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Centro de Ensino Unificado de Teresina

Faculdade de Ciências Humanas e Jurídicas de Teresina - FCHJT


Coordenadoria do Bacharelado em Direito

PRIMEIRA AVALIAÇÃO – Segundo Semestre/2009 CONCEITO: ____________

Disciplina: Direito Civil VII (Sucessões) Turma: _________________

Assinatura do Aluno: Lara Fernanda de Laet Lopes

Professor: José Tarcísio Evangelista Viana Assinatura do Prof.: ___________________________________

QUESTÕES
1. Explique o princípio da saisine
Do francês, onde é nomeado “droit de saisine”, o referido princípio é a imediata e automática transmissão de propriedade e posse
da herança, tão logo aberta a sucessão, somente aos herdeiros legítimos e testamentários, ou seja, consiste na certeza de que de
logo, aberta a herança é transmitida desde logo aos herdeiros, como se entende da interpretação do art. 1.784, do Código Civil.
Este princípio é importante para que os bens do espólio não fiquem acéfalos e sejam considerados coisa abandonada ou coisa sem
dono, sujeita a ocupação por terceiros.

2. Sobre a indivisibilidade da herança, responda:


O que fundamenta este estado do patrimônio hereditário?
Por disposição legal, defere-se a herança como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros, na forma do art. 1.791, caput,
Código Civil, no qual se lê: “A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.”

Quais as repercussões incidentes sobre o acervo e por quanto tempo persistem?


Ainda no mesmo artigo, em seu parágrafo único, há disposição no sentido de que “Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto
à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.”

3. Milena e Humberto eram herdeiros na sucessão de Paulo. A primeira afirmou que aceitaria apenas um determinado
apartamento, que já havia escolhido, e disse que os terrenos rurais só receberia se Humberto abrisse mão de dois carros em
seu favor. Este último renunciou, através de um procurador, ao seu direito à herança, mas se arrependeu e pretende receber
a sua quota-parte. Analise todos os aspectos da situação em tela, à luz da doutrina e dos dispositivos do Código Civil.
Em seu art. 80, II, o Código Civil declara: “Consideram-se imóveis para os efeitos legais: II – o direito à sucessão aberta”. O fato
de ter caráter imóvel também obriga que uma possível renúncia ou cessão (ou seja, alienação) de herança seja feita através de
Escritura Pública com Outorga Uxória ou Mandado Judicial, uma vez que não se admite que a propriedade de bens imóveis seja
transferida pela mera tradição simples.
O art. 1.808, do Código Civil, assim preceitua: "Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.”
Convém salientar que, uma vez aceita ou renunciada a herança, tais atos são, por força legal, irrevogáveis, não podendo o
renunciante desistir de renunciar, sendo vedado qualquer arrependimento, com fulcro no art. 1.812, da lei civil pátria: "São
irrevogáveis os atos de aceitação ou renúncia da herança."

4. No conhecido caso da família Von Richthofen, o fato de ter sido comprovada a participação de Suzane no assassinato dos
pais é, por si só, suficiente para que ela não receba os bens da herança? Explique e fundamente sua resposta na legislação
civil.
Lê-se ao art. 1.814, do Código Civil: “São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem sido autores, co-
autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro,
ascendente ou descendente.”
De todo modo, o art. 1.815, do mesmo diploma legal, prevê que: “A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de
indignidade, será declarada por sentença.” Logo, ainda que a participação seja suficiente, pelo princípio da indignidade que, ao
lado da deserdação, permitem a exclusão da herança, ela não é automática.
5. Explique o significado e a natureza jurídica da herança jacente, e faça uma correlação com a herança vacante.

Não sendo os herdeiros conhecidos, a herança ficará sob a guarda e administração de um curador até que se encontre um herdeiro
hábil. Nesse período, considera-se a herança jacente. Sendo reclamada, no entanto, pelo respectivo herdeiro será a ele
disponibilizada e, não o sendo, será convertida em herança vacante.

A regulamentação está no art. 1.819, do Código Civil, que assim dispõe: “Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro
legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador,
até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.”

Enquanto o curador estiver na administração dos bens, serão publicados editais, no prazo de seis meses, reproduzidos três vezes,
com o intervalo de trinta dias, para eu venham a habilitar-se os sucessores.

Conforme consta no art. 1.157, do mesmo diploma legal: “Passado 1 (um) ano da primeira publicação do edital (art. 1.152) e não
havendo herdeiro habilitado nem habilitação pendente, será a herança declarada vacante.” Assim , a herança será transferia para o
Município ou União.

6. É possível a existência simultânea da sucessão legítima e da sucessão testamentária? Explique e fundamente sua resposta.

A Sucessão Legítima (ou ab intestato) é aquela definida por lei. Ocorre quando o falecido não deixou testamento ou codicilo, ou
seja, as divisões, quinhões finais, serão todos definidos segundo a legislação. Herdeiros Legítimos são aqueles definidos em lei,
quando for processada a Sucessão Legítima. Possuem uma ordem estabelecida no art. 1.829 do Código Civil e obedecem
determinadas regras. São assim chamados por ter o deferimento do seu quinhão estabelecido em lei.

A Sucessão Testamentária é aquela advinda de disposição de última vontade do de cujus (como um testamento ou codicilo),
seguindo, portanto, a divisão neles prevista.

As duas condições coexistem quando ocorre a situação previsto no art. 1.788, do Código Civil, no qual se lê: “Morrendo a pessoa
sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no
testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.”

7. Esclareça o significado da sucessão a título universal e explique quais as conseqüências jurídicas que recaem sobre os
herdeiros.

A sucessão a título universal é quando gera a transmissão da totalidade do patrimônio ao sucessor e se contrapõe à sucessão a título
particular, que é aquela em que se adstrita a uma coisa ou a um direito determinado, ou a uma fração do patrimônio sem a
individualização do bem ou do direito transmitido.
A título universal, a sucessão induz a sub-rogação abstrata da totalidade dos direitos ou uma fração ideal deles, ao passo que a título
singular ocorre apenas a sub-rogação concreta do novo sujeito em determinada relação de direito. É a distinção havida entre
herdeiro e legatário, respectivamente.

8. Antônio foi condenado pelo crime de injúria contra a companheira do seu pai. Com a morte deste último, aquele irá
concorrer a uma parte da herança. Entretanto, um de seus irmãos não considera justo que ele receba algum bem deixado
pelo pai. Neste caso, explique que providências podem ser tomadas por este irmão e quais os seus efeitos jurídicos em
relação ao patrimônio hereditário, aos herdeiros do de cujus e aos dois filhos de Antônio.

Outra hipótese de exclusão da sucessão é a contida em outro inciso do já citado art. 1.814, do Código Civil. Ali se percebe: “São
excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou
incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;”

Em complemento, ainda prescreve o mesmo diploma legal:

“Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença.

Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da
sucessão.”

“Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da
abertura da sucessão.”
9. Francisco resolveu fazer um testamento em que contemplava os futuros filhos de Pedro, que ainda não era pai ao tempo da
elaboração daquele documento. Quando Francisco falecer, que requisitos devem ser observados para que seja cumprida a
sua disposição de vontade.

Dispõe o Código Civil em seu art. Art. 1.799: “Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: I - os filhos, ainda
não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;”

Para solucionar o probolema apresentado, faz-se necessário o entendimento também do art. 1.800: “No caso do inciso I do artigo
antecedente, os bens da herança serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz.

§ 1º Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro.”

10. Se Érica é herdeira em uma certa sucessão, poderá ela renunciar a sua parte em favor de pessoa determinada? Explique.

A renúncia caracterizada no Código Civil é feita de forma unilateral. A figura descrita acima é chamada Renúncia Translativa e
mais se assemelha à alienação. Reveste-se ela dos mesmos requisitos que se exige para uma transmissão a título gratuito ou
oneroso, exigindo-se, inclusive duas declarações de vontade, uma de quem transmite algum direito, e a outra de quem o recebe. É o
instituto que mais conhecemos como cessão de direitos.

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