Вы находитесь на странице: 1из 35

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Comandos Industriais
Fascículo 2

Joaquim Francisco Martins

2009
I
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Índice
4. PARTIDA DE MOTORES ELÉTRICOS.......................................................... 1
4.1. PARTIDA DIRETA .............................................................................................. 2
4.1.1. Vantagens e Desvantagens ....................................................................... 5
4.1.2. Corrente de Partida ................................................................................... 7
4.2. PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO .................................................................... 8
4.3. PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO ( Y-Δ ) .......................................................... 10
4.3.1. Vantagens e Desvantagens da ( Y-Δ ) .................................................... 14
4.4. PARTIDA COM AUTOTRANSFORMADOR ........................................................... 16
4.4.1. Vantagens e Desvantagens ..................................................................... 18
4.5. PARTIDA TRIÂNGULO SÉRIE-PARALELO ( Δ-ΔΔ ) ........................................... 20
4.6. PARTIDA ESTRELA SÉRIE-PARALELO ( Y–YY ) .............................................. 22
4.7. TIPO DE PARTIDA EM FUNÇÃO DO MOTOR E DA REDE ELÉTRICA.................... 25
4.8. PARTIDA A REOSTATO .................................................................................... 26
4.9. SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL ................................................................ 29

II
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Índice de Figuras
Figura 4.1 – Representação gráfica dos dados da tabela 4.1. ................................................. 1
Figura 4.2 – Acionamento de motor com partida direta coordenada por fusível. .................. 3
Figura 4.3 – Acionamento de motor com partida direta coordenada por disjuntor................ 4
Figura 4.4– Acionamento de motor com partida direta coordenada por disjuntor com relé
térmico............................................................................................................................ 5
Figura 4.5 – Corrente e conjugado de um motor elétrico com partida direta......................... 6
Figura 4.6 - Circuito de acionamento com partida direta com reversão coordenada por
fusíveis............................................................................................................................ 8
Figura 4.7 - Circuito de acionamento com partida direta com reversão coordenada por
disjuntor sem relé térmico. ............................................................................................. 9
Figura 4.8 - Circuito de acionamento com partida direta com reversão coordenada por
disjuntor com relé térmico............................................................................................ 10
Figura 4.9 - Circuito de acionamento de partida estrela-triângulo coordenada por fusíveis.
...................................................................................................................................... 11
Figura 4.10 - Circuito de acionamento de partida estrela-triângulo coordenada por disjuntor.
...................................................................................................................................... 12
Figura 4.11 – Características básicas das ligações: Estrela e Triângulo em um motor........ 13
Figura 4.12 – Corrente e conjugado de um motor elétrico com partida estrela-triângulo.... 15
Figura 4.13 - Circuito de acionamento com autotransformador coordenado por fusível..... 16
Figura 4.14 - Circuito de acionamento com autotransformador coordenado por disjuntor. 17
Figura 4.15 – Corrente e conjugado de partida com autotransformador. ............................. 19
Figura 4.16 – Acionamento com partida série Δ com 9 bornes (a) e 12 bornes (b). ............ 21
Figura 4.17 – Acionamento com partida paralelo ΔΔ com 9 bornes (a) e 12 bornes (b). .... 21
Figura 4.18 – Acionamento com partida série Y com 9 bornes (a) e 12 bornes (b)............. 23
Figura 4.19 – Acionamento com partida paralelo YY com 9 bornes (a) e 12 bornes (b). ... 23
Figura 4.20 – Diagrama esquemático de uma ligação série-paralelo Y-YY. ....................... 24
Figura 4.21 – Banco de resistores para partida de motores. ................................................. 27
Figura 4.22 - Curva torque x velocidade durante a partida utilizando um reostato. ............ 27
Figura 4.23 - Partida a reostato de um motor bobinado. ...................................................... 28
Figura 4.24 - Numeração de um contator com dois contatos auxiliares 1 NF e 1 NA......... 30
Figura 4.25 - Numeração de um contator com dois contatos auxiliares 2 NF e 4 NA......... 30

III
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Índice de Tabelas
Tabela 4.1 – Consumo de Energia Elétrica no Brasil............................................................. 1
Tabela 4.2 - Comparativo entre partidas Estrela-Triângulo e com Autotransformador....... 19
Tabela 4.3 - Partida em função da tensão da rede elétrica e enrolamentos do Motor. ......... 25
Tabela 4.4 – Símbolos literais segundo NBR 5280.............................................................. 30

IV
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

4. Partida de Motores Elétricos


Segundo alguns estudos estatísticos, atualmente, a energia elétrica produzida no
Brasil é consumida nos seguintes segmentos de consumo, conforme a tabela 4.1.

Consumo de Energia Elétrica no Brasil


Industrial 44%
Residencial 27%
Comercial 14%
Outros Setores 15 %
Tabela 4.1 – Consumo de Energia Elétrica no Brasil.

A figura 4.1 mostra, graficamente, os dados da tabela 4.1.

Figura 4.1 – Representação gráfica dos dados da tabela 4.1.

Do consumo Industrial, 49 % devem-se aos motores elétricos e, também, 37 % do


consumo comercial. Já no consumo residencial há um grande número de motores elétricos
em eletrodomésticos.
Logo, estima-se que o consumo de motores no Brasil é em torno de 30 % da energia
produzida.
Para que o motor passe do regime de repouso, ou seja, desligado para o regime
permanente, ou seja, de trabalho, é necessário um acionamento elétrico para ligá-lo.
Quando é ligado um motor, este fenômeno é denominado partida. Logo, o motor começa a
acelerar até chegar ao seu estado de regime permanente, caracterizado por uma corrente e
rotação denominadas nominais.
De forma, pode-se considerar que a corrente de partida de um motor elétrico é em
torno de 7 a 10 vezes a corrente nominal do motor. Esta corrente causa problemas, tais
como:

1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Aumento da demanda elétrica: Efeito preocupante nas indústrias, já que


este aumento pode implicar em multa contratual de consumo;

• Sobre-dimensionamento: Por exemplo, de cabos elétricos, contatores, relés


e disjuntores ligados ao mesmo;

• Vida útil: Em certas condições, diminui a vida útil do motor elétrico.

Portanto, quando possível, passa a ser interessante reduzir a corrente de partida de


motores elétricos. Isto é possível através de uma seqüência lógica em seu acionamento.
É importante salientar, que existem normas que norteiam os acionamentos de
motores elétricos, por exemplo:

• IEC 60947-1: Equipamentos de manobra e de proteção em baixa tensão:


Especificações;
• IEC 60947-2: Disjuntores;
• IEC 60947-3: Seccionadores e seccionadores-fusíveis;
• IEC 60947-4: Contatores de potência, relés de sobrecarga e conjuntos de
partida;
• IEC 60947-5: Contatores auxiliares, botões de comando e auxiliares de
comando;
• IEC 60947-7: Conectores e equipamentos auxiliares;
• IEC 60269-1: Fusíveis para baixa tensão;
• IEC 60439-1: Conjuntos de manobra e comando em baixa tensão;
• NBR 5410: Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
• NBR 5280: Símbolos Literais de Eletricidade
• Símbolos: Gráficos ( normas IEC / DIN / NBR ).

4.1. Partida Direta


A partida direta de motores elétricos é considerada o método mais simples. Em
geral, os motores elétricos coordenados por fusíveis podem ser partidos diretamente nas
seguintes condições:

• A corrente nominal da rede é bem maior que a corrente de partida do motor;


• A potência ser menor que 5 CV;
• A partida deve feita sem carga ou se a carga a ser movimentada;
• Não necessitar de acionamento lento e progressivo;
• A partida não provocar o desligamento dos circuitos dos outros motores ou
dos disjuntores primários.

2
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

A forma de conexão de um sistema de acionamento de motor com partida direta


coordenada com fusível é mostrada pela figura 4.2.

Figura 4.2 – Acionamento de motor com partida direta coordenada por fusível.
Onde:
• F1, F2 e F3 são fusíveis retardados para proteção de curto-circuito;
• F21, F22 e F23 são fusíveis de proteção do circuito de comando;
• K1 é o contator;
• R1 é o relé de sobrecarga;
• T1 transformador abaixador.

Quando é pressionada a botoeira “b1”, energiza-se a bobina do contator K1 que por


sua vez, fecha-se e energiza-se o motor. Ao mesmo tempo, o circuito de comando é selado
pelo contato auxiliar “NA” de K1 mantendo-o fechado.
Também no circuito de comando o contato “NF” do relé térmico R1 é ligado em
série com a bobina do contator e, caso haja sobrecarga, o relé é acionado e desenergizando
K1 interrompendo o circuito.

3
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

É fácil observar que ao pressionar a botoeira “b0”, o circuito de comando é


interrompido. Logo, o motor é desligado e tudo volta à situação inicial.
A figura 4.3 mostra um acionamento elétrico de partida direta coordenada por
disjuntor.

Figura 4.3 – Acionamento de motor com partida direta coordenada por disjuntor.

A partida direta coordenada por disjuntor com relé térmico, pode ainda apresentar
mais uma variação quando apresentar as seguintes características específicas, como mostra
a figura 4.4:
• Destina-se a máquinas que partem em vazio ou com carga que seja
permitido a inversão do sentido da rotação;
• Partidas normais, com tempo menor que 10 (dez) segundos;
• Para partidas prolongadas, ou seja, pesadas, deve-se ajustar as especificações
do circuito de potência, por exemplo: Contator, relé de sobrecarga,
condutores;
• Coordenação tipo 1 - IEC 60 947-4 ou tipo 2 – IEC 60 947-4, com corrente
presumida de curto-circuito 50 kA / 500 VCA;
• Relé de sobrecarga ajustado para a corrente de serviço, nominal do motor.

4
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Figura 4.4– Acionamento de motor com partida direta coordenada por disjuntor com relé
térmico.

É importante observar que, sempre que possível, a partida direta deve ser usada,
pois parte com a tensão de projeto, ou seja, tensão nominal.

4.1.1. Vantagens e Desvantagens

A partida direta de motores elétricos apresenta as seguintes desvantagens:

• Alta corrente de partida gera a necessidade de sobredimensionar cabos,


contatores, dentre outros;

• A acentuada queda de tensão na rede elétrica, o que ocasiona interferência


em equipamentos instalados na rede;

5
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Imposição das concessionárias de energia:


• Limitada o número de manobras/hora.

A partida direta de motores elétricos apresenta as seguintes vantagens

• Menor custo de instalação;

• Facilidade e simplicidade de implementação;

• Alto torque de partida.

A figura 4.5 mostra um gráfico do comportamento da corrente e do conjugado de


um motor elétrico quando acionado por partida direta.

Figura 4.5 – Corrente e conjugado de um motor elétrico com partida direta.

6
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

4.1.2. Corrente de Partida

Quando é utilizada a partida direta em motores elétricos, surge uma característica


indesejável: Elevada corrente de partida.
Em geral, a corrente de partida varia em torno de 6 a 10 vezes o valor da corrente
nominal.
A razão dessa corrente de partida tão alta pode ser facilmente entendida,
considerando-se o princípio de funcionamento dos motores de indução:

1) Quando o motor elétrico é ligado, o rotor está completamente parado, mas


o campo girante se estabelece imediatamente e, portanto, o rotor sofre uma variação
de fluxo muito grande, induzindo-se nele uma corrente muito alta.

2) Esta corrente produz um fluxo magnético intenso que tende a anular o


fluxo produzido pelas bobinas do estator, que criam o campo girante, de acordo com
a Lei de Lenz.

3) Como reação, a corrente do estator também cresce rapidamente para


restabelecer o fluxo anterior, dando origem ao surto de corrente. Esse mecanismo é
semelhante ao que ocorre no primário de um transformador em vazio quando se
coloca repentinamente carga no secundário.

Com o intuito de minimizar este efeito de uma corrente de partida alta, utilizam-se
técnicas de redução de tensão e, conseqüentemente, redução de corrente, como por
exemplo:

• Partida estrela-triângulo ( Y-Δ );

• Partida com autotransformador ou chave compensadora;

• Partida triângulo série-paralelo ( Δ-ΔΔ );

• Partida estrela série-paralelo ( Y-YY ).

Estas técnicas são geralmente utilizadas em motores de grande potência,


comentadas posteriormente.

7
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

4.2. Partida Direta com Reversão


A figura 4.6 mostra um circuito de acionamento com partida direta com reversão
coordenada por fusível.

Figura 4.6 - Circuito de acionamento com partida direta com reversão coordenada por fusíveis.

O acionamento com partida direta com reversão, normalmente, é aplicado às


seguintes características:

• Destina-se a máquinas que partem em vazio ou com carga que seja


permitido a inversão do sentido da rotação;
• Partidas normais, com tempo menor que 10 (dez) segundos;

8
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Para partidas prolongadas, ou seja, pesadas, deve-se ajustar as especificações


do circuito de potência, por exemplo: Contator, relé de sobrecarga,
condutores;
• Coordenação tipo 2 – IEC 60 947-4, com corrente presumida de curto-
circuito 50 kA / 500 VCA;
• Relé de sobrecarga ajustado para a corrente de serviço, nominal do motor;
• Freqüência de manobras de 15 manobras/hora.

A figura 4.7 mostra o acionamento elétrico de partida direta com reversão


coordenada por disjuntor sem relé térmico.

Figura 4.7 - Circuito de acionamento com partida direta com reversão coordenada por
disjuntor sem relé térmico.

Já a figura 4.8 mostra o acionamento elétrico de partida direta com reversão


coordenada por disjuntor com relé térmico.

9
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Figura 4.8 - Circuito de acionamento com partida direta com reversão coordenada por
disjuntor com relé térmico.

4.3. Partida Estrela-Triângulo ( Y-Δ )

Para que ocorra a partida estrela-triângulo ( Y-Δ ) é fundamental que o motor


permita a ligação em dupla tensão ( 220 V / 380 V, 380 V / 660 V, 440 V / 760 V ) e que a
menor tensão coincida com a da rede elétrica.
O motor deve apresentar no mínimo 6 bornes de ligação.
O acionamento com partida estrela-triângulo ( Y-Δ ), normalmente, é aplicado às
seguintes características, tanto para coordenada por fusível, quanto para coordenada a
disjuntor:

• Destina-se a máquinas que partem em vazio ou com conjugado resistente


baixo, praticamente constante, tais como, máquinas para usinagem de metais
( tornos, fresas, dentre outros );
• Partidas normais, com tempo menor que 10 (dez) segundos;

10
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Para partidas prolongadas, isto é, pesadas, deve-se ajustar as especificações


do circuito de potência, por exemplo: Contator, relé de sobrecarga,
condutores;
• Coordenação tipo 2 – IEC 60 947-4 com corrente presumida de curto-
circuito 50 kA / 500 VCA;
• Motor que possua seis terminais acessíveis para as duas tensões que serão
aplicadas;
• Relé de sobrecarga ajustado para a 0,58 vezes a corrente de serviço, ou seja,
corrente nominal do motor;
• Relé de tempo ajustado para um tempo para aceleração de aproximadamente
90% da rotação nominal do motor;
• Freqüência de manobras de 15 manobras/hora.

A figura 4.9 mostra um circuito de acionamento elétrico com partida estrela-


triângulo coordenada por fusível.

Figura 4.9 - Circuito de acionamento de partida estrela-triângulo coordenada por fusíveis.

O acionamento com partida estrela-triângulo ( Y-Δ ) , normalmente, é aplicado às


seguintes características, tanto para coordenada por fusível, quanto para coordenada a
disjuntor:

11
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Destina-se a máquinas que partem em vazio ou com conjugado resistente


baixo, praticamente constante, tais como, máquinas para usinagem de metais
( tornos, fresas, dentre outros );
• Partidas normais, com tempo menor que 10 (dez) segundos;
• Para partidas prolongadas, isto é, pesadas, deve-se ajustar as especificações
do circuito de potência, por exemplo: Contator, relé de sobrecarga,
condutores;
• Coordenação tipo 2 – IEC 60 947-4 com corrente presumida de curto-
circuito 50 kA / 500 VCA;
• Motor que possua seis terminais acessíveis para as duas tensões que serão
aplicadas;
• Relé de sobrecarga ajustado para a 0,58 vezes a corrente de serviço, ou seja,
corrente nominal do motor;
• Relé de tempo ajustado para um tempo para aceleração de aproximadamente
90% da rotação nominal do motor;
• Freqüência de manobras de 15 manobras/hora.

A figura 4.10 mostra o circuito de acionamento de partida estrela-triângulo


coordenada por disjuntor.

Figura 4.10 - Circuito de acionamento de partida estrela-triângulo coordenada por disjuntor.

12
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

A ligação estrela-triângulo é possível porque a grande maioria dos motores


trifásicos possui condições de operação em pelo menos duas tensões diferentes, tornando-os
aptos a operarem em dois sistemas com tensões diferentes.
A escolha de uma ligação ou outra, é feita a partir da tensão disponível no local
onde o motor operará, sendo que suas características não são alteradas devido à ligação
escolhida para a devida tensão, ou seja, uma reconexão.
A adaptação da tensão do motor à da rede é feita por meio da reconexão dos
terminais. Os principais tipos de ligação dos terminais são: ligação estrela ou em triângulo.
Utiliza-se a partida estrela-triângulo para suavizar os efeitos da corrente de partida
sobre o motor.
A figura 4.11 mostra as características fundamentais de uma ligação estrela e
ligação triângulo em um motor.

Figura 4.11 – Características básicas das ligações: Estrela e Triângulo em um motor.

Inicialmente parte-se o motor elétrico na configuração em estrela. O conjugado (ou


torque) e a corrente ficam reduzidos a 1/3 de seus valores nominais. Quando o motor
alcança uma velocidade próxima á nominal é mudada a ligação para triângulo.
Na partida, enrolamento do estator é ligado em estrela de modo que a tensão por
fase que ele recebe seja dividida por √3.
Enquanto o enrolamento estiver ligado em estrela, a corrente de partida e o
conjugado são reduzidos.
No instante em que atinge uma determinada velocidade, em torno de 90 % da
velocidade nominal, deve ser feita a comutação para a tensão plena, ou seja, a ligação em
triângulo através da comutação dos contatores.
Considerando que a tensão nominal é para a ligação em triângulo,
matematicamente tem-se:

13
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

IP = IF = VL / Z Î IP = (IL / √3) = VL . Z Î IP = √3 .VL . Z


Quando parte-se em ligação estrela, tem-se:

I’P = VF . Z Î IP = (VL / √3). Z Î I’P = (1 / √3) . (IP / √3) Î I’P = ( IP / 3 )


Pode-se concluir que, quando é utilizada a partida de motores estrela-triângulo
( Y-Δ ), a corrente de partida da rede é 1/3 da corrente de partida a plena tensão. Por outro
lado, o conjugado de partida fica também reduzido em 3 vezes, já que também é
proporcional ao quadrado da tensão aplicada.
A partida estrela-triângulo é aplicável a motores que têm a tensão nominal em ∆
coincidente com a tensão de alimentação da rede, ou seja, um motor 220∆ / 380Y não pode
ser ligado em uma rede de 380 V entre fases, já que neste caso, o correto é 380∆ / 660Y.
Como o conjugado de partida fica reduzido na fase de ligação em Y, só se deve usar
a partida ( Y-Δ ) quando o motor elétrico possuir um conjugado elevado para partida à
plena carga para operar cargas leves (ventilador) ou cargas médias (maquinas ferramentas).
Isto se traduz em termos para o motor em estrela um conjugado de partida superior
ao conjugado de carga no eixo. Portanto é recomendável ser aplicada no acionamento de
máquinas que partem em vazio ou com conjugado resistente baixo.
Aplicável também a motores que devem ser acionados a grandes distâncias,
otimizando, em especial, os condutores.

4.3.1. Vantagens e Desvantagens da ( Y-Δ )

Vantagens da partida estrela-triângulo ( Y-Δ ):

• Custo reduzido, mas maior que o da partida direta;


• Elevado número de manobras;
• Corrente de partida reduzida a 1/3 da nominal;
• Dimensões de cabos e contatores relativamente reduzidas.

Desvantagens da partida estrela-triângulo ( Y-Δ ):

• Aplicação especifica para motores de dupla alimentação e que disponha de 6


bornes acessíveis;
• Conjugado de partida reduzido à aproximadamente 1/3 do nominal;
• Utilizada em acionamento de motores sem carga ou até no máximo de 50 %;
• Tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor;
• Caso o motor não atinja 90 % da velocidade nominal antes da comutação o
pico de corrente fica equivalente ao da partida direta.

14
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

A figura 4.12 mostra um gráfico do comportamento da corrente e torque de um


motor elétrico quando acionado por partida estrela-triângulo ( Y-Δ ).

Figura 4.12 – Corrente e conjugado de um motor elétrico com partida estrela-triângulo.

É importante observar através da figura 4.12 que:

• A corrente de partida em estrela Y sofre uma redução de 1/3 em relação à


corrente em triângulo Δ;

• O conjugado de partida em estrela Y sofre uma redução de 1/3 em relação à


corrente em triângulo Δ;

• Em torno de 90 % da velocidade nominal é realizada a comutação da ligação


estrela Y para a ligação triângulo Δ.

15
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

4.4. Partida com Autotransformador


O acionamento com autotransformador, também denominado partida com chave
compensadora coordenada por fusível, normalmente, é aplicado às seguintes características:
• Destinam-se a máquinas que partem com conjugado, tais como, bombas,
compressores, ventiladores, exaustores, dentre outros;
• Partidas normais com tempo inferior a 10 (dez) segundos;
• Para partidas prolongadas, ou seja, pesadas, deve-se ajustar as especificações
do circuito de potência, por exemplo: Contator, relé de sobrecarga,
condutores, dentre outros;
• Coordenação do tipo 2 – IEC 60 947-4 com corrente presumida de curto-
circuito 50 kA / 500 VCA;
• Relé de sobrecarga ajustado para a corrente de serviço, isto é, para a corrente
nominal do motor;
• Relé de tempo ajustado para um tempo para aceleração com
aproximadamente 90% da rotação nominal;
• Autotransformador com proteção térmica e com variação de tensão, ou seja,
“taps” de 65% e 80%.
• Freqüência de manobras de 10 manobras/hora.

A figura 4.13 mostra um circuito de acionamento com autotransformador ou chave


compensadora coordenada por fusível.

Figura 4.13 - Circuito de acionamento com autotransformador coordenado por fusível.

16
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Já o acionamento com autotransformador, também denominado partida com chave


compensadora coordenada por disjuntor, normalmente, é aplicado às seguintes
características:

• Destinam-se a máquinas que partem com aproximadamente metade da carga


nominal, tais como, calandras, britadores, bombas, compressores, etc.;
• Partidas normais com tempo inferior a 20 (vinte) segundos;
• Para partidas prolongadas, ou seja, pesadas deve-se ajustar as especificações
do contator, relé de sobrecarga, condutores, etc.;
• Coordenação tipo 2 – IEC 60 947-4 com corrente presumida de
curto-circuito 50 kA / 500 VCA;
• Relé de sobrecarga ajustado para a corrente de serviço, isto é, corrente
nominal do motor elétrico;
• Relé de tempo ajustado há um tempo para aceleração do motor à
aproximadamente 90% da rotação nominal;
• Autotransformador com proteção térmica e com “taps” de 65% e 80%;
• Freqüência de manobras de 15 manobras/hora.

A figura 4.14 mostra um circuito de acionamento com autotransformador ou chave


compensadora coordenada por disjuntor.

Figura 4.14 - Circuito de acionamento com autotransformador coordenado por disjuntor.

17
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

É importante lembrar que, utilizando a chave compensadora:

• “Tap” de 80%: Tanto a corrente de partida, quanto o torque são reduzidos


em 0,8 x 0,8 Î 0,64 ou 64 %;

• “Tap” de 65%: Tanto a corrente de partida, quanto o torque são reduzidos


em 0,65 x 0,65 Î 0,4225 ou 42,25 %;

• “Tap” de 50%: Tanto a corrente de partida, quanto o torque são reduzidos


em 0,50 x 0,50 Î 0,25 ou 25 %;

• Geralmente, utilizada para acionamento de grandes motores com carga.

4.4.1. Vantagens e Desvantagens

Vantagens da partida com autotransformador ou compensadora:

• No “tap” de 65 % a corrente de linha é igual o da estrela-triângulo, no


entanto a passagem desta tensão para a tensão de rede é mais suave, ajudado
pela reatância do autotransformador;

• É possível variar a tensão de 65 % a 80 % da tensão da rede, adequando


melhor a partida às condições de trabalho;

• É possível partir o motor com carga.

Desvantagens da partida com autotransformador ou compensadora:

• Limitação na freqüência de manobra, já que é necessário determinar a


mesma para se determinar o autotransformador adequado;

• Alto custo devido ao autotransformador;

• Construção volumosa devido justamente ao autotransformador, sendo


necessário utilizar quadros de força maiores.

A figura 4.15 mostra um gráfico do comportamento da corrente e conjugado de um


motor elétrico quando acionado por partida com autotransformador.

18
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Figura 4.15 – Corrente e conjugado de partida com autotransformador.

A tabela 4.2 mostra um comparativo entre a partida estrela-triângulo e a partida com


autotransformador.

COMPARATIVO ENTRE PARTIDA ESTRELA-TRIÂNGULO


E PARTIDA COM AUTO-TRANFORMADOR
Estrela-Triângulo Autotransformador
Custo Menor Custo Maior
Tipo de chave com menores dimensões Tipo de chave com maiores dimensões
Parte a vazio ou com até 50% da carga Admite partidas com carga, variando o
nominal “tap” do transformador
Corrente reduzida no “tap”
Corrente de partida reduzida em 33 % “tap” de 80 % Î Corrente em 64 %
“tap” de 65 % Î Corrente em 42,25 %
Torque reduzido no “tap”
Torque de partida reduzido em 33 % “tap” de 80 % Î Corrente em 64 %
“tap” de 65 % Î Corrente em 42,25 %
Tabela 4.2 - Comparativo entre partidas Estrela-Triângulo e com Autotransformador.

19
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

4.5. Partida Triângulo Série-Paralelo ( Δ-ΔΔ )

Para realizar a partida série em um motor elétrico é necessário que:

• O motor deve permitir ajuste em quatro tensões ( 220/380/440/660 V) ou


duas tensões ( 220 Δ / 440 ΔΔ ) V, sendo neste último caso, que a menor
delas deve ser seja igual a da rede;

• Possuir no mínimo 9 (nove) bornes de ligação nas bobinas do estator.

Características:

• Destina-se a máquinas que partem em vazio ou com conjugado resistente


baixo, praticamente constante, tais como, máquinas para usinagem de metais
( tornos, fresas, dentre outros );
• Partidas normais, com tempo menor que 10 (dez) segundos;
• Para partidas prolongadas, isto é, pesadas, deve-se ajustar as especificações
do circuito de potência, por exemplo: Contator, relé de sobrecarga,
condutores;
• Coordenação tipo 2 – IEC 60 947-4 com corrente presumida de curto-
circuito 50 kA / 500 VCA;
• Motor que possua no mínimo 9 bornes terminais acessíveis para as duas
tensões que serão aplicadas;
• Relé de sobrecarga ajustado para a 0,58 vezes a corrente de serviço, ou seja,
corrente nominal do motor;
• Relé de tempo ajustado para um tempo para aceleração de aproximadamente
90% da rotação nominal do motor;
• Freqüência de manobras de 15 manobras/hora.

Neste tipo de partida, tanto o pico de corrente, quanto o conjugado de partida são
reduzidos em 1/4, isto é, em 25 %.

A dinâmica do acionamento série-paralelo ( Δ-ΔΔ ) é executada em duas fases


distintas:

20
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Primeiro: É acionado o motor na ligação série Δ, como mostra a figura 4.16;

Figura 4.16 – Acionamento com partida série Δ com 9 bornes (a) e 12 bornes (b).

• Segundo: É acionado o motor na ligação triângulo paralelo ΔΔ, como


mostra a figura 4.17.

Figura 4.17 – Acionamento com partida paralelo ΔΔ com 9 bornes (a) e 12 bornes (b).

21
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

4.6. Partida Estrela Série-Paralelo ( Y–YY )


Para realizar a partida paralela em um motor elétrico é necessário que:

• O motor deve permitir ajuste em quatro tensões ( 220/380/440/780 V ) duas


tensões ( 380 Y / 760 YY ) V, sendo neste último caso, que a tensão da rede
deve estar necessariamente em 380 V;

• Possuir no mínino 9 (nove) bornes de ligação nas bobinas do estator.

Características:

• Destina-se a máquinas que partem em vazio ou com conjugado resistente


baixo, praticamente constante, tais como, máquinas para usinagem de metais
( tornos, fresas, dentre outros );

• Partidas normais, com tempo menor que 10 (dez) segundos;

• Para partidas prolongadas, isto é, pesadas, deve-se ajustar as especificações


do circuito de potência, por exemplo: Contator, relé de sobrecarga,
condutores;

• Coordenação tipo 2 – IEC 60 947-4 com corrente presumida de curto-


circuito 50 kA / 500 VCA;

• Motor que possua no mínimo 9 bornes terminais acessíveis para as duas


tensões que serão aplicadas;

• Relé de sobrecarga ajustado para a 0,58 vezes a corrente de serviço, ou seja,


corrente nominal do motor;

• Relé de tempo ajustado para um tempo para aceleração de aproximadamente


90% da rotação nominal do motor;

• Freqüência de manobras de 15 manobras/hora.

Neste tipo de partida, tanto o pico de corrente, quanto o conjugado de partida são
reduzidos em 1/4, isto é, em 25 %.
A dinâmica do acionamento série-paralelo ( Y-YY ) é executado em duas fases
distintas:

22
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Primeiro: É acionado o motor na ligação série Y, como mostra a figura 4.18.

Figura 4.18 – Acionamento com partida série Y com 9 bornes (a) e 12 bornes (b).

• Segundo: É acionado o motor na ligação triângulo paralelo YY, como


mostra a figura 4.19.

Figura 4.19 – Acionamento com partida paralelo YY com 9 bornes (a) e 12 bornes (b).

23
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

A figura 4.20 mostra um diagrama esquemático de uma ligação paralelo de 9


bornes.

Figura 4.20 – Diagrama esquemático de uma ligação série-paralelo Y-YY.

A dinâmica do diagrama da figura 4.20 é a seguinte:

1) A botoeira pulsadora b1 energiza o contator K4, que energiza o contator K1


juntamente com o temporizador K6 e como conseqüência se tem:

• Conecta os seis conjuntos de bobinas na ligação estrela;


• Os contatores K2 e K3 são isolados pelo contato NF de K4;
• Através do temporizador K6 determina-se o tempo necessário para o motor
iniciar a rotação até chegar a uma conveniente.

2) Depois K6 é acionado se tem:

• O contator K4 é desenergizado permitindo K3 energizar;


• O contator K3 energizado permite a energização de K2, passando para
paralelo;
• Com o contator K2 energizado impossibilidade k4 de uma nova energização;

24
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

3) Uma nova partida, em condições normais, não é possível senão após o


desligamento, por intermédio da botoeira pulsadora b0, ou no caso de sobrecarga pela
abertura dos contatos dos relés de sobrecarga R1 e/ou R2.

È importante observar que o contato NA de K3, inserido no circuito da bobina de


K2 gera a dependência de um conjunto de bobinas em relação ao outro, de forma a não
permitir que sob condições normais, um destes opere isoladamente.

4.7. Tipo de Partida em Função do Motor e da Rede Elétrica


A tabela 4.3 mostra a possibilidade de utilização do tipo de partida em função da
tensão da rede elétrica e da combinação de tensões elétricas disponíveis no motor elétrico
de acordo com sua distribuição de enrolamentos.

MOTOR TIPOS DE PARTIDA


Execução Número Tensão Auto Δ-ΔΔ Y–YY
dos de na rede Direta Y-Δ Transfo
enrolamentos Bornes (S/P) (S/P)
220 3 220 X X
380 3 380 X X
440 3 440 X X
220 X X X
220 / 380 6
380 X X
220 X X
220 / 440 6
440 X X
380 / 660 6 380 X X X
440 / 760 6 440 X X X
220 X X X X
220 / 380 / 380 X X X
9 / 12
440 / 760
440 X X X
Tabela 4.3 - Partida em função da tensão da rede elétrica e enrolamentos do Motor.

É importante salientar que as possibilidades assinaladas podem ser utilizadas devido


às características de enrolamentos internos do motor, bem como do número de cabos e
tensões disponíveis da rede elétrica.

25
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

4.8. Partida a Reostato


Este tipo de partida é aplicável a motores trifásicos de rotor bobinado.
Neste tipo de partida, o circuito de comando faz a eliminação dos estágios de
resistores de forma automática.
Relés de tempo são utilizados para determinar o tempo necessário entre a partida e
as sucessivas retiradas dos resistores do circuito do rotor bobinado, até eliminá-las do
processo.
O conceito que envolve a utilização deste procedimento de partida é que nos
motores síncronos a sua resistência rotórica é muito baixa.

Z = R + j XL
Onde:

• Z Î Impedância do rotor: Composto pelos efeitos da resistência e da


indutância;

• R Î Resistência rotórica do motor: Responsável pela potência ativa,


efeito de origem elétrica;

• XL Î Indutância do rotórica do motor: Responsável pela potência


reativa, efeito de origem magnética.

Esta característica é muito boa quando o motor já esta em regime permanente, mas
péssima em condições de partida.
Isto porque no momento da partida o escorregamento é de 100%, pois o eixo da
máquina ainda está parado, então a freqüência no rotor é igual a da rede e o efeito indutivo
é muito grande e por isso a corrente fica muito defasada em relação à tensão.
Nestas condições, mesmo que a corrente seja muito elevada, não há produção
potência ativa e, por isso, não há produção de torque suficiente para arrastar a carga, isto é
movimentar o eixo do motor, o rotor.
Logo, é necessário que se produza ao mesmo tempo uma redução da tensão para que
a corrente diminua e também um refasamento dessas grandezas.
Para conseguir isso, a solução de conectar um resistor ao circuito do rotor passa ser
uma boa opção.
Quando a velocidade do rotor começa a aumentar, a freqüência rotórica apresenta
uma diminuição e, conseqüentemente, o efeito indutivo. Logo, há uma diminuição do
refasamento da corrente, então, o resistor que fora benéfico no início, vai se tornando cada
vez mais inconveniente.
Na verdade, é necessário um valor de resistência para cada valor de velocidade e
quanto maior a velocidade, menor deve ser o valor da resistência acoplada ao rotor.
A figura 4.21 mostra um banco de resistores para partida de motores.

26
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Figura 4.21 – Banco de resistores para partida de motores.

O dispositivo capaz de apresentar uma resistência variável em seus terminais é


denominado de reostato.
Então, quando um motor assíncrono de indução necessitar partir com uma carga que
tenha um momento de inércia muito elevado, este deverá ser de rotor bobinado e um
reostato de partida deverá ser interligado ao mesmo. Tudo isso leva a conclusão que: O
Reostato de partida serve para limitar a corrente de partida e produzir a condição de
torque máximo a cada valor de velocidade da máquina. A figura 4.22 mostra a curva
torque x velocidade durante a partida utilizando um reostato.

Figura 4.22 - Curva torque x velocidade durante a partida utilizando um reostato.

27
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Observar-se que é produzida uma condição de torque máximo a cada valor de


velocidade da máquina durante a partida a reostato.
Uma vez concluída a partida o reostato não tem mais utilidade. Assim existe um
contator que o curto-circuita. Adicionalmente, existe também no motor um dispositivo que
curto-circuita os anéis e as levanta as escovas.
A figura 4.23 mostra uma partida a reostato de um motor bobinado.

Figura 4.23 - Partida a reostato de um motor bobinado.

A seqüência operacional do circuito de partida a reostato pode ser resumida em


quatro estágios:

• 1º estágio da partida: Aperta-se a botoeira b1 e como os contatores


auxiliares C1, C2 e C3 estão desenergizados o contator principal K1 é
acionado e o contato NA de K1 faz a retenção do contator K1.

o Posteriormente, o relé temporizado d é acionado e durante o tempo


programado t aciona C1, maior resistência rotórica;

• 2º estágio da partida: Decorrido o tempo t, C1 é desligado e é ligado C2,


diminuindo a resistência rotótica. Ao mesmo tempo é acionado o relé
temporizado d1, como o tempo programado t1;

28
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• 3º estágio da partida: Decorrido o tempo t1, C2 é desligado e é ligado C3,


diminuindo ainda mais a resistência rotórica. Ao mesmo tempo é acionado o
relé temporizado d2 com um tempo programado t2. Nesta fase o relé
temporizado d2 desenergiza os relés temporizados d e d1, pois não são mais
necessários;

• 4º estágio de partida: Decorrido o tempo t2, C3 é desligado eliminando o


reostato do circuito do rotor e o motor passa a trabalhar em suas condições
normais de projeto.

4.9. Simbologia Numérica e Literal


Assim como cada elemento em um comando tem o seu símbolo gráfico específico,
também a numeração dos contatos e denominação literal dos mesmos tem um padrão que
deve ser seguido. Neste item são apresentados alguns detalhes, para maiores informações
deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2.
A numeração dos contatos que representam terminais de força é feita da seguinte
maneira:

• Circuito de entrada ou linha: 1, 3 e 5;

• Circuito de saída ou terminal: 2, 4 e 6.

Para a numeração dos contatos auxiliares há o seguinte padrão:

• Contato normalmente fechado ( NF):

o 1 Î Entrada;

o 2 Î Saída.

• Contato normalmente aberto ( NA):

o 3 Î Entrada;

o 4 Î Saída.

Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina, os contatos


auxiliares de um contator seguem um tipo especial de numeração, pois o número é
composto por dois dígitos, sendo:

29
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

• Primeiro dígito: Indica o número do contato;

• Segundo dígito: Indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4)

A figura 4.24 mostra um exemplo de numeração de um contator de potência com


dois contatos auxiliares: 1 NF ( Normalmente Fechado ) e 1 NA ( Normalmente Aberto ).

Figura 4.24 - Numeração de um contator com dois contatos auxiliares 1 NF e 1 NA.

A figura 4.25 mostra um exemplo de numeração de um contator de potência com


seis contatos auxiliares: 2 NF e 4 NA.

Figura 4.25 - Numeração de um contator com dois contatos auxiliares 2 NF e 4 NA.

Em relação à simbologia literal, são apresentados alguns exemplos através da tabela


4.4.

SÍMBOLOS LITERAIS SEGUNDO A ABNT - NBR 5280


Símbolo Componente
F Dispositivo de Proteção
H Dispositivo de Sinalização
K Contatores
M Motores
Q Dispositivo de manobra Î Circuitos de potência
S Dispositivo de manobra Î Seletores auxiliares
T Transformador
Tabela 4.4 – Símbolos literais segundo NBR 5280.

30
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Campus Itumbiara

Como exemplo, pode-se citar:

• Dispositivos de proteção: Fusíveis, pára-raios, disparadores, relés;

• Dispositivos de sinalização: Indicadores acústicos e ópticos;

• Contatores: Contatores de potência e auxiliares;

• Dispositivos de manobra para circuitos de potência: Disjuntores,


seccionadores, interruptores;

• Dispositivos de manobra de seletores auxiliares: Dispositivos e botões de


comando e de posição (fim-decurso) e seletores;

• Transformadores: Transformadores de distribuição, de potência, de


potencial, de corrente, autotransformadores.

31

Вам также может понравиться