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As Equações de Maxwell descrevem o comportamento dos campos elétrico e magnético e suas interações com a matéria. Elas expressam como cargas elétricas produzem campos elétricos, como correntes elétricas produzem campos magnéticos, e como variações nos campos magnéticos produzem campos elétricos. Maxwell mostrou que as equações predizem ondas eletromagnéticas que se propagam na velocidade da luz.
As Equações de Maxwell descrevem o comportamento dos campos elétrico e magnético e suas interações com a matéria. Elas expressam como cargas elétricas produzem campos elétricos, como correntes elétricas produzem campos magnéticos, e como variações nos campos magnéticos produzem campos elétricos. Maxwell mostrou que as equações predizem ondas eletromagnéticas que se propagam na velocidade da luz.
As Equações de Maxwell descrevem o comportamento dos campos elétrico e magnético e suas interações com a matéria. Elas expressam como cargas elétricas produzem campos elétricos, como correntes elétricas produzem campos magnéticos, e como variações nos campos magnéticos produzem campos elétricos. Maxwell mostrou que as equações predizem ondas eletromagnéticas que se propagam na velocidade da luz.
As Equaes de Maxwell so um grupo de quatro equaes, assim chamadas
em honra de James Clerk Maxwell, que descrevem o comportamento dos
campos eltrico e magntico, bem como suas interaes com a matria. As quatro equaes de Maxwell expressam, respectivamente, como cargas eltricas produzem campos eltricos (Lei de Gauss), a ausncia experimental de cargas magnticas, como corrente eltrica produz campo magntico (Lei de Ampre), e como variaes de campo magntico produzem campos eltricos (Lei da induo de Faraday). Maxwell, em 1864, foi o primeiro a colocar todas as quatro equaes juntas e perceber que era necessria uma correo na lei de Ampre: alteraes no campo eltrico atuam como correntes eltricas, produzindo campos magnticos. Alm disso, Maxwell mostrou que as quatro equaes, com sua correo, predizem ondas de campos magnticos e eltricos oscilantes que viajam atravs do espao vazio na velocidade que poderia ser predita de simples experincias eltricasusando os dados disponveis na poca, Maxwell obteve a velocidade de 310.740.0 m/s . Maxwell (1865) escreveu: Esta velocidade to prxima da velocidade da luz que parece que temos fortes motivos para concluir que a luz em si (incluindo calor radiante, e outras radiaes do tipo) uma perturbao eletromagntica na forma de ondas propagadas atravs do campo eletromagntico de acordo com as leis eletromagnticas. Maxwell estava correto em sua hiptese, embora ele no tenha vivido para ver sua comprovao por Heinrich Hertz em 1888. A explicao quantitativa da luz como onda eletromagntica considerada um dos grandes triunfos da fsica do sculo XIX. Na verdade, Michael Faraday postulou uma descrio similar da luz em 1846, mas no foi capaz de dar uma descrio quantitativa ou predizer a velocidade. Alm disso, serviu como base para muitos desenvolvimentos futuros na fsica, tais como a relatividade restrita e sua unificao entre os campos magntico e eltrico como uma nica quantidade tensorial e a Teoria de Kaluza-Klein da unificao do eletromagnetismo com a gravidade e a relatividade geral. Histrico do desenvolvimento das equaes de Maxwell e relatividade As formulaes de Maxwell em 1865 estavam em termos de 20 equaes de 20 variveis, que incluam diversas equaes hoje consideradas auxiliares do que chamamos de "Equaes de Maxwell" a Lei de Ampre corrigida (equao de trs componentes), Lei de Gauss para carga (uma equao), a relao entre densidade de corrente total e de deslocamento (trs equaes), a relao entre campo magntico e o vetor potencial (equao de trs componentes, que implica a ausncia de carga magntica), o relacionamento entre campo eltrico e os potenciais escalar e vetorial (equaes de trs componentes, que implicam a Lei de Faraday), o relacionamento entre campos eltrico e de deslocamento (equaes de trs componentes), Lei de Ohm relacionando intensidade de corrente e campo eltrico (equaes de trs componentes), e a equao de continuidade relacionando intensidade de corrente e densidade de carga (uma equao). Deve-se a formulao matemtica moderna das equaes de Maxwell a Oliver Heaviside e Willard Gibbs, que em 1884 reformularam o sistema de equaes original em uma representao mais simples utilizando clculo vetorial. (Em 1873 Maxwell tambm publicou notao de base de quaternies que acabou se tornando impopular.) A mudana para notao vetorial produziu uma representao matemtica simtrica que reforava a percepo das simetrias fsicas entre os vrios campos. Esta notao altamente simtrica inspiraria diretamente o desenvolvimento posterior da fsica fundamental. No final do sculo XIX, por causa do surgimento da velocidade,
Equaes de Maxwell2 nas equaes, as equaes de Maxwell foram tidas como servindo apenas para expressar o eletromagnetismo no referencial inercial do ter luminfero (o meio postulado para a luz, cuja interpretao foi consideravelmente debatida). O experimento conduzido por Edward Morley e Albert Abraham Michelson produziu um resultado nulo para a hiptese da mudana da velocidade da luz devido ao movimento hipottico da Terra atravs do ter. Porm, explicaes alternativas foram buscadas por Lorentze outros. Isto culminou na teoria de Albert Einstein da relatividade especial, que postulava a ausncia de qualquer referencial absoluto e a invarincia das equaes de Maxwell em todos os referenciais. As equaes do campo eletromagntico tm uma ntima ligao com a relatividade especial: as equaes do campo magntico podem ser derivadas de consideraes das equaes do campo eltrico sob transformaes relativsticas sob baixas velocidades (em relatividade, as equaes so escritas em uma forma mais compacta, manifestamente covariante, em termos de um quadritensor da intensidade do campo anti-simtrico de ordem 2, o que unifica os campos elctrico e magntico em um nico objecto). Kaluza e Klein demonstraram na dcada de 1920 que as equaes de Maxwell podem ser derivadas ao se estender a relatividade geral a cinco dimenses. Esta estratgia de se usar dimenses maiores para unificar diferentes foras uma rea de interesse ativo na pesquisa da fsica de partculas. Sumrio das equaes
As variveis em negrito nas equaes representam campos vetoriais ou vetores, as integrais so integrais de superfcie sobre uma superfcie "fechada" , as integrais so integrais de superfcie em uma superfcie aberta e as integrais so integrais de linha em um caminho fechado .
Caso geral NomeDiferencial parcialIntegral Forma integral Lei de Gauss:
Lei de Gauss para o magnetismo (ausncia de monopolos magnticos): Lei da induo de Faraday: Lei de Ampre + extenso de Maxwell:
onde: a densidade volumtrica de carga eltrica (unidade SI: coulomb por metro cbico), no incluindo dipolos de cargas ligadas no material a densidade superficial de fluxo magntico (unidade SI: tesla), tambm chamada de induo magntica. o campo eltrico de deslocamento ou densidade superficial de campo eltrico (unidade SI: coulomb por metro quadrado). a intensidade de campo eltrico (unidade SI: volt por metro), a intensidade de campo magntico (unidade SI: ampre por metro) a densidade superficial de corrente eltrica (unidade SI: ampre por metro quadrado)
o operador gradiente que em coordenadas cartesianas pode ser escrito como
Equaes de Maxwell3
o divergente do campo vetorial (unidade SI: 1 por metro), o rotacional do campo vetorial (unidade SI: 1 por metro).
Unidades Note que embora as unidades SI sejam dadas aqui para os vrios smbolos, as equaes de Maxwell permanecem inalteradas em muitos sistemas de unidades (e com somente minutas alteraes em todas os outros). O sistema mais usualmente empregado o de unidades SI, usadas em engenharia, electrnica e a maior parte dos experimentos prticos de fsica, e as unidades de Planck (tambm conhecidas como "unidades naturais"), usadas em fsica terica, fsica quntica e cosmologia. Um sistema mais antigo de unidades, o Sistema CGS de unidades, algumas vezes usado tambm. A segunda equao define a inexistncia de monoplos magnticos. A fora exercida sobre uma partcula carregada por um campo eltrico e um campo magntico definida pela equao de fora de Lorentz:
no qual a carga da partcula e a velocidade da partcula. Note que esta equao expressa de outra forma no sistema CGS, abaixo. importante notar que as equaes de Maxwell so geralmente aplicveis a "mdias macroscpicas" dos campos, os quais podem variar violentamente numa escala microscpica na vizinhana de tomos individuais (onde eles tambm se submetem a efeitos qunticos). somente nesse sentido de mdia que se podem definir grandezas tais como a permissividade e a permeabilidade de um material, abaixo. (As equaes microscpicas de Maxwell, desprezando- se efeitos qunticos, so aquelas simplesmente do vcuo; mas se necessita incluir todas as cargas atmicas e assim por diante, o que normalmente um problema intratvel.) Em materiais lineares Em materiais lineares, os campos D e H so relacionados a E e B por:
nos quais: a constante dielctrica ou permissividade eltrica. a permeabilidade magntica. (Isto pode tambm ser estendido para lidar com materiais no-lineares, fazendo e dependendo da intensidade do campo; veja, por exemplo, o efeito Kerr e o efeito Pockels, e ainda para materiais no-isotrpicos, nos quais e passam a ser tensores que mudam a direo do campo ao qual so aplicados.) Em meios isotrpicos e no dispersivos, e so escalares independentes do tempo, e as equaes de Maxwell se reduzem a
Em um meio uniforme (homogneo) e so constantes independentes da posio, e podem portanto ser trocadas pelas derivadas espaciais. Mais geralmente, e podem ser tensores de segunda ordem (matrizes 33) descrevendo materiais birrefringentes (anisotrpicos). Equaes de Maxwell4 Alm disso, embora para muitos propsitos a dependncia tempo/freqncia destas constantes possa ser desprezada, todo material real exibe alguma disperso material pela qual e/ou dependem da freqncia (e a causalidade vincula esta dependncia s relaes de Kramers-Kronig). No vcuo, sem cargas ou correntes O vcuo um meio linear, homogneo e isotrpico, e suas constantes eltricas so designadas por 0 e 0 (desprezando pequenas no-linearidades devido a efeitos qunticos). Caso no haja presena de correntes ou cargas eltricas, obtm-se as equaes de Maxwell no vcuo:
Estas equaes tm uma soluo simples em termos de ondas progressivas planas senoidais, com as direes dos campos eltricos e magnticos ortogonais um ao outro e direo do deslocamento, e com os dois campos em fase:
Mas: O que permite obter a equao da onda eletromagnetica:
De onde se obtem a velocidade da onda eletromagnetica (c):
Maxwell percebeu que essa quantidade "c" simplesmente a velocidade da luz no vcuo, e concluiu que a luz uma forma de radiao eletromagntica. Equaes de Maxwell5 Detalhamento Densidade de carga e campo eltrico A forma integral equivalente (dada pelo teorema da Divergncia), tambm conhecida como Lei de Gauss, :
pela teorema da Divergncia: e pela Lei de Gauss: logo
onde a rea de um quadrado diferencial numa superfcie fechada A com uma normal dirigida para fora definindo sua direo, e a carga livre abrangida pela superfcie. portanto:
onde a densidade de carga eltrica livre (em unidades de C/m3), no incluindo diplos de cargas ligadas no material, e o campo deslocamento eltrico (em unidades de C/m2). Esta equao corresponde lei de Coulomb para cargas estacionrias no vcuo.
Em um material linear, diretamente relacionado ao campo eltrico via uma constante dependente do material chamada permissividade :
Qualquer material pode ser tratado como linear, desde que o campo eltrico no seja extremamente intenso. A permissividade do espao livre referida como , e aparece em:
onde, novamente, o campo eltrico (em unidades of V/m), densidade de carga total (incluindo as cargas ligadas), e (aproximadamente 8,854 pF/m) a permissividade no vcuo. tambm pode ser escrito como , onde a permissividade relativa do material ou sua constante dielctrica.
Compare com a equao de Poisson. A estrutura do campo magntico a densidade de fluxo magntico (em unidades de tesla, T), tambm chamada a induo magntica. Forma integral equivalente:
a rea de um quadrado diferencial com uma normal superficial apontando para fora definindo sua direo.
Nota: semelhantemente forma integral do campo eltrico, esta equao somente funciona se a integral for calculada sobre uma superfcie fechada. Esta equao relacionada estrutura do campo magntico porque afirma que quele dado elemento de volume, a magnitude lquida dos componentes vectoriais que apontam para fora da superfcie deve ser igual magnitude dos componentes vectoriais que apontam para dentro. Estruturalmente, isto significa que as linhas do campo magntico Equaes de Maxwell6 devem ser linhas (trajetrias) fechadas. Outra maneira de se afirmar isso que as linhas de campo no podem se originar de outro lugar; tentando seguir as linhas de volta sua fonte de volta posio original. Portanto, esta a formulao matemtica da hiptese de que no h monoplos magnticos. Campos magnticos e eltricos variveis Forma integral equivalente: Usando o teorema de Stokes temos:
e como pela lei de Faraday :
onde logo
onde B o fluxo magntico atravs da rea A descrita pela segunda equao E o campo eltrico gerado pelo fluxo magntico c um contorno fechado na qual a corrente induzida, tal como um fio. S a superfcie enlaada pela curva c.
A fora eletromotriz (algumas vezes denotada como , no deve ser confundida com a permissividade acima) igual ao valor desta integral. Esta lei corresponde lei de Faraday de induo eletromagntica. Nota: alguns livros-textos mostram o lado direito do sinal da integral com um N (representando o nmero de espiras de fio que esto a volta da aresta de A) na frente da derivada do fluxo. O N pode ser tomado com cuidado no clculo de A (mltiplas espiras de fio significam mltiplas superfcies que o fluxo deve atravessar), e isto um detalhe de engenharia tal que isto foi omitido aqui. Note o sinal negativo; isto necessrio para manter a conservao da energia. Isto to importante que tem seu prprio nome, lei de Lenz. Esta equao relaciona os campos eltrico e magntico, mas isso tambm tem vrias aplicaes prticas. Esta equao descreve como motores eltricos e geradores eltricos trabalham. Especificamente, isto demonstra que a "voltagem" pode ser gerada pela variao do fluxo magntico passando atravs de uma dada rea no tempo, tal como acontece com uma espira girando uniformemente atravs de um campo magntico fixado. Em um motor ou gerador, a excitao fixa fornecida pelo circuito de campo e a voltagem varivel medida pelo circuito da armadura. Em alguns tipos de motores/geradores, o circuito de campo montado sobre o rotor e o circuito da armadura montado sobre o estator, mas outros tipos de motores/geradores empregam a configurao contrria. Nota: As equaes de Maxwell aplicam-se a um sistema de coordenada destro. Aplic-las inalteradas a um sistema de coordenadas esquerdo significaria uma troca de polaridade dos campos magnticos (no inconsistentemente, mas confusamente contra a conveno). Equaes de Maxwell7 A fonte do campo magntico
onde H a intensidade de campo magntico (em unidades de A/m), relacionado ao campo magntico B por uma constante chamada permeabilidade magntica, (B = H), e J a densidade de corrente, definida por:
onde v o campo vetorial chamado de velocidade de arraste que descreve as velocidades de um portador de carga que tem uma densidade descrita pela funo escalar .
Utilizando o Teorema de Stokes temos:
logo:
Lei de Ampere: Contribuio de Maxwell:
Icirculada a corrente circulada pela curva c (a corrente atravs de qualquer superfcie definida pela equao
No vcuo, a permeabilidade a permeabilidade do espao vazio, 0, que definida como sendo exactamente 410-7 W/A m. Tambm, a permissividade torna-se a permissividade 0. Portanto, no vcuo, a equao torna-se:
Forma integral equivalente:
s a aresta de uma superfcie A (qualquer superfcie com a curva s como sendo sua aresta dever servir), e Icirculada a corrente circulada pela curva s (a corrente atravs de qualquer superfcie definida pela equao: Iatravs de A =AJ dA.) Nota: se a densidade de fluxo eltrico no variar muito rapidamente, o segundo termo do membro direito (o fluxo de deslocamento) desprezvel, e a equao se reduz lei de Ampre. Em relao ao erro encontrado nas equaes de Maxwell: ****Em primeiro lugar preciso entender o contexto histrico em que as equaes de Maxwell foram desenvolvidas. Nos meados do sculo XIX, a natureza ondulatria da luz estava bem estabelecida graas aos trabalhos de Huygens, Young e Fresnel, entre outros. Nessa poca os fsicos aceitavam que existia, permeando todo espao, um substrato material chamado ter que dava suporte as vibraes luminosas (ter ptico), e um outro semelhante (ter eletromagntico) que seria o responsvel pelas foras eltricas e magnticas. Neste ltimo caso, conforme o modelo de campos ou linhas de foras proposto por Faraday, o ter era aceito como uma maneira de dar uma explicao sobre a situao embaraosa da existncia de foras que atuavam a distncia e no por contato direto, embora, por incrvel que parea, o princpio gravitacional de ao a distncia j fosse geralmente aceito pelos fsicos. Maxwell, um grande matemtico, utilizando a fsica newtoniana para materiais elsticos, expressou no seu trabalho On Faradays Lines of Force, publicado em 1856, as idias dos campos eltricos e magnticos de Faraday em uma linguagem matemtica precisa. Nesse trabalho ele atribua os efeitos eltricos e magnticos s presses e tenses que ocorriam no ter, que era descrito como um meio elstico. Em 1864, ele mostrou que qualquer perturbao no ter devido s alteraes eltricas ou magnticas propagar-se-iam atravs deste na forma de ondas, transportando energia de um ponto a outro do espao. Quando Maxwell calculou a velocidade do deslocamento destas ondas, introduzindo na sua soluo as constantes eltricas e magnticas conhecidas, obteve um valor igual velocidade da luz. bom lembrar que a velocidade da luz j era conhecida desde 1676 quando Rmer investigou as discrepncias observadas nos tempos dos eclipses dos satlites de Jpiter. Imediatamente surgiu a idia de que o ter eletromagntico e o ter ptico eram uma nica entidade. Em 1879, Hertz conseguiu obter as ondas previstas pelas equaes de Maxweel em laboratrio e mostrou que elas eram anlogas a luz comum. Era o que faltava para o coroamento da mecnica clssica ou newtoniana. Ironicamente, este tambm foi o ano da famosa experincia de Michelson-Morley que lanou srias duvidas sobre a existncia do ter, meio material e elstico utilizado para propagao das ondas luminosas, portanto, mostrando que havia algo de errado com os fundamentos da mecnica clssica. Aprimorando a teoria de Maxwell, Lorentz, em 1895, introduziu a expresso que dava a fora atuando sobre uma partcula carregada em movimento. A fora exercida sobre a partcula neste caso depende no somente da sua posio no espao, mas tambm de sua velocidade. Esta relao expressa pela equao vetorial: F = q(E+vXB), tambm chamada fora de Lorentz. A componente que independe da velocidade chamada fora eltrica e proporcional ao campo eltrico (E), enquanto a componente que depende da velocidade chamada de fora magntica e proporcional ao campo magntico (B). O problema que, segundo a expresso de Lorentz, observadores em diferentes sistemas de referncia com movimento retilneo uniforme (sistema de referncia inercial) podero medir velocidades diferentes para a partcula, e, portanto, mediriam efeitos diferentes atuando sobre a mesma. Mas isto seria uma violao do princpio que diz ser as leis da fsica idnticas para todos os sistemas inerciais. Em outras palavras, o mesmo efeito sobre a partcula deveria ser observado em qualquer sistema de referncia que se deslocasse em movimento retilneo uniforme. Estes fatos levaram Einstein a procurar uma soluo de forma que as equaes de Maxwell pudessem ser vlidas para qualquer sistema de referncia inercial. Em 1905, no seu trabalho: On the electrodynamics of moving bodies ele introduziu a teoria da relatividade restrita, vlida apenas para sistemas no acelerados (sistemas inerciais), que resolvia estas contradies apresentadas pela mecnica clssica. Vale ressaltar que pela nova teoria as equaes de Maxwell no sofriam modificaes, apenas, utilizando novos postulados para a fsica, foram explicitadas as transformaes que deviam ser feitas quando o mesmo fenmeno eletromagntico fosse observado por sistemas inerciais diferentes, alis, estas transformaes tinham sido propostas anteriormente pelo prprio Lorentz, embora sempre no contexto de justificar a fsica clssica de ento, vale dizer: tempo e espao absolutos, lei de conservao da massa, existncia do ter, etc.. Pela nova teoria de Einstein abolia-se o tempo e espao absolutos, cada sistema de referncia teria a sua prpria medida de tempo, comprimento e massa, no havia tambm a necessidade de se postular a existncia do ter, que afinal nunca pde ser detectado experimentalmente. Einstein inicia o artigo de 1905 propondo a seguinte experincia: desloquemos um im na vizinhana de um fio condutor imvel. Segundo a teoria magntica de Maxwell, a variao do campo magntico devido ao movimento do im provoca o aparecimento de um campo eltrico que, exercendo uma fora sobre os eltrons do fio condutor, faz circular uma corrente eltrica no fio. Faamos agora o im imvel e desloquemos o fio de tal modo que seu movimento em relao ao im permanea inalterado. Desta feita, os eltrons em movimento com o fio sofrem, da parte do campo magntico, uma fora que, seguindo a frmula de Lorentz os faz se mover no fio produzindo tambm uma corrente eltrica. A corrente observada tem o mesmo valor da que foi gerada na primeira situao. Vemos que a corrente que circula no fio nica grandeza medida na experincia depende apenas do movimento relativo do im e do fio. Ora, a teoria fsica d para cada uma dessas situaes uma explicao diferente: se o im est em movimento, os eltrons sofrem a ao do campo eltrico, ao passo que se o fio que est em movimento, esses mesmos eltrons sofrem a influncia de um campo magntico e no aparece nenhum campo eltrico. Na verdade, Einstein aderia ao princpio da identidade dos indiscernveis, atribudo ao filsofo e cientista alemo Leibniz, que diz: se duas situaes o im se move e o fio se move so experimentalmente indiscernveis, elas so fundamentalmente idnticas. Os campos eltricos e magnticos so percepes diferentes da mesma realidade por observadores em movimento. A magnitudes da componente eltrica e da componente magntica destes campos ser funo do nosso sistema de referncia, em qualquer referencial inercial que se observe a nossa experincia, elas se ajustaro para produzir o mesmo efeito. Conclumos que magnetismo e a eletricidade no so independentes, devendo, portanto, ser considerados como um nico campo, dito eletromagntico. Einstein iria usar novamente a identidade dos indiscernveis quando postulou o princpio da equivalncia entre a acelerao e a gravidade que deu origem teoria geral da relatividade. Para mais informao sobre o assunto vale a pena ler: Convite fsica, de Yoav BemDov, e The Feynman Lectures on Physics, Richard Feynman captulo 13, seo136. Parece que escrevi demais, mas o assunto interessante.
****Na realidade,no foi um erro David.Decorre do princpio da relatividade da Mecnica,de Galileu,que impossvel detectar um movimento retilineo uniforme (MRU) de um referencial inercial em relao a outro por qualquer efeito sobre as leis da dinmica.Estendendo isso ao Eletromagnetismo,Eisntein viu um problema: das leis de Maxwell do eletromagnetismo,a luz se propaga no vcuo com velocidade c = 300.000 km/s.Admitindo que isso vale em um referencial inercial dado,e que valem as leis da mecnica clssica,o resultado no poderia valer em outro referencial inercial em MRU em relao ao primeiro com velocidade V constante,j que,pela composio de velocidades de Galileu, c' = c-V, onde c' a velocidade da luz medida num dos referenciais e c a medida em outro. Da,teriamos que c no igual a c',contradizendo o princpio da relatividade de Galileu no eletromagnetismo(o principio da relatividade de Eisntein se baseia no fato de que a velocidade da luz no vcuo,c, a mesma para todos os referenciais inerciais,e independe do movimento da fonte).A partir da, Einstein desenvolveu a relatividade,postulando a constncia da velocidade da luz c e utilizando novas transformaes de velocidades,as chamadas transformaes de Lorentz(que no causam o erro das transformaes de Galileu). **** Nenhum!! Na verdade, as leis de Maxwell (que era o dolo de Einstein!) esto completamente de acordo com as equaes da relatividade. A Mecnica Newtoniana que difere da Relatividade quando as velocidades envolvidas so proximas da luz. Na mecnica newtoniana, a soma de velocidades segue a transformao de Galileu, que aquela da logica comum ( por exemplo, a velocidade da luz de um farol de um carro em movimento com velocidade v seria v+c); tanto na teoria da relatividade quanto na lei do eletromagnetismo de Maxwell utilizamos a transformao de Lorentz ( nesse caso, a velocidade da luz do farol continuaria sendo c, o que ja foi confirmado ser verdadeiro, independentemente da velocidade do carro!). O que houve, antes de Einstein, foi que, quando notou-se uma ambiguidade entre o eletromagnetismo e a mecnica clssica, os fsicos tentaram a todo custo encontrar algum erro na primeira dessas, pois a mecnica clssica ja era consolidada ha quase 300 anos, e o eletromagnetismo era uma teoria relativamente nova. Mas ela e a teoria de Eisntein so plenamente compatveis. http://www.searadaciencia.ufc.br/queremosaber/fisica/oldfisica/respostas/qr054 9.htm