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Resbook de Economia das Nações (II)

CADINA, Rafael. Sócio-fundador & 20º colocado na Feira de Marketing Sustentável


TORRES, Samuel. Sócio-fundador & 20º colocado na Feira de Marketing Sustentável
SHIGUIHARA, Daniel. Sócio-prime & bicampeão do Supply Chain Game
ANDERSEN, Pedro. Colaborador efetivo
VACOPOULOS, Melina. Freelancer
ALVARENGA, Julio. Freelancer
BELGER, Gustavo. Freelancer
BERNARDINI, Rafael. Freelancer
A Crise Financeira Global

• Causas:
o Desequilíbrio Financeiro Global: Países emergentes financiando o consumo e as
necessidades de capital para investimentos nos países desenvolvidos
o A Crise Financeira Estrutural dos EUA: Qual a origem da crise financeira
atual? A liquidez internacional, juros baixos, economias crescendo, demanda
elevada por commodities, inflação crescente, as agências de rating classificaram
erradamente empresas e países
o Falta de Regulação nos mercados financeiros e hipotecários: Hipotecas de
elevado risco foram securitizadas (empacotadas) e revendidas no mercado
internacional - China, Rússia e União Européia
o O mundo é governado por idéias e conceitos. O neoliberalismo econômico norte-
americano. Os sistemas financeiros internacional e norte-americano não condizem
com a globalização
o A globalização financeira ocorreu sem que houvesse uma nova arquitetura de
governança financeira das nações desenvolvidas
o Os sistemas financeiros dos países desenvolvidos são ineficientes, inadequados
nos procedimentos de análise de riscos operacionais e não são transparentes
o Falta de regras prudenciais no sistema financeiro norte americano

• Conseqüências:
o Crise no sistema de pagamentos internacionais Afeta todo o sistema de
produção da micro e da macroeconomia
o Crise de crédito e de confiança no sistema financeiro. A forte expansão fiscal
(aumento de gastos do governo e/ou corte dos impostos) para salvar empresas
resultará em uma escalada inflacionária nos EUA no médio prazo
• Medidas contra a depressão econômica:
o Enorme expansão fiscal e monetária
o Bancos centrais em todo o mundo agiram de forma coordenada, reduzindo juros e
aumentando a oferta monetária
o Os Departamentos do Tesouro de vários países fizeram aumentos expressivos dos
gastos fiscais, objetivando estimular a economia por meio de investimentos na
infra-estrutura e na capitalização de bancos (compra de ações)-EUA
o Risco das medidas  Onda inflacionária
• Impactos da crise financeira global
o Não haverá Depressão, mas a economia internacional estará mergulhada numa
GRANDE RECESSÃO que poderá durar, no limite, três anos. Nada mal pela
dimensão da crise financeira global
• Impactos das medidas do G-20:
o As reformas financeiras e de regulação bancária regional
o Acordo sobre a urgência de estabelecer novas regras de segurança operacional dos
mercados financeiros nacionais e internacionais
o Primeiro passo trata da re-estruturação e da regulamentação operacional dos
mercados financeiros dos Estados Unidos e da União Européia, sem a necessidade
de um regulador global
o A capitalização do Fundo Monetário Internacional em $ 750 bilhões para socorrer
os países menos desenvolvidos
o Os fundos hedges, que nunca foram regulados e assumiram os riscos do gestor da
instituição, passarão a ter padrões operacionais. Isso redundará na redução dos
riscos financeiros institucionais sistêmicos

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o Injetaram-se $250 bilhões de dólares para o crédito comercial
o A unidade de pensamente entre os membros do G.20 refletiu no ambiente
promissor para se restabelecer a confiança no sistema financeiro dos países mais
afetados pela crise e na recuperação econômica global
o Nova Regulamentação no Sistema Financeiro dos Estados Unidos:
 Mais poderes para o Fed regular e supervisionar as empresas de holdings
financeiras, pelo tamanho e interconectividade que possam causar riscos
sistêmicos
 Criou-se o Conselho de Supervisão dos Serviços Financeiros, presidido
pelo Secretário do Tesouro
 Nova agência de Regulação e Supervisão das Instituições Depositárias
 O Fed passa a supervisionar e a fiscalizar o sistema de pagamentos, as
câmaras de compensação e de liquidação e o Fed passa a ter acesso às
contas de reservas e à janela de redesconto dos bancos
 Operações de Derivativos: o Fed passa a ter uma regulação
macroprudencial sobre essas operações
• Medidas do Tesouro
o Plano em que o Tesouro adquire uma parte dos ativos tóxicos e estimula o setor
privado na compra desses ativos por um valor determinado em leilões
• Resultados Esperados:
o A reforma do sistema financeiro norte-americano trará mais segurança nos
sistema de pagamentos no país e no resto do mundo, porém, enquanto os ativos
tóxicos não forem removidos dos bancos, o aumento do crédito será insípido para
a retomada do crescimento. De qualquer forma, a nova regulação dará um novo
ânimo na economia

Capítulo VI: Regionalismo Asiático

Introdução

• Relações comerciais e diplomáticas baseadas em valores culturais de harmonia e


confiança mútua no longo prazo  facilitam integração econômica e comercial asiática
• Aprofundamento das relações asiáticas teve como base o sistema tributário sinocêntrico
o Com o intuito de manter controle sobre o mercantilismo na região marítima
asiáticas, impôs-se a cobrança de impostos sobre o comércio externo entre nações
o Nações do Sudeste asiático pagavam tanto pela proteção militar da China quanto
para obter acesso ao mercado, à cultura, à administração e valores chineses
• O regionalismo asiático está retornando às mesmas bases seculares chinesas
o Em 2007 cria-se a ASEAN, a qual aumenta o acesso dos países da região aos
setores-chave da economia chinesa
o Ambiente multilateral mais sedimentado e ágil que UE e que converge para a
integração econômica e cultural baseada na confiança, harmonia e laços étnicos

Prosperidade dos Asiáticos

• Sucesso baseado na estratégia de crescimento com base nas vantagens comparativas


o Sistema financeiro sólido e eficaz na alocação de recursos
o Controle de câmbio estável e incentivador das exportações e importações
o Eliminaram-se restrições de transferências de propriedades rurais pela criação do
mercado imobiliário rural, inserido no sistema de crédito bancário
o Barreiras de comércio regional foram eliminadas

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• Políticas de desenvolvimento baseadas em vantagens competitivas nas exportações
o Explorando fatores de produção existentes e incorporando tecnologias e
eficiências produtivas nos diferentes setores econômicos
o Governo sempre agiu, corrigindo desvios das vantagens competitivas dos setores
• Mantêm uma economia aberta  importando e exportando quase o equivalente

Os fundamentos da prosperidade dos países asiáticos

• A opção pela inserção econômica na concorrência global exigiu certas estratégias:


o Promoção da integração de setores potencialmente competitivos a nível global
o Produtividade de mão-de-obra
o Criação de uma sólida base para o consumo interno
o Estabilidade de leis regulatórias de mercado, de regime tributário, fiscal e câmbio
• Estabilidade de leis econômicas e direitos patrimoniais  viabiliza criação de ambiente
favorável à absorção de investimentos domésticos e estrangeiros  infra-estrutura
• Para obter desenvolvimento sustentável não cabe exclusão de segmentos sociais
• Estabilidade e sustentabilidade do crescimento  incluem setores e todas classes sociais

Crescimento econômico superando crises

• Fatores que possibilitaram a prosperidade econômica e social desses países:


o Qualificação da mão-de-obra
o Incentivos aos investimentos e às importações de máquinas e equipamentos
o Governo como coordenador do crescimento da economia de consumo de massa
o Promoção da modernidade pelo comércio externo
• Expansão de exportações à própria região  ambiente comum de comércio
• Reformas estruturais e as políticas fiscais, monetárias e sociais deram sustentação ao
crescimento, atendendo à confiança social de que a prosperidade seria alcançada
o Política fiscal como fonte de crescimento com desenvolvimento sustentável
o Política monetária e fiscal como instrumentos de controle da inflação
o Taxa de câmbio competitiva
o Investimento em educação  atende demanda de mão-de-obra qualificada
o Proteção fiscal e comercial limitada a setores competitivos globalmente
o Incentivos à poupança e investimento doméstico por meio de:
 Capitalização e segurança do sistema financeiro
 Amplitude do mercado de capitais
o Apoio à produção agrícola
 Produtividade, acesso à tecnologia, ao investimento e infra-estrutura
 Política tributária diferenciada para bens agrícolas básicos
o Reformas que assegurem a eficiência do capital investido e o acesso ao crédito, à
qualificação humana e à alocação do capital na economia

A natureza da crise de 1997

• Três principais causas da crise financeira e cambial do Sudeste Asiático e Coréia do Sul:
o Regime cambial: câmbio fixo atrelado ao dólar e queda nas exportações
o Descasamento de prazos de financiamento: tomaram empréstimos internacionais
com vencimentos de curto prazo para investimentos com retornos de longo prazo
o Riscos assimétricos: falhas na gestão e avaliação do risco de crédito de empresas
tomadoras e na supervisão do ineficaz sistema bancário local  assume que
governo ou instituições financeiras internacionais servirão como emprestadores
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A crise do capitalismo asiático

• Economia japonesa é utilizada como referência:


o Empréstimos internacionais para completar falta de poupança interna
o Priorizar produção de bens de capital para exportação
o Viabilizar investimentos nas áreas de educação, saúde e infra-estrutura
o Restringir os investimentos externos diretos na economia
o Sustentar uma moeda forte
• Chaebols  companhias voltadas para exportação, que recebem proteção soberana do
Estado  Não vão à falência  Ineficácia  Captação via empréstimos internacionais

A crise de 1997 desqualifica o capitalismo asiático?

• Capitalismo teve resultados positivos, mas com características próprias:


o Protecionismo  Comércio intra-regional e regiões do mercado internacional
o Privilégios às relações familiares e governamentais, não à concorrência
o Acordos entre governo e conglomerados  Estratégia de crescimento 
financiamento de déficits das transações correntes do balanço de pagamentos

Novo regionalismo comercial asiático

• Depois da crise  Integração econômica regional por acordos preferenciais de comércio


• Responsabilidade e parcerias que possibilitem a prosperidade plena das nações da região
• Crescem acordos bilaterais na Ásia  mais ágeis na obtenção de entendimento
• China contribuindo para o capitalismo co-responsável  integração econômica da Ásia
Conclusão

• Para crescer com redução da pobreza ao longo deste século deve-se:


o Fazer correções na gestão de riscos econômicos, financeiros e estruturais
 Evitando riscos assimétricos e simétricos
• Se o capitalismo inserir as nações na prosperidade global, permitindo consumir, investir e
produzir em qualquer lugar do mundo (sem fronteiras e inter-relacionado), não haverá
hipótese de riscos sistêmicos e assimétricos globais.

Capítulo VIII: China

Introdução

• Início das reformas econômicas: 1978


o China tornou-se economia que mais cresceu no mundo: média de 9,7% ao ano
o Vem implementando reformas para criação de uma economia de mercado
 Abertura econômica, permitindo que investimentos e comércio com
estrangeiros pudessem ser realizados; leis garantindo o funcionamento
competitivo do mercado; fechamento de empresas estatais não
estratégicas; assegura direito de propriedade privada
• Problemas sociais: poluição, envelhecimento da população, aumento do número de
mulheres em relação a homens e desigualdade de renda
• Base do sucesso de sua economia: exportação como caminho à modernização

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Os Pilares de uma Sociedade Milenar

• Família é o centro da organização social


• Mao Zedong (Mao Tse-Tung): ideologia do socialismo agrário de estado hegemonia
deveria caber ao campesinato
o Criou um abismo econômico, tecnológico e social entre China e as outras nações
asiáticas
• Deng Xiao Ping: retorno da China como líder regional e mundial seria pelo poder
econômico, utilizando o apoio de empresas transnacionais reforma econômica 
socialismo de mercado
• China não demonstra ambições expansionistas e agressivas, como países ocidentais

Crescimento Populacional e Distribuição dos Trabalhadores

• Antes da reforma, grande parte do produto nacional era produzido pelas empresas estatais
o Antes a meta era tornar a economia auto-suficiente, porém, fechada ao comércio
internacional
 Tornou o país ineficiente e atrasado: não havia incentivo ao lucro das
empresas estatais e dos produtores agrícolas  falta de eficiência
alocativa da produção e dos recursos financeiros
• Padrão de vida chinês era muito inferior ao dos países subdesenvolvidos
• 1978: programa de reformas
o Liberalização dos preços e incentivos à propriedade rural
o Cria zonas de exportação e incentivos fiscais com propósito de atrair
investimentos estrangeiros e de se modernizar tecnologicamente
• População tornou-se um dos principais problemas sociais
o Alta taxa de crescimento populacional
o Aceleração no aumento de pessoas idosas, com precário sistema de
aposentadorias e pensão
o 70% vivem no campo e 30% na cidade  problema de migração para os centros
urbanos, causando favelização

Eficiência versus o Papel Social das Estatais

• Estatais são responsáveis pelos recursos financeiros necessários à manutenção de escolas


públicas, hospitais e saneamento básico
• Em 1978, estatais representavam 80% do PIB. Em 2004 essa participação caiu para 50%
o Suas metas de desempenho estão centradas no volume de produção e no
emprego de mão-de-obra, e não na lucratividade  lucros e prejuízos eram
transferidos para o orçamento do governo
 Para manter o emprego geral da economia e continuar com seu papel
social, o papel do Estado está sendo reduzido apenas gradualmente 
redução do número de estatais ineficientes e profissionalização do quadro
de funcionários
 Estatais não mais contam com recursos orçamentários do governo
 Tributação sobre as estatais
 Privatização de algumas estatais

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Um salto para a prosperidade

• Aspectos recentes da economia chinesa:


o Manter a economia crescendo a uma taxa superior a 8% ao ano
o Afastar crise cambial
o Reduzir riscos de falta de suprimentos à população
o Evitar favelização das áreas urbanas

Reestruturação do Sistema Financeiro

• Antes das reformas, o sistema financeiro chinês era muito precário, tendo pouca agilidade
no financiamento da produção
• A estruturação tem possibilitado a melhor alocação de recursos financeiros à produção de
bens e serviços e à demanda interna e externa

O Sucesso Econômico e Social da China

• O sucesso começou logo após as reformas de 1978


o Crescimento ocorre não só nas regiões costeiras (ligadas à exportação), mas
também no interior
• Estratégia chinesa baseou-se, primeiramente, na criação de uma economia de consumo
em massa
o Medidas para viabilizar esse intento
 Liberalização dos preços das atividades agrícolas
 Orientação de investimentos públicos e privados à geração de renda
• Segundo aspecto da estratégia foi a abertura comercial
o Isso facilitou a modernização do parque industrial ao permitir que
multinacionais se instalassem na China
• Consolidou instituições de mercado e jurídicas que pudessem dar legitimidade e
previsibilidade

Os Resultados da Abertura Comercial

• A China continua a ser um país de renda baixa, com muita pobreza e instabilidade social
e política
• A trajetória da prosperidade chinesa tem reduzido esses efeitos negativos
o Houve uma melhoria expressiva na renda por habitante, no consumo, nos
investimentos, na expectativa de vida, na qualidade da educação básica, no
volume de poupança, na redução do analfabetismo e na pobreza

Crescimento Econômico

• O sucesso da política de desenvolvimento procurou balancear o aprendizado do avanço


das economias ocidentais e consolidar as reformas internas, preservando o caráter
comunal e solidário da sociedade chinesa
• A economia chinesa dobra a cada 8-10 anos, crescendo mais do que todos os países
asiáticos
• Vários fatores contribuíram para esse crescimento:
o Estratégia de abertura que explora suas vantagens comparativas em relação a
outros países e;
o Criação de uma economia de consumo em massa
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• As causas do rápido crescimento chinês:
o A opção de modernizar a economia por meio das exportações;
o A grande escala de capital investido na economia, financiado tanto pela elevada
taxa de poupança doméstica como pelos investimentos estrangeiros;
o Rápido crescimento da produtividade econômica
• As reformas possibilitaram o aumento da eficiência econômica, acelerando o crescimento
e a oferta de investimentos produtivos
• Os ganhos elevados de produtividade têm propiciado uma melhor alocação e uso dos
recursos investidos, especialmente em setores anteriormente controlados pelo governo
central: agricultura, comércio e serviços
Composição do Produto

• China e Coréia do Sul seguem a mesma trajetória: reduzem consistentemente a


participação do setor agrícola e aumentam a dos setores industriais e de serviços
• Desafio: Manter os demais setores crescendo na composição do PNB sem desestimular o
desenvolvimento e a produtividade agrícola.
• Riscos ao abastecimento agrícola do país e obrigará o país a importar grãos. Essa
ocorrência provocará aumento dos preços internacionais (a não ser que haja aumento de
produção em outras partes do mundo)
• Solução:
o Políticas agrícolas que possibilitem o crescimento sustentável
o Estímulo à produtividade, à pesquisa e ao desenvolvimento agrícola
o Industrialização mais acelerada da agricultura
• Com maior participação dos setores industriais e de serviços na composição do PNB,
outro desafio será em relação à produção de energia
• O país tem menor disponibilidade de recursos energéticos que a média mundial.
• Resumindo: a segurança alimentícia – grãos e água potável – e a energética serão as
principais ameaças futuras para o desenvolvimento do seu parque industrial.
Inflação

• A China passou por certos períodos inflacionários, principalmente com o advento do fim
do controle governamental dos preços no período da economia planificada comunista
(entre 1950 e 1976)
• Porém, nos anos mais recentes, a taxa de inflação foi muito baixa, passando por um
período de deflação e taxa de variação negativa de preços
• No período de 1996 a 2002, o país apresentou queda significativa no nível geral dos
preços (8,3% em 1996, para a deflação anual em 1998 e 1999) e a taxa anual média de
inflação foi de 1,59%
Produtividade

• De 1996 até 2005, a produtividade econômica dos EUA atingiu a média de 3% ao ano e a
da China 4%
• Esse elevado crescimento da produtividade deve-se a:
o Programas de modernização da indústria por meio da aquisição de novas
tecnologias no exterior
o Apoio aos centros tecnológicos com o objetivo de aproximar a comunidade
cientifica local dos mercados tecnológicos internacionais

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Poupança e Investimentos

• Os investimentos econômicos podem originar-se de quatro fontes: a poupança das


famílias, do governo, das empresas e dos recursos externos
• Desde a reforma econômica, em 1979, as poupanças familiares têm substituído a
governamental e parte da empresarial, se tornando a principal fonte de recursos
• No período anterior ao das reformas, as estatais remetiam seus lucros ao governo central,
que os redistribuía nacionalmente, não contando com recursos próprios para investimento
(explica alta poupança governamental)
• Após as reformas, as estatais obtiveram ganhos de produtividade e puderam reter, investir
e distribuir seus lucros na forma de investimentos, aumento de salários e benefícios
• Dois fatores relevantes para o aumento da participação da poupança familiar:
o Política de crescimento que visou o emprego da mão-de-obra de todos os setores,
cuja produção atendesse as necessidades do consumo interno
o Novo sistema financeiro, tornando a alocação de recursos mais eficaz,
incentivando a produção e o emprego
• A China é o país que mais recebe investimentos estrangeiros depois de EUA e Inglaterra,
a preferência dos investidores pode ser explicada por:
o O país oferece baixo risco internacional
o País de grande porte, que conta com 1,3 bilhão de pessoas e abundância de
recursos naturais e que assegura o direito de propriedade dos investidores
internacionais.
• Principais investidores: Hong Kong, EUA e Japão

Zonas Econômicas Especiais (ZEES)

• Para inserir-se na economia internacional e facilitar a interligação das economias


regionais foram criadas áreas de economia aberta
• Deng Xiaoping referia-se as ZEES como sendo “a janela da tecnologia, da administração
e do conhecimento, assim como da política externa da China”.
• A produção das ZEES está voltada tanto para o mercado interno como internacional e
têm como pressuposto a criação de um parque industrial e tecnológico com recursos de
investidores internos e externos
• Possuem estrutura de investimentos e leis trabalhistas próprias, práticas de gestão e
políticas salariais diferentes do resto do país
• Promovem isenção e redução fiscal aos produtores da região
• Os resultados da economia chinesa advêm da reforma, mas particularmente da criação
das ZEES - aumento das exportações e maior representação das exportações em relação
ao PNB
Empresas Comunitárias Municipais e Locais (EMLS)

• EMLS são empresas comunitárias de capital social formadas e administradas pela


iniciativa comunidades rurais que assumem riscos em forma de empréstimos para crescer
• O princípio é conferir à pequenas comunidades rurais e urbanas a capacidade legal de
criarem empresas lucrativas e autônomas voltadas tanto para o mercado interno quanto
externo
• Em 2000 representou 18% da participação do emprego nacional, e 42% das exportações

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Melhorias nas Condições de Vida e no Consumo Total

• Aumento de renda leva ao aumento de consumo


• Consumo subiu 8,6% entre 1980 e 2003. Na Coréia do Sul foi 6,2%, na Índia 4,9%, no
Japão 2,7% e nos EUA 3,21% - ritmo de consumo dos emergentes

Crescimento, Distribuição da Renda Nacional e Redução da Pobreza

• Com as reformas, houve um aumento na concentração de renda na China, entretanto,


deve se destacar que a economia cresceu 8% ao ano e a pobreza foi significativamente
reduzida
• Em 1978, havia na China 350 mi de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, em
2000, eram 70 mi. Em 2010 esse número deverá ser zero
• Isso se deve ao processo de globalização aliado à justiça social adotados pelo país por
meio de melhorias sociais e condições de geração de riqueza local.

Política Comercial e seus Parceiros

• Terceira maior economia de comércio internacional depois de EUA e Alemanha


• Exportações e importações crescem aceleradamente
• Principais parceiros comerciais: UE, EUA, Japão, Hong Kong e ASEAN (Association of
Southeast Asian Nations)
• Abertura comercial em relação ao PNB representa 45% - no BR, só 28%
As Reformas da Política Cambial

• Os objetivos das reformas cambiais estão sempre ligados ao aumento da capacidade de


exportações e importações

Políticas de Crescimento: China x Índia

• As duas economias tem sido responsáveis pela manutenção do crescimento econômico


mundial nos últimos 10 anos e ainda será por muito tempo
• Instituição política e processo decisório:
o Índia: democrática, lento
o China: autoritária, rápido
• A Índia se desenvolve ajustando-se às condições de mercado, na China, o governo
intervém no mercado e nos sistemas de preço
• A China investe em infra-estrutura pesada (ex. aeroportos, energia, estradas) para atrair
empresas nacionais e internacionais. Já a Índia investe em infra-estrutura leve (ex.
biotecnologia, softwares, call centers)
• Quanto à abertura econômica, na China, o comércio exterior representa 45% do PIB, na
Índia, 24%
• A China tem claro entendimento sobre as oportunidades de modernização que a
globalização proporciona e por isso atrai investimentos internacionais. A Índia, não.
• Na Índia, a educação é restrita e há barreiras culturais quanto à inserção das mulheres no
mercado. Já os investimentos no capital humano da China têm sido elevados

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Conclusão

• Será uma das grandes potências do século XXI


• Um dos traços mais marcantes: o direcionamento dos lucros para atender à demanda das
classes pobres, criando um amplo mercado consumidor e o surgimento de uma ampla
classe média
• A China vem construindo as bases econômicas e sociais que lhe possibilitam a abertura
econômica ao capital internacional, gerando prosperidade e incorporando tecnologias
externas.
• Isso leva à modernização de diversos setores e leva ao enriquecimento da sociedade
• A China continuará sendo um país socialista e capitalista à sua moda, adaptando-se ao
mercado global
• Está mais interessada em competir pacificamente com as economias ocidentais do que
gerar conflitos.

Capítulo X: União Européia

• A União Européia sempre foi marcada por não possuir uma identidade, com diferentes
características culturais entre os habitantes da região; faltava um elo de unidade política e
de integração cultural.

• Houve diversas tentativas de unificação do território europeu através da religião cristã ou


de guerras armadas, porém nunca com sucesso. Hoje temos a União Européia, que
representa a organização de governança idealizada desde o século XVI: unificada e
pacífica. Na UE, não há um comando único, mas um sistema de governança que
representa os interesses e as políticas internas e externas para a implementação de
projetos que a Comunidade Européia achar necessários.
Estado-Nação, Mercantilismo, Capitalismo e Comunismo

• Mercantilismo
o Modelo de enriquecimento: interesses comerciais dos mercadores tinham a
proteção do Estado, que visava à obtenção de ouro e prata para a construção de
sua armada.
o Portugal e Espanha são exemplos de que para que haja um desenvolvimento
econômico, político e social duradouro, é necessária uma cultura cívica voltada à
prosperidade. Inglaterra e Estados Unidos conseguiram isso.
• Capitalismo
o “Espírito do Estado”: indutor do crescimento e da estabilidade macroeconômica;
Estado consiste em um parceiro do capitalista e promotor do bem-estar social.
• Comunismo
o Defendido por Karl Marx: capitalismo seria inviável ao desenvolvimento social
por ser socialmente injusto, “todos contra todos”, e instável; dizia que a
substituição da máquina pelo homem geraria a redução dos salários, poupança e
lucro, fonte primária do investimento e desenvolvimento social e econômico.
o Por que não deu certo? Conflitos de direcionamento entre o partido comunista,
insatisfação humana, erros de direcionamento estratégico ou aprisionamento do
espírito empreendedor capitalista.
o URSS: muito voltada à indústria bélica  não foi criada economia de consumo
de massa e de abertura ao comércio internacional, como foi feito na China.

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Europa pós-segunda guerra

• EUA: diretriz da política externa  evitar expansão do comunismo


• Solução: promover o crescimento econômico global  Plano Marshall
Plano Marshall

• Objetivos: programa de investimentos e empréstimos aumento da renda e oferta de


empregos crescimento econômico menor possibilidade de expansão comunista
• Estratégia de crescimento dependente e de combate ao comunismo
• Consolidou a divisão da Europa: EUA e URSS
o EUA: investimentos ajudaram na reformulação política, reconstrução econômica
(políticas industriais e criação de mercado de consumo de massa)  integração
econômica européia
o URSS: ausência de mercados livres, de concorrência e liberdade criativa 
fracasso
O século da consolidação da Europa
A formação da comunidade econômica européia

• Pós II GM:
o Comunidade Européia  integração econômica e união monetária  defesa
militar regional própria e independente dos EUA
o Inglaterra e França enfraquecidas  entendimento com Alemanha para
construção de uma confederação européia
• 1957: CEE (Comunidade Econômica Européia)
o Idéias iniciais:
 Inibir possibilidade de invasões ou guerras entre os países europeus;
 Evitar excesso de nacionalismo e de um Estado-nação impor sua vontade.
o Projeto mais ambicioso: principal motivo seria a integração econômica, uma
região de livre comércio com o livre fluxo de capital, da mão-de-obra e do
comércio entre as nações, com tarifas internas comuns.
o Relação com EUA: segurança político-militar intra-Europa vs. URSS
o Fim da Guerra Fria:
 Mudança de objetivos: segurança político-militar  integração econômica
• 1992: Criação da UE
• 1999: Euro
• 29/10/2004: 1ª Constituição da UE  França e Holanda não assinam
o “Não” é uma manifestação social pela forma que o assunto é debatido, sem
consulta à sociedade.
Moeda e mercados únicos

• Avanços tecnológicos na Comunidade  necessidade de mercado mais abrangente e com


equivalência de renda
• 1958-68: abolição de todos os impostos e barreiras não alfandegárias  consolidação em
92 com a criação do Mercado Único Europeu (MEU)
o Sucesso: criação do mercado único estimulou o comércio e propiciou
investimentos em economias menos desenvolvidas da Europa

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A política agrícola comum

• PAC: política de preços altos, assegurando a renda dos trabalhadores, assegurada pelos
subsídios à produção (financiamento dos produtores menos eficientes)
• Competitividade global: maior abertura econômica, menor protecionismo
o Emergentes: mesmo produto, com qualidade e preço mais competitivo, não tem
acesso ao mercado.
• Principal argumento é diferença da renda média de agricultores e da média da população
• Entrada de países do leste europeu: +20% na produção agrícola  preços mais
competitivos
A governança da união européia

• Consolidação do Tratado de Roma: aprofundar a integração econômica e social,


assegurando o bem-estar, o crescimento e a proteção do meio ambiente 
transformações econômicas mais competitivas em relação à economia global.
Os países-membro da união européia

• UE: 27 países; 494 mi de pessoas; PIB de US$13,5 tri (um pouco superior aos EUA);
renda per capita de US$27.327,00 (menor que EUA e Japão)
• Crescimento abaixo da taxa mundial: ritmo da consolidação e da redução dos custos
internos da produção européia é principal obstáculo  políticas não direcionadas às
oportunidades da globalização (como tigres asiáticos e emergentes)
• 29,1% do PIB mundial e 41% do comércio internacional
• Grande crescimento médio no século XX apesar das Guerras
Desemprego

• Um dos principais desafios europeu.


• A partir de 1970: elevadas taxas de desemprego
o 1973: choque do petróleo  aumento de custos
o Fortalecimento dos sindicatos  aumentos salariais  aumento dos custos
• Desemprego gera perda de renda e produção: podem arruinar estabilidade econômica e
unidade política na região;
• Capitalismo requer aumento da produtividade da mão-de-obra e dos ganhos de capital 
enquanto Japão e EUA mantêm ganhos expressivos de produtividade, segurando as taxas
de desemprego; já a UE 15 apresenta resultado pouco competitivo.
As precondições da Eurolândia e seus reflexos na UE

• Tratado de Maastricht (91):


o Estabelecimento de indicadores macroeconômicos necessários para a união
monetária  taxa média anual sobre a inflação, taxa nominal de juros, déficit,
dívida pública e estabilidade da taxa de câmbio
o Objetivo: para ter estabilidade no crescimento econômico, é importante ordenar as
contas públicas entre os diferentes países.
• UE: taxa média da inflação no longo prazo permanece em queda  BC sempre de olho
 assegurar a estabilidade de preços
• Estabilidade da inflação e das metas fiscais representa o calcanhar de Aquiles para a
integração das economias.

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Formação institucional da comunidade européia

• Plano Marshall: fomentar democracia, construir capitalismo global, combater comunismo


• Criação de instituições :
o FMI: socorrer nações desenvolvidas em dificuldades e manter moedas estáveis
o Banco Mundial: estimular o crescimento econômico mundial por meio de
empréstimos e de investimentos estruturais.
o Banco de Reconstrução e de Desenvolvimento Econômico – BIRD

As instituições econômicas e monetárias da União Européia

• Exige-se dos 27 países membros da UE: fluxo de déficit público abaixo de 3% do PIB e a
taxa anual de inflação inferior a 3%.
• Esses países estão sob a coordenação de políticas comuns em aspectos econômicos, em
políticas de comércio, de segurança nacional, policial, jurídica e de assuntos criminais.
• Comunidade Econômica Européia: a UE consiste em um sistema organizacional
integrado de governança baseado em três pilares:
1- mercado, políticas de meio ambiente, agrícola, de imigração, de asilo político, de
natureza econômico-social, monetária, cambial e de mobilidade de capital comuns.
2- Política Externa e de Segurança Comum: diz respeito às decisões políticas pertinentes
à segurança e ao comércio exterior entre os países.
3- Cooperação Policial e Jurídica em assuntos criminais: tem a finalidade de viabilizar e
aumentar a cooperação no tocante à ação policial no combate ao crime organizado e
ao tráfico de drogas.

• A entrada dos novos membros piorou o indicador de renda média da UE.


• Arcabouço Institucional Europeu
o Conselho Europeu: mais poderosa instituição no âmbito da UE.
o Criado nos anos 70, com o intuito de organizar uma pauta de temas e de políticas
comuns que possibilitassem e viabilizassem a organização institucional da UE.
Integram-no os chefes de Estado dos países membros da UE.
• Outros órgãos institucionais:
o Conselho dos Ministros: formado por ministros representantes de cada um dos países,
tem a autoridade de por em prática todas as decisões políticas estabelecidas. As
decisões são tomadas por votos, podendo ser:
1- Voto Majoritário Simples: utilizado para votações processuais, no qual cada Estado
representa um voto.
2- Voto Majoritário Qualificado: utilizado na maior parte das decisões do Conselho.
o Comissão Européia: desempenha um importante papel na estrutura organizacional da
UE. Ela representa o interesse geral da UE. Possui 4 funções básicas: propor
legislações ao Parlamento e ao Conselho Europeu, administrar e levar a efeito as
políticas comunitárias, fazer aplicar a legislação comunitária e negociar acordos
internacionais.
o Parlamento Europeu: única instituição supranacional cujos membros são eleitos
democraticamente por votação direta na UE. Tem a prerrogativa de ser consultado
sobre as legislações criadas pela Comissão Européia e pelo Conselho de Ministros.
o Tribunal de justiça: tem como atribuição a observância e o cumprimento das leis
econômicas, financeiras, sociais e criminais, bem como as legislações e as
obrigatoriedades orçamentárias que constam nos tratados.

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o Comitê Econômico, Financeiro e Social Europeu: seu objetivo é atender aos
interesses econômicos e sociais no estabelecimento do mercado comum.

Os Fundamentos da União Monetária

• 1989 – Relatório Delors: estabeleceram-se as bases para a criação da moeda única a partir
da liberalização do movimento de capitais, plena integração dos mercados financeiros,
taxa de câmbio fixa e a criação de um Banco Central Europeu. Culminou com o Tratado
de Maastrich, que aplicou muitas das medidas propostas pelo relatório.
• 01/01/1999 – início do período de moeda única. No período de transição, que durou até
2001, ninguém era obrigado a usar o euro, usavam-se também liras, marcos, francos,
etc... Foi estabelecida uma taxa de conversão para a moeda de cada um dos 11 países da
zona do euro. (Atualmente são 13, com a entrada da Grécia e da Eslovênia).
• 01/01/2002 – moedas locais foram retiradas de circulação.

A Organização do Sistema Europeu de Bancos Centrais

• Critérios de convergência para países entrarem na “Eurolândia”:


o Critério de preços: refere-se à taxa média de inflação, que não pode exceder em 1,5
ponto percentual as 3 melhores taxas dos países membros.
o Critério fiscal: refere-se à taxa do déficit fiscal, que não deve exceder 3% do PIB,
salvo por motivos acidentais ou temporários.
o Déficit Público: os países membros não podem apresentar déficits públicos superiores
a 60% do PIB.
o Critério Cambial: Não deve ter ocorrido nenhuma desvalorização cambial de um país
em relação aos outros países membros nos últimos 2 anos.
o Critério da taxa de juros de longo prazo: refere-se à estabilidade da taxa de juros de
um país membro em relação aos demais.

O Sistema Europeu de Banco Central (SEBC)

• Mais importante grupo de decisões do SEBC: Conselho de Governadores.


• Banco Central Europeu (BCE): tem a missão de implementar a política monetária na UE,
mantendo a estabilidade de preços, apoiando o princípio geral de alcançar o pleno
emprego e sustentar a estabilidade e a credibilidade do euro por meio das operações de
mercado aberto e competitivo.
• Os Bancos Centrais Nacionais estão subordinados às determinações do BCE

Custos da União Monetária.

• Mudança na preferência de consumo: o que pode gerar desequilíbrios relacionados à


queda de demanda de um determinado país, devido à procura por produtos semelhantes
produzidos em outro país (Ex: Franceses comprando produtos alemães), acarretando em
diminuição do PIB, déficit em conta corrente, aumento do desemprego, queda da renda
nacional e aumento do déficit público, para a França. Na Alemanha a situação é inversa,
gerando pressões inflacionárias.
o Soluções: flexibilização dos salários, mobilidade de mão de obra entre os países ou,
no exemplo citado, uma política de desvalorização da moeda francesa e valorização
da moeda alemã.
• Diferenças econômicas: refere-se à concorrência desigual ou imperfeita entre países
dentro do cenário de comércio europeu.
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• Diferenças entre o valor real dos salários entre países: o que proporciona vantagens para
países com política monetária expansionista.
• Convergência inflacionária e integração institucional regional: a política monetária
européia visa manter as taxas de inflação entre os países num mesmo nível. Isso torna
impossível para esses países superar problemas de competitividade por meio da
desvalorização cambial. A integração institucional, juntamente com a Convergência
inflacionária surge como uma solução para a UE no que diz respeito à construção de uma
prosperidade social e econômica e da estabilidade política da região.
• Abertura econômica e união monetária: o custo da união monetária é menor quando os
países apresentam amplo nível de abertura e de integração comercial.

Benefícios da União Monetária.

• Os agentes econômicos: ganhos de eficiência econômica, reduzindo riscos inerentes às


incertezas cambiais e do nível geral de inflação. A redução desses riscos
macroeconômicos possibilita o crescimento sustentável da produção e do emprego e
assegura o retorno do capital investido.
• Crescimento e abertura econômica: na região do euro, não há risco cambial, portanto a
taxa de juros é baixa e os preços estáveis. Os benefícios da união monetária, da
estabilidade cambial e da abertura comercial entre os países membros estão na
eliminação do custo das transações monetárias e na amplitude do mercado aos
consumidores de bens e serviços, reduzindo custos, melhorando a qualidade e
diversificando a produção regional.

Um novo mundo Europeu

• Término da Guerra Fria, EUA perdem a posição hegemônica sobre o mundo capitalista.
Outros países surgem nesse cenário procurando poder no cenário mundial globalizado
(China, Índia, UE).

Os novos desafios da UE no século XXI

• Buscar integração econômica e a união monetária, na busca por maior competitividade no


mercado mundial. Co-responsabilidade. Redução do desemprego e sustentabilidade do
crescimento econômico de longo prazo. Alocação dos recursos de maneira mais
produtiva e menos protecionista.

Capítulo XI: Estados Unidos

A Construção da prosperidade

• Os pilares da prosperidade
o O sucesso do capitalismo norte-americano está baseado em três pilares: a
flexibilidade das suas instituições, nos direitos de prosperidade e respeito aos
contratos e na garantia dos direitos à liberdade individual.
o Desde o início dessa organização econômico-social (EUA), a sociedade na Nova
Inglaterra criou uma sociedade de consumo em massa, um Estado federativo
competitivo e uma ampla classe média com direitos e deveres iguais.

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o O sucesso das idéias patenteadas decorre do triunfo do Parlamento norte-americano,
que possibilitou a criação de um sistema jurídico eficaz garantidor das
responsabilidades cívicas, empresarias e morais.

A prosperidade alcançada

• Ao longo de 200 anos, a média de crescimento anual da economia norte-americana foi de


3,8%. Essa taxa está muito acima da média anual de 2,6% de crescimento observada no
período de 1973, ano do choque do petróleo, a 1995, quando a economia dos EUA iniciou
sua nova trajetória de crescimento, que deverá ser sustentada ao longo de várias décadas no
séc. XXI.
• Muitos especialistas e estrategistas militares haviam alertado para um possível choque do
petróleo por parte dos produtores de petróleo, dos países árabes. Era uma tentativa de
enfraquecer a hegemonia política e ideológica do capitalismo norte-americano no mundo. No
entanto, a maior nação do mundo, responsável na época por quase 50% da produção mundial
de bens e serviços, não conseguiu contra-atacar os países árabes que comandaram o produto.
Os EUA não conseguiram interromper o ciclo de alta do preço do produto, culminando com
o processo de impeachment do então presidente Richard Nixon. A crise do petróleo, em
1983, causou um longo período de retração da atividade econômica, mas as causas devem-se
a vários fatores (não explicados no livro).

O período pós-Segunda Guerra Mundial

• Os tempos gloriosos do crescimento do setor privado, entre 1949 e 1959 e entre 1960 e 1970,
deveram-se unicamente às suas elevadas taxas de produtividade, em torno de 3,4% em
média, durante 20 anos. A eficiência econômica do setor foi responsável pelo exuberante
crescimento de 4,3% entre as duas décadas. Essa robustez econômica perdeu consistência
após o choque externo do preço do petróleo, em 1973. Dessa data até 1995, a economia dos
EUA não recuperou seu elevado ritmo histórico de crescimento, tendo como causa direta a
queda contínua da produtividade, que passou da media de 3,4%, ao longo de duas décadas
anteriores para 1,8% no período compreendido entre 1970 e 1980.

Aceleradores do crescimento econômico

• A partir deste século, as sociedades buscarão eliminar as discrepâncias qualitativas entre


classes mais ou menos produtivas, mas vigorará a ideologia do resultado. Assim, as
sociedades do futuro deverão ser muito mais flexíveis, permitindo que pessoas que nasceram
em famílias pobres possam ocupar elevados patamares da renda nacional. A distinção se fará
pela capacitação e pela habilidade de cada um na produção da riqueza nacional. Pelo vigor de
liderança tecnológica, tecnologia alcançada, a sociedade norte-americana, apesar dos
inúmeros defeitos que persistem, próprios de uma sociedade democrática em constante
contradição e evolução, mostrou-se mais eficiente em relação às sociedades mais fechadas ao
progresso.

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Organização da prosperidade

• É um erro atribuir a liderança industrial dos EUA, na segunda metade do séc. XIX, ao acesso
à abundância de recursos naturais e à escala da produção em face do amplo e integrado
mercado interno. Uma vez que, além disso, a indústria esteve focada na produção de bens pra
massa, padronizando produtos e serviços, tornando-os mais econômicos.
• Os avanços tecnológicos americanos não foram produto de uma pessoa, ou de firmas
alavancando o progresso das demais, mas a intenção entre inúmeras pessoas, firmas e
instituições. Robert C. Allen atribuiu ao domínio tecnológico o processo de “invenção
coletiva”, enquanto outros qualificam como “universidade invisível”.

Política macroeconômica dos EUA em uma economia global

• O impacto do crescimento dos EUA na economia global


o Em 2005, a economia dos EUA representou 30,5% da produção mundial e 13,5%
do total do comércio mundial, sendo, portanto, a maior economia do mundo e a
segunda no comércio internacional.
o Nos últimos 25 anos, foram poucos os anos – apenas 3 – em que o balanço
comercial dos EUA apresentou superávit. Isso se deve ao fato dos EUA
demandarem mais produtos produzidos no exterior do que conseguem vender
seus produtos manufaturados para os países parceiros do comércio. Esse fato é
relevante na economia mundial. Como a renda dos EUA é uma das mais elevadas
do mundo, e muito bem distribuída entre os 293 milhões de habitantes, o
crescimento dessa economia tem forte impacto no crescimento mundial.

Os déficits insustentáveis: comerciais e fiscais

• Ver gráfico 11.6 do livro na página 491.


• O presidente Clinton dedicou oito anos na dura luta para obter superávit orçamentário,
cortando despesas, eliminando programas sociais pouco eficientes à luz dos retornos dos
gastos públicos e aumentando impostos.
• O governo George W. Bush até ia bem nesse quesito, apesar dos crescentes gastos
públicos com a previdência em face da aposentadoria da geração dos baby boom e do
envelhecimento geral da sociedade norte-americana. Porém, com as Guerras o orçamento
americano ficou extremamente deficitário.
• Uma maneira de financiamento do governo americano é a emissão de títulos públicos,
onde se estima que 58% dos títulos emitidos são comprados por bancos centrais asiáticos.
O governo chinês praticamente financia o consumo americano. Vale a pena ver a tabela
11.5 que reflete o nível de endividamento dos americanos, e como foi a crise financeira
2008.
• Pode-se assegurar que o governo americano está perdendo a disciplina e a
responsabilidade sobre os gastos fiscais e há pouco espaço de manobra para aumentar
impostos como forma de reduzir o déficit orçamentário. Para reduzir esse fato, é

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necessário um política de maior disciplina nos gastos públicos, estilo Clinton, essa é a
única solução cabível no médio prazo.

Prenúncios de crise: Salários reais e poupança em queda e déficits públicos elevados

• A estabilidade econômica de um pais está calcada no padrão de vida das pessoas, oriundo
da natureza da poupança e dos investimentos realizados ao longo de décadas.
• EUA: necessidades de poupança têm sido contrabalanceadas pelos fluxos líquidos de
capitais internacionais.
o Emissão de Títulos do Governo para se financiar.
• EUA: O crescimento da produtividade tem evitado uma crise no crescimento econômico,
dado uma queda contínua da poupança nacional.
• EUA: Dilema no tocante à estabilidade do crescimento e da taxa real de juros à obtenção
do pleno emprego e do desenvolvimento econômico futuro  possibilidade de
equacionar esses impasses passará pela redução dos investimentos, diminuindo a
produtividade econômica.
o Diante disto, a razão dívida externa e PIB continuará crescendo, uma vez que a
demanda por empréstimos internacionais continuará.
• Somando o déficit orçamentário e os déficits públicos crescentes, previdência, a
vulnerabilidade da manutenção do crescimento com estabilidade nos preços, e outros,
constata-se que a saúde financeira dos EUA está se deteriorando.
• Por que o mercado de capitais internacional continua financiando as necessidade de
investimento privados dos EUA? Duas hipóteses:
o Alguns países demandam/precisam a continuidade desse desequilíbrio,
desvalorizando suas moedas, valorizando o dólar e aumentando a reserva
internacional.
o Natureza da globalização recente, que ampliou os fluxos de capitais em ativos
financeiros e o processo de maior abertura comercial entre países
subdesenvolvidos e desenvolvidos.
Política monetária em uma economia global inter-relacionada

• Política macroeconômica dos EUA apresenta duas inconsistências que apontam para uma
crise do crescimento econômico:
o Apesar da elevada taxa de crescimento da produtividade da mão de obra, o
crescimento continuará condicionado à três quartos do excesso da poupança
internacional para atender a parte do financiamento da demanda por crédito ao
consumo de bens duráveis, assim como para financiar o crescente déficit
orçamentário do governo federal.
o Outra parte dessa absorção da poupança externa consiste nos empréstimos
necessários para atender essa demanda a fim de financiar a demanda de
investimentos internos, resultando no elevado déficit na conta-corrente do balanço
de pagamentos.
• Única maneira de postergar a crise será pela manutenção da taxa de crescimento acima da
taxa real de juros.

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Desafios da exuberância norte-americana

• A predominância norte-americana na ordem global


o EUA continuarão desempenhando um papel central no processo evolutivo e da
globalização social, econômica e de mercados. No entanto, pode-se esperar uma
queda na predominância econômica no PIB mundial.
o Em aspectos como tecnologia, militarismo e política representará a garantia de
ordem e da prosperidade de cada nação.
• União Européia, a China e a Rússia terão políticas de acordos comerciais, de leis e de
balanço de poder internacional convergentes, opondo-se à política de confrontação dos
EUA.
o EUA seguirão no caminho dos acordos de comércio bilaterais, uma vez que a
maioria das nações deseja vender parte de sua produção ao maior mercado do
mundo.
o UE e China trilharão os caminhos de acordos multilaterais, visando à liberação do
comércio por meio da redução das tarifas globais.
Conclusão

• Os EUA, se desejarem manter sua liderança político-econômico-militar no cenário


global, promovendo o bem-estar econômico social, a segurança dos direitos humanos e
dos valores do capitalismo, há de ter uma conduta de co-responsabilidade em relação aos
valores de outras sociedades
• É imprescindível a liderança dos EUA nas relações internacionais, pois sem ela não se
eliminará o risco inerente à imprevisibilidade do capitalismo global.
• Século XXI será um período de paz. Vive-se no mundo da informação, na era do
conhecimento e da co-responsabilidade econômico-social entre nações.

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