, apenas queria tentar confortá-la. Passei o braço nos seus ombros, pela
primeira vez ela levantou a cabeça, estava com os olhos marejados de lágrimas,
soluçando sem parar. Sem perceber eu estava chorando novamente, sentindo a dor
de minha amiga e sem ousar invadir seus pensamentos, seus olhos já transmitiam
toda a dor que sentia.

- Tara, precisamos levar o corpo, a ambulância já está aqui, não há nada mais que
possa fazer – Andy Bellefleur falava naquela voz pastosa, sem sentimentos pelo
acontecido.

- Andy, deixe a Tara em paz – falei entre os dentes olhando com raiva para Andy e
sua falta de sensibilidade.

- Sookie – ele pronunciou meu nome com desdém – Eu sou a autoridade aqui e
esse corpo vai sair agora.

- Por que atirou nele, Andy? Por quê? O que ele fez? – Tara levantou de uma vez,
começando a esmurrar o peito flácido de Andy.

- Foi em legitima defesa, Tara, ele tentou me matar – Andy falava rapidamente,
evitando os murros de Tara. Fui à direção de Tara e a afastei de Andy, lancei um
olhar para ele e ouvi um pensamento rápido, mas claro: “Jason, seu estúpido, por
que atirou?”. Assustada desviei o olhar para Andy não perceber meu assombro, não
podia acreditar que Jason estava envolvido na morte de Eggs. Enquanto levava Tara
para meu carro, observei as pessoas que lá estavam e não havia sinal de Jason em
lugar algum. Ah, Jason, por que sempre tão precipitado e burro? Não conseguia
encontrar uma resposta para essa pergunta, mas não podia me preocupar com esse
detalhe agora. Tara estava arrasada, precisava descansar, retirar aquela roupa
ensangüentada, tomar um banho e dormir. Laffayette caminhava na minha direção,
também estava com um olhar pesaroso, iria começar a falar, balancei a cabeça e ele
calou-se em seguida. Coloquei Tara no carro e fui dirigindo em direção a casa de
minha avó, sempre seria a casa de nossa vovó, olhei para Tara com ternura
lembrando alguns momentos felizes de nossa infância, e como crescer complicava
tudo, agora entendia o complexo de Peter Pan. Subi a escada com Tara, minha casa
ainda estava uma bagunça por causa da maldita bacante, mas algumas coisas já
estavam arrumadas, inclusive meu quarto antigo e estava levando Tara para lá.
Deitei Tara na cama, fui até o banheiro encher de água quente a banheira, já estava
um tempo sem pensar em Bill e não queria fazer isso nesse momento, Tara era a
prioridade. Uma hora mais tarde eu estava fechando a porta do quarto, jogando um
beijo para minha querida amiga e deitando no sofá velho da sala. Fechei os olhos,
queria acordar no dia seguinte, descobrir que tudo foi um sonho louco, nada disso
havia acontecido, inclusive o pedido de Bill. Eu o amava só não sentia que era
aquele o momento certo para responder. Com esses pensamentos cai no sono,
desejando para que não sonhasse com Eric, estava com tantos problemas e sonhos
eróticos com o detestável Eric não era a melhor solução... Ou era... Era... Não
estava raciocinando direito mais, amava o vampiro Bill, sim... Eu não queria abrir os
olhos, não mesmo, queria ter o Bill ao meu lado, mas aqueles lábios frios desciam
por meu pescoço, os dentes pontudos roçando de leve na minha pele. Eu sentia
meu corpo tremer, minhas mãos procurando seus cabelos, apertava com força e os
dentes afundavam devagar. Pequenas gotas escorriam até meu peito que arfava
desperadamente, a língua dele fazia um caminho perigoso pelo meu pescoço até
meu peito. Gentilmente lambia meu sangue, soltei um gemido quando os dentes
cravaram no meu peito esquerdo, o coração disparado, o sangue saindo sem parar
de meu corpo para os lábios dele. Sugava com grande habilidade, parecia que fazia
aquilo sempre, eu pedia por aquele contato e mais uma vez procurei seus cabelos.
Quando abri os olhos a primeira coisa que vi foi uma cabeça loira deleitando-se de
meu sangue, meu ser e claro meu peito, fechei os olhos e tive certeza de que estava
perdida porque estava gostando daquilo.

Acordei com um gemido, estava assustada pelo que havia acontecido, passei a mão
pelo meu peito esquerdo apertando com força, não havia marca nenhuma e nem
sangue, respirei aliviada, tinha sido apenas um sonho, mais um sonho para a
coleção de sonhos eróticos estrelando Eric Northman e a perdida Sookie
Stackhouse. Aonde isso iria me levar eu não fazia idéia, apenas estava feliz por não
ser realidade. Já havia amanhecido, levantei e usava o vestido que Bill havia me
dado de presente. Ah!Pobre Bill, o jantar, o pedido, seu sumiço, tudo era real,
inclusive a morte de Eggs e o sofrimento de Tara, olhei para o andar de cima, nem
sinal dela. Fui para a cozinha, fiz um café e tomei num gole só, não estava me
importando o quanto estava quente, queria tirar de minha cabeça o sonho que tive e
voltar de uma vez por todas aos meus problemas reais. Fui até meu antigo quarto,
abri a porta devagar, Tara continuava dormindo, não iria acordá-la, precisava
descansar. Eu teria que encontrar Jason e descobrir se era realmente verdade o
pensamento que ouvi de Andy. Troquei de roupa, coloquei uma calça jeans e
camiseta branca simples, não estava com cabeça para escolher roupa. Fiz um rabo
de cavalo, passei rapidamente pelo espelho e assustei com minhas olheiras, parecia
que havia dormido muito mal, também com aqueles pesadelos com Eric, só podia
acordar desse jeito. Deixaria Tara algumas horas sozinha, ela não faria nada
demais, logo eu voltaria depois de falar com o meu irmão idiota. Dirigi até a casa de
Jason sem pensar em nada, só queria descobrir o que estava acontecendo com
minha vida, alias desde que Bill entrou nela tudo tinha virado de cabeça pra baixo.
Perder a virgindade foi apenas um detalhe perto de tudo o que já tinha e o que
estava acontecendo, nunca havia tido meses tão agitados antes e conhecido
situações tão loucas. Eu ignorava a dor que sentia no coração toda vez que
lembrava de Bill, uma coisa por vez, eu iria pensar mais profundamente sobre seu
sumiço a noite quando os vampiros caminhavam sobre a terra. Agora era a vez de
Jason, cheguei a sua casa, seu carro não estava estacionado, bati na porta e não
tive resposta, tentei olhar pela janela suja da sala. Nenhum sinal de Jason, também
estava sumido, assim como Bill. Mas, o conhecendo com o conheço, sem dúvida
estava escondido em algum rabo de saia sabendo a bobagem que tinha feito, depois
iria aparecer em casa com cara de coitadinho pedindo desculpas. Desde pequeno
fazia isso, sempre conseguia o que queria, por isso havia se tornado esse tonto que
é hoje em dia, muito mimado e não pensem que era somente a minha vó, todo
mundo foi condescendente com Jason, até eu, agora era tarde para reclamar. E o
anel continuava naquela mesma posição, já estava com medo de precisar amputar o
dedo por conta do sangue preso, simplesmente não entendo o motivo de não
conseguir tirar o anel. Pelo jeito iria ficar lá pra sempre, todo mundo perguntando e o
noivo sumido. Voltei para casa, iria fazer um almoço simples, afinal, só Tara e eu.
Subi para o quarto e a acordei:

- Tara... Tara – chamei com delicadeza até que acordou, me encarou ainda com os
olhos vermelhos de tanto chorar.

- Sookie, o Eggs realmente morreu? Não foi um sonho?

- Gostaria que tivesse sido, mas ele realmente está morto – falei com tristeza. Não
por tê-lo conhecido muito, tivemos um contato breve quando vi as terríveis mortes
em sua mente, não queria imaginar que aquilo de alguma maneira estaria
relacionado com sua morte, e Tara parecia feliz com ele, pela primeira vez em um
longo tempo.

- Vou até o necrotério, não vou ficar parada chorando, ele não era violento e não
tinha motivo para atacar o Andy, quero saber a porra da verdade – balancei a
cabeça e tentei manter um sorriso calmo, no fundo esperava que ela jamais
descobrisse o possível envolvimento de Jason, seria um golpe muito duro. Tara
levantou da cama com pressa, vestiu qualquer roupa e foi saindo pela porta, não
tentei impedir, ela era adulta, sabia o que fazia – Obrigada por tudo – ela disse com
um sorriso e se foi. E eu fiquei sozinha, desci até a cozinha, preparei um sanduiche
e fui até a varanda, mais tarde teria que trabalhar, não estava com vontade, o vazio
só aumentava. Não queria encarar as pessoas e suas perguntas sobre meu anel
sendo obrigada a revelar que Bill tinha me abandonado e tinha mesmo? Ele não
parecia ser o tipo que fugia, não combinava com seu cavalheirismo e não parecia o
vampiro por quem eu tinha me apaixonado. Será que... Será que... Nem ousava
terminar isso, mas será que Eric poderia saber de algo? Eu teria coragem de ir ate o
Fangtasia para descobrir? Pelo Bill eu faria qualquer coisa, apena seria péssimo
aturar os olhares insinuantes de Eric como se quisesse me devorar e no pior sentido
que isso possa ter, pelo menos ele não sabia dos sonhos, quanto a isso eu estava
tranquila, dentro dos meus pensamentos ele não entrava.

Quando estacionei o carro no estacionamento do Fangtasia já estava pensando em


ir embora. O arrependimento era grande, só que agora era tarde demais, meu turno
iria começar dali umas duas horas, teria tempo de descobrir alguma coisa, voltar e
ninguém perceber. Caminhei devagar tentando relembrar na minha mente o que eu
iria dizer sem dar chance para Eric retrucar muito. Entrei logo atrás de um casal todo
animado, não sabia dizer se eram vampiros, humanos, sei lá, só sei que estavam
alegres, pelo jeito a noite seria boa ali. O bar não estava muito cheio, aquela loirinha
chata não estava por ali, respirei aliviada, dei uma olhada rápida pelo local e nada
de Eric, meu coração estava acelerado e não entendia o motivo disso. Estava indo
em direção ao bar para perguntar, quando senti um puxão no meu braço e lá estava
Pam, a assistente de Eric, muito bem vestida como sempre, e linda como sempre
também, gostaria de saber me arrumar como ela. Eu usava a camiseta do Merlotte e
uma calça jeans, não ousaria usar meu shorts de trabalho para ir até lá, atrair mais
atenção do que queria, mas no fundo gostaria de estar mais arrumadinha, e não
pensem que é pelo Eric, jamais.

- Sookie Stackhouse, agradável surpresa vê-la por aqui – a voz de Pam soou tão
falsa que reprimi uma risadinha.

- Estou aqui porque gostaria de perguntar umas coisas para seu patrão.

- Sem Bill? – ela perguntou surpresa.

- Sim, sem Bill – respondi rapidamente sentindo uma pontada no peito – Poderia
chamar o Eric, assim posso ir embora logo.

- Ele vai adorar saber que está aqui – soltou uma risada – E, você me deve um par
de sapatos.

- Eu? Desde quando?

- Desde aquele dia que você apareceu aqui machucada, fui rastrear na estrada
quem te fez isso e meus sapatos estragaram. A maldita bacante morreu então,
minha cara, é por sua conta agora – sorriu novamente.

- Só me falta essa – olhei para os pés de Pam – Você deve calçar uns 39? Vai ser
complicado para encontrar – falei zombando. Pam revirou os olhos e saiu por uma
porta ao lado do bar sem falar nada. Esse round eu ganhei, pensei triunfante. Fiquei
esperando ainda com o coração acelerado, estava nervosa pelo Bill, claro, isso
mesmo. Alguns minutos depois, Pam reapareceu com cara de poucos amigos.

- Ele está te esperando no escritório – falou friamente, e eu fui caminhando até o


local indicado por ela, antes de entrar ela disse – E meu número é 36.

- Ah, tá bom – eu dei uma risada alta e Pam saiu batendo os pés de raiva. No fundo
eu até gostava dela, impossível ficar indiferente ao seu charme. Agora o pior estava
por vir, pelo menos com Pam era divertido com Eric o negócio era mais embaixo.
Abri a porta tentando manter-se o mais calma possível, e lá estava ele com todo
aquele seu tamanho encostado na ponta da mesa e parecendo terrivelmente sexy,
sim, isso eu tenho que admitir, ele é muito bonito mesmo e acredito ser até difícil
descrever. Os cabelos loiros curtos estavam arrumados para trás, ele usava uma
calça preta com uma jaqueta igualmente preta e por baixo uma camisa preta, tudo
preto e tão vampiro ameaçador, claro. Pelo menos não estava com a regata que
costumava usar, não queria me distrair olhando para aqueles braços musculosos,
foco, respirei fundo, foco, estou aqui pelo Bill.

- O que devo a honra de sua visita? – ele disse com um sorriso.

- Eu... Estou aqui para perguntar sobre Bill – falei nervosamente.

- Bill?E o que eu saberia sobre o Bill que você gostaria de saber? – ele perguntou
um tanto surpreso.

- Bill sumiu ontem à noite, estávamos num restaurante, quando fui ao banheiro e
voltei, ele havia sumido – falei tudo de uma vez sem respirar.

- Estavam num restaurante, por acaso comemorando algo em especial? – perguntou


de maneira arrogante.

- Você não escutou a parte que Bill sumiu ou quer ficar me enrolando?

- Escutei, Sookie, mas não estou preocupado com o sumiço dele, não me preocupo
com o Bill – lançou um olhar provocante – tenho coisas mais interessantes com o
que me ocupar.

- Eric, por favor, eu preciso saber qualquer coisa, não posso ficar sem o Bill –
lágrimas surgiram nos meus olhos, não queria parecer vulnerável para ele.

- Não comece a chorar – ele falou irritado – Vou ver se descubro alguma coisa e
passo mais tarde na sua casa para te contar.

- Não precisa – falei rapidamente – Eu posso vir aqui novamente.

- Claro que não, não sabemos o que aconteceu com o Bill, é melhor eu ir até a sua
casa, é mais seguro – ele sorriu de maneira encantadora. Claramente estava me
manipulando, mas eu não poderia ficar discutindo sobre isso e perder a chance de
descobrir algo sobre Bill.

- Está certo – eu disse sem alegria. Virei para ir embora, mas antes que pudesse sair
ele se colocou na minha frente.

- O que fez no seu dedo? – ele perguntou. Eu respirei fundo, escondi o dedo com o
esparadrapo que cobria o anel atrás das minhas costas.

- Não é nada.

- Não parece, estou sentindo cheiro de sangue.

- É imaginação sua, eu tenho que ir embora, estou atrasada – tentei empurrá-lo sem
sucesso, afinal, ele era tão grande, forte, bonito...eu tinha que parar com esses
pensamentos impuros, eu estava ali pelo Bill.

- Me deixa ver, Sookie – sua voz soou séria.


Eu afastei um pouco, meu coração estava novamente acelerado. Peguei minha mão
e retirei o esparadrapo, soltei um gemido de dor e mostrei o anel para ele, meu dedo
estava realmente horrível, já estava ficando roxo. Ele se aproximou e pegou minha
mão com delicadeza, minha reação foi se afastar do predador, afinal, eu sabia que
era presa, mas ele puxou novamente devagar e me encarou nos olhos:

- Um anel!Estavam comemorando, vão se casar quando? – falou cinicamente.

- Como vou casar se o noivo sumiu – retruquei de maneira irritada.

- Ah, tinha esquecido disso – ele deu uma risada alta e eu virei a cabeça irritada,
tentando puxar minha mão – E pelo jeito você tentou tirar o anel sem sucesso, se
continuar assim vai perder o dedo.

- Não é problema seu, logo sai sozinho – desejava que isso acontece.

- Vou tirar para você, não se preocupe – e lá estava aquele sorriso sacana, ele
estava se aproveitando da situação, como sempre faz. Começou a massagear
lentamente meu dedo dolorido, eu gemi novamente de dor, mas em vez de ele puxar
com a mão, ele levou meu dedo até sua boca, eu desesperada tentei puxar minha
mão. Só que antes de fazer um novo movimento ele encostou os lábios no anel e
começou a puxar lentamente, eu sentia os dentes pontudos roçando na minha pele
quente, parecia o sonho que tinha tido com ele, mas foi um sonho e não se tornaria
realidade, pois aqui eu não pretendia transar como louca. Filetes de sangue
escorriam enquanto ele puxava o anel com a boca e ele conseguia fazer aquilo
parecer tão sexual. O anel foi saindo, eu respirava aliviada, mas meu coração estava
quase na boca e o formigando entre minhas pernas só aumentava. Por fim, ele
puxou até o final com os lábios, segurando o anel numa de suas mãos e em seguida
lambeu delicadamente o sangue que escorreu.

- Foi bom para você como foi para mim? – ele falou com os olhos vidrados de desejo
depois que terminou o serviço de lamber o sangue. Eu me livrei de seu contato com
um safanão e respondi com uma tremenda raiva:

- Você é um imbecil – sai pela porta soltando fogo, fui correndo até o carro e só
quando sentei no volante consegui respirar novamente. Liguei o motor e sai em
disparada, queria estar o mais longe dali, uma coisa era sentir desejos em sonhos,
outro era na vida real e não queria sentir aquilo por ele. E eu jamais o receberia na
minha casa, jamais... Maldito. Quando eu estava chegando ao Merlotte, eu lembrei
de algo terrível.

- O anel está com ele – falei em voz alta com ódio, bati a porta do carro e fui
caminhando nervosa para o serviço. Sim, eu teria que recebê-lo mais tarde e só
Deus sabe o que poderia acontecer.

To Be Continued
Trilha Sonora Básica (Se Stephenie Meyer pode, eu também posso)

1. To Have And Not To Hold – Madonna


2. Candy Perfume Girl – Madonna
3. Somebody Else's Song – Lifehouse
4. Love Is Blindness – U2
5. Too Much of Not Enough – Silverchair
6. Tapes - Alanis Morissette
7. Orchid - Alanis Morissette
8. Mannequin – Katy Perry
9. Heaven Beside You – Alice in Chains
10. Stupid Girl – Garbage
11. If You Love Somebody Set Them Free – Sting
12. Just Breathe – Pearl Jam

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