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1) O documento discute a aplicação da termografia infravermelha na ciência forense como uma nova ferramenta para detectar vestígios latentes que não são visíveis a olho nu.
2) A termografia mede a distribuição de calor na superfície de objetos usando sensores que detectam a radiação infravermelha emitida. Isso permite visualizar diferenças de temperatura e produzir imagens térmicas.
3) A termografia pode ser útil para investigações forenses em vários campos como mecânica
1) O documento discute a aplicação da termografia infravermelha na ciência forense como uma nova ferramenta para detectar vestígios latentes que não são visíveis a olho nu.
2) A termografia mede a distribuição de calor na superfície de objetos usando sensores que detectam a radiação infravermelha emitida. Isso permite visualizar diferenças de temperatura e produzir imagens térmicas.
3) A termografia pode ser útil para investigações forenses em vários campos como mecânica
1) O documento discute a aplicação da termografia infravermelha na ciência forense como uma nova ferramenta para detectar vestígios latentes que não são visíveis a olho nu.
2) A termografia mede a distribuição de calor na superfície de objetos usando sensores que detectam a radiação infravermelha emitida. Isso permite visualizar diferenças de temperatura e produzir imagens térmicas.
3) A termografia pode ser útil para investigações forenses em vários campos como mecânica
Autor: Rafael Schilling Crivellaro Co-autor: Wilson Toresan Jnior Instituto-Geral de Percias - Departamento de Criminalstica - RGS rafael-crivellaro@igp.rs.gov.br wilson-toresan@igp.rs.gov.br
RESUMO
Este trabalho tem por finalidade mostrar novas ferramentas tcnicas e cientficas, como as luzes ultravioletas e infravermelhas, utilizadas para detectar vestgios latentes que no seriam visveis normalmente. Sendo assim, pode-se recorrer ao emprego da termografia infravermelha como prova pericial em um local de crime, produzidas atravs de uma fundamentao cientfica. O princpio da termografia est baseado na medio da distribuio do calor superficial do objeto em estudo, realizada pela deteco da radiao trmica ou infravermelha emitida por qualquer corpo, equipamento ou objeto quando este estiver sujeito a tenses, calor ou mudana de estado. Palavras-chaves: luzes infravermelhas, termografia, calor, medio.
ABSTRACT This work has for purpose to show new technical and scientific tools, like the ultraviolet and infrared lights, used to detect latent vestiges that would not be visible normally. This way, it would be possible to make use of infrared thermography as evidence in a crime scene, based on scientific fundamentals. The principle of thermography is based on the measurement of heat distribution on the surface of the studied object realized by the detection of the thermal or infrared radiation emitted by any body, equipment or object when submitted to stresses, heat or change of state. Key-words: infrared lights, thermography, heat, measurement.
1. INTRODUO
A cincia forense tem como caracterstica a sua multidisciplinaridade, pois se utiliza de profissionais com formao acadmica em diferentes reas no ramo da cincia, onde estes profissionais aplicam e atuam com seus conhecimentos tcnico-cientficos nos meios que estabelecem as metodologias a serem utilizadas para a execuo dos exames periciais. Cada vez mais a cincia forense um trabalho investigativo de primeira grandeza, j que cresce nos quadros da polcia peritos titulados com slida formao acadmica e cientfica.
A complexidade cada vez maior nos crimes cometidos e a demanda na investigao policial de desenvolver determinadas tcnicas e ferramentas cientficas para a investigao de um caso, otimizar o tempo de extrao de informaes dos vestgios latentes em um local de crime que possam ser relacionados com o caso investigado e que permitam a formulao de concluses acerca da infrao, tornam a percia e o perito peas indispensveis para a elucidao de um caso.
As maneiras utilizadas para recolher vestgios que no podem ser vistos a olho nu, como o uso de luzes alternativas, torna as luzes ultravioletas e infravermelhas uma importante ferramenta que o perito utiliza para revelar marcas, temperaturas, vestgios em acidentes de trnsito, anlises de fadiga e fraturas em componentes mecnicos e a presena de fragmentos vtreos, metlicos e biolgicos em locais de crime.
2. TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA
A termometria a cincia que trata da medio de temperaturas, e se divide em duas reas, de acordo com o princpio de medio empregado, de contato ou no. Na medio de contato o que se busca um perfeito equilibro trmico entre o objeto medido e o sensor trmico.
A radiometria se enquadra nas tcnicas de medies remotas, onde as medies so realizadas por sensores sem contato fsico com objeto em estudo, baseado na deteco da radiao eletromagntica emitida naturalmente pelos corpos em funo da sua temperatura absoluta. A radiometria pode ser realizada nas faixas espectrais do ultravioleta visvel, infravermelho ou microondas, abrangendo grande nmero de tcnicas, dentre as quais a Termografia. A Termografia uma tcnica de que utiliza medio da energia de radiao dos corpos no campo dos raios infravermelhos, para mensurar ou observar padres diferenciais de distribuio de temperaturas atravs da troca ou perda de calor de um componente, com o objetivo de propiciar a formao de imagens trmicas. A medio pode ser aplicada em qualquer sistema, objeto ou processo onde h uma troca trmica com o meio ou uma distribuio de temperatura. Os raios infravermelhos a luz que no visvel ao olho humano porque seu comprimento de onda longo demais para ser detectado, a parte do espectro eletromagntico que ns percebemos como calor. A tcnica torna possvel a converso desta energia de radiao, ou seja, desta luz no visvel ao olho humano, em imagens visveis atravs de termovisores.
A quantidade de radiao emitida por um objeto aumenta com o aumento da temperatura, comparando a intensidade de radiao provenientes do corpo observado e de uma referncia de temperatura observadas por termovisores. Objetos mais quentes tendem a se destacar em um meio que se encontra mais frio, desta maneira, por exemplo, animais, seres humanos ou objetos que sofreram uma troca de calor tornam-se mais facilmente visveis, quer seja dia ou noite.
Apresenta-se como uma tcnica de inspeo extremamente til, uma vez que permite realizar medies sem contato fsico (segurana) e inspecionar grandes superfcies em pouco tempo (alto rendimento). largamente utilizado na indstria, policiamento ostensivo, investigaes forenses nas reas da mecnica, eltrica, civil, sistemas estruturais, militar, busca e salvamento, cincias mdicas e veterinrias.
2.1 O ESPECTRO ELETROMAGNTICO
O espectro eletromagntico classificado de acordo com o seu comprimento de onda ou sua freqncia. Altas freqncias possuem um pequeno comprimento de onda e baixas freqncias possuem longos comprimentos de onda. Ondas de rdio so freqentementes caracterizadas em kilohertz (kHz) ou megahertz (MHz). A radiao infravermelha uma forma deste espectro e caracterizada pelo comprimento de onda, sendo micrometro ou micron (m) a unidade de medida utilizada, conforme figura 1.
Figura 1 O espectro eletromagntico no comprimento de onda [12]
A parte visvel de uma radiao eletromagntica gira em torno de 0.4 e 0.75 m, desta maneira, o olho humano consegue ver as cores pela capacidade de discriminar os diferentes comprimentos de ondas, conforme figura 2. Por exemplo, um objeto vermelho no emite luz vermelha, ela simplesmente absorve todas as freqncias da luz visvel exceto para um grupo de freqncia que percebida como vermelha, a qual refletida.
A figura 3 mostra a distribuio de energia emitida por um corpo em diferentes temperaturas. Quanto mais alta a temperatura do corpo maior o pico de energia. O comprimento de onda em cada pico de energia vai diminuindo progressivamente com o aumento da temperatura.
Figura 3 Energia infravermelha e distribuio de temperatura atravs do espectro eletromagntico [1] .
2.3 EMISSIVIDADE A quantidade de energia radiada por um corpo depende da temperatura e da sua emissividade. Um corpo que emite a quantidade mxima de energia chamado corpo negro. Na prtica no existe este tipo de corpo, normalmente as superfcies tendem a emitir uma energia menor do que a do corpo negro. Sendo assim, o valor da emissividade a energia infravermelha de radiao do objeto medido. O valor da emissividade tende a variar para diferentes materiais. Materiais rugosos e oxidados tendem a ter uma maior emissividade do que matrias com a superfcie polida.
Tabela 1 Exemplos de valores de emissividade [12] Material Emissividade ao polido/oxidado 0.15/0.85 Alumnio polido/oxidado 0.05/0.30 Cimento e concreto 0.90 asfalto 0.90 grafite 0.85 tijolo 0.93
Se dois materiais com emissividades diferentes forem colocados em um forno e aquecidos na mesma temperatura, a diferena dos valores de emissividade dos materiais faz com que haja radiaes de temperaturas em diferentes nveis, fazendo para o olho que o material de baixa emissividade aparea mais frio do que o material com alta emissividade, apesar de Regio Visvel estarem na mesma temperatura. Um termovisor funciona basicamente da mesma maneira que um olho, da a importncia de se conhecer a emissividade dos materiais para medio da temperatura dos objetos.
3. ESCALAS DE CORES UTILIZADAS
3.1 Escala Monocromtica
A escala monocromtica no uso da termografia vai do preto ao branco atravs de suaves variaes de tonalidades de cinza. conhecida como escala Grey, conforme figura 4.
Figura 4 Escala monocromtica.
Abaixo, exemplos de imagens coletadas por termovisores aplicados a cincia forense utilizando a escala monocromtica.
Figura 5 Local onde estava a vtima.
Figura 6 Cartuchos de arma de fogo camuflados na grama.
3.2 Escala Policromtica
A escala policromtica vai do preto ao branco atravs de suaves variaes de tonalidades de cores, que dependem da escala utilizada. Abaixo se tem a escala IRON, que vai do preto ao branco atravs de tonalidades de violeta, azul, rosa, vermelho, laranja e amarelo.
Figura 7 Escala policromtica.
Abaixo, exemplos de imagens coletas por termovisores aplicados a cincia forense utilizando a escala policromtica.
Figura 8 Motor da Parati aps 30 min.
Figura 9 Marca de frenagem aps 5 min.
4. TERMOVISORES Os termovisores, ou cmeras infravermelhas, tm por objetivo transformar a radiao infravermelha captada em informao trmica. Operam com leitura de comprimento de onda na casa dos 14m. Diversos tipos de sistemas foram desenvolvidos, diferindo entre si, na forma de realizar a varredura da cena, no tipo de detector utilizado e na apresentao da informao captada. O resultado desta informao captada pelos termovisores a apresentao da imagem trmica da distribuio de calor dos objetos estudados. Em geral um termovisor se compe de uma unidade de cmera e de uma unidade de vdeo (display).
4.1 INTERPRETAO DAS IMAGENS Uma compreenso slida da tecnologia do infravermelho e seus princpios se baseiam na medio precisa de temperaturas. Quando a temperatura medida por um dispositivo sem contato a energia emitida pelo objeto medido passa pelo sistema ptico do termmetro ou termovisor e convertida em sinal eltrico no detector. O sinal ento exibido como leitura de temperatura e/ou imagem trmica. H diversos fatores importantes que produzem esta medida, entre eles: emissividade, relao distncia-tamanho do ponto focal, ngulo do termovisor ao ponto focal e o campo de viso.
Todo corpo irradia energia eletromagntica em forma de calor, em maior ou menor intensidade. Esta energia irradiada em espectros que produzem varias tonalidades de cores de acordo com o seu comprimento de onda. Ento, cada faixa de temperatura gera um determinado comprimento de onda, ao qual corresponde uma tonalidade de cor que pode ser representada em uma escala cromtica que varia de acordo com as diferentes faixas de temperatura do objeto em observao.
Este espectro de cores pode ser visualizado em uma escala monocromtica ou policromtica. Em ambas as escalas a cor preta se associar faixa mais fria do espectro, e a cor branca se associar faixa mais quente. Alguns programas de computador utilizados para adquirir e editar as imagens trmicas capturadas permite uma variao na escala de cor desejada, desta maneira busca-se um equilbrio de variaes e tonalidades de cores que permitem que as imagens possam ser melhores interpretadas e analisadas.
5. APLICAES 5.1 Na rea Forense Na rea da pesquisa forense ainda muito pouco o que se encontra publicado ou sendo pesquisado. Durante muito tempo o uso da termografia era restrito somente as foras armadas americanas e ao estudo espacial. A tecnologia oferece boas capacidades de rastreamento de evidncias e vestgios em ambientes de total escurido e ou com fog, ou em outras situaes de dificuldades de visualizao, podendo ser algumas delas em curta ou longa distncia. A tecnologia j utilizada por equipes da SWAT e patrulhas de salvamento, pois permite a visualizao de suspeitos, vtimas e vestgios em ambientes onde h dificuldades de visualizao, no expondo desta maneira e de forma direta o agente ao perigo, ou cobrindo uma rea grande de rastreamento, otimizando tempo em locais de busca. Com o avano dos estudos, da tecnologia embarcada e o conhecimento das vantagens obtidas no uso da termografia, aos poucos esta tecnologia avana no uso em diferentes campos cientficos, como na meteorologia, manuteno preditiva, medicina, botnica e tcnicas construtivas.
5.2 Engenharia Nas diferentes reas da engenharia a termografia possui um vasto campo de utilizao, utilizada com uma ferramenta nica para o diagnstico precoce de uma srie de situaes que no seriam visveis normalmente. A tcnica localiza problemas que podem evoluir para eventuais falhas em sistemas eltricos, mecnicos, metalrgico e civil.
5.3 Medicina A tecnologia infravermelha pode ser utilizada tambm para "enxergar" o perfil trmico do corpo humano. Na rea da medicina a tcnica pode ser utilizada para detectar possveis leses em atletas, pacientes e enfermos, produzindo diagnsticos de alta confiabilidade, pois um exame totalmente indolor, no invasivo e sem risco algum para o paciente. Como todo e qualquer objeto, e ainda mais como um sistema vivo e termicamente regulado, o corpo humano irradia infravermelho de maneiras muito interessantes. E, justamente por se tratar de um sistema em equilbrio, a irradiao de infravermelho pode fornecer uma srie de informaes complementares e de acompanhamento para o mdico. Assim, e dependendo de cada situao, o mdico poder analisar a possvel causa do aquecimento ou resfriamento de uma determinada rea da pele. Estas regies aparecem nos termogramas como reas hiper ou hipotrmicas em diferentes graus e formas. Ela representa o que est acontecendo fisiologicamente com o paciente no momento do exame, havendo uma alterao anatmica ou no. 6. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Para a realizao deste trabalho foram simuladas diferentes situaes e evidncias que poderiam ser encontrados em cenas de locais de crime ou em acidentes de trnsito, como fragmentos vtreos sobre o asfalto, marcas de frenagem, cartuchos de armas de fogo de diferentes materiais, arma de fogo aps o manuseio e vestgios de plvora. Nos procedimentos simulados foi utilizada uma cmera termogrfica infravermelha para anlise de como feita visualizao destas evidncias atravs de um termovisor.
6.1 ANLISES DAS EVIDNCIAS 6.1.2 Marcas de Frenagem Os ensaios de marcas de frenagem foram realizados em um dia de tempo seco e sol, com temperatura de 22 C e ao ar livre. Foi utilizado um veculo da marca Volkswagen, modelo Parati, dotado de sistema de freio servo hidrulico e a banda de rodagem dos pneus em bom estado de conservao, conforme figura 10. O que se buscou evidenciar neste ensaio era mensurar o tempo de permanncia da marca de frenagem, se decorrido algum tempo a marca permanecia visvel e se possvel distinguir de marcas mais antigas. O que pode ser constatado que durante e instantes aps a frenagem as marcas poderiam ser visualizadas de forma clara, podendo ser identificadas quanto forma geomtrica, direo e sentido da frenagem.
Figura 10 Frenagem sem termovisor.
Figura 11 Frenagem com termovisor.
Neste caso o uso de uma cmera termogrfica poderia auxiliar o perito a identificar o incio de uma frenagem em locais complicados de acidentes de trnsito. A figura 11 apresenta no motor, na tampa do compartimento do motor e na rea da banda de rodagem as regies que sofreram um aumento significativo na temperatura. No pneu possvel identificar a rea que ficou em contato com o asfalto no momento do arrasto, bem como a marca de frenagem. A figura 12 mostra, aps 5 min. da frenagem, a regio onde a rea do pneu ficou em contato com o asfalto, sendo possvel tambm identificar a extenso da marca de frenagem. Aps 25 min., no era mais possvel distinguir a marca de frenagem sobe o asfalto, pois a imagem termogrfica se apresentava com manchas e distorcida; o termovisor tinha dificuldade de formar a imagem trmica devido interferncia da emissividade do solo asfltico, conforme a figura 13.
Figura 12 Marca aps 5 min.
Figura 13 Marca aps 25 min.
6.2.2 Fragmentos Vtreos e Cartuchos
Para estes ensaios adotamos a mesma metodologia utilizada no ensaio de marcas de frenagem. Foram espalhados de forma aleatria sobre o asfalto pequenos fragmentos vtreos; e sobre a grama, cartuchos e projteis. Aps uma anlise visual constatamos certa dificuldade de identificao dos materiais, os fragmentos vtreos por serem muito pequenos e estarem ofuscados pela luminosidade, e os cartuchos e projteis que se tornavam camuflados entre os ramos de grama e a imperfeio do terreno. Podemos notar na comparao das figuras 14 a 15 que com o auxilio do uso da cmera termogrfica a visualizao e identificao destes elementos se torna mais fcil e claro. Pode-se utilizar os recursos de variao de escala de cores para uma melhor nitidez na imagem captada. Nota-se sem dvida e de forma clara geometria dos cartuchos e projteis camuflados sobre a grama. Os fragmentos vtreos, por possurem geometria irregular, devem-se ter para a sua identificao, um pouco mais de ateno e conhecimento para distinguir nas imagens captadas os elementos analisados, conforme figura 16.
Figura 14 Imagem sem termovisor.
Figura 15 Imagem com termovisor.
Figura 16 Fragmentos vtreos com termovisor.
6.2.3 Mo no vidro Neste ensaio se buscou comparar o tempo de permanncia de uma imagem termogrfica em uma lmina de vidro. Nota-se no instante aps o contato da mo, a ntida reproduo termogrfica da mesma. Diferentemente do que ocorreu no ensaio de frenagem, aps 24 min. ainda era possvel visualizar uma mancha na lmina de vidro. A imagem j no possua o formato dos dedos e da mo, mas a nvel pericial, seria um indcio de contato com aquela superfcie. Em ambientes fechados, interiores de imveis ou veculos, em ambientes onde no haja uma troca trmica severa, estas imagens talvez permaneam mais tempo prxima e nitidamente visveis do seu formato original.
Figura 17 Imagem aps 5 min.
Figura 18 Imagem aps 24 min.
6.2.3 Disparo Neste ensaio se buscou comparar a diferena de uma imagem termogrfica de uma pistola durante e passado algum tempo aps um disparo.
Durante o disparo nota-se um acrscimo de temperatura no cano e nos componentes que o constituem. Passados 25 min. do disparo ainda era possvel visualizar vestgios de calor no cano e na empunhadura da arma, denotando que a mesma fora manuseada recentemente. Como a maioria dos componentes das armas de fogo so constitudos de materiais metlicos, em locais de onde a visibilidade est prejudicada ou de difcil acesso, o uso de uma cmera termogrfica auxiliaria o perito nas buscar por evidncias da presena de armas de fogo, cartuchos, projteis que podem estar presentes e/ou relacionados a um local de crime.
Figura 19 Imagem durante o disparo.
Figura 20 Imagem aps 25min do disparo.
7. CONCLUSES Nestes primeiros ensaios a termografia infravermelha mostrou que possui um grande potencial para desenvolvimento em aplicaes na cincia forense, pois agrega uma tecnologia a servio da percia criminal e em investigaes de crime contra a vida, j que permite ao perito ou ao agente policial uma melhor visualizao de evidncias e vestgios em locais de crime, no expondo de forma direta o agente ao perigo, cobrindo uma rea maior no rastreamento, otimizando o tempo em locais de percia. O que deve ser levado em conta saber exatamente o que se est buscando, pois somente assim teremos resultados satisfatrios nas investigaes e determinaes de vestgios latentes em cenas de crime. A partir de um maior conhecimento da tcnica abordada, aplicada cincia forense, podero ser desenvolvidas pesquisas e metodologias de uso e aplicao da tcnica de grande utilidade para a investigao criminal. A termografia infravermelha tem sido e continuar sendo utilizada por engenheiros, cientistas e outros profissionais que buscam mtodos alternativos para dar suporte cientfico na identificao ou confirmao de evidncias, falhas e deficincias.
8. AGRADECIMENTOS Ao Departamento de Criminalstica do Estado do Rio Grande do Sul pela disponibilidade dos objetos em estudo, ao IBTEC Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calado e Artefatos pela disponibilidade da cmera infravermelha, sem os quais no seria possvel a realizao dos ensaios e estudos mais confiveis na utilizao da termografia na percia criminal. Aos Engenheiros do IBTEC e ao Co-autor pela confiana, disponibilidade de tempo e troca de experincias durante a elaborao deste trabalho.
9. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS [1] Land Handbook of A Basic Guide to Thermography. Pg. 1-14, 2004 www.Landinst.com
[2] - < http://discoverybrasil.com/guia_crime/crime_pratica/index.shtml> Acesso em: 16 de abril de 2007
[3] - Thomas J. Bruno, Paris D. N. Svoronos. CRC Handbook of Fundamental Spectroscopic Correlation Charts. CRC Press, 2005.
[4] - <http://www.infraredservice.com.br/termografia.htm> Acesso em: 12 de julho de 2007
[5] - <http://www.pucpr.br/cursos/pos_graduacao/mestrado/mariano_pacholok.pdf > Acesso em: 10 de maio de 2007
[6] - <http://www.dmc.pt/res/services_termografia.pdf> Acesso em 07 de maio de 2007
[7] - <http://www.mt-online.com/articles/0804irguide.cfm> Acesso em 08 de junho de 2007
[8] - <http://www.abende.org.br/info_end_oquesao_termografia.php?> Aceso em 21 de junho de 2007
[9] - <http://rst.gsfc.nasa.gov/Sect9/Sect9_9.html> Acessado em: 26 de julho de 2007
[10] - <http://www.flirthermography.com/high-def/> Acessado em: 26 de julho de 2007
[11] - <http://www.infraredinstitute.com/basic_thermography.html> Acessado em: 19 de maio de 2007 [12] - < http://us.fluke.com/usen/products/CategoryTI?trck=thermography> Acessado em: 25 de junho de 2007