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Partido Comunista Brasileiro


N° 130 – 04.11.2009
No começo do século XX, a Rússia era um país de
Outras revoluções virão economia atrasada e dependente da agricultura, pois
Na Rússia, a primeira grande 80% de sua economia estava concentrada no campo
(produção de gêneros agrícolas).
revolução dos trabalhadores Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e
pobreza, pagando altos impostos para manter a base
do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a
Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava
poderes em suas mãos não abrindo espaço para a
democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que
desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria
russa, viviam descontentes com os governo do czar.
Em 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva
de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento,
manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes.
Começava então a formação dos sovietes (organização
de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os
bolcheviques preparavam o fim da monarquia pregando
a revolução socialista.
Lênin convoca o povo a ffa
azer a Revoluç
Revoluçãão. Faltava alimento, empregos para os trabalhadores,
Pela primeira vez as teorias de Marx e Engels salários dignos e democracia e mesmo assim, Nicolau
II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com
sobre o caráter revolucion
revolucionário
ário dos operários
a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a
foram colocadas em prática insatisfação popular com o czar. As greves de
trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo
território russo.As manifestações populares pediam
democracia, mais empregos, melhores salários e o fim
da monarquia czarista.
No primeiro semestre de 1917, o governo de Nicolau II
foi retirado do poder e assumiria Kerenski
(menchevique) na condição de governante provisório.
Com Kerenski no poder, entretanto, a estrutura do
poder permanecia basicamente a mesma. O governo
não era mais do imperador, mas também não era do
povo.

Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução, que ocorreu
em 25 de outubro de 1917 (7 de novembro no nosso calendário). Prometendo paz,
terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo distribuindo terras para os
trabalhadores do campo, nacionalizando os Bancos e passando as fábricas ao controle
dos trabalhadores. A revolução socialista foi interrompida, mas ela teve um mérito
que jamais seria apagado: a partir daquele momento os trabalhadores de todo o
mundo seguiam a exortação de Marx e Engels para se unir.
Hoje, todos os países do mundo tem um ou mais partidos comunistas que vão
preparando em seus respectivos territórios a consciência popular para a necessidade
de construir o socialismo para substituir o regime de exploração do homem que é a
característica elementar do capitalismo, para projetar uma futura sociedade
comunista, em que o homem possa, enfim, ser plenamente feliz.
Prefeito e vereador,
não tirem o couro
do trabalhador

Abaixo o tarifaço!
Passe Livre e tarifa mais baixa:
Lotação é direito
Lotação é serviço público

Estados Unidos: o Plano Colômbia e a água

Joaquín Rivery Tur*

A natureza ajusta contas com os Estados Unidos. A depredação


selvagem do meio ambiente cobra suas quitações e não em dólares, mas
em condições de subsistência.

É difícil saber quais dos grandes rios e lagos do território norte-americano


não estão fortemente contaminados. Na Europa são raras as fontes limpas.
É preciso embrenhar-se no mato para encontrar cursos de águas puras, e a
água faz falta para beber, para a agricultura, para a indústria.

A América Latina experimenta também neste respeito a ameaça do


império, pois chega a outra etapa do Plano Colômbia, fato denunciado pelo
presidente Hugo Chávez, para quem a estratégia do Pentágono e suas sete
novas bases militares sob a aprovação de Bogotá tem alvos precisos:
primeiro, a reserva da faixa petroleira do Orenoco; segundo, a Amazônia;
e terceiro, o Aquífero Guarani, um dos maiores depósitos de água
subterrânea. A base de Palanquero – que parece será a maior – assegura o
raio de ação das forças ianques sobre toda a América do Sul; é um
verdadeiro risco.

O Aquífero Guarani é um sistema de águas subterrâneas certamente


fabuloso, e os Estados Unidos há muito que estão interessados nele.
As pesquisas são dirigidas nada menos que pelo Banco Mundial e o
propósito não é abastecer de água os milhões de sul-americanos que
carecem dela, mas privatizar o líquido.
Há seis anos, foi assinado um convênio para os estudos
sobre o Sistema Aquífero Guarani com dinheiro dos Estados Unidos (via
Banco Mundial) e algo da Alemanha e da Holanda. Cheirava a podre
desde o início.

O presidente do Banco Mundial, na época Paul Wolfowicz, chegou a


expressar que os fundos de sua instituição seriam absolutamente
destinados ao setor privado para o desenvolvimento da bacia subterrânea.

A funcionária da ONG canadense Water for All, Sara Grusky, declarou


recentemente que os organismos internacionais, como o Banco Mundial,
visam criar na zona do Guarani uma região industrial sem lhes importar
preservar o aquífero nem os interesses reais dos habitantes, aumentando
com isso os riscos da privatização.

Ainda mais alarmante é que já foram feitas concessões parciais ou totais às


companhias multinacionais estadunidenses Monsanto Wells e Bechtel Co.,
às francesas Suez/divisão Ondeo e Vivendi, às espanholas Aguas de
Valencia e Unión Fenosa Acex, à inglesa Thames Water, e outras.

Desta maneira, vai ficando ainda mais claro um dos objetivos da expansão
militarista norte-americana na Colômbia, com projeção continental.

Um repórter se perguntava se os norte-americanos podiam atacar a


América do Sul pela água e não está longe o dia em que a sobrevivência de
muitas nações, sobretudo ricas, seja medida pelo líquido que possam
conquistar e que a elas falta.

O Sistema Aquífero Guarani, que compartilham o Brasil, Paraguai,


Argentina e Uruguai, tem no subsolo nada menos que 50 bilhões de
quilômetros cúbicos de água e uma extensão de quase dois milhões de
quilômetros quadrados, com uma capacidade de produção de 40 a 80
quilômetros diários (um quilômetro = um trilhão de litros).
Se as multinacionais se apoderassem dessa riqueza,
poderiam industrializar o engarrafamento da água potável, boa, limpa, para
exportar ao Norte, e esta é a razão pela qual os países desenvolvidos
buscam que os países envolvidos tenham legislações que permitam a
privatização.

O plano está em andamento com a ofensiva das nações ricas e as pressões


para concretizar uma das maiores atrocidades do neoliberalismo: converter
a água em mercadoria.

Da superfície que ocupa o Sistema Aquífero Guarani (maior que a França,


Espanha e Portugal juntos), 70% é do Brasil, 19% da Argentina; 6% do
Paraguai e 5% do Uruguai. Até hoje, de qualquer maneira, ignoram-se os
limites reais e a bacia poderia ser o maior depósito mundial de água doce.

"O problema não está em que as reservas de água sejam cada vez menores,
mas em que sua localização e qualidade estão mudando", segundo o
especialista mexicano Gian Carlo Delgado, autor do livro Água e
segurança nacional (Mondadori).

Na opinião de Delgado, ao que parece, as zonas de alta biodiversidade


como a que alberga o Aquífero Guarani, verão incrementar ou pelo menos
conservar os índices de precipitação e, portanto, essas zonas "se
consideram como estratégicas em nível local, regional e mundial".

Num relatório dos ex-assessores de Reagan e Bush pai, havia outro ponto
muito relacionado com as ambições norte-americanas, o qual explica por
que é prioritário que os países do Sistema Guarani promulguem legislações
que o protejam como patrimônio dessas nações.

O documento afirmava que os EUA deviam garantir "que os recursos


naturais do hemisfério estejam disponíveis para responder a nossas
prioridades nacionais".
Em pouco tempo, essa pretensão se torna realidade e cobiça
das multinacionais, além dos requerimentos do império que está perdendo
água, sendo uma sustentação sólida às projeções do presidente Chávez por
seus temores de que a proliferação de bases norte-americanas na Colômbia
tenha por objetivo a conquista dos recursos naturais da América do Sul,
onde o Sistema Aquífero Guarani tem tanta importância pela água
subterrânea, pela superficial (entre os rios Paraguai, Paraná e Uruguai) e
pela sua biodiversidade.

A proteção desta incalculável fonte de água limpa se torna, então,


prioridade para os governos empenhados verdadeiramente na defesa dos
interesses nacionais e continentais, porque no Norte o abutre faminto,
puxado pelo um aquecimento climático que ele mesmo impõe, enxerga
como ave sarcófaga. As bases na Colômbia são os ninhos destas aves de
rapina.
––––––––––––––––––––––––––
* Joaquín Rivery Tur – Jornalista, escreve no Granma, jornal do Partido
Comunista de Cuba

O adeus à Camarada Dolores

Ivan Pinheiro*
Faleceu esta semana a Dona Dolores. Desconhecida da imensa maioria dos militantes
do PCB, foi uma das figuras mais importantes na luta em defesa do Partido, nos anos
80 e 90 do século passado. Teimosa, esperou fazer 100 anos para nos deixar. Não
queria fazer por menos.

Quando sua dileta filha Zuleide estiver recebendo em março do ano que vem a
Medalha Dinarco Reis - que lhe foi atribuída pela aclamação do XIV Congresso
Nacional do PCB - Dona Dolores também estará presente na memória de todos
aqueles que tivemos o privilégio de conhecê-la ainda jovem, no vigor de seus oitenta
anos.
A Zuleide teve a quem sair. Sua mãe era inquebrantável. Sem exagero, é difícil
imaginar a epopeia da manutenção do PCB sem o suporte material e afetivo que
Dona Dolores nos assegurava. E não era apenas porque sua filha era a timoneira desta
luta; ela tinha consciência política e simpatia pelo Partido.

O apartamento aconchegante da Praia de Botafogo, onde as duas guerreiras moravam,


deveria ser tombado ao patrimônio histórico do PCB. Antes do nono Congresso do
Partido, que se deu em 1991, foi um “aparelho” de articulação política e, depois do
Congresso, a sede de fato do Movimento Nacional em Defesa do PCB.

Foi ali que começaram as primeiras “conspirações do bem”, ainda em 1989, depois
que ficou claro que a maioria do Comitê Central – aproveitando-se da crise do
processo de construção do socialismo - queria acabar com o PCB, após uma década
de conciliação de classes. Entre um cafezinho e outro, servidos por Dona Dolores, ali
conspiravam alguns membros minoritários do CC dispostos a resistir. De início, eram
dois eminentes professores (Horácio e Zuleide) e um bancário.

A ampliação gradual deste núcleo, antes do nono Congresso, teve um marco


importante quando esta articulação veio à luz do dia com o manifesto Fomos, somos
e seremos comunistas!, assinado por diversos camaradas do Rio de Janeiro.

O movimento ganhou grande impulso quando, quase simultaneamente, torna-se


pública uma outra “conspiração do bem” que vinha se desenvolvendo em São Paulo,
por coincidência, comandada por dois eminentes professores (Edmilson e Mazzeo) e
uma bancária. Com outros camaradas do Comitê Municipal de SP, divulgam o
manifesto denominado Plataforma da Esquerda Socialista.

A decisão sobre a organização do que veio a ser chamado mais tarde Movimento
Nacional em Defesa do PCB, se deu poucas semanas antes do nono Congresso, numa
reunião quase clandestina entre os “conspiradores” paulistas e cariocas, na então sede
do Comitê Municipal do PCB em São Paulo, numa madrugada de sábado para
domingo, no porão da casa, para que as luzes não fossem vistas de fora por algum
simpatizante do liquidacionismo.

Com a militante cumplicidade do camarada Waldomiro, que nos abriu a sede, onde
morava como segurança e zelador, varamos a madrugada organizando nossa atuação
no Congresso e os desdobramentos. A partir deste momento, a articulação se
nacionalizou, fincando raízes, de forma heterogênea, na maioria dos Estados
brasileiros.

O resultado é que conseguimos, com intenso trabalho entre os delegados, derrotar a


maioria do CC, que havia apresentado ao Congresso uma tese pelo fim do PCB e por
uma “nova formação política”. Nos discursos anteriores à votação, um dos
liquidacionistas chegou a dizer que “o PCB era um cadáver fétido e insepulto, que
precisava ser enterrado”. Ganhamos esta votação por cerca de 52% dos votos. No
entanto, surpreendentemente, elegemos menos de um terço do Comitê Central.

Instalada oficialmente a luta interna para as próximas batalhas, precisávamos de uma


sede nacional.

É nessa hora que se agigantam as duas alagoanas de aparência frágil. Sua residência
se transforma na prática na sede do Movimento Nacional em Defesa do PCB. Graças
ao decisivo suporte de Dona Dolores, Zuleide coordena diuturnamente as ações de
um movimento que, aos poucos, vai se transformando no próprio PCB. Foi na casa de
Dona Dolores que foram adotadas todas as principais decisões e providências do
comando informal do Movimento.

Era ali que funcionava o telefone, o fax, a máquina de escrever; onde ficavam os
arquivos, o material de expediente. Havia um quarto de hóspedes para os camaradas
que vinham de fora, uma sala para reuniões e refeições e uma cozinha que funcionava
a pleno vapor.

Ali funcionavam, portanto, o que corresponde às Secretarias de Organização,


Finanças, Comunicações e, por incrível que pareça, Relações Internacionais. Era ali
também que recebíamos camaradas do movimento comunista internacional, o que me
permitiu conhecer, em dias diferentes, os dois portugueses que mais me orgulham da
minha dupla nacionalidade: Álvaro Cunhal e Miguel Urbano Rodrigues.

Era nesses dias de gala da “sede nacional”, que mãe e filha se superavam e se
completavam, em educação, simpatia, capacidade de trabalho.

Eu, que fui certamente o maior freqüentador daquele generoso ambiente, onde me
sentia em família, nunca vi nenhuma das duas reclamar de nada, nem do trabalho
nem das despesas que aquela militância consumia das duas.

Quando tive a honra de homenagear a Zuleide, no ato em que ela recebeu a Medalha
Abreu e Lima, da Casa da América Latina, disse que ela é um exemplo de militante
comunista, de intelectual orgânico. Quantas vezes a ouvi em brilhantes palestras;
quantas vezes a vi na rua, panfletando. Tudo enquanto Dona Dolores, que
praticamente não saía de casa, zelava pela nossa sede nacional, para que pudéssemos
seguir na luta.

O PCB deve muito a elas.

Companheira, Amiga e Camarada Dona Dolores, presente!


–––––––––––––––––––––––––––
*Ivan Pinheiro – Secretário geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB)
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