Вы находитесь на странице: 1из 13

O impacto da instabilidade na educação no rendimento dos alunos

1- O clima de contestação social nos


JSD sem Fronteiras - bairros periféricos das grandes cidades
Sessão 1 europeias

2- O papel do Estado na economia num


10,34% actual cenário de recessão económica

3- O impacto da instabilidade na
24,14% 1 educação no rendimento dos alunos
65,52% 2
3

Foi numa noite de inverno e com alguma chuva que se realizou a primeira sessão da iniciativa JSD sem
Fronteiras. Foi, sem dúvida, um debate muito interessante, em que os jovens puderam expressar
livremente as suas opiniões e oscultar a opinião dos outros. É num clima informal e de respeito mútuo
que pretendemos que todas as sessões decorram. É também nosso desejo que os jovens possam dar um
contributo cada vez maior à sociedade, pois possuem opini
opiniões
ões sérias sobre os mais diversos temas do
nosso quotidiano.

Durante esta sessão foi notório que os jovens estão muito preocupados com o actual cenário de crise na
educação. Actualmente, os professores encontram
encontram-se
se desmotivados e com grandes problemas em
cumprirem o seu papel de ensino na escola pública. Exigi
Exigi-se
se muito aos docentes, mas não se lhes dão as
condições mínimas exigidas para que os objectivos propostos possam efectivamente ser atingidos. O
rendimento dos alunos será necessariamente afectado, so sobretudo
bretudo devido à desmotivação da classe
docente, pois as faltas efectivas motivadas pela greve, apesar de terem o seu impacto, poderão ser
recompensadas com aulas extras. Contudo, o sentimento de desmotivação e desorganização não
poderá ser combatido de igual
ual forma.

O programa estipulado para este ano lectivo muito dificilmente será cumprido, de forma a que os alunos
tenham capacidade de assimilar a matéria dada durante as aulas. Contudo, existe também o sentimento
de que os resultados dos exames não irão ttraduzir
raduzir a pior preparação dos alunos, uma vez que o
Ministério, muito provavelmente, optará pela elaboração de exames bem mais acessíveis, algo que já
aconteceu aquando dos exames de matemática do último ano lectivo. Existe uma excessiva
preocupação do Governoerno em produzir estatísticas “bonitas”, no qual seja visível uma melhoria muito
acentuada do rendimento dos alunos. De facto, o governo deveria era estar preocupado com os
conhecimentos efectivamente adquiridos por estes alunos, que irão constituir o merc
mercado
ado de trabalho do
nosso país. As estatísticas, só por si, não permitem avaliar o grau de preparação dos nossos alunos para
um mercado de trabalho cada vez mais exigente.
Outra opinião interessante de se analisar diz respeito à ideia de quem serão os estudantes mais
prejudicados com esta instabilidade na educação. Nesse ponto, apareceram duas correntes de opinião:
uma defende que serão os alunos do 12º ano e todos aqueles que têm exames nacionais este ano; a
outra corrente defende que todos os alunos dos vários níveis de ensino serão prejudicados. Parece-me
óbvio que ambos poderão ter razão. É minha opinião, de que a curto prazo serão os alunos do 12º ano
os mais prejudicados, pois irão estar pior preparados para a universidade. A médio e longo-prazo todos
sairão prejudicados, pois não terão bases de conhecimento para estarem preparados para os desafios e
níveis de exigência dos anos seguintes. Uma má preparação dos alunos num ano lectivo, terá
necessariamente consequência no ano lectivo subsequente.

Um outro aspecto que mereceu preocupação diz respeito ao modelo de organização das escolas
públicas e privadas. Sabemos que nem todas as escolas privadas funcionam bem, mas quando olhamos
para os ranking dos resultados das escolas verificamos que os primeiros lugares encontram-se
dominados por estes estabelecimentos de ensino. A actual crise na educação pública irá agravar o fosso
entre a escola pública e privada, tornando o ensino de qualidade num bem apenas acessível a quem
possui maior capacidade económica.

Por fim, foram abordados outros temas que se encontram directamente relacionados com a crise no
sector da educação, nomeadamente o processo de avaliação dos professores e a existência de um
sistema de quotas nessa avaliação. Este acabou por ser um dos pontos mais controversos da sessão,
pois se todos defendem a avaliação dos professores, nem todos estão de acordo com a existência de um
sistema de quotas. Deveremos ter presente que nem todos os professores podem ser considerados
excelentes e consequentemente atingirem o topo da carreira, o que significa que terá que existir sempre
um sistema de quotas. Contudo, a aplicação de um sistema de quotas rígido que não tem em atenção as
especificidade de cada escola poderá não ser a melhor solução. Outro tema superficialmente abordado,
diz respeito ao excesso de burocracia no qual os professores se encontram mergulhados e à tabela
salarial dos professores. Neste último ponto foi notório que existe um grande distanciamento de
vencimentos entre os professores que se encontram no topo da carreira e outros que ainda se
encontram no seu início. Aliás, este é um problema que é comum à grande maioria das carreiras da
função pública, e que permite que os mais antigos na profissão se acomodem nos seus lugares, e que os
jovens não se sintam devidamente recompensados.

Em suma, gostaria de afirmar que a escola tem um papel muito importante na educação dos alunos,
mas a educação dos jovens e das crianças não depende só da escola. A educação é também feita no seio
familiar e esta componente influencia fortemente o comportamento e rendimento dos alunos na escola.
Professores e alunos são igualmente importantes no sistema de ensino e ambos deverão trabalhar em
conjunto em prol de um sistema de ensino mais qualificado e que prepare melhor os jovens para os
desafios da sociedade actual. Não faz qualquer sentido, a existência de um conflito entre professores e
alunos, e que estes apareçam muitas vezes de costas voltadas. Não se poderão fazer reformas com um
impacto positivo na educação sem o apoio dos alunos e dos professores. Temos que contar com todos
para criar um sistema de ensino de melhor qualidade.
Fico à espera dos vossos comentários. Comentem os vários tópicos desta sessão...e participem na
dinamização desta iniciativa.

29 de Janeiro de 2009
Como combater a actual crise económica: descida de impostos versus
investimento público

1- Quais são as expectativas dos jovens


JSD sem Fronteiras - portugueses perante o actual mandato
Sessão 2 do novo presidente dos EUA, Barak
Obama?
7,69% 2- Portugal na Europa...que desafios
enfrenta Portugal numa Europa a 27?
46,15% 3- Como combater a actual crise
1
46,15%
económica: descida de impostos versus
2
investimento público
3

A 2ª sessão da JSD sem Fronteiras foi bastante participada e suscitou um grande interesse dos jovens do
nosso concelho. É extremamente gratificante quando temos uma grande adesão da nossa comunidade e
podemos debater abertamente os vários temas que preocupam a nossa juventude.

Em primeiro lugar, torna-se


se necessário lançar um olhar sobre as causas desta crise económica
econó que
atinge praticamente todo o mundo, e em particular, Portugal. Sem dúvida, que a globalização está no
cerne desta questão, mas não podemos olhar para ela de uma forma negativa. A globalização tem
também criado novas oportunidades de emprego, permite aproximar pessoas geograficamente
distantes e tem, de uma forma global, melhorado o nosso nível de vida. Contudo, o processo de
deslocalização de empresas dos países mais ricos para os países economicamente emergentes,
sobretudo na área da indústria pesad
pesadaa e transformadora, tem lançado para o desemprego um grande
número de pessoas. Estas empresas procuram essencialmente o lucro fácil, não tendo em consideração
questões sociais e as condições de trabalho precárias nestes novos países para onde é deslocalizada
deslocaliza a
produção. Outro factor, que se encontra na origem desta crise advém do efeito brusco da subida da taxa
Euribor durante o último ano. No decorrer dos últimos anos, os portugueses habituaram-se
habituaram a ter taxas
de juro baixas e uma elevada pressão por parte dos bancos e grupos financeiros para a obtenção de
novos créditos para habitação, consumo e férias; o que originou um sobre
sobre-endividamento
endividamento por parte do
cidadão comum. Acontece, que mesmo perante pequenas oscilações nas taxas de juro, os portugueses
iriam necessariamente
cessariamente sentir graves consequência na gestão mensal do seu orçamento familiar.

Perante o inegável cenário de crise económica, surgem duas correntes de apoio ao tecido empresarial
português. A primeira defende que se deve aumentar o investimento públi
público,
co, nomeadamente através
do uso de fundos do Estado para a realização de grandes obras públicas; a segunda defende que deve
haver uma descida de impostos, nomeadamente para as PMEs, mas também para os cidadãos.
O aumento do investimento público permitirá rrelançar
elançar a economia, mas terá a enorme desvantagem de
aumentar o défice público. Para além disso, a recente medida proposta pelo governo do ajustamento
directo para projectos até 5 milhões de dúvidas lança sérias dúvidas sobre a transparência destas
adjudicações. O Estado deveria apoiar essencialmente as empresas que se encontram em maior
dificuldades, mas que possuem viabilidade económica. Para além disso, as empresas ajudadas,
principalmente as de maior dimensão deveriam dar garantias em termos de preocupações sociais,
nomeadamente através da melhoria das condições sociais em termos de saúde, creches, etc..
Do outro lado, a descida de impostos vai permitir relançar a indústria e os serviços e incentivar o
consumo, mas também, terá um impacto negativo nas finanças do país. Esta será a medida que ajudará
melhor, em primeira instância, as micro e pequenas empresas, que dificilmente terão condições para
tirar benefícios do aumento do investimento público anunciado pelo Governo. Assim sendo, acabou por
existir um consenso generalizado de que o combate a esta crise passa pela aposta simultânea no
investimento público e descida de impostos (IRC ou IVA). Contudo, para que tal seja possível, é
necessário que o Estado diminua o seu volume de despesas. Aí surgiram várias opiniões para a sua
implementação, nomeadamente o decréscimo da dependência do petróleo e maior investimento em
energias alternativas, cortar o investimento em grandes obras públicas (ex: TGV) e optar pela aposta
num maior número de pequenos projectos de investimento público, e revisão das carreiras públicas (em
particular para os escalões de maiores rendimentos).

Por último, falou-se sobre um vasto conjunto de temas que se encontram indirectamente relacionados
com a crise económica. Dentro eles, destaco o recente crescimento das situações de lay-off, o crédito
concedido pelos bancos às PMEs, o surgimento dos fundos imobiliários, o crescimento excessivo das
despesas do Estado e a renovação dos quadros políticos e o papel dos líderes políticos e dos seus
discursos como forma de incentivar o consumo e a confiança dos cidadãos.

3 de Março de 2009
Portugal na Europa...que desafios enfrenta Portugal numa Europa a 27?

1- Portugal na Europa...que desafios


JSD sem Fronteiras - enfrenta Portugal numa Europa a 27?
Sessão 3 2- Deveria o tráfego automóvel na baixa
das nossas grandes cidades ser proibido?

3- Que pensões teremos em Portugal


28,57% daqui a 50 anos?
47,62%
1
2
23,81%
3

A 3ª sessão da JSD sem Fronteiras debateu os principais desafios com que Portugal e a Europa se
deparam para os próximos anos. Para além disso, foi um momento muito relevante de se analisar o
interesse dos jovens pela Europa e o seu sentimento de pertença à Europa.

Em primeiro lugar, referiu-sese a iniciativa da Universidade da Europa, que é um evento promovido


conjuntamente pelo PSD e JSD, que pretende aumentar o grau de conhecimento dos nosso jovens pelos
assuntos europeus. Um dos participantes relatou a sua experiência pessoal de participação nesta
iniciativa e partilhou connosco alguns dos assuntos aí debatidos, nomeadamente a forma de combater a
crise económica à escala europeia, o mercado europeu comum e a política de segurança europeia.

Em segundo lugar, falou-sese sobre a necessidade de a Europa criar os seus fundos próprios e estar o
menos dependente possível das políticas internas de cada um dos Estados membros. Abordou-se
Abordou a
questão da Europa federal, mas neste ponto não houve consenso. De facto, ninguém pode afirmar de
que a Europa caminhará ou não para uma Europa federal tal como acontece nos EUA, mas será
certamente muito difícill que tal aconteça, atendendo às diversas barreiras existentes e à cultura tão
diversificada e rica de cada Estado membro. Em qualquer dos casos, foi notório a necessidade da
existência de fundos próprios, que pode ser conseguida através de uma maior solid
solidariedade
ariedade dos países
mais ricos e através na aposta nas energias renováveis, tornando a União Europeia (UE) menos
dependente do petróleo e fazendo diminuir o seu défice comercial externo. Será de grande importância
que a UE aposte numa política energética ccomum, limpa e amiga do ambiente.

De seguida, centrou-se
se atenções nos desafios que Portugal enfrenta na Europa. Os subsídios entregues
pela UE a Portugal ao longo destes últimos anos não foram devidamente aproveitados. É certo e
inequívoco, que ajudaram na construção deste país, mas os seus resultados poderiam ter sido muito
melhores se, caso exisitisse uma aposta a longo
longo-prazo,
prazo, nomeadamente na área da educação e formação,
e na aposta da reformulação de todo o sistema judicial e da política energética. A verdade
ver é que
Portugal deixou-se cair na tentação de viver em função dos subsídios, não valorizando os seus bens e
competências centrais, aumentando, assim, a sua dificuldade em fazer frente aos novos desafios e ao
clima de recessão económica que se vive actualmente. Assim sendo, torna-se urgente que Portugal
aposte e valorize as suas competências técnicas e os seus recursos naturais. Seria muito importante que
Portugal definitivamente apostasse fortemente na qualificação dos seus jovens, numa política de
emprego efectiva para os jovens licenciados, na criação de projectos tecnológicos entres o meio
empresarial e científicos, na extracção de valor através dos recursos do mar e numa clara aposta num
turismo de qualidade, que valorize a nosso posicionamento geográfico e a costa magnífica que
possuímos.

Por último, foi abordada a problemática em redor dos grandes investimentos públicos, nomeadamente
do comboio de alta-velocidade. Assiste-se actualmente ao aumento alarmante da dívida externa
portuguesa, e a aposta nestes investimentos com custos altíssimos e rentabilidade duvidosa, não será a
melhor opção em tempos de crise. Contudo, também não poderemos ficar de fora dos grandes
projectos europeus e perder fundos de apoio por parte da UE. A decisão de construção do TGV deve ser
uma decisão nacional, mas que também deve ter em consideração a política de mobilidade da Europa,
em particular da nossa vizinha Espanha. Caso o montante de financiamento da UE a este projecto seja
substancial, então Portugal deve considerar a construção da linha Lisboa-Madrid, que é aquela que
ligará Portugal à Europa, e que terá muito provavelmente uma rentabilidade maior. As linhas Porto-Vigo
e Lisboa-Porto, especialmente esta última, não trará benefícios significativos face aos custos
elevadíssimos de investimento. Para além disso, em detrimento de se apostar numa linha TGV entre
Lisboa e Porto, deveria-se modernizar a linha ferroviária que liga estas duas cidades. Por fim, qualquer
decisão de investimento em ligações por TGV deve ter em atenção as alternativas existentes de
mobilidade das pessoas por via aérea, na possibilidade de inclusão de transporte de mercadorias e na
rentabilidade do investimento face à sua previsível taxa de utilização.

10 de Abril de 2009
Como combater o desemprego entre os jovens qualificados?

1- Como combater o desemprego entre


JSD sem Fronteiras - os jovens qualificados?
Sessão 4 2- Será o lay-off
off uma boa medida a ser
implementada num clima de recessão
8,33% económica?
8,33%
3- Deveria existir um sistema de quotas
1 para os cargos públicos e políticos?
2
83,33%
3

A 4ª sessão da JSD sem Fronteiras debateu um dos principais temas que preocupa a nossa juventude. No
decorrer dos últimos anos, todos os Governos têm defendido que um dos grandes desígnios nacionais é
a aposta na qualificação dos portugueses. Contudo, a taxa de empregabilidade destes jovens não tem
acompanhado o aumento das suas qualificações. Até há alguns anos atrás, eram as empresas que iam
aliciar os jovens finalistas nas faculdades para as suas empresas. Hoje, as empresas continuam
cont a
promover sessões de divulgação das suas ofertas de trabalho nas universidades, mas o número de
alunos inscritos nos seus programas de estágio são muito superiores às vagas existentes. Empresas
amplamente conhecidas como a PT e a EDP chegam a recebereceberr algumas centenas de currículos por dia.
Segundo dados disponibilizados pelo INE, no 4º trimestre de 2008 a taxa de desemprego entre os jovens
com um curso superior era de 17,4%. Existe, portanto, um grande desafio emergente ao nível do
emprego entre os jovens
ovens qualificados. Combater este problema é um imperativo a nível nacional e
europeu.

Em primeiro lugar, clarificou-se


se a noção de “jovem qualificado”. De facto, por jovem qualificado deve-se
deve
entender não só os detentores de cursos superiores, mas também ttodos odos aqueles que possuem cursos
técnico-profissionais
profissionais altamente especializados. Os cursos técnico
técnico-profissionais
profissionais podem desempenhar um
papel extremamente importante na nossa sociedade, pois vem colmatar a grande lacuna existente no
mercado nacional de quadross intermédios qualificados e especializados. Na grande maioria dos casos, a
oportunidade de emprego para estes jovens será superior à que acontece com um jovem recém- recém
licenciado. Assim, torna-se
se necessário que o Governo aposte cada vez mais neste tipo de cursos
cu e os
alunos devem olhar para estes cursos como verdadeiras oportunidades para o seu futuro.

Em segundo lugar, discutiu-se


se a ideia da existência de uma lista pública com a indicação da taxa de
empregabilidade de cada curso superior. Seria certamente umumaa ideia interessante que iria aumentar a
competitividade entre as instituições do ensino superior. Paralelamente, iria fazê
fazê-las
las necessariamente
aumentar o seu interesse e empenho na colocação dos seus alunos no mercado de trabalho. Algumas
instituições ainda olham para a sua missão quase exclusivamente como o ensino e aprendizagem de
conteúdos científicos e demasiado teóricos, sem se preocuparem com as necessidades concretas do
mercado de trabalho e no estabelecimento de relações de cooperação com o tecido empresarial. Para
além disso, existe actualmente uma grande panóplia de cursos superiores, tanto público como privados,
que não garantem à partida uma taxa elevada de empregabilidade para os seus alunos. Contudo, estes
cursos continuam a existir e possuem um grande número de alunos, devido às suas notas mínimas de
entrada serem demasiado baixas. O Estado deveria regular com maior atenção estes cursos e não
permitir a abertura de tantas vagas para os cursos cujas saídas profissionais são muito limitadas. Para
além disso, o Estado deve garantir que todos os jovens dos secundário têm um acompanhamento ao
nível da sua orientação profissional antes do seu ingresso no ensino superior.

De seguida, apresentou-se o caso da Suécia, nos quais os jovens têm apoios financeiros por parte do
Estado para prosseguirem os seus estudos superiores em outras universidades fora dos seus locais de
origem e também na procura do seu 1º emprego. Sem dúvida, que este modelo não pode ser transporto
directamente para Portugal, mas lança importantes ensinamentos. Seria desejável que todos os jovens
pudessem escolher a sua universidade tendo em conta as suas áreas de interesse e os seus anseios
profissionais. Relativamente aos restantes países da Europa, Portugal é um dos países que apresenta
uma taxa mais baixa de estudantes no ensino superior que estudam fora dos seus locais de origem.
Aliás, este é um dos principais condicionalismos com que se depara um estudante do ensino secundário
que pretenda ingressar no ensino superior. Seria desejável que o Estado opta-se por um modelo de
apoio financeiro individual a cada jovem estudante, em detrimento do apoio directo às universidades.
Este é um modelo que deve ser considerado num futuro próximo.

Um outro aspecto abordado ao longo da sessão foi a questão dos estágios não remunerados. É
consciência geral de que todos os estágios devem ser remunerados, mesmo que estes valores não sejam
muito elevados. É socialmente reprovável que um empresário possua vários estagiários sem qualquer
remuneração na sua empresa e que, muitas vezes, estes jovens fiquem encarregues da realização de
tarefas que não estimulam o seu crescimento ao nível de competências técnicas e humanas. Temos
consciência de que existem várias carreiras profissionais, como é o caso dos advogados, em que o
estágio é de grande importante e tipicamente não remunerado, mas defendemos que as empresas, o
Governo e as associações, devem fazer o esforço adicional para oferecer estágios de qualidade e com
uma respectiva remuneração.

Por último, foi analisada a temática do empreendedorismo entre os jovens qualificados. O


empreendedorismo pode constituir-se como uma excelente alternativa para os jovens que se procuram
lançar no mercado de trabalho. Nos últimos anos, assistiu-se a um esforço assinável por parte do
Estado, das Autarquias e das Universidades em promover concursos e iniciativas ao nível da criação de
novas empresas de base tecnológica. Nesta área já existem muitos programas e vários tipos de apoio,
mas todas estas iniciativas deveriam estar melhor articuladas entre si, e deveria-se centrar esforços na
área da promoção e divulgação destas iniciativas junto dos jovens. Contrariamente à culta americana,
em que os jovens são incentivados em lançar-se numa aventura empresarial e no qual um eventual
insucesso desta iniciativa é encarado de uma forma positiva, em Portugal ainda existe muito o receio de
se falhar e a sociedade culpabiliza em demasiado os promotores desse projecto pelas suas eventuais
falhas. Esta é uma mentalidade que terá necessariamente que se alterar, e as universidades,
empresários e capitais de risco podem desempenhar um papel importante. As universidades devem
assumir um papel cada vez mais relevante no fomento do empreendedorismo entre os seus jovens
alunos. Empresários conhecidos do nosso meio empresarial deveriam ser convidados em assumir uma
presença mais sistemática junto das nossas universidades, através da existência de um programa, um
curso, uma cadeira ou um conjunto de seminários. Um professor, por muito bom que seja, não
consegue transmitir ao estudante a vivência empresarial e o conjunto de desafios e oportunidades com
que o empresário se depara. A criação de disciplinas bicéfalas com duas pessoas diferentes, o académico
mais de gema e um empresário, poderia ajudar a fomentar o empreendedorismo no ensino superior e
iria permitir fazer a ponte entre as escolas do ensino superior e as empresas.

18 de Maio de 2009
Qual o impacto dos recentes resultados das eleições europeias na política
nacional e previsão dos resultados das próximas eleições legislativas?
legislativas

1- Qual o impacto dos recentes


JSD sem Fronteiras - resultados das eleições europeias na
Sessão 5 política nacional?
2- Que política de imigração deveria
Portugal e a UE adoptar?
3- Qual deverá ser o papel das novas
18,75% tecnologias
ologias de informação na política?

12,50% 1
68,75% 2
3

A 5ª sessão da JSD sem Fronteiras ficou marcada pela análise de duas questões importantes no espectro
político: os resultados das últimas eleições europeias e a previsão dos próximos resultados das eleições
legislativas.

Os últimos resultados das eleições europeias constituíram uma verdade surpresa para muita gente e o
PSD voltou-se
se a afirmar como a força política nº1 em Portugal. Esta vitória veio alterar também todo o
paradigma político em Portugal; antes d dessas eleições julgava-se
se que o papel do PSD nas próximas
eleições legislativas seria o de tentar retirar a maioria absoluta ao Partido Socialista; agora, o objectivo
passou a ser a vitória nas próximas eleições legislativas. As razões que justificaram esta
est mudança foram
analisadas e constatou-sese que este novo cenário político deveu
deveu-se,
se, simultaneamente, ao mérito do Drº.
Paulo Rangel e desmérito do Drº. Vital Moreira. Vários foram os erros apontados ao longo da sua
campanha, principalmente quando necessitou do estabelecimento de uma relação mais próximo com os
cidadãos, nomeadamente as várias contradições com o Engº José Sócrates, as várias quezílias com os
demais candidatos, a falta de uma visão europeia e um perfil marcadamente científico e pouco ligado
aoss problemas concretos da sociedade civil. Para além disso, o Governo do PS passava por um momento
complicado em termos de popularidade, devido aos conflitos com os professores e à crise económica.

Do outro lado, a prestação do Drº. Paulo Rangel foi uma ver verdadeira
dadeira surpresa e a sua inclusão como
cabeça de lista foi uma decisão arriscada, mas acertada, por parte da Drª. Manuela Ferreira Leite. De um
discurso pouco apelativo e elitista, o Drº. Paulo Rangel, conseguiu no contacto com a população ouvir os
seus problemas,
oblemas, transmitir uma imagem de seriedade e competência, que fizeram os portugueses
acreditarem na sua candidatura. Em termos gerais, esta última campanha para as eleições europeias foi
extremamente importante na união do PSD para as próximas eleições le legislativas.
gislativas. Contudo, a campanha
das últimas eleições europeia ficou também marcada pela falta de discussão dos assuntos europeus,
nomeadamente do Tratado de Lisboa, que ainda se encontra em sérios riscos de não ser ratificado por
todos os países que constituem a União Europeia. Por fim, analisou-se também a subida das forças
políticas de esquerda nestas últimas eleições europeias, que juntas (PCP+BE), possuem mais de 20% do
eleitorado. O PCP possui um eleitorado fiel e conseguiu rentabilizar algum do descontentamento do
eleitorado do PS. O BE possui um eleitorado forte junto dos centros urbanos e, em particular, junto dos
mais jovens. O BE é um partido com grande expressão em grande parte das nossas escolas secundárias e
também em algumas universidades, pois procura dar resposta aos problemas concretos do país e
debate os assuntos sociais que afectam a nossa juventude.

Em 2º lugar passou-se à previsão dos próximos resultados eleitorais nas eleições legislativas. Existem
algumas dúvidas se o PSD ou o PS sairão vencedores no próximo acto eleitoral, mas ficou bem presente
a ideia de que essa vitória não será por maioria absoluta. Também se analisou um possível cenário de
coligação governamental e, verificou-se que este cenário, apesar de possível, será de difícil
concretização. De um lado, o número de votos do PSD+PP poderá não chegar para atingir um cenário de
maioria absoluta na Assembleia da República; por outro lado, o PS terá dificuldades em estabelecer uma
aliança com o PCP e BE devido à grande clivagem dos seus programas eleitorais e também justificado
pelo estilo de liderança do Engº. José Sócrates. Assim sendo, ganha força a possibilidade da existência
de um bloco central de desígnio nacional. Neste ponto, existiu quase unanimidade de que um eventual
bloco de governo central não seria bom para o país, pois os portugueses precisam de identificar a
existência de alternas válidas de governação para o país. Um eventual bloco central poderia aumentar a
percentagem de votos nos partidos de esquerda e tornar um cenário de governabilidade do país cada
vez mais difícil.

Existem muitas dúvidas sobre o cenário mais provável resultante das próximas eleições legislativas.
Certo é que o Presidente da República convidará o partido mais votado a formar governo e esse partido
procurará estabelecer um cenário de coligação governamental. Se não o conseguir, o mais provável é
que o futuro primeiro(a) ministro(a) opte pelo este estabelecimento de uma governação sem maioria
parlamentar, necessitando para tal, da existência de acordos no parlamento para aprovarem os seus
projectos e políticas governativas. Um eventual cenário de maioria parlamentar relativa é perfeitamente
possível e viável, mas terá dificuldades em atingir condições de governabilidade ao longo dos próximos
quatro anos. O país necessita de um governo por quatro anos para fazer frente aos próximos desafios
com que se depara e para ser possível o lançamento de um programa de incentivo ao crescimento
económico. A eventual existência de um governo por apenas dois anos ou menos não terá condições
para responder a este desafio. Neste contexto, o Presidente da República assumirá um papel muito
relevante na procura de uma estabilidade governativa, independentemente do partido que venha a sair
vencedor nas próximas eleições legislativas.

8 de Setembro de 2009

Вам также может понравиться