100%(1)100% нашли этот документ полезным (1 голос)
76 просмотров4 страницы
1) O documento descreve a conquista de Ceuta por D. João I em 1415 e como ela marcou o início da expansão portuguesa para além do continente europeu.
2) Detalha os desafios enfrentados pelos navegadores portugueses, como Gil Eanes, na exploração da costa africana e na ultrapassagem do Cabo Bojador em 1434.
3) Explica que sob o comando do Infante D. Henrique e depois de Fernão Gomes, os portugueses mapearam grande parte da costa ocidental
1) O documento descreve a conquista de Ceuta por D. João I em 1415 e como ela marcou o início da expansão portuguesa para além do continente europeu.
2) Detalha os desafios enfrentados pelos navegadores portugueses, como Gil Eanes, na exploração da costa africana e na ultrapassagem do Cabo Bojador em 1434.
3) Explica que sob o comando do Infante D. Henrique e depois de Fernão Gomes, os portugueses mapearam grande parte da costa ocidental
1) O documento descreve a conquista de Ceuta por D. João I em 1415 e como ela marcou o início da expansão portuguesa para além do continente europeu.
2) Detalha os desafios enfrentados pelos navegadores portugueses, como Gil Eanes, na exploração da costa africana e na ultrapassagem do Cabo Bojador em 1434.
3) Explica que sob o comando do Infante D. Henrique e depois de Fernão Gomes, os portugueses mapearam grande parte da costa ocidental
Resolvida a crise de 1383-85, o novo rei, D. Joo I, tinha um pas independente, mas com graves problemas econmicos e sociais (a peste, a crise agrcola e os campos por cultivar, os custos da guerra contra Castela).
A conquista de Ceuta pareceu-lhe ser a soluo para todos esses problemas, j que: * Dominava o comrcio do ouro com a Europa. * Era por esta cidade que chegavam ao nosso continente parte das especiarias do Oriente. *Era uma regio produtora de cereais que faltavam em Portugal. *Era um ponto importante para controlar a navegao no mar Mediterrneo e os ataques dos piratas rabes sobre a costa sul de Portugal.
Todos os grupos sociais apoiaram a conquista de Ceuta. Nobreza Poderia obter terras e reforar o seu poder, como recompensa da ajuda na guerra contra os rabes. Clero Era uma forma de combater o Islamismo, vista como religio inimiga da f crist. Burguesia Ceuta era um ponto internacional de comrcio, a principal atividade deste grupo social. Povo Procura de melhores condies de vida.
A conquista da cidade foi relativamente fcil, mas no obteve os resultados esperados. Os rabes desviaram as rotas do ouro e das especiarias para outras cidades.
Em vez de melhorar as condies econmicas do nosso pas, Ceuta teve o efeito contrrio. Constantemente sujeita a ataques, obrigava a grandes gastos.
A conquista de Ceuta (1415) marcou o incio da Expanso portuguesa, foi o nosso primeiro territrio noutro continente.
Conquistas ou descobertas
O controlo do comrcio do ouro continuava a parecer a soluo para os problemas portugueses. Depois de Ceuta, surgiram duas correntes de opinio sobre como controlar esse comrcio.
A nobreza defendeu uma poltica de conquistas no norte de frica, at que os rabes fossem obrigados a ceder-nos o comrcio dos produtos. J a burguesia preferia uma poltica de descobertas, ir buscar os produtos ao local de origem, por via martima. Estas duas polticas foram postas em prtica. Os portugueses 2
realizaram algumas conquistas no norte de frica, sobretudo com D. Afonso V, e iniciaram a gloriosa aventura dos Descobrimentos. Esta enorme tarefa foi confiada ao infante D. Henrique, filho de D. Joo I.
Os desafios dos descobrimentos
Navegando na parte do Atlntico j sua conhecida, os portugueses fizeram a primeira descoberta, o arquiplago da Madeira (1419), seguindo-se os Aores, j a 1500 km da costa portuguesa.
Nunca ultrapassado, o Cabo Bojador era o grande obstculo para a descoberta do litoral africano. Ali, navegando junto costa, era impossvel vencer os baixios e correntes traioeiras. Ao fim de treze tentativas feitas pelos navegadores de D. Henrique, usando ainda numa barca, Gil Eanes conseguiu dobrar este cabo (1434).
O cabo Bojador situa-se na costa africana, imediatamente abaixo das ilhas Canrias.
A barca foi o navio com que Gil Eanes dobrou o Bojador (1434). Navegando junto costa, era uma embarcao robusta, capaz de aguentar embates em rochas e passar por guas pouco profundas, mas lento e pouco manobrvel. Usava a chamada vela redonda, um pano aproximadamente quadrado, a vela inchava como um balo, derivando da a sua designao de redonda.
Ao ultrapassarem este cabo, os portugueses venceram tambm o medo do Mar Tenebroso, como chamavam os europeus ao oceano desconhecido. Venceram o medo, mas foram muitos os que no voltaram e morreram no mar.
At ao sculo XV, o conhecimento que os europeus tinham do mundo limitava-se a uma pequena parte de frica e da sia. A Amrica e a Ocenia eram totalmente desconhecidas.
Ao oceano Atlntico, para l do Bojador, chamavam-lhe o "Mar Tenebroso", povoado por monstros marinhos que engoliam os barcos, zonas de guas ferventes e ilhas habitadas por seres fantsticos.
Para se orientarem no alto mar, os portugueses adaptaram e desenvolveram diversos instrumentos nuticos com que se orientaram pelos astros. Nesta navegao astronmica utilizaram instrumentos como a bssola, o astrolbio e o quadrante.
3
O astrolbio um instrumento antigo que serve para medir a altura dos astros do horizonte. Foi adaptado pelos portugueses para a navegao, com a criao do astrolbio nutico
Em cada viagem, sempre mais longe que a anterior, os ventos e as correntes eram cuidadosamente registados nas cartas nuticas ou de marear, a ser usadas na viagem seguinte.
O planisfrio de Cantino (1502) a mais antiga carta nutica portuguesa conhecida. Recebeu o nome de Alberto Cantino, o espio que obteve esta cpia, subornando algum cartgrafo ou ilustrador, enviando-a para Itlia. Biblioteca Universitria de Modena - Itlia.
O planisfrio mostra o resultado das viagens de Vasco da Gama ndia, Colombo Amrica Central e Pedro lvares Cabral ao Brasil, com o meridiano de Tordesilhas assinalado.
A explorao da costa africana
Passado o Bojador, comeou a explorao do litoral africano.
medida que avanaram pela costa, os portugueses construram postos militares e de comrcio, as feitorias. Era ali que se comerciavam e armazenavam os produtos africanos: ouro, escravos, marfim, malagueta, at os barcos os transportarem para Portugal.
As trs fases das descobertas africanas
Em 1460, ano da morte do infante D. Henrique, as caravelas portuguesas tinham atingido a Serra Leoa.
Nesta altura era rei D. Afonso V, o Africano, que recebeu este cognome por ser defensor da poltica de conquistas em frica. O comrcio e as descobertas ficaram ento abandonados, a situao econmica do pas agravou-se com os custos da guerra em frica.
D. Afonso V arrenda o comrcio africano a Ferno Gomes, na condio de este rico burgus continuar com as navegaes de explorao. Durante cinco anos graas a este contrato que os Descobrimentos vo avanar, chegando s principais zonas de comrcio do ouro africano.
Vendo a enorme importncia das Descobertas e do comrcio que lhe estava associado, o prncipe D. Joo (futuro rei D. Joo II) vai assumir a organizao dos Descobrimentos. Com ele comea a terceira fase da descoberta da costa africana.
4
Nas fases do infante D. Henrique e de Ferno Gomes, a descoberta da costa africana e controlar o comrcio do ouro eram os objectivos a atingir.
D. Joo II foi mais ambicioso e quis ver o fim da costa africana, pois se fosse possvel contornar frica, passando do Atlntico ao ndico, estava aberto o caminho martimo para os mercados do Oriente.
Esta possibilidade veio a confirmar-se em 1488, quando Bartolomeu Dias dobrou o cabo da Boa Esperana.