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REALIDADE OU UTOPIA?
RESUMO
APRESENTAÇÃO
Até a conclusão deste estudo ainda não havia publicação de nenhum trabalho que
referisse processos de implantação e funcionamento de NASF.
Então, a APS é uma realidade ou utopia? Conforme a revisão bibliográfica
realizada a cerca do assunto explanando, foi possível identificar a influência de modelos de
saúde com enfoque sanitário, previdenciário, biomédico até o atual centrado na vigilância e
promoção da saúde. Todos favoreceram a necessária preocupação dada hoje aos cuidados
primários em saúde. Contudo, "... a APS tem adquirido diversos significados para diferentes
pessoas, em épocas e lugares específicos, o que coloca desafios importantes para a sua
compreensão", como assinalam Fausto e Mota, (p. 47, 2007).
Todos os modelos outrora desenvolvidos influenciaram o atual modelo de saúde e
de alguma forma estão presentes nas ações e posicionamentos de antigos e novos
profissionais da saúde. Somando-se a dificuldade de compreender APS, tem a:
Novos modelos assistenciais precisam entrar em curso com referência na escuta aos
usuários, na criação de dispositivos de escuta, decodificação e trabalho. Sabemos
que hoje é possível falar em integralidade, humanização e qualidade da atenção,
segundo os valores de compromisso com a produção de atos de cuidar de
indivíduos, coletivos, grupos sociais, meio, coisas e lugares. Embora muitas formas
de modelagem permaneçam intactas, parece estar emergindo um novo modo de
tematização das estratégias de atenção e gestão no SUS e de formação dos
profissionais de saúde pela educação permanente em saúde, pelo menos no que diz
respeito à modelagem dos corações e mentes... (SILVA JUNIOR E ALVES, p. 39,
2007)
O gestor precisa determinar as necessidades reais de cada área sob sua gerencia e
levar assistência por meio de ações bem definidas e por profissionais capacitados para esse
tipo de atendimento.
È nesse contexto que Noronha, 2007, na pagina 47 deste trabalho, citado a mérito
de exemplo, ressalva que a o até então PSF, pode até está implantado em determinado lugar,
mas não corresponder às necessidades reais daquela população em determinadas
circunstâncias. Trazendo para uma realidade mais próxima, quer dizer que em muitos locais a
ESF, isoladamente, não irá atender as necessidades da população, mas não raramente tem
sido entendida como única forma de atendimento em saúde, principalmente em municípios
em que a estratégia já não corresponde às determinações legais mínimas para ser
desenvolvida. E mais uma vez as ações acabam restritas e insuficientes.
O sistema, que necessita ser alimentado como prova que o serviço esta sendo
ofertado, acaba sendo burlado para que o financiamento continue acontecendo e algum tipo
de atendimento seja realizado.
Um problema que precisa começar a ser suscitado sem medo de penalidades,
quando não há dolo, para que sejam mensurados os motivos e a legislação comece a ser
adequada às diferentes realidades desse país. O que não foi acrescentado no trabalho escrito,
mas não poderia deixar de ser referido como conhecimento por parte de quem é profissional
do SUS.
E pensar no SUS leva ao surgimento de novas discussões sob diferentes
perspectivas, esse enriquecido campo de questionamentos é o que torna possível o sistema de
saúde brasileiro, único, maleável, acessível, cheio de deficiências, mas real, pelo menos para
alguns, já que para outros nem sequer é sonho, pois já perderam a esperança na saúde como
um direito de todos, se é que sabem disso. Logo, a APS mais parece uma aspiração em vias
de construção.
Como considerações finais, conotação devida recebe a participação social, pois
deve estar intimamente relacionada com a maneira, com a forma com que se dever ser
concebida a saúde num todo, ainda mais fortemente refletida na APS, percebida aqui como
resultado do entendimento da população em ser responsável, portanto sujeito ativo na
vigilância e promoção da saúde nos aspectos individuais e coletivos e nesse cenário os
profissionais da saúde figuram como agentes intermediários de tal processo consciente.
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