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Federação lembra que professores iniciaram João Henriques/PÚBLICO (arquivo)

contrato sem este condicionalismo


Fenprof acusa Governo de
chantagear escolas para
prosseguirem com
avaliação
10.03.2008 - 19h48 Lusa
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusou
hoje o Governo de chantagear as escolas ao afirmar que
os docentes contratados não poderão renovar os contratos
sem uma avaliação de desempenho.

"Esta ideia de que os professores não poderão ver os seus


contratos renovados se não forem avaliados é uma
chantagem do Governo para obrigar as escolas a fazer a
avaliação de forma a não prejudicarem os colegas",
afirmou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, Apesar das manifestações, o Ministério da Educação garante
sublinhando que o processo de avaliação dos professores que o processo é para avançar
resulta de uma decisão política do Ministério da Educação
que, na prática, não está a ser aplicada pelas escolas.

O dirigente sindical salientou, por outro lado, que "muitos


professores iniciaram o seu contrato sem estarem
condicionados a um parâmetro de avaliação que ainda não
existia e não podem, por isso, ser avaliados".

De acordo com o Mário Nogueira, a renovação dos


contratos só dependerá de avaliação se o Governo assim o
decidir, uma vez que podem manter-se apenas os
requisitos que estavam estabelecidos até agora e que
prevêem, nomeadamente, que o professor leccione com
horário completo desde 1 de Setembro, que essa vaga
continue a existir no ano lectivo seguinte e que haja
vontade da escola e do docente em renovar o vínculo.

De qualquer forma, o sindicalista ressalvou que a questão


se coloca apenas no caso dos professores que estão a
leccionar desde o início do ano lectivo, já que não está
prevista a possibilidade de renovação para os que foram
contratados depois disso. "Para que haja renovação é
preciso que o professor tenha um contrato para o ano
inteiro e mantenha essas características para o ano
seguinte. Quanto aos professores que trabalhem seis ou
sete meses, até podem ficar na mesma escola no ano
seguinte, mas têm de recorrer a concurso, não a
renovação do contrato", explica.

O secretário-geral da federação salientou que na passada sexta-feira "a Fenprof deu seguimento judicial a mais
queixas sobre uma outra escola que avançou com a avaliação contra a decisão dos tribunais", que deram provimento
às providências cautelares interpostas para suspender o processo.

Também para o secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), João Dias da Silva, a
avaliação dos docentes contratados é "mais um elemento de objecção ao processo de avaliação pretendido pelo
Governo". "Está previsto que se a avaliação for negativa não haverá novo contrato, mas os professores que
cumprirem menos tempo [do que um ano de lectivo completo] e não forem avaliados podem voltar a concorrer, o que
é obviamente injusto. Este é mais um elemento que demonstra o carácter punitivo desta avaliação", afirma.

Só o Ministério da Educação sabe quantos professores contratados e em que moldes estão a leccionar a nível
nacional, mas segundo os sindicatos o número deverá estar entre os oito e os 12 mil.

Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Educação afirmou que a avaliação vai prosseguir, apesar das objecções
das estruturas sindicais. "A avaliação é possível e vai ser feita. Este é o ponto principal e tudo o resto convergirá para
isso", disse a mesma fonte, adiantando que "esta semana o ME reunirá com o plenário do Conselho das Escolas para
tratar das medidas concretas que permitirão definir como é que o processo vai avançar".

In Público, 11/03/08

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