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Aula de hoje: Sistemas de governo:

presidencialismo X parlamentarismo

Referências básicas:

MAINWARING, S.; SHUGART, M. (1993). Juan Lins,


presidencialismo e democracia: uma avaliação crítica. ovos
Estudos Cebrap, São Paulo, n. 37, p. 191-213, nov.

SAES, D. (1998). Estado e democracia: ensaios teóricos. 2 ed.


Campinas: UNICAMP, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas.
(Coleção Trajetória.) v. 1, cap. 5) “A esquerda e a questão dos
sistemas de governo no Estado democrático-burguês”.
Sumário:
 1) Definições de presidencialismo, parlamentarismo
e semi-presidencialismo

 2) Exame crítico dos argumentos de Linz sobre os


“riscos” das democracias presidencialistas;

 3) Crítica aos argumentos de Linz;

 4) Importância de distinguir diferentes tipos de


parlamentarismos e presidencialismos:

 5) Enumeração dos fatores que levam o


presidencialismo a “funcionar melhor”, i. e., ser
mais estável e democrático:
Objetivos do texto: [clique para visualizar
os livros]

 fazer um exame crítico das teses defendidas


por Juan Linz no conhecido artigo:
“Presidencialismo e Parlamentarismo: faz
alguma diferença?”.

 Resumir idéias de um texto clássico chamada


“Presidents and Assemblies: Constitutional
Design and Electoral Dynamics”
1) Definições de presidencialismo,
parlamentarismo e semi-presidencialismo.

 Presidencialismo: chefe do Executivo eleito por voto


popular + mandatos fixos do presidente e da
Assembléia;

 Semipresidencialismo: presidente eleito pelo voto


popular + nomeação do chefe de governo (primeiro-
ministro) pelo presidente + o gabinete depende da
confiança da Assembléia + o presidente tem poderes
políticos importantes, tal como o de dissolver o
parlamento.

 Parlamentarismo; chefe de governo é investido e


nomeado por uma Assembléia Parlamentar;
2) Exame crítico dos argumentos de Linz sobre os
“riscos” das democracias presidencialistas:

 Reivindicações concorrentes à legitimidade do presidente e da


Assembléia;

 Rigidez advinda do mandado fixo do presidente;

 Lógica do tipo “o vencedor leva tudo” que desfavorece uma postura


de negociação e formação de coalizões;

 Tensão entre os papéis de chefe de Estado e chefe de governo pode


levar a uma intolerância para com a oposição, alimentando
tendências autoritárias do chefe de governo;

 Obs.: Ele admite que as “taxas de sucesso democrático” são mais


baixas entre as democracias presidencialistas → entretanto, não fica
claro se tal taxa deve-se ao presidencialismo ou ao baixo grau de
desenvolvimento.
3) Crítica aos argumentos de Linz:
 Nos regimes parlamentaristas também existem
reivindicações conflitantes de legitimidade, no caso
do bicameralismo;

 A rigidez do mandato fixo não é necessariamente


negativa, pois:

 (i) pode ser minorada permitindo-se a reeleição;

 (ii) pode-se ser minorada permitindo-se a


convocação de eleições antecipadas;

 (iii) um patamar mais elevado para a mudança de


governo pode aumentar a previsibilidade e
estabilidade do processo decisório;
3) Crítica aos argumentos de Linz:
 Dependendo das características do sistema partidário e
eleitoral, o parlamentarismo pode coexistir como um sistema
tipo “o vencedor leva tudo” → cf. o exemplo do caso inglês,
onde um sistema eleitoral majoritário e um sistema partidário
de partidos rígidos possibilita que um partido, mesmo com
minoria de votos controle o parlamento e o gabinete;

 Além do mais, o presidencialismo não está necessariamente


articulado a um sistema tipo “o vencedor leva tudo”, e pode
coexistir com o recurso a coalizões;

 O presidencialismo permite a coexistência de dois modelos de


controle dos cidadãos enumerados por Bingham Powel: (i)
Responsabilidade dos governantes [os eleitores escolhem
governos claramente identificáveis]; (ii) Delegados
Representantes [os eleitores escolhem um amplo menu de
opções partidárias].
4) Importância de distinguir diferentes tipos
de parlamentarismos e presidencialismos:

 Ele sistematiza vários fatores que diferenciam


os vários sistemas de governo
presidencialistas, no que se refere à
capacidade de legislar [cf. Tabela da p. 204].
5) Enumeração dos fatores que levam o
presidencialismo a “funcionar melhor”, i. e., ser mais
estável e democrático:

 Diminuir os poderes legislativos do presidente, o que o torna menos propenso a


tentações “plebiscitárias”;

 Partidos mais disciplinados tornam mais estável o presidencialismo, pois:


 (i) facilita o estabelecimento de relações estáveis entre governos, partidos e legislaturas;
 (ii) favorece a negociação com os líderes partidários e ↓ a necessidade do clientelismo e
patronagem com os parlamentares => Essa disciplina pode ser obtida por intermédio da lista
fechada, por exemplo.

 Diminuição da fragmentação partidária, torna mais estável o presidencialismo,


pois:
 (i) facilitam a formação de coalizões de governo e fortalece o sistemas de “freios e
contrapesos” aos poderes presidenciais;

 Normas eleitorais que inibam a fragmentação:


 (i) eleições presidenciais em turno único;
 (ii) coincidência;
 (iii) quociente alto/cláusula de barreira.
II) A Abordagem de Décio Saes sobre a
questão dos “sistemas de governo”

 (1) O ponto de vista de classe na análise dos sistemas


de governo no Estado democrático-burguês;

 (2) Os sistemas de governo e a politização das


massas populares na sociedade capitalista;

 (3) Sistemas de governo e emergência de crises de


governo “positivas”;

 (4) Conclusões:
2.1) O ponto de vista de classe:
 A corrente dominante analisa a questão do ponto de
vista da “governabilidade”, e “estabilidade” da
“sociedade”;

 Questionamento desses critérios predominantes;

 Valores alternativos da “destruição da dominação de


classe capitalista”: 136

 = incremento da politização das massas populares e


abertura de “crises de governo positivas”: 136;
2.2) Sistemas de governo e politização das
massas populares na sociedade capitalista:
 Argumentos segundo os quais o presidencialismo é favorável a essa
politização devido ao caráter ou natureza plebiscitária das eleições: 137
 O conteúdo dessa mobilização permanece indeterminado;

 Dupla personificação do poder de Estado pelo presidencialismo:


 a) gera o sentimento de que o presidente impõe sua vontade ao aparelho estatal;

 b) gera ilusões sobre os limites políticos da ação estatal na sociedade capitalista, que
“transformações sociais profundas virão a ocorrer através da ação individual de um
membro extra-burocrático”: 138

 Personalização da ação política das lideranças partidárias = “polarização


das massas populares por traços psicológicos das lideranças políticas”: 138;

 A mobilização propiciada pelo presidencialismo será sempre temporária e


espaçada no tempo;
Argumentos favoráveis ao parlamentarismo:

 Produz efeitos ideológicos menos negativos;

 Os governos do presidencialismo sempre possuem caráter


partidário, ao contrário dos governos no presidencialismo que
podem ter caráter fracamente partidário;

 Induz à valorização da instância partidária, em detrimento das


lideranças individuais;

 “Reforça-se nas classe trabalhadoras a convicção de que a ação


que fixa como objetivo o [poder de] Estado tem que ser
implementada com a mediação do partido político”: 140
3.3) Sistemas de governo e a emergência de crises de
governo “positivas” no Estado Burguês

 A) A relação entre sistema de governo e


crise política no presidencialismo:

 No caso de crise entre a presidência e parlamento


[= ausência de base parlamentar da presidência]
produz efeitos modestos no plano da mobilização
popular

 No caso de crise ou conflito entre a presidência e


a burocracia de Estado, o presidencialismo torna
mais fácil o golpe de Estado
3.3) Sistemas de governo e a emergência de crises de
governo “positivas” no Estado Burguês

 A relação entre sistema de governo e crise


política no parlamentarismo: 141

 A crise entre o gabinete e o parlamento é


resolvida através da moção de desconfiança;

 As crises entre gabinete e burocracia de


Estado são menos prováveis de serem
resolvidas pela via do golpe de Estado.
 Veremos:
 Alguns dos “problemas” gerados pelo
funcionamento de uma democracia
presidencialista: “veto players”,
“democracia delegativa”;
 Os modelos de democracia (Lijphart e
David Held);
 O caso brasileiro: sistema político,
sistemas eleitorais, sistemas partidários
 A bibliografia é vasta. Cf. programa.

 O livros mais importante para os brasileiros


são os de Fabiano Santos e Anastasia (2004)
e o de Amorin Neto (2006).

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