A Imutabilidade de Deus a perfeio pela qual no h mudana nele, no
somente em Seu Ser, mas tambm em Suas perfeies, em Seus propsitos e em suas promessas.
Vejamos algumas passagens que atestam a imutabilidade do Ser de Deus:
Sl 102.26, 27: Eles perecero, mas tu permanecers; todos eles, como uma veste, envelhecero; como roupa os mudars, e ficaro mudados. Mas tu s o mesmo, e os teus anos nunca tero fim.
Is 8.12: D-me ouvidos, Jac, e tu, Israel, a quem chamei; eu mesmo, eu o primeiro, eu tambm o ltimo.
Ml 3.6: Porque eu, o SENHOR, no mudo; por isso, vs, filhos de Jac, no sois consumidos.
Rm 1.23: E mudaram a glria do Deus incorruptvel em semelhana da imagem de corruptvel, e de aves, e de quadrpedes, e de rpteis.
Tg 1.17: Toda boa ddiva e todo dom perfeito vm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem no h mudana, nem sombra de variao.
Hb 13.8: Jesus Cristo o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.
Em virtude deste atributo, Ele exaltado acima de tudo quanto h, e isento de todo acrscimo ou diminuio e de todo desenvolvimento ou decadncia em Seu Ser e em Suas perfeies. Seu conhecimento e Seus planos, Seus princpios morais e Suas Vontades permanecem sempre os mesmos. At a razo nos ensina que no possvel nenhuma mudana em Deus, visto que qualquer mudana para melhor ou para pior. Mas em Deus, a perfeio absoluta, melhoramento e desgaste so igualmente impossveis. A imutabilidade de Deus claramente ensinada em passagens da Escritura como as que vimos acima, ao mesmo tempo, h muitas passagens bblicas que parecem atribuir mudana a Deus. Aquele que habita a eternidade, que criou os Cus e a Terra, encarnou-se em Cristo, e no Esprito Santo fez morada na Igreja. No Ele apresentado como se revelando e ocultando-se, como vindo e indo, como se arrependendo e mudando de inteno, e como procedendo diferentemente com o homem antes e depois da sua converso? Confira:
x 32.10-14: Deixe-me agora, para que a minha ira se acenda contra eles, e eu os destrua. Depois farei de voc uma grande nao. Moiss, porm, suplicou ao Senhor, o seu Deus, clamando: Senhor, por que se acenderia a tua ira contra o teu povo, que tiraste do Egito com grande poder e forte mo? Por que diriam os egpcios: Foi com inteno maligna que ele os libertou, para mat-los nos montes e bani-los da face da terra? Arrepende-te do fogo da tua ira! Tem piedade, e no tragas este mal sobre o teu povo! Lembra-te dos teus servos Abrao, Isaque e Israel, aos quais juraste por ti mesmo: Farei que os seus descendentes sejam numerosos como as estrelas do cu e lhes darei toda esta terra que lhes prometi, que ser a sua herana para sempre. E sucedeu que o Senhor arrependeu-se do mal que ameaara trazer sobre o povo.
J n 3.10: E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e no o fez.
Pv 11.20: Abominao para o SENHOR so os perversos de corao, mas os que so perfeitos em seu caminho so o seu deleite.
Sl 18.26: Com o puro te mostrars puro; e com o perverso te mostrars indomvel.
A contradio aqui presente baseia-se at certo ponto em uma compreenso errada. A imutabilidade divina no deve ser entendida no sentido de imobilidade, como se no houvesse movimento em Deus. hbito na teologia falar-se de Deus como actus purus, Deus sempre em ao. A Bblia nos ensina que Deus entra em multiformes relaes com os homens e, por assim dizer, vive sua vida com eles. Ele est cercado de mudanas, mudanas nas relaes dos homens com Ele, mas no h nenhuma mudana em Seu Ser, em Seus atributos, em Seus propsitos, em Seus motivos de aco, nem em Suas promessas. Seu propsito de criar o mundo eterno como Ele, mas no houve mudana nEle quando esse propsito foi levado a efeito por um nico acto de Sua vontade.
A encarnao no produziu mudana no Ser e nas perfeies de Deus, nem em Seu propsito, pois era da Sua eterna aprovao enviar ao mundo o Filho do Seu amor. E se a Escritura fala do seu arrependimento, de Sua mudana de inteno, e da alterao que faz de sua relao com pecadores quando estes se arrependem, devemos lembrar-nos de que se trata apenas de um modo antropoptico de falar. Na realidade, a mudana no em Deus, mas no homem e nas relaes do homem com Deus.
Confira as seguintes passagens: 1Sm 15.29: E tambm aquele que a fora de Israel no mente nem se arrepende; porquanto no homem, para que se arrependa. Nm 23.19: Deus no homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa; porventura diria ele e no o faria? Ou falaria e no o confirmaria? Sl 33.11: O conselho do SEHOR permanece para sempre; os intentos do Seu corao, de gerao em gerao.
Deus perfeito em sabedoria e, portanto, no erra no que Ele decreta; Ele Todo-Poderoso e, consequentemente, capaz de fazer tudo o que Ele decidiu. Ento, o que aconteceu em Gneses 6.6; em 1Sm 15.11,26; em Ex 32.9-14, em Jonas 3.4-10?
Algumas doutrinas errneas:
Os pelagianos e os arminianos ensinam que Deus sujeito a mudana, na verdade no em Seu Ser, mas em Seu conhecimento e em Sua vontade, de modo que Suas decises dependem em grande medida das aces do homem; Os pantestas dizem que Deus um eterno vir-a-ser, e no um Ser absoluto, e que o Absoluto inconsciente vai-se desenvolvendo gradativamente rumo personalidade consciente no homem; H uma tendncia actual de alguns, de falar de um Deus finito, que se esfora e que se desenvolve gradativamente.
A “GLORIFICAÇÃO DOS SANTOS FRANCISCANOS” DO
CONVENTO DE SANTO ANTÔNIO DA PARAÍBA:
ALGUMAS QUESTÕES SOBRE PINTURA,
ALEGORIA BARROCA E PRODUÇÃO ARTÍSTICA
NO PERÍODO COLONIAL, de Carla Mary da Silva Oliveira