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CARTAS ECLESIAIS
ARAÇARIGUAMA
2008
JAIRO AJALA MIELNIK
ARAÇARIGUAMA
2008
INFLUÊNCIAS GREGA, JUDAICA E CRISTÃ NO PENSAMENTO
PAULINO
INFLUÊNCIA GREGA
2
CHAMPLIN, Russel N. Enciclopédia de Teologia e Filosofia. Vl. 5, 6. ed. São
Paulo: Hagnos, 2002, p. 120.
3
BALL, Charles Ferguson. A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo. 3. ed., Rio de
Janeiro: CPAD, 2000, p. 09.
Carson pensa que Paulo não foi influenciado por idéias helenísticas,
mesmo que pudesse tê-la conhecida ou que tivesse contato com ela:
Champlin nos diz que “o exame detido das epístolas de Paulo mostra
que ele deve ter estudado a filosofia estóica (por causa da grande similaridade
aos escritos de Sêneca, o estóico romano), e o seu grego é uma excelente
variedade do grego helenista, não dando evidências de ter sido uma linguagem
adquirida”. Há uma grande diferença na maneira com o ele tratava os escritos
gregos.5
Fica claro, pelo conhecimento que Paulo tinha da língua grega, que
todos os tesouros da literatura grega estavam abertos para ele, mas em todos
os seus textos ele cita autores gregos apenas duas vezes (1 Co 15.33, Tt 1.12,
Lucas fala de mais uma citação, esta num sermão, em At 17.28).6
Contudo Ladd pondera que “Não há evidência de que Paulo tenha tido
algum contato real com a filosofia e a literatura grega, e é também bastante
improvável que fariseus rigorosos tenham mandado seu filho estudar em uma
escola pagã”.
4
CARSON, D. A. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997,
p.243.
5
CHAMPLIN, Russel N. Enciclopédia de Teologia e Filosofia. Vl 5, 6. ed., São
Paulo: Hagnos, 2002. p. 121.
6
MORRIS, Leon, Teologia do Novo Testamento. 1. ed,. São Paulo: Vida Nova,
2003, p. 24.
Mas faz objeções quanto a familiaridade de Paulo com o ambiente grego
“... Paulo era conhecedor da língua grega, e suas metáforas literárias refletem
mais a vida urbana do que um ambiente rural. Há deveras, elementos, no
pensamento de Paulo, que só podem ter vindo deste ambiente grego”. 7(LADD:
340)
INFUÊNCIA JUDAICA
É destacado que Paulo era um “hebreu dos hebreus” (Fl 3.5), com que
aparentemente queria dizer que tanto seus pais quanto ele próprio tinham,
lingüística e culturalmente, uma orientação judaica e palestina. Independente
de ele ter sido criado em Tarso ou em Jerusalém (pois At 22.3 é um versículo
que está em pauta de discussão e interpretação), no ambiente em que ele
nasceu falava-se o aramaico e preservava-se os costumes judaicos tradicionais
da Palestina. 8
8
CARSON, D. A. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1997,
p. 243.
9
CHAMPLIN, Russel N. Enciclopédia de Teologia e Filosofia. Vl. 5. 6. ed.,
São Paulo: Hagnos, 2002, p. 121.
10
CARSON, D. A. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova,
1997, p. 244.
divergiu de seu mestre Gamaliel quanto ao seu liberalismo, que é notado no
conselho dado por ele no Sinédrio em relação à Igreja Primitiva (At 5.34-39),
pois Paulo de tão zeloso que era pelo judaísmo, perseguia o movimento cristão
primitivo.
Uma das crenças mais caras aos judeus, e que Paulo sem dúvida
compartilhava, era a de que Deus em breve interviria na história para salvar o
seu povo escolhido, Israel, da dominação de forças políticas estrangeiras. 13
11
BALL, Charles Ferguson. A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo. 3. ed., Rio
de Janeiro: CPAD, 2000, p. 09.
12
Ibidem, p. 10.
13
DRANE, John. Paulo: Um Documento Ilustrado sobre a vida e os escritos de
uma figura chave dos primórdios do cristianismo. 2. ed,. São Paulo: Paulinas, 1982,
p.26.
14
MORRIS, Leon, Teologia do Novo Testamento. 1. ed,. São Paulo: Vida Nova,
2003, p. 25.
INFLUÊNCIA CRISTÃ
O evangelho de Paulo era sobrenatural, pois ele diz aos gálatas que seu
evangelho veio “mediante revelação de Jesus Cristo” (Gl 1.12). Mas sem
dúvida ele teve entendimento da verdade do Evangelho através de outros
cristãos. Ele teve entendimento de que o Messias viera e que a lei não era
suficiente para a salvação, não era mais condição para ser membro do povo de
Deus. A essência do evangelho lhe fora revelada, que é o próprio Cristo, mas a
forma foi transmitida a Paulo pelos cristãos que o antecederam.
A Teologia de Paulo
15
CARSON, D. A. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova,
1997, p. 246.
16
CARSON, D. A. Introdução ao Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova,
1997, p. 247.
“Paulo era um pensador teológico, para quem os “conceitos” teológicos
eram fatos a respeito de Deus, do homem e do mundo, que descreviam a
desavença do mundo com Deus e a obra de Deus em Cristo em trazer o
mundo de volta para si”. 17
Paulo entendeu a lei era boa para a vida cristã, como mandamento de
Deus, mas que essa lei não poderia salvar, somente servia para mostrar a
incapacidade do homem de se justificar e que apontava para Cristo.
17
LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento. 2. ed., Rio de Janeiro:
Juerp, 1986, p. 354.
18
KÜMMEL, Werner Georg. Síntese Teológica do Novo Testamento. São
Leopoldo: Sinodal, RS, 1983, p. 372.
céu, por outro lado, tem para Paulo a conseqüência de que o presente é o
tempo da salvação”. 19
Paulo cria no perdão incondicional de Deus para o pecador que deve ser
julgado por seu modo de agir, que merece o juízo divino, que é incapaz de se
redimir.
19
Ibidem.
20
Ibidem, p. 373.
21
LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento. 2. ed., Rio de Janeiro:
Juerp, 1986, p. 351.
participam da salvação escatológica iniciada pela ressurreição de Jesus e que
esperam a manifestação de Cristo em glória.
“De acordo com a fé dos cristãos mais antigos, portanto, o fim dos
tempos já se iniciou na comunidade governada pelo Espírito, muito embora
também eles ainda esperassem pelo advento próximo do reinado de Deus”.22
Conclusão
BIBLIOGRAFIA
22
KÜMMEL, Werner Georg. Síntese Teológica do Novo Testamento. São Leopoldo:
Sinodal, RS, 1983, p. 372.
LADD, George Eldon, Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: Juerp,
1986.
MORRIS, Leon, Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 2003, 1ª
ed.