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Apresentação .......................................................3
Balanço do congresso da Conlutas........................5
Caso MTL (Movimento Terra e Liberdade)
Um choque para a Conlutas/PSTU .....................17
Motivos da cisão, segundo o MTL ..........................19
1. Rompimento do funcionamento da Conlutas
baseado em acordos. .............................................19
2. Divergências ditas estratégicas ..........................21
Resposta do PSTU ao MTL .....................................22
A essência da crise às portas do 1º Congresso ......25
Congresso da Conlutas .......................................28
Ao 1º Congresso da Conlutas
Conlutas – uma nova Central? ............................31
Que obstáculos enfrenta o movimento dos
trabalhadores e que tarefa temos pela frente ...........34
Manifesto ao Conat
Combater a burocracia sindical, sem romper
com a CUT .........................................................38
Luta pela independência e democracia sindicais ....40
Superar a crise de direção ......................................42
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Partido Operário Revolucionário
Combater o eleitoral-sindicalismo...........................43
Tarefas do Conat ....................................................44
Base programática da frente classista e
antiburocrática .......................................................44
Publicado no Massas 319
Congresso da CUT e da Conlutas .......................46
CECUT de São Paulo - uma caixa eleitoral do PT Luta
pela independência da CUT ....................................47
Enfrentamento com a burocracia lulista..................48
CONAT - a responsabilidade da divisão ...................49
Publicado no Massas 320
ENE e Conat demonstraram burocratismo e
inconseqüência das cisões da UNE e da CUT ......52
Principais colocações do CONAT .......................55
Objetivos do CONAT ................................................56
O programa da “nova entidade” ...............................57
Nada de concreto com a frente eleitoral ...................57
CONAT não elegeu a direção para a Conlutas .........58
Sobre o Plano de Lutas............................................59
As posições do POR no Conat ..................................60
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Apresentação
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Partido Operário Revolucionário
Julho de 2008
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Balanço do congresso da Conlutas
Massas 361
1. O I Congresso da Conlutas, realizado no início de ju-
lho, contou com 2805 delegados, sendo 175 sindicatos e
cerca de 500 representações de oposições, movimentos po-
pulares e estudantis. Esteve reunida, portanto, uma im-
portante vanguarda militante. No entanto, a pequena
expressão da classe operária indicou o curso do congresso
e o conteúdo das resoluções aprovadas. A forte presença
festiva de estudantes contribuiu para a dispersão, nos mol-
des de congressos da burocracia cutista. O funcionalismo
público (servidores federais, estaduais e municipais) con-
tou com boa parte dos delegados. A composição social pe-
queno burguesa (classe média arruinada) e a hegemonia
partidária do PSTU marcaram o Congresso. O I Congresso
demonstrou o não-avanço da construção da Conlutas no
seio da classe operária. Reafirmou-se como um aparato
sindical e estudantil do PSTU. Os setores que fizeram opo-
sição eram minoritários e superestruturais. Entre eles des-
tacaram-se: FOS, Conspiração Socialista, parte do PSOL,
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Partido Operário Revolucionário
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Balanço da experiência de cisão da CUT e formação da Conlutas
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Partido Operário Revolucionário
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Caso MTL (Movimento Terra e
Liberdade)
Um choque para a Conlutas/PSTU
Massas 360
Assim começa o artigo de Eduardo Almeida: “Às vés-
peras da realização do Congresso da Conlutas, fomos
surpreendidos com a saída da corrente MTL, que, junto
com o MES, tem peso importante na direção do PSOL. O
MAS (grupo petista de Santa Catarina) está também se-
guindo o MTL. Felizmente, vários setores do PSOL se-
guem construindo a Conlutas” (Opinião Socialista, nº
342).
O tom de lamento expõe o estado de espírito de um dos
mais destacados membros da direção nacional do PSTU.
Como poderia emergir inesperadamente uma ruptura tão
importante para o futuro da Conlutas bem na ante-sala
do seu congresso?
O PSTU já havia anunciado antecipadamente o êxito do
1º Congresso da Conlutas. A decisão do MTL esmaece a cor
da vitória tão desejada. Como diz Almeida, a cisão pode in-
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fluenciar a direção do PSOL, que estava propensa a aderir à
Conlutas.
No Encontro Nacional da Intersindical, em abril, a po-
sição majoritária do PSOL foi de participação no 1º Con-
gresso da Conlutas. Travou dura batalha contra os
opositores, venceu com a resolução de participar, mas
não pôde sustentá-la frente à possível divisão da Inter-
sindical.
O que faria o PSOL no congresso dirigido pelo PSTU
sem a força da Intersindical? Comparecer apenas com
uma fração seria adentrar à Conlutas com a bandeira a
meio pau. Na luta interna, o PSTU poderia arriá-la de vez,
embora venha se mostrando conciliador e unitarista.
Assim, o PSOL, que venceu o Encontro da Intersindical,
teve de recuar.
Mas os partidários de Heloísa Helena e outros grupos do
PSOL haviam decidido comparecer em Betim (MG) por conta
própria, como ato de auto-afirmação política. Os cálculos do
PSTU eram de que a divisão da Intersindical progredisse, de
que não ficasse apenas no âmbito do Encontro e de que pos-
teriormente não se curasse a ferida, em prejuízo da Conlu-
tas.
A atuação do MTL na Conlutas constituía uma força
respeitável e um instrumento para arrastar a Intersindi-
cal, inteira ou despedaçada, unida ou dividida. Tinha-se
em conta que o PSOL fez apenas um recuo tático não cin-
dindo a Intersindical. O MTL era parte dessa manobra.
Com o abandono da Conlutas, o MTL torna as negociatas
do PSTU com o PSOL mais complicadas, por se tratar de
um movimento que organiza a luta no campo e, nesse sen-
tido, é bem diferente da burocracia partidária voltada à
vida eleitoral.
O consolo de Almeida está em que outros setores do
PSOL não seguiram o MTL, como fez o MES e o MAS. Espe-
rança de que estes outros setores – não nomeados por
Almeida – venham a influenciar o PSOL a aderir à Conlu-
tas? Ou apenas um desabafo? Pareceu-nos mais um desa-
bafo, mas só os acontecimentos futuros dirão se havia
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Congresso da Conlutas
Massas 358
Nos dias 3 e 6 de julho, a Conlutas realizará seu 1º Con-
gresso. Os organizadores esperam dar mais um passo no
seu fortalecimento.
A Conlutas se originou como movimento de rompimento
com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), por iniciativa
política do PSTU, sob argumento de que se tornara “chapa
branca” com sua integração no governo de Lula. Em 2006,
foi realizada a Conferência Nacional dos Trabalhadores (Co-
nat), que aprovou a cisão e constituição de uma nova orga-
nização sindical e popular (na realidade, não bem definida).
O POR atuou no sentido de não se confirmar a divisão e
de se constituir uma fração revolucionária programática
para combater, no interior dos sindicatos e da própria CUT,
a burocracia e a estatização.
O Conat constituiu uma coordenação, mas não aprovou um
estatuto, necessário para definir seu caráter e funcionamento.
No mesmo processo, houve uma outra ruptura com a
CUT, impulsionada partidariamente pelo PSOL, constitu-
indo a Intersindical. A Conlutas/PSTU trabalha na pers-
pectiva de atrair a Intersindical.
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Conlutas – uma nova Central?
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Manifesto ao Conat
Combater a burocracia sindical, sem
romper com a CUT
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Combater o eleitoral-sindicalismo
Nas plenárias da Conlutas, o PSTU apresentou uma
moção em favor de uma frente de esquerda eleitoral, que
certamente será defendida no Conat. A moção correspon-
de à posição do PSTU de aliança com o PSOL e PCB. Decla-
ra-se pela candidatura de Heloísa Helena, sob critério
eleitoral. Está claro que se objetiva colocar o Conat a ser-
viço de tal frente, acordada por cima. O eleito-
ral-sindicalismo deve ser rejeitado.
Não se constituiu ou se constituirá uma frente sob a
base de um programa antiimperialista e anticapitalista. O
PSOL está interessado em se potenciar eleitoralmente e o
PSTU vê nisso uma aliança vantajosa. Os ex-petistas já
desencadearam sua campanha lançando candidaturas a
governador e definindo os principais postos da lista eleito-
ral. Indicaram predisposição em compor regionalmente
com o PDT, PPS etc.Colocar o Conat sob a política da es-
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Partido Operário Revolucionário
Tarefas do Conat
1. Afirmar a Conlutas como frente de luta, classista e
antiburocrática;
2. Rejeitar a divisão da CUT;
3. Aprovar um programa proletário antiimperialista e
anticapitalista;
4. Traçar campanhas em torno das reivindicações das
massas e em torno de bandeiras antiimperialistas;
5. Aprovar uma resolução de formação de oposições
classistas, antiburocráticas, programáticas e frentistas
nos sindicatos dirigidos pela burocracia;
6. Aprovar uma moção de convocação de plenárias
para se discutir a formação de uma frente classista para
intervir nas eleições;
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com a convicção de que era necessário lutar até onde fosse
possível para evitar o grave erro ultra-esquerdista e oportunis-
ta de deixar a burocracia da CUT com as mãos livres para con-
trolar a maioria dos sindicatos operários. A defesa de que a
Conlutas deveria se constituir uma frente revolucionária de
combate à estatização dos sindicatos, pela defesa da indepen-
dência e democracia operárias e por um programa anticapita-
lista e antiimperialista revelou-se correta e mantém sua
vigência.
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Publicado no Massas 320
ENE e Conat demonstraram
burocratismo e inconseqüência das
cisões da UNE e da CUT
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Principais colocações do CONAT
Maio de 2006
Nos dias 05, 06 e 07 de maio, realizou-se em Sumaré-SP
o 1º CONAT (Congresso Nacional de Trabalhadores), pro-
movido pela CONLUTAS (Coordenação Nacional de Lutas).
Estiveram presentes 2.729 delegados (de 3.542 inscritos),
235 observadores e 208 convidados nacionais, num total
de 3550 pessoas. Além disso, havia representantes da LIT
de outros países.
No dia 05/05, houve a aprovação de parte do Regimen-
to Interno e painel sobre “Conjuntura Nacional e Internaci-
onal e Desafios para a Organização dos Trabalhadores” e
grupos de trabalho também sobre o tema “Conjuntura Na-
cional. No dia 06/05, teve a discussão em grupos sobre
“Concepção, princípios e programa estatutos da
CONLUTAS” e plenária geral sobre o regimento e conjuntu-
ra. No dia 07/05, ocorreu a plenária decisiva, que formali-
zou a Conlutas.
Os problemas políticos se manifestaram logo no primei-
ro dia. Não havia acordo com o Regimento de funcionamen-
to do congresso, que tinha o mesmo formato dos
congressos da burocracia sindical cutista. Ou seja, mesas
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Partido Operário Revolucionário
Objetivos do CONAT
A Conlutas foi criada em 2004, por iniciativa de setores
de oposição que atuam no movimento sindical, estudantil,
sem-terra, sem-teto, populares etc., tendo à frente o PSTU.
Desde o início, a vanguarda que buscou construí-la tinha
em vista a formação de uma “nova entidade”, de “uma al-
ternativa de luta para os trabalhadores”, que fosse uma ou-
tra central sindical ou um organismo mais amplo
(aglutinando desempregados, estudantes, movimentos po-
pulares etc.). Usavam de argumentos corretos como o de
burocratização da CUT para justificar a cisão. Como resul-
tado dessa posição, o PSTU e seus aliados iniciaram o pro-
cesso de desfiliação de sindicatos, daqueles que estão sob
seu controle, da CUT.
O Conat tinha a função de criar outra “entidade” que
agrupasse os que já se desfiliaram, aqueles que estão em
processo de retirada e os movimentos estudantil e popular.
Por isso, nesse ponto, havia somente duas posições: a) a de
criação de nova Central, com caráter amplo; b) a de comba-
ter a burocracia da CUT, sem dividir a CUT. A posição de
não cindir a CUT e constituir a fração revolucionária para
intervir dentro e fora da CUT foi defendida POR. Todas as
demais estavam pela divisão. A corrente Estratégia ficou no
meio do caminho.
Duas outras questões acompanhavam essa primeira:
decidir o que seria a Conlutas e aprovar “frente classista”,
que previa a aliança com o PSOL e PCB, encabeçada por
Heloisa Helena. Para isso, foi necessário trazer a candidata
Heloisa Helena para que o PSTU mostrasse sua força ao
PSOL, que reluta compor com o PSTU.
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Balanço da experiência de cisão da CUT e formação da Conlutas
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Lula. Enfatizou que era preciso ser “humilde” para que ob-
tivesse adesão de “muitos descontentes”.
A frente classista proposta pelo PSTU não foi colocada
em votação. O PSTU preferiu não atritar com seus aliados
que estão pela criação da Conlutas. Alegando que “o atual
estágio de construção da Conlutas e a pouca maturidade
dessa discussão” poderia levar a uma “equivocada... toma-
da de posição no Congresso sobre esse tema”, preferiu não
bater de frente com os opositores.
Em relação à intervenção nas eleições, houve também a
defesa do voto nulo, expresso por um agrupamento intitula-
do Conspiração Socialista, que reúne grupos que compu-
nham a Oposição Alternativa (na Apeoesp) e independentes.
O POR apresentou uma resolução que mostrava não
ser contrário à formação de uma frente, mas esta deveria
ser revolucionária, pautada pelo método da democracia
operária, com a constituição de plenárias de base para a
elaboração do programa e escolha das candidaturas, majo-
ritariamente operárias. A maioria dos delegados votou con-
tra essa frente.
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Balanço da experiência de cisão da CUT e formação da Conlutas
reuniões de Coordenação.
Ainda mais, caberá à Coordenação Nacional a formação
de grupos de trabalho e a designação de membros para
comporem a Comissão de Finanças, além de membros
para o Conselho Fiscal. Haverá também uma Coordenação
Estadual e Regional e/ou Municipal, com os mesmos pode-
res no âmbito em que atuam.
A maneira como funcionará a coordenação e os critérios
para a escolha de representantes das entidades será defini-
do por um Regimento Interno a ser elaborado pela própria
Coordenação Nacional.
Em relação ao caráter da Conlutas, foram apresentadas
5 propostas: 1) “Constituir a Conlutas como fração revolu-
cionária da CUT”, defendida pela Corrente Estratégia. É
bom lembrar que essa corrente não se colocou contra a ci-
são da CUT, preferiu se abster na polêmica central do Co-
nat. Depois de votada a criação da “nova entidade”, a
Estratégia defendeu que fosse uma fração da CUT; 2)
“Construir a Conlutas como uma central dos trabalhado-
res”, defendida pelo CEDS e FOS; 3) “É hora de construir a
COCEP (Central Operária, Camponesa, estudantil e popu-
lar), pela LBI; 4) “Construir uma central de tipo soviética”,
proposta do POM e FT; 5) “A Conlutas com caráter mais
amplo do que uma central sindical, incorporando outros
setores explorados no seu interior”, defendida pela PSTU.
Com grande maioria, venceu a proposta do PSTU.
Finalmente, o PSTU defendeu que a Conlutas será com-
posta por entidades, movimentos e filiados individuais. De-
fendeu também que as plenárias convocadas para
encaminhar as lutas não deverão ter caráter deliberativo.
Para acomodar todas as forças, o PSTU colocou-se por abrir
uma discussão sobre o estatuto apresentado e que no próxi-
mo congresso (daqui dois anos) fosse votado por inteiro.
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