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CRISTIANISMO

ARTIGOS NESTE MATERIAL:

1. A SALVAÇÃO DE UM
POVO...........................................................01

2. CRISTIANISMO – A FÉ QUE MOVE O


MUNDO................................14

3.
CRISTIANISMO......................................................
........................25

1. A SALVAÇÃO DE UM POVO

O crescimento extraordinário da igreja evangélica no


Página
Brasil e seus desafios futuros

Por Lourenço Kraft e Eunice Zillner


1

Quem viveu nas décadas anteriores à década de 70 pode


sentir hoje, no dia-a-dia, a diferença do trato quando
alguém se declara evangélico no Brasil.

O Brasil foi colonizado por portugueses, mais


especificamente pelos jesuítas que, a todo custo,
queriam fazer do país a maior nação católica do mundo.
Com a Reforma Protestante, iniciada por Lutero, no
século XVI, e a crise na Europa, muitos vieram do Velho
Mundo em busca de novas oportunidades de vida e,
também, a fim de propagar um evangelho diferente
daquele que a Igreja Católica impunha.

Por volta de 1824, o Brasil era visto como um país 100%


católico. A partir de 1855, os primeiros missionários
protestantes começaram a chegar e a residir
permanentemente por aqui e, em três décadas, todas as
denominações protestantes históricas se estabeleceram
no país. Muitos missionários tinham especializações
profissionais e contribuíram muito para a educação e
demais áreas sociais. Fundaram igrejas, escolas,
universidades, clínicas, hospitais, jornais, editoras, etc.
Trabalharam em favor da liberdade religiosa,
promovendo o respeito à sua inerente diversidade.
Apresentaram a “salvação pela graça, mediante a fé” e a
visão responsável de que “a fé sem obras é morta”. A
partir daí, pode-se dizer que a igreja evangélica brasileira
tem contribuído para “mudar a cara” desta grande
nação.

E nós, brasileiros do século XXI, vivemos nesta época de


transformação do país e louvamos a Deus por tudo que
Página
Ele tem feito em nosso meio.

Lembro-me muito bem de que, quando criança, era difícil


2
declarar publicamente a Igreja a qual pertencia sem
receber um olhar indagador, como que dizendo:
“Verdade? Como você pode? Você é um protestante?”.

Hoje, vivemos outra realidade: podemos nos declarar


evangélicos com um certo orgulho e a responsabilidade
de mostrar que a diferença está em viver pela fé, como
diz o apóstolo Paulo: “O justo viverá pela fé” (Rm 1.17).
Um cuidado necessário

A pesquisa é uma ferramenta eficiente e tem sido bem


reconhecida nos últimos tempos. Pesquisam-se para abrir
uma loja, lançar um produto, eleger nossos governantes,
etc. A Igreja evangélica no Brasil também tem feito
proveito dessa ferramenta e se conscientizado da sua
grande utilidade. A partir de seus resultados, procuramos
elaborar estratégias de implantação de novas igrejas
onde ainda não existem, evitando desperdiçar energia e
recursos ao abrirmos igrejas de denominações diferentes
uma ao lado da outra, por exemplo, enquanto outros
bairros são esquecidos. “Sempre fiz questão de pregar o
evangelho onde Cristo ainda não era conhecido, de
forma que não estivesse edificando sobre alicerce de
outro” (Rm 15.20).

Diante desse texto bíblico, nada melhor do que os


números e os gráficos para que saibamos o que tem
acontecido durante estes últimos anos da nossa história.
A seguir, partindo dos dados fornecidos pelo IBGE,
“fotografamos” o crescimento dos evangélicos nas
últimas décadas.

Página
De 1970 a 1991

Segundo os censos realizados em 1970, 1980 e 1991, a


3
Igreja evangélica no Brasil cresceu, no período, mais que
o dobro do ritmo de crescimento da população.

Nos resultados da pesquisa do IBGE, publicados em


1980, constatamos que na década de 70 a população
cresceu 2,48% ao ano e a igreja evangélica, 5,06%, o
dobro do crescimento populacional. Logo, já significava
um crescimento real da Igreja, motivo de comemoração!
Mas o Senhor tinha mais bênçãos para derramar sobre
esta grande nação.

Na década seguinte, 1980 a 1991, o censo do IBGE


revelou que o crescimento da população do Brasil foi
menor do que na década anterior, 1,93% ao ano. Mas a
Igreja evangélica continuou crescendo 4,68%, quase no
mesmo ritmo da década de 70. Isso significa dizer que a
Igreja cresceu proporcionalmente nesse período 2,5
vezes mais do que a população brasileira.

De maneira geral, passamos de um país quase que


totalmente católico, em 1824, para um país com 12,1%
de evangélicos, em 1991.

Muitos dirão que, na realidade, o Brasil não era 100%


católico. Eu concordo. É impossível a unanimidade neste
sentido. O fato é que o país se declarava totalmente
católico e que não havia o testemunho evangélico. Os
holandeses e os franceses, que por vezes tentaram se
estabelecer no país, vinham com as “boas novas”, mas a
guerra religiosa que encontravam os derrotou e os fez
desistir.

Página
Após 136 anos, desde que os primeiros missionários
evangélicos começaram a se estabelecer definitivamente
no Brasil, éramos 13,7 milhões.
4

No entanto, havia ainda o grande desafio do Nordeste,


pois o censo de 1991 revelou algumas mesorregiões1
com menos de 3% de evangélicos no Estado de Minas
Gerais e outros, em grande número, na região Nordeste
do país. As demais mesorregiões teriam índices
superiores a 3% de evangélicos.

Panorama e análise dos evangélicos a partir do


Censo 2000

Se com as informações das pesquisas do IBGE, até 1991


vivíamos conscientes dos grandes motivos que tínhamos
para louvar a Deus por tudo que já havia feito no Brasil,
com os resultados do Censo 2000 pudemos reafirmar
nossos motivos de louvor e constatar que Ele nos levara
além das nossas expectativas.

As projeções feitas a partir dos dados de 1991 foram


superadas. Obra maravilhosa do Senhor numa nação!

A Igreja evangélica no Brasil continuou crescendo mais


rápido do que a população. Na última década, 1991 a
2000, a sua taxa de crescimento superou em quatro
vezes o da população.

Devemos nos lembrar, no entanto, que tal crescimento


varia de acordo com a região. Comparando as taxas
anteriores, notamos que até 1991 a região Sul era a
região que menos crescia no Brasil, com uma TCA (taxa
de crescimento anual) inferior a 4%; em 2000,
apresentou um crescimento de 4,3% ao ano. Mas
continua sendo a região de menor crescimento dos
Página
evangélicos no país, merecendo, assim, toda a nossa
atenção. O Estado de Roraima continua sendo o que tem
a maior TCA. Percebemos que as maiores taxas de
5
crescimento estão nas regiões Norte e Nordeste. (mapa
abaixo)

2003 — o Brasil tem 17% de evangélicos

No Censo de 1991, éramos 13,7 milhões de evangélicos,


ou seja, 12,1% da população do país. Em 2000,
passamos para cerca de 26 milhões, isto é, 15% da
população. Isso equivale a cinco vezes a porcentagem de
1940 e quase o dobro da de 1980.

Em nove anos (1991 a 2000), o número de brasileiros


que se declaravam evangélicos dobrou. Fazendo uma
projeção a partir do Censo 2000, neste ano de 2003, já
devemos ser cerca de 30 milhões de evangélicos. Isso
corresponde a aproximadamente 17% da população.

Se o mesmo ritmo de crescimento constatado na última


década se repetir, ousamos afirmar que, até 2022, o
Brasil se tornará 50% evangélico.

Onde estão os evangélicos?

A presença evangélica varia muito conforme a região do


país. Se por um lado encontramos Estados com baixos
índices, inferiores a 10%, por outro encontramos alguns
Estados com mais de 20% de evangélicos.

Quando mapeamos os Estados, detalhando a presença


dos evangélicos com a ajuda das cores, verificamos, com
alegria, que temos mais Estados com porcentagem maior
de evangélicos. Mas não podemos deixar de voltar nossa
atenção para os mais necessitados. Embora a região Sul
Página
tenha um crescimento pequeno (TCA entre 3 e 6% nos
diferentes Estados), a Nordeste, porém, é a única região
do Brasil que ainda possui Estados com uma
6
porcentagem menor que 10% de evangélicos.

Como vimos anteriormente, na região Nordeste, em


1991, se concentravam as mesorregiões com menos de
3% de evangélicos. Hoje, infelizmente, vemos essa
concentração também nas regiões Sul e Sudeste.

A Igreja evangélica
Existem no Brasil cerca de 150 mil igrejas evangélicas de
todos os tipos. Entretanto, pesquisas de campo mostram
que apenas um terço dos evangélicos,
aproximadamente, estão nas igrejas num domingo típico.

Em 1993, durante o Congresso Brasileiro de Missões,


realizado em Caxambu, MG, nasceu o Projeto Brasil 2010.
Vários pastores, representando diversas igrejas, ficaram
comovidos com relatos sobre o crescimento de igrejas
em outros países e resolveram adotar e promover uma
estratégia para uma persistente, contínua e marcante
implantação de igrejas no Brasil. Tal Projeto envolve um
trabalho de oração, pesquisa e mapeamento e tem
encorajado pastores e líderes a plantar novas igrejas no
Brasil, nas regiões onde o evangelho ainda não é bem
conhecido.

Seguem algumas observações gerais sobre a Igreja


evangélica brasileira de hoje:

• As regiões urbanas têm experimentado maior


crescimento que as áreas rurais.

Veja dois exemplos, um na região Nordeste e outro na


Página
região Norte, que ilustram essa realidade:

Em 2002, no sertão nordestino, numa microrregião que,


7
em 1991, o IBGE apontava como tendo 1,13% de
evangélicos, o Projeto Brasil 2010, em parceria com a
Visão Mundial, fez uma pesquisa completa em onze
municípios do sertão da Paraíba. Esses municípios
compõem a microrregião chamada Itaporanga. A
pesquisa retratou a realidade do sertão e se preocupou,
ainda, em analisar como a população não-evangélica vê
o “crente”. Na ocasião, foi feita também uma distinção
de zona urbana e rural. A conclusão foi a seguinte: não
obstante a relação habitantes/igreja nesses municípios
ser parecida com a das grandes cidades, há, ainda,
muitas comunidades sem igrejas nas zonas rurais. Neste
caso, a microrregião de Itaporanga tem uma população
de 83.000 habitantes e, considerando as comunidades
com no mínimo quinze habitantes, existem 140
comunidades rurais sem igrejas. Esta é uma população
que não ouvirá o evangelho se alguém não for lá pregar
e estabelecer uma igreja para que o novo convertido seja
discipulado.

A região Norte do Brasil apresenta uma porcentagem de


evangélicos bastante alta dentro do contexto nacional.
Na cidade de Manaus, por exemplo, a relação
habitantes/igreja foi a de melhor média até agora nas
grandes cidades (796 habitantes/igreja local). No
entanto, uma peculiaridade dessa região é a população
ribeirinha. A região Norte possui mais de 40 mil
comunidades ribeirinhas com uma população média de
130 habitantes por comunidade. Em 1999, foi estimado
que 90%, aproximadamente (ou seja, 36 mil) destas
comunidades ribeirinhas não tinham nenhuma igreja
evangélica.

Página
• A Igreja tem crescido mais entre os pobres do que entre
os ricos
8
Uma pesquisa feita em Londrina, PR, em 2000, mostrou
que as regiões mais ricas da cidade possuem menos
igrejas evangélicas, resultado que tem se repetido em
várias outras cidades ao redor do país.

• Vários grupos étnicos não foram ainda alcançados


(tanto imigrantes quanto tribos indígenas)

Existem ainda 103, ou 40%, das 257 tribos indígenas do


Brasil sem presença missionária. Outros grupos étnicos,
tanto nas cidades quanto nas regiões rurais, também
precisam ser focalizados, para que se implantem igrejas
e todo o país, dessa forma, seja alcançado pelo
evangelho de Jesus Cristo. (ver gráficos abaixo)

• As regiões Norte e Centro-Oeste têm a maior presença


evangélica

• As regiões Nordeste e Sul, por outro lado, têm a menor

• O Sudeste tem os grandes desafios que vêm com a


urbanização e grandes concentrações de população

Resumindo:

1. Cada região do país tem seus próprios desafios. Está


comprovado que pelo menos 80% das pessoas em cada
região não têm nenhuma participação na Igreja.

2. A Igreja evangélica do Brasil não é bem distribuída. Em


todas as cidades e áreas rurais pesquisadas, foram
encontrados lugares com muitas igrejas enquanto outros
lugares com poucas.

No segundo semestre de 2001 e início do ano 2002, foi Página


realizada uma pesquisa completa sobre a presença
9
evangélica na cidade de Marília, SP. As ruas da cidade
foram percorridas e igrejas localizadas e situadas em um
mapa digital, que mostrou claramente que as igrejas não
estão distribuídas igualmente entre todos os bairros. Este
mesmo tipo de pesquisa foi feito em mais sete cidades
ao redor do Brasil, em 2002. Resultados iniciais mostram
que todas as cidades apresentam uma situação parecida.

1. O Brasil possui mais ou menos uma igreja para cada


1.200 habitantes (em 2002, a média das cidades
pesquisadas foi de 1.011). Nas cidades pesquisadas em
2002, em um domingo típico, cerca de 6,5% da
população do Brasil estavam presentes em uma igreja
evangélica (a freqüência média das igrejas evangélicas
no Brasil é de 70 pessoas). Podemos perceber que esta
porcentagem é muito menor que o número de pessoas
que se identificam como evangélicas no Censo e indica
um número alto de evangélicos inativos nas igrejas.

2. Na década de 80, o grupo religioso que cresceu mais


rapidamente foi o das pessoas sem religião ou sem
declaração de religião. Nos anos 90, foram os
evangélicos. Isto pode indicar que ser evangélico está-se
tornando uma opção mais aceitável dentro da sociedade
brasileira. Entretanto, de acordo com o Censo 2000 do
IBGE, existem três Estados na região Nordeste, onde a
porcentagem dos “sem religião” supera a porcentagem
dos evangélicos.

O que falta para que o Brasil seja alcançado?

Deus está trabalhando muito no Brasil e a Igreja está


crescendo. A Igreja ainda tem muito por fazer; foi
Página
abençoada por Deus e tem muito para oferecer como
bênção. Isto indica a necessidade de uma
responsabilidade missionária para alcançar as partes do
10
Brasil que não estão sendo alcançadas naturalmente
(áreas rurais, grupos étnicos, bairros esquecidos, etc),
bem como os confins da terra.

No último Censo, encontramos 56 municípios com menos


de 1% de evangélicos, o que atinge uma população de
310.884, e onze municípios sem nenhum evangélico,
sendo que nove deles se encontram no Estado do Rio
Grande do Sul. Vale lembrar que esses dados, muitas
vezes, são colhidos por amostragem, o que não invalida
a pesquisa, mas em se tratando de um número “0” na
categoria “religião” valeria a pena visitar esses
municípios e confirmar essa informação.

Precisamos:

1. Identificar os lugares que ainda não foram alcançados

2. Treinar líderes para as igrejas já existentes e para as


que vão surgir

3. Motivar as igrejas a plantar novas igrejas em lugares


estratégicos

4. Implantar 100 mil igrejas novas

5. Mobilizar missões para os grupos que não serão


atingidos naturalmente

Alguns aspectos sociais como conseqüência do


crescimento da Igreja

A revista Veja (edição de julho/2002), publicou uma


Página
reportagem intitulada “A força do Senhor”. Essa
reportagem chamava a atenção para o crescimento dos
evangélicos e sua atuação na área social do país. Dizia:
11

“O crescimento da fé evangélica está mudando o Brasil


dos esportes à política, das favelas aos bairros chiques,
dos presídios à televisão”

A reportagem menciona que as conseqüências do


aumento do número de evangélicos, de modo geral, têm
sido boas:
• Os evangélicos têm menos filhos
• Os evangélicos buscam uma boa moral sexual
• Levam a prática da fé a sério
• O ambiente esportivo melhorou, segundo os Atletas de
Cristo, quando os evangélicos entraram e se
manifestaram nesse meio
• Conversões na Casa de Detenção
• Adolescentes deixam as drogas
• Ética e valores morais na política
• Educação e cultura. Incentivo à leitura. Os evangélicos
têm 934 instituições de ensino em vários níveis com
740.000 alunos
• Motivou a Renovação Carismática da Igreja Católica

O texto da Veja veio confirmar a pesquisa feita em


Itaporanga, onde foi constatado que 57% da população
vê com simpatia a presença dos “crentes” na sua região.
Isso muito nos alegra, mas aumenta a nossa
responsabilidade diante de Deus.

Conclusão

Como vimos, Deus tem abençoado muito o nosso país.


Tem nos dado um crescimento em quantidade e a
Página
sociedade já vê algumas conseqüências disso.
Precisamos nos conscientizar da importância de sermos
numericamente expressivos e daquilo que o Senhor pode
12
fazer por nosso intermédio, desde que nos coloquemos
em suas mãos.

Seria muito bom se todas as denominações evangélicas


se unissem no amor de Cristo, deixando de lado questões
insignificantes, e mirassem o alvo mais nobre: realizar a
tarefa de ganhar esta nação para Cristo.

Precisamos crescer na graça e no conhecimento do nosso


Deus para transformar esta nação. Se em 2002, ano em
que a reportagem da Veja foi publicada, já se constatava
que a fé evangélica estava mudando a sociedade (e em
2002 éramos 17% de evangélicos), o que Deus não
poderá fazer quando seu exército no Brasil corresponder
a 50% de evangélicos?

Sabemos que a nossa fé pode mover montanhas:


“Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro
que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de
mostarda, poderão dizer a este monte: Vá daqui para lá,
e ele irá. Nada lhes será impossível” (Mt 17.20).

Simultaneamente, e até como conseqüência da


dedicação ao compromisso de ganhar esta nação,
devemos nos lembrar do que a Palavra de Deus nos diz
no Salmo 67.1,2: “Seja Deus gracioso para conosco, e
nos abençoe, para que sejam conhecidos na terra os teus
caminhos, a tua salvação entre todas as nações”

As pesquisas nos mostram o quanto temos sido


abençoados por Deus como nação e o texto bíblico acima
nos revela que o Senhor faz isso com um propósito: para
que abençoemos também os outros povos.

Hoje, o Brasil tem acesso livre em muitas nações. E isso Página


não deixa de ser um privilégio. Em qualquer lugar do
13
mundo o brasileiro é sempre bem recebido e dispõe de
certa liberdade para levar o evangelho. Além disso,
muitos brasileiros têm origens em algumas dessas
nações, o que pode facilitar o trabalho, tanto indo ao
estrangeiro quanto alcançando essas “colônias” (grupos
étnicos) dentro do nosso próprio país.

Dez anos de "Marcha para Jesus"


A primeira edição brasileira do evento, realizada em
1993, levou cerca de 350 mil pessoas às ruas de São
Paulo, com destino ao Vale do Anhangabaú, onde ocorreu
um grande show gospel e foram arrecadadas mais de
quinze toneladas de agasalhos. Na última edição, em
2003, estima-se que mais de dois milhões de fiéis das
mais diversificadas denominações evangélicas, apenas
em São Paulo, percorreram o trajeto marchando e
cantando para Jesus.A direção do movimento, liderado
pela Igreja Renascer em Cristo, espera, para maio deste
ano, uma participação ainda mais expressiva de todas as
denominações.É o povo de Deus, com mais de trinta
milhões de fiéis, mostrando, orgulhosamente, sua cara!

Notas:

1 Uma mesorregião equivale a uma unidade territorial


homogênea, em nível maior que a microrregião, porém
menor que um Estado ou território, ela é o resultante do
grupamento de microrregiões.

Página
14
2. CRISTIANISMO – A FÉ QUE MOVE O MUNDO

“Jesus de Nazaré foi o único réu julgado e condenado não


pelo que tinha feito, mas pelo que era e afirmava ser: o
filho de Deus!”, disse o renomado apologista cristão Josh
McDowell em seu livro “Evidências que exigem um
veredicto”.

Já se passaram mais de dois mil anos desde os eventos


acima, mas esse homem chamado Jesus de Nazaré
continua sendo o personagem principal da vida de um
Página
terço da população da Terra. Mesmo entre aqueles que
não fazem parte do seu rebanho atual de mais de 2,2
bilhões de seguidores, Ele é um símbolo poderoso e líder
15
venerado.O mundo de hoje está fortemente influenciado
por sua moral e ética. Os costumes, a arte, a ciência, a
política e até mesmo a economia trazem uma bagagem
cultural moldada pelo cristianismo. O calendário oficial
em todo o mundo tem esse homem como marco
referencial. A conclusão a que chegamos é que o
cristianismo, como religião organizada a partir de seus
ensinos, triunfou, sobretudo se nos lembrarmos dos
desafios que fora submetido, mais do que qualquer outra
religião ou fé.

A vitória do cristianismo deixou para trás o judaísmo, o


confucionismo, o hinduísmo e o budismo. Venceu em
número e prestígio o islamismo, que lhe era superior no
período da Idade Média. O sucesso do cristianismo torna-
se ainda mais surpreendente quando analisamos sua
origem. O cristianismo é uma dissidência do amplo e
complexo mundo cultural do judaísmo da época de Jesus.
Dessa origem legalista e conservadora, ele emergiu, sem
nacionalidade, sem clero e sem vínculo étnico, firmando-
se como a religião de todos os povos. Uma fé universal!

Hoje, o cristianismo está presente em quase todas as


culturas e é capaz de refletir-se a partir de cada uma
delas. Até mesmo o catolicismo que, até 1965, rezava
sua missa em latim, hoje a celebra em todas as línguas,
o que é maravilhoso, pois não deixa de ser um exemplo
vivo da universalidade do cristianismo! O islamismo
ainda celebra suas reuniões em língua árabe.

Não podemos negar que houve momentos em que o


cristianismo falhou (sobretudo em sua liderança) ao
privilegiar os interesses de determinados grupos ou (a
Página
exemplo do que aconteceu em sua grande expansão pela
América, África e Ásia) por não respeitar suficientemente
os povos e suas culturas. Contudo, conseguiu criar
16
igrejas nativas, que sobreviveram depois dessa
cristianização, o que é um atestado de que o cristianismo
produziu algo novo e, em sua essência, conseguiu ser
uma doutrina pura e perfeitamente contextualizada.

Uma fé revolucionária

Embora o cristianismo tenha nascido na Ásia, berço


também de outras grandes religiões: budismo,
islamismo, confucionismo, hinduísmo, zoroastrismo,
entre outras, ele, no entanto, consegue ser diferente de
todas elas em aspectos e propostas. É original!

Não obstante não ser a religião mais antiga, o budismo


nasceu cinco séculos antes de Jesus, o hinduísmo, tem
pelo menos mil e quinhentos anos a mais que o
cristianismo. O judaísmo, religião da qual derivou o
cristianismo, já possuía quase dois mil anos quando os
primeiros cristãos começaram a levar o evangelho ao
mundo. O cristianismo, como se pode ver, tem tradição,
fundamentos e provas documentais. É histórico!

Em termos sociológicos e culturais, o cristianismo


quebrou todos os paradigmas e estabeleceu verdades
antes desconhecidas ou obscurecidas pelas nações e
povos. Jesus Cristo enfrentou a cultura estabelecida de
então, sofrendo as conseqüências disso e, dessa forma,
revelou a todos os homens a verdade de Deus, aquilo
que estava no coração do Pai desde a eternidade.
Embora o judaísmo seja uma religião verdadeira, pois foi
revelada por Deus ao povo israelita, no entanto esbarrou
no egocentrismo judaico. Resultado: mais de dois mil
anos depois o mundo ainda não havia conhecido o Deus
Página
de Abraão, o Deus que já havia sido revelado a
Melquisedeque, rei de Salém. O mesmo Deus também
tinha sido revelado aos povos dois mil anos antes de
17
Moisés, numa demonstração clara de que o desejo do
coração de Deus era religar o homem a Ele, restaurando
sua identidade, origem e propósito: viver eternamente
para (e com) Deus! O Senhor Deus nunca abandonou o
homem, sua obra mais sublime.

Os desafios da igreja neste terceiro milênio

Todo o sucesso até aqui alcançado pelo cristianismo não


evita, no entanto, as seguintes perguntas: Como será
daqui para frente? Como o cristianismo enfrentará os
desafios que se apresentam agora, no alvorecer deste
terceiro milênio? Como será sua face no futuro em um
mundo que enfrenta uma furiosa transformação
tecnológica e de costumes?

Werner Kelber, pesquisador do Novo Testamento, diz: “O


cristianismo em geral e a Igreja Católica, em particular,
resistiram a impactos tão brutais que acho justificável
seus seguidores acreditarem na natureza divina de seus
alicerces.

A revista VEJA1, de publicação semanal, ouviu vários


teólogos e estudiosos de religião e leu seis livros
recentes que tratam da questão da busca de uma
resposta satisfatória. Comentamos abaixo o resultado da
interessante investigação sobre os principais desafios do
cristianismo neste milênio, com os quais concordamos
plenamente, confira.

1. A historicidade de Jesus – Não se fala aqui do Jesus


dos altares. Tampouco daquele que cada um traz no
peito quando comunga da fé dos cristãos. O Jesus
Página
histórico é o personagem que nasceu, viveu e morreu na
Palestina, em carne e osso, num período histórico
determinado, numa época em que reinava o imperador
18
romano Augusto. Este personagem está sob intensíssima
investigação. Os céticos estudiosos do Seminário de
Jesus lançaram nos últimos anos uma série de ataques à
historicidade de Cristo, motivando outros a fazerem o
mesmo, como ocorreu recentemente com a revista
SUPERINTERESSANTE, que questionou vários fatos
bíblicos e mereceu uma reação à altura da revista Defesa
da Fé. Fora da Bíblia, havia apenas duas referências à
passagem de um certo Jesus pela Palestina. Flávio Josefo,
historiador judeu de cidadania romana, em seu livro
“Antiguidades dos judeus”, escrito no ano de 94, fala de
um certo “Jesus, um homem sábio, que fazia coisas
extraordinárias e pregava para o povo”. Outro autor
romano, Plínio, o Jovem, do fim do século I, descreve um
grupo de fiéis rezando e cantando hinos a “Cristo, como
se fosse um Deus”.Agora, com esse achado arqueológico
em Jerusalém, considerado autêntico, certamente os
céticos pensarão duas vezes antes de fazerem
afirmações levianas a fim de lançarem dúvidas sobre a
Bíblia.

2. Secularização – Em bom português significa


simplesmente que as pessoas tendem, pela própria
dinâmica da vida moderna, a fazer ouvidos de mercador
para os ensinamentos das igrejas. A indiferença de quem
ouve é o pavor de todos os doutrinadores. Em outras
palavras, FRIEZA ESPIRITUAL. As pessoas tendem a
preferir uma vida religiosa independente a seguir à risca
cada um dos ditames dos pastores e seus líderes. Isso é
mais forte nos países mais antigos em processo de
evangelização, como na Europa e América do Norte. Já
na América Latina e no Brasil, particularmente, as
pessoas ainda são muito crédulas: 99% dos brasileiros
Página
acreditam em Deus, 83% crêem na vida eterna no
paraíso; 69% acreditam na punição e na recompensa
divina após a morte.
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3. Ecumenismo – É extremamente complexo o desafio


de manter a unidade da doutrina cristã e, ao mesmo
tempo, fazer aberturas na direção de outras crenças.
Como admitir a existência de outros credos sem perder a
fé na hegemonia dos princípios cristãos? Excomungado
pelo papa Leão X em 1521, o monge alemão Martinho
Lutero foi o pai da Reforma Protestante, movimento que
definiu bem as posições evangélicas e católicas. A igreja
genuinamente bíblica terá de se esforçar, e muito, para
manter sua integridade e pureza, e isso sem arrogância
ou qualquer sinal de superioridade. Terá apenas de
deixar claro que não há comunhão entre os fiéis e os
infiéis na questão de fé.

4. Os pecados do cristianismo – “Os cristãos não


podem dar as boas-vindas ao Terceiro Milênio sem se
arrepender de seus pecados históricos”, disse o papa.
Um dos maiores impedimentos para o desfecho da
evangelização mundial notado pelos nossos missionários
de hoje são exatamente os pecados históricos das igrejas
romana e protestante séculos atrás. Os pagãos, não
conseguindo discernir o verdadeiro cristianismo do falso,
resistem à mensagem cristã, principalmente entre os
povos africanos, que vivem sob o domínio do fantasma
do brutal colonialismo branco.

5. A ameaça do islã – O islamismo é a religião que mais


cresce no mundo. Embora seja marcadamente étnico,
identificado com os árabes, o islamismo tem alcançado,
pelas migrações, uma penetração crescente na Europa, o
mais tradicional reduto cristão. “O islamismo já é a
segunda religião mais numerosa na Alemanha, na França
Página
e na Itália”, diz o historiador da Igreja, José Oscar Beozzo.
O cristianismo vive hoje num ambiente da mais ampla
liberdade religiosa, o que permite, por exemplo, que o
20
islã construa uma de suas maiores mesquitas em plena
Roma. O cristianismo corre o risco de perder toda a
Europa e terá de reconquistar vários territórios antes
cristãos e evangelizados, hoje reduto e bastião do
islamismo (como é o caso de todo o Norte da África). Mas
como conseguir isso se a construção de qualquer templo
que não seja uma mesquita é rigorosamente proibida nos
países islâmicos?
6. As seitas e as heresias – Acrescentamos aqui, à
lista da referida pesquisa, o crescente surgimento das
seitas em todo o mundo. O Brasil, especialmente, tem
sido um território fértil para os mais bizarros e perigosos
movimentos religiosos. Como se não bastasse o perigo
de fora, representado pelas seitas, temos, ainda, de
enfrentar o enfraquecimento da exposição das doutrinas
bíblicas por conta das inovações e deturpações de
pontos doutrinários inegociáveis da fé bíblica e histórica.
O joio está sendo semeado e crescendo junto com o
trigo.

7. Os povos não-alcançados – A definição de “povos


não-alcançados” é: grupos de pessoas que não possuem
entre si um movimento cristão atuante e/ou números
suficientes de cristãos com recursos adequados para
evangelizar o restante do grupo. O número dos não-
evangelizados é tão grande que se formássemos uma fila
única com os 3,5 bilhões de pessoas não-alcançadas
daria para dar 25 voltas em torno da Terra, dimensão que
significa quatro vezes a distância da Terra à Lua. Mesmo
depois de mais de dois mil anos de pregação (e as
Escrituras nos deixam bem claro que a nossa principal
tarefa neste mundo é anunciar o evangelho a toda
Página
criatura), a realidade evangelística da igreja é essa:
ainda há muitos povos não-alcançados, infelizmente.
Será que atravessaremos este século sem concluir a
21
nossa missão?

Em último lugar, entendemos que o melhor que nós


cristãos podemos fazer não é nos vangloriarmos da
história vitoriosa que temos como religião, e muito
menos ficarmos paralisados e estarrecidos diante dos
desafios que temos pela frente. Antes, devemos,
destemidamente, como a verdadeira igreja de Cristo,
encararmos os desafios que certamente hão de surgir,
sempre mantendo os olhos fixos em Cristo (Hb 12.2).

O passado é como uma cartilha que temos. Se a


conhecermos e estudarmos, não cometeremos os
mesmos erros que macularam para sempre a trajetória
da igreja na Terra. As heresias, as injustiças, a omissão, a
ignorância, o medo e o ódio não podem sufocar a nossa
confiança e fé em Deus e no cristianismo. Esta edição de
Defesa da Fé é um pequeno esboço do que se passou
conosco em pouco mais de dois mil anos de história. E
nos ajudará a avaliar a nossa atuação hoje. Devemos nos
inspirar na história de fé de muitos homens de Deus que
por aqui passaram e mantiveram acesa a chama
flamejante do Espírito Santo ardendo dentro do peito.
Eles viveram e pregaram na contramão da história
secular. Falamos de homens que contavam com um
profundo conteúdo, lógica e conhecimento das
Escrituras, além de reconhecerem seu chamado no Reino
de Deus.

Oramos para que, ao compreendermos a nossa trajetória


até os dias atuais, possamos projetar melhor o nosso
futuro, até que Ele venha! (1 Co 16.22).

Página
Alguns novos e revolucionários conceitos
estabelecidos por Jesus
22
Os pobres, os perseguidos, os que choram, os que têm
“fome e sede” de justiça são bem-aventurados, pois
verão a Deus e possuirão o Reino dos céus;

Deus alegra-se mais por um pecador que se arrepende e


volta para sua presença do que por 99 justos que não
precisam de arrependimento e sempre foram “bons”;

Deus dará a seus fiéis uma recompensa, mas para fazer


isso não levará em consideração os méritos de cada um,
calculados de acordo com a justiça humana;

Quem é “senhor” deve servir a seus “súditos”;

Quem quer seguir a Jesus deve ser humilde, disposto a


sofrer e a ser perseguido. Não deve buscar os seus
próprios interesses;

Ao que bater em nossa face devemos humildemente


oferecer também a outra;

Devemos amar os nossos inimigos e abençoar àqueles


que nos amaldiçoam;

Devemos fazer o bem aos que nos odeiam e orar por


aqueles que nos maltratam e perseguem. Afinal, amar os
nossos amigos é fácil;

Nossas palavras devem ser firmes e verdadeiras. A


conversa enganosa ou com segundas intenções tem
como “pai” o diabo;

O casamento é uma instituição sagrada. A infidelidade


Página
conjugal é abominável aos olhos de Deus. Não devemos
cultivar pensamentos maliciosos;
23
Os pacificadores têm como pai o Senhor, que ama a paz;

Ninguém deve ser juiz de ninguém. Todos somos,


igualmente, pecadores e réus de juízo;

A divulgação da descoberta foi feita, em 21 de outubro,


pela revista Biblical Archaeology Review (“Sociedade de
Arqueologia Bíblica”), com sede nos Estados Unidos. De
acordo com os peritos, o ossuário encontrado possui
mais ou menos 50cm de comprimento e 28cm de largura
e data do ano 63 da Era Cristã. A tradução da inscrição
da urna em aramaico “Tiago, filho de José, irmão de
Jesus” (Ya’akov bar Yosef akhui diYeshua) é de
responsabilidade do especialista em escritas antigas
André Lemaire, professor em Sorbonne, na França.

O aramaico era um idioma semítico antigo e foi uma


língua amplamente falada no Oriente Médio durante
muitos séculos. Lemaire lembra que o Novo Testamento
menciona que Jesus tinha um irmão chamado Tiago e o
historiador judeu do século I, Flávio Josefo, registrou que
Tiago foi executado por apedrejamento por volta de 63
d.C.

No mês passado, dois geólogos do governo israelense


estudaram a caixa, inspecionando sua superfície e
inscrição com um microscópio. Concluíram, então, que o
objeto tem mais de 19 séculos e não apresenta nenhuma
evidência de pigmentos modernos, marcas de
instrumentos de corte atuais ou outros sinais de
falsificação. Lemaire achou a caixa sem querer, em junho
passado. O dono é um colecionador de artefatos judeus
antigos que prefere permanecer no anonimato.

Segundo especialistas, os nomes citados eram bastante Página


comuns entre os judeus daquele tempo. Mas, por outro
24
lado, a primeira parte da inscrição, “Tiago, filho de José”,
corresponde perfeitamente aos costumes do tempo em
que as pessoas eram conhecidas pelo nome do pai ou da
cidade onde nasciam. A pergunta mais importante que os
especialistas estão se fazendo é o porquê de, além de
“filho de José”, a inscrição da urna inclui “irmão de
Jesus”. E aí poderia estar toda a importância da dita
inscrição. Segundo Lemaire, se o autor da frase incluiu na
urna que Tiago era filho de José e irmão de Jesus é
porque se tratava de um irmão “importante”, popular na
época, com algum mérito, que se destacava por algo.

Em verdade, toda a importância de Tiago na primeira


comunidade cristã de Jerusalém era pelo fato de ele ser
irmão de Jesus, o crucificado. Os apóstolos o tratavam
com grande estima e reverência por ser irmão de Jesus e,
como podemos ler a seguir, o texto bíblico confirma isso:

“... Não vi nenhum apóstolo, mas somente Tiago, o irmão


do Senhor” (Gl 1.18-19).

Mas enquanto todos dirigem a atenção para o caso sob


uma perspectiva arqueológica, os bastidores da igreja
católica romana preparam-se para argumentar sobre a
questão, uma vez que a igreja jamais admitiu que Jesus
tivesse irmãos de sangue, contrariando o que pressupõe
a “descoberta” e o que narra a Bíblia (Mt 13. 55-56).

Notas:

Heróis da Fé, CPAD, Orlando Boyer


História dos Hebreus, CPAD, Flávio Josefo
História Eclesiástica, CPAD, Eusébio de Cesaréia
Página
Teologia Bíblica de Missões, CPAD, George W. Petters
Inquisição e instrumentos de tortura da Idade Média,
CPAD, Alcides Conejeiro Pires
25
As Catacumbas de Roma, CPAD, Benjamin Scott
A Era dos Mártires, Edições Vida Nova, Justo L. Gonzáles
A Era dos Gigantes, Edições Vida Nova, Justo L. Gonzáles
A Era das Trevas. Edições Vida Nova, Justo L. Gonzáles
A Era dos Altos Ideais, Edições Vida Nova, Justo L.
Gonzáles
A Era dos Sonhos Frustados, Edições Vida Nova, Justo L.
Gonzáles
A Era dos Reformadores, Edições Vida Nova, Justo L.
Gonzáles
A Era dos Conquistadores, Edições Vida Nova, Justo L.
Gonzáles
A Era dos Dogmas e das Dúvidas, Edições Vida Nova,
Justo L. Gonzáles
A Era dos Novos Horizontes, Edições Vida Nova, Justo L.
Gonzales
A Era Inconclusa, Edições Vida Nova, Justo L. Gonzáles
O Cristianismo Através dos Séculos, Edições Vida Nova,
Earle E. Cairns
Descobertas dos tempos bíblicos, Editora Vida, Allan
Millard
Atlas Histórico do Cristianismo, Editora Santuário &
Vozes, Andrea Dué & Juan María Laboa,
Atlas da História do Mundo, Folha de São Paulo
O Fogo do Reavivamento, Candeia, Wesley L. Duewel
Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, Editora
Vida, George A. Mather & Larry A. Nichols
História da Teologia Cristã, Editora Vida, Roger Olson
Contras as Heresias, Editora Paulus, Irineu de Lião
Justino de Roma, Editora Paulus, Justino de Roma,
A Doutrina Cristã, Editora Paulus, Santo Agostinho
Padres Apologistas, Editora Paulus
Padres Apostólicos, Editora Paulus
Página
Enciclopédia Barsa. Barsa
Britanic Enciclopedy, INC
A igreja é maior do que você pensa, Missão Horizontes,
26
Patrick Johnstone
João Calvino e George Whitfield, Publicações Evangélicas
Selecionadas, D. M. Lloyde Jones
John Knox – O fundador do Puritanismo. Publicações Ev.
Selecionadas, D.M. Lloyde Jones

Colaboradores:

Hélio de Souza
Márcio de Souza
João Flávio Martinez
Paulo Cristiano Silva
Fernando Augusto Bento
Márcio Falcão
Elvis Brassaroto Aleixo
Natanael Rinaldi
Jamierson de Oliveira
Antonio Fonseca

3. CRISTIANISMO

“E em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez,


chamados cristãos” (At 11.26)

A palavra “cristianismo” é oriunda do vocábulo “Cristo”,


cujo significado é “Messias”, “pessoa consagrada”,

Página
“ungida”. Do hebraico mashiyach, foi traduzida para o
grego como Christos e para o latim como Christus. É uma
religião exclusivista. Jesus disse que Ele é o único
27
caminho para o Pai (Jo 14.6). E ainda: que Ele é o único
que revelou o Pai (Mt 11.27; Lc 10.22). Assim, pregamos
a proeminência e exclusividade do cristianismo porque
cremos naquilo que Jesus disse. Ou seja, Ele é Deus, (Jo
8.58; Êx 3.14), perdoou (e perdoa) pecados (Lc 5.20;
7.40) e ressuscitou da morte (Lc 24.24-29). O
cristianismo envolve mais que uma simples religião: é
um relacionamento íntimo com Deus. É uma confiança
em Jesus e naquilo que Ele fez na cruz (1Co 15.1-4) e não
naquilo que possamos fazer por nós mesmos (Ef 2.8-9).

Os traços mais significativos e distintivos do cristianismo


são a ressurreição de Cristo e o cumprimento das
profecias relacionadas à sua vida. A fé cristã prega a
transitoriedade da vida terrestre, que nada mais é do que
apenas uma passagem para a vida eterna com Deus (Hb
11.13), usufruída por aqueles que aceitaram a Jesus
como seu único e suficiente Salvador. Os ensinamentos
cristãos estão contidos, única e exclusivamente, na Bíblia
(sem livros adicionais), que está dividida em duas partes:
Antigo e Novo Testamentos. A primeira parte (o Antigo
Testamento) é a mesma do cânon judaico. Já a segunda
(o Novo Testamento), distribui-se entre os evangelhos
(biografias de Cristo escritas pelos apóstolos Mateus,
Marcos, Lucas e João), o livro dos Atos dos Apóstolos, as
epístolas dirigidas às igrejas e o Apocalipse.

Na sua origem, o cristianismo foi apontado como uma


seita surgida do judaísmo e terrivelmente perseguida (At
24.5). Quando Jesus Cristo nasceu, por volta do ano 4
a.C, na pequena cidade de Belém, próxima a Jerusalém,
os judeus viviam sob a administração de governadores
romanos e, por isso, aspiravam pela chegada do Messias
Página
que, conforme acreditavam, seria um homem de guerra
e governaria politicamente.
28
Até os 30 anos, Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade
situada ao Norte do atual Israel. Em pouco tempo,
aproximadamente três anos, reuniu seus doze apóstolos
e percorreu a região pregando sua doutrina e operando
incontáveis milagres, o que o levou a ser conhecido de
todos e seguido por grandes multidões. Mas, para as
autoridades religiosas judaicas, Ele era um blasfemo,
pois se autodenominava o Messias, e, por isso, era tido
como uma espécie de agitador popular.
Por tudo isso foi preso e morto (crucificado). A tendência
era que seus seguidores se dispersassem e seus
ensinamentos, esquecidos. Mas ocorreu o contrário. É
justamente neste fato que se assenta a fé cristã. Como já
haviam antecipado os profetas do Antigo Testamento,
Cristo ressuscitou, apareceu aos apóstolos e ordenou que
se espalhassem pelo mundo, pregando sua mensagem
de amor, paz, restauração e salvação.

O cristianismo firmou-se como uma religião de origem


divina. Seu fundador foi o próprio Filho de Deus, enviado
como Salvador e construtor da história, junto com o
homem. Ser cristão, portanto, é engajar-se na obra
redentora de Cristo, tendo como base a fé em seus
ensinamentos.

Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região


do Mediterrâneo e chegou ao coração do império
romano. A difusão do cristianismo pela Grécia e Ásia
Menor foi obra especialmente do apóstolo Paulo, que não
era um dos doze, mas foi chamado para essa missão pelo
próprio Jesus (At 9.1-19). Em Roma, muitos cristãos
foram transformados em mártires, comidos por leões em
Página
espetáculos no Coliseu, como alvos da ira de
imperadores atacados por corrupção e devassidão.
29
Em 313 d.C., o imperador Constantino se converteu ao
cristianismo e concedeu liberdade de culto, o que
facilitou a expansão da doutrina por todo o império.
Antes de Constantino, as reuniões ocorriam em
subterrâneos, as famosas catacumbas que até hoje
podem ser visitadas em Roma.

Desvios de percurso e situações históricas determinaram


os cismas que dividiram o cristianismo em várias
confissões. O primeiro grande cisma veio em 1054,
quando o patriarca de Constantinopla, Miguel Keroularios,
rompeu com o papa, separando do cristianismo
controlado por Roma as igrejas orientais, ditas ortodoxas.

Depois, já no período da Idade Média, o cristianismo


enfrentou seus maiores desafios, quando ocorreu o
segundo grande racha. O teólogo alemão, Martinho
Lutero, membro da ordem religiosa dos Agostinianos,
revoltou-se contra a prática de venda de indulgências e
passou a defender a tese de que o homem somente se
salva pela fé.

Lutero foi excomungado e fundou a Igreja Luterana. Não


reconheceu a autoridade papal, negou o culto aos santos
e aboliu a confissão obrigatória e o celibato entre os
padres e religiosos. Mas manteve os sacramentos do
batismo e da eucaristia.

Mais tarde, a chamada Reforma Protestante deu origem a


outras inúmeras igrejas cristãs que continuam até os
nossos dias servindo aos propósitos do Senhor Deus na
terra.

A possibilidade matemática de Jesus cumprir todas Página


as profecias
30

As probabilidades a seguir foram calculadas por Peter


Stoner em Science Speaks (Moody Press, 1963). Stoner
diz que, usando a moderna ciência da probabilidade em
referência a oito profecias, encontramos que a chance de
um único homem ter vivido antes da presente época e
ter cumprido plenamente todas as oitos profecias é de 1
em 10 (17). Isso seria 1 em 100,000,000,000,000,000.
Para ajudar a compreender esta estonteante
probabilidade, Stoner ilustra isto supondo que: “se nós
tivéssemos 10 (17) moedas de 0,50 dólar e, então,
espalhássemos pelo território do Texas, cobriríamos toda
a face do Estado em uma altura de cerca de 70 cm. Seria
como se marcássemos uma dessas moedas e a
agitássemos junto com toda a massa de moedas sobre
todo o Estado e pedíssemos para que nos apontassem
onde a moeda está. Que chance alguém teria de acertar
na primeira oportunidade? Esta é a mesma chance que
os profetas tinham de escrever oito profecias e elas se
cumprirem em um único homem”.

No entanto, temos ainda de considerar que a Bíblia


menciona cerca de 456 profecias sobre o Messias que
foram cumpridas rigorosamente. Isto é uma evidência
cabal de que Jesus não cumpriu as profecias por mero
acidente.

A ficção de o Código da Vinci contra a História


Bíblica

Já há alguns anos, o mercantilismo percebeu que afrontar


as crenças cristãs é algo muito rentável. De tempos em
Página
tempos, surge alguém com um filme ou um livro com
este intuito. O último frenesi está sendo causado pelo
livro O código Da Vinci, de Dan Brown. Em resumo, a
31
obra se propõe a desvendar um suposto mistério
mantido em segredo por uma sociedade secreta
chamada “O priorado de Sião”. A igreja católica seria a
responsável por se esforçar e guardar este segredo até
os nossos dias. Mas, em que consiste o grande segredo?
Em que Jesus fora casado com Maria Madalena, que
estava grávida quando Cristo foi crucificado. Os
descendentes daquela criança ainda sobrevivem e se
mantêm no anonimato, protegidos pelo priorado de Sião,
que também é o guardião da verdadeira fé em Jesus e
em Maria Madalena, fé baseada na teoria do “sagrado
feminino”.

E o que tem Da Vinci com tudo isso? Suspeita-se que o


pintor tenha gravado sua devoção ao “Santo Graal
Feminino” na representação da Última Ceia, na qual a
personagem à direita de Jesus não seria São João, mas
Maria Madalena, sua companheira.

Pouquíssima coisa deste enredo pode ser classificada


como sendo propriamente original. A maioria procede do
fantasioso trabalho Holy Blood, Holy Grail e o resto são
retalhos de ridículas e gastas teorias esotéricas e
gnósticas. Thomas Roeser, pesquisador do Chicago
Times, elenca alguns deslizes da obra: apresenta os
Jogos Olímpicos da antiguidade como uma celebração
dedicada a Afrodite, em vez de a Zeus, como seria o
correto; aponta os Templários, que supostamente são os
guardiões do “segredo” de Madalena, como os
construtores das catedrais do seu tempo, quando, na
verdade, foram os bispos europeus; as catedrais góticas
não têm qualquer simbolismo feminino como se vê na
obra; o escritor cria um personagem católico que mata
Página
para impedir que o “segredo” de Madalena venha a
público: um monge do Opus Deis, porém, esta
organização não possui monges em sua hierarquia
32
eclesiástica; e, além disso, a obra contém inúmeros erros
geográficos.

Mesmo assim, o livro está no topo de vendas em vários


países do mundo e seu enredo ganhará, em breve, as
telas do cinema. Trata-se de mais uma ficção cristã que
merece uma análise mais profunda em futura edição de
Defesa da Fé.
A Reforma Protestante "O grande cisma do
cristianismo"

Foi em 1529, na dieta de Spira, que os cristãos


reformistas foram apelidados, pela primeira vez, de
“protestantes”, devido ao protesto que os príncipes
alemães fizeram ante o autoritarismo do catolicismo. A
faísca para o estopim da Reforma foi acesa em 1517,
pelo reformador Martinho Lutero, que protestou e
condenou o uso das indulgências ao fixar suas 95 teses
na porta da igreja católica de Wittenberg, Alemanha
(31/10/1517).

Por seu ato “rebelde”, Lutero foi chamado a comparecer


na dieta de Worms, a fim de se retratar, mas se negou a
fazê-lo. Sua atitude alterou profundamente a história do
cristianismo. A Reforma prosperou e as igrejas
protestantes foram fundadas em todas as partes do
mundo. Hoje, graças a Deus, uma grande parcela da
população ocidental é protestante. E o Brasil caminha a
passos largos para ser conquistado totalmente pelo
protestantismo.

Mês passado, em comemoração ao nascimento de Lutero


Página
(10/11/1483), foi veiculada uma excelente produção
cinematográfica sobre sua vida. O filme leva seu nome:
“Lutero – rebelde, gênio, libertador”. A produção conta a
33
história da Reforma com muita veemência e paixão. O
filme mostra o lado humano de Lutero, com a mulher,
sofrendo com a guerra. Segundo o presidente do
Conselho da Igreja Luterana Brasileira, Luiz Artur Eicholz,
“o filme consegue trazer o tempo da Reforma para os
dias de hoje de uma forma muito compreensível”. Rolf
Keunecke, delegado do Sínodo Vale do Itajaí, ficou
impressionado com o cenário e a didática do filme: “As
imagens são muito impactantes e ajudam a compreender
melhor o limiar do protestantismo”. Rolf Köhntopp,
delegado do Sínodo Norte Catarinense, declarou: “Lutero
mostra que o cristão, em nenhum momento, pode negar
a Deus, por maior que seja a pressão. O filme causa um
choque muito forte, mostra a realidade. Lutero é uma
lição de vida muito grande e também de fé e convicção”.

Sabemos o quanto é difícil e raro encontrar na mídia


secular trabalhos com propostas, como a do filme
“Lutero”, dignas dos testemunhos que acabamos de ler.
Por isso, recomendamos aos nossos leitores a apreciação
desta produção, o que certamente acrescentará
informações relevantes sobre a Reforma, o reformador e
a época em que se deu este importante advento.

Pergaminhos do mar morto no Brasil

A autenticidade das escrituras bíblicas sempre esteve na


mira dos críticos de plantão. Mesmo os “atiradores de
elite”, aqueles que julgavam impossível errar o alvo,
cansaram-se de tanta frustração. Nunca acertaram o
alvo. Na verdade, porque ele não existe. Muitos e de
muitas formas foram os que gastaram suas vidas neste
intento. Alguns se renderam e acabaram reconhecendo
Página
sua veracidade. Outros, não chegaram a tanto, mas
perderam o vigor da convicção que apresentavam
inicialmente. Este tema é importantíssimo para o
34
cristianismo e o judaísmo. A fidelidade das Escrituras
encerra questões prioritárias para ambas as religiões.
Teriam os escritos do Antigo Testamento existido tal
como os conhecemos hoje? O que temos nas mãos não
seriam textos mutilados, alterados e distorcidos ao longo
dos séculos? Esses eram os ataques mais freqüentes à
Bíblia até a grande descoberta dos pergaminhos do Mar
Morto, os documentos mais antigos já encontrados do
Antigo Testamento. Unanimemente, esta é considerada a
mais importante desc
oberta arqueológica para os cristãos de todos os tempos.

Escritos em hebraico e aramaico, em folhas de


pergaminhos, os manuscritos foram encontrados por
beduínos, em 1947, nas cavernas de Qumran, a 25
quilômetros de Jerusalém, nas proximidades do Mar
Morto. A boa notícia é que eles estão em nosso país.
Aliás, é a primeira vez que esta exposição se realiza na
América Latina. A mostra foi uma iniciativa da Calina
Projetos Culturais e do Instituto de Antiguidades de
Israel, que coordena a pesquisa arqueológica israelense.

A exposição contempla dez textos (sendo três originais)


dos livros de Gênesis, Êxodo, Deuteronômio, Levítico,
Salmos e Isaías. A exposição inclui copos de medida,
garrafas, jarros, potes, pratos, moedas, tigelas, sandálias
e tecidos, todos encontrados próximos à mesma região.

Depois de uma temporada de cerca de dois meses no


Museu Histórico Nacional, no Rio (RJ), quando foi vista
por mais de 150 mil pessoas, a exposição chegou a São
Paulo no mês passado. Os crentes em geral,
especialmente os apologistas, não podem perder esta
Página
singular oportunidade de contemplar uma das evidências
arqueológicas mais concretas da fé que defendemos.
35

ESTE MATERIAL FOI COELTADO NO SITE:

www.icp.com.br

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