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LUCAS 12.54-59
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II – OS IGNORANTES DO NOVO TEMPO QUE CHEGOU (DESCONHECIMENTO
ESPIRITUAL)
1. Jesus que não era de ferro e nem tinha sangue de barata, não aguentou e mudou
o tom: “Hipócritas! Vocês sabem interpretar o aspecto da terra e do céu. Como
não sabem interpretar o tempo presente?” (v.56). Com certeza Jesus não falou
hipócritas como se diz: eu te amo.
2. As multidões ainda não tinham entendido o que estava acontecendo naquele
tempo (kairós): ‘A presença de Jesus é o sinal dos tempos, a conclamação
urgente de Deus a uma decisão...a maior parte do povo ainda não percebeu o
significado de sua presença entre eles’ (Tolbert comenta Lucas, Broadman).
3. Algumas pessoas nem percebem que coisas novas estão acontecendo, que as
velhas já passaram. Presas às coisas do passado, alguns crentes ainda não
conseguem discernir para as suas vidas o tempo de Deus. Jesus os questiona as
multidões: “Como então não sabeis discernir este tempo?”
4. Tolbert (Broadman) comentando Lucas disse: “Este tempo, ou melhor, o tempo
presente, é um novo e decisivo período no tratamento de Deus para com o
homem. Tempo (kairós) é uma palavra que tem importantes conotações
religiosas. Significa, basicamente, o importante momento decisivo, como é
determinado por Deus. É um auspicioso momento de oportunidade, porque
Deus chama o povo a arrepender-se. Mas é também um momento carregado de
possibilidades de perigo e tragédia. O kairós é também um momento
passageiro. Hoje Deus se comunica com eles na pessoa de Jesus; amanhã ele já
se terá ido, e o kairós terá passado”.
5. O grande perigo em relação ao tempo é a procrastinação. Procrastinar é a mania
de deixar para amanhã. Alguém escreveu o seguinte: “Há muitas maneiras de
não atingir o sucesso, mas uma das mais seguras será a procrastinação. Quem
procrastina está de fato a sabotar-se a si próprio”.
6. Procrastinar, empurrar com a barriga, deixar para amanhã, é o risco que
ninguém pode correr quando o assunto é o seu destino eterno.
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III – DECIDIR ENQUANTO SE ESTÁ A CAMINHO, POIS AINDA HÁ TEMPO
1. Jesus convida os seus ouvintes a uma reflexão: “E por que não julgais também
por vós mesmos o que é justo?” (v.57).
2. Jesus usa outro termo para dizer aos ouvintes que é preciso aproveitar as
oportunidades: “Quando, pois, vais com o teu adversário ao magistrado” (v.58)
Temos aqui a palavra ‘adversário’, que para muitos intérpretes trata-se da figura
do credor e do devedor.
3. A sugestão é que se faça as pazes ainda a caminho dos tribunais; enquanto ainda
é tempo. Tolbert diz: “Um devedor inteligente devia fazer toda sorte de esforços
para resolver o seu problema, com o homem a quem devia, antes que o caso
fosse levado à corte”.
4. Jesus está alertando a todos quanto ao tempo de fazer acertos. O convite, ou a
sugestão a todos, é que o momento é de promover a paz com Deus. Paulo disse
algo a respeito disso: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus
por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
5. Aqueles que não aproveitarem o tempo da oportunidade para acertar as contas,
se depararão com o Justo Juiz que decretará a sentença. Diz Leon Morris: “Os
pecadores não deviam poupar esforço algum para ficarem de bem com Deus.
Quando Ele finalmente condena um homem, a penalidade será aplicada até as
últimas conseqüências”.
6. A proposta de Jesus é que todos devem livrar-se dos embaraços do pecado e
procurar o perdão de Deus.
CONCLUSÃO