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Este documento discute os conceitos de imposto e taxa. Define imposto como uma prestação pecuniária, definitiva e coactiva exigida pelo Estado para fins públicos. Taxa difere de imposto por envolver uma contraprestação específica do Estado ao contribuinte. Discute também os princípios da bilateralidade, equivalência jurídica e proporcionalidade que regem as taxas.
Este documento discute os conceitos de imposto e taxa. Define imposto como uma prestação pecuniária, definitiva e coactiva exigida pelo Estado para fins públicos. Taxa difere de imposto por envolver uma contraprestação específica do Estado ao contribuinte. Discute também os princípios da bilateralidade, equivalência jurídica e proporcionalidade que regem as taxas.
Este documento discute os conceitos de imposto e taxa. Define imposto como uma prestação pecuniária, definitiva e coactiva exigida pelo Estado para fins públicos. Taxa difere de imposto por envolver uma contraprestação específica do Estado ao contribuinte. Discute também os princípios da bilateralidade, equivalência jurídica e proporcionalidade que regem as taxas.
(Licenciaturas: Fiscalidade_PL e Solicitadoria_PL)
Patrcia Anjos Azevedo (Grupo de Direito) ESG / IPCA Conjunto de diapositivos n. 2 II Impostos e figuras afins 2 Imposto Noo Conceito de Imposto Elemento objectivo: prestao pecuniria, definitiva, coactiva, de carcter unilateral. Elemento subjectivo: exigida aos contribuintes (detentores de capacidade contributiva), a favor de entidades que exercem funes ou tarefas pblicas. Elemento teleolgico: com vista realizao dessas funes, tendentes satisfao de necessidades colectivas, de interesse pblico, no tendo carcter de sano. 3 Imposto Elemento objectivo Prestao: porque integra uma relao de natureza obrigacional Pecuniria: porque paga em moeda ou concretizada em dinheiro (por isso se distingue do servio cvico ou militar, que so prestaes de carcter pessoal) Definitiva: porque ao pagamento do imposto no corresponde qualquer expectativa de devoluo da quantia paga (reembolso, indemnizao ou restituio); por isso se distingue dos emprstimos pblicos, das requisies administrativas ou da expropriao por utilidade pblica) 4 Imposto Elemento objectivo Coactiva: o imposto exigido coactivamente, no dependendo da vontade do particular; o Estado impe o pagamento do valor pecunirio e pode desencadear mecanismos processuais com vista ao pagamento coercivo (nomeadamente execues fiscais). o carcter coactivo do imposto entendido, sobretudo, no sentido de ser uma prestao ex lege, i , uma prestao que tem por fonte a lei. A obrigao de imposto surge em virtude do encontro do facto tributrio ou do pressuposto de facto do imposto com a lei, independentemente de qualquer manifestao de vontade do contribuinte (ver art. 36 n. 1 e 2, LGT). 5 Imposto Elemento objectivo Unilateral: Ao pagamento do imposto no corresponde qualquer contraprestao especfica e imediata, por parte do Estado, a favor do contribuinte. No confere ao devedor o direito de exigir qualquer contraprestao imediata, de carcter concreto e individualizado. 6 Imposto Elemento subjectivo Lado activo: - O imposto uma prestao exigida a favor de entidades que exercem funes pblicas (que sejam dirigidas generalidade dos contribuintes e no apenas a certas categorias ideais de contribuintes). - A titularidade activa no exclusiva das pessoas colectivas pblicas, podem os impostos ser exigveis a favor de entidades privadas que exercem funes pblicas (ex: empresas concessionrias de obras pblicas, servios pblicos ou bens do domnio pblico, desde que a lei lhes confira qualidade de titulares activos de relaes jurdicas fiscais). 7 Imposto Elemento subjectivo Lado passivo: - O imposto uma prestao exigida a detentores de capacidade contributiva. - Na repartio dos impostos preside o critrio da capacidade contributiva como critrio material da igualdade ou da justia fiscal (critrio referido no art. 4 LGT). 8 Imposto Elemento teleolgico O imposto exigido para a concretizao ou realizao de funes pblicas, com vista satisfao de necessidades colectivas, tendo essencialmente uma funo fiscal (arrecadao de receitas impostos fiscais). O imposto pode ter associada, por vezes, uma finalidade econmico-social, no se privilegiando nesses casos a finalidade financeira (imposto extra-fiscal); mas nunca tem carcter de sano, por isso no pode ter em vista um fim sancionatrio (distingue-se das multas e coimas). 9 Diferenciao de figuras afins 10 Diferenciao de figuras afins Imposto e Taxa O imposto e a taxa tm as mesmas caractersticas objectivas, com excepo da natureza ou carcter bilateral ou sinalagmtico, prprio das taxas. Nos tributos bilaterais (taxas) h lugar a uma contrapartida concreta e individualizada, como contraprestao das quantias pagas. prestao pecuniria do particular corresponde uma contraprestao especfica, uma actividade dos entes pblicos dirigida especificamente ao respectivo obrigado. 11 Taxa A contraprestao especfica ou actividade dos entes pblicos dirigida especificamente ao respectivo obrigado, concretiza-se (art. 4, n. 2 LGT): Na prestao de um servio pblico (servio de justia, sade, educao, registos e notariado, servios consulares) Na utilizao privativa de um bem do domnio pblico Na remoo de um limite jurdico actividade dos particulares (licena de uso e porte de arma, licena de caa). Nestes casos, o obstculo ou limite jurdico a remover tem que ser um obstculo real, levantado por razes de interesse pblico geral e no quando a administrao apenas, e s, pretende cobrar uma receita, pois se assim for, estamos perante as chamadas licenas fiscais, que so verdadeiros impostos) 12 Taxa Os factos constitutivos das obrigaes em que se traduzem e as taxas que lhes correspondem encontram-se entre si ligados por um nexo sinalagmtico, em termos de um se apresentar como contraprestao do outro. No entanto, apesar da bilateralidade, a maioria da doutrina entende que apenas necessrio existir uma equivalncia jurdica entre a prestao pblica e a taxa (so um preo poltico). S casualmente haver uma equivalncia econmica entre o quantitativo da taxa e o custo da actividade pblica ou o benefcio auferido pelo particular. 13 Imposto e Taxa No se distinguem apenas quanto natureza, pois corresponde-lhes um regime jurdico diferente: 14 Imposto: - Obedece ao princpio da legalidade fiscal - A sua medida tem por base o princpio da capacidade contributiva Taxa: - Apenas o seu regime geral est sujeito reserva de interveno parlamentar - A sua medida assenta no princpio da proporcionalidade Imposto e Taxa De acordo com a Jurisprudncia do Tribunal Constitucional, ultrapassado que esteja o teste da bilateralidade, deve proceder-se ao teste do critrio em que assentam as taxas: Proporcionalidade entre a prestao (taxa) e a contraprestao especfica verdadeira taxa Se no assentar nessa ideia temos uma figura tributria que ter por base a capacidade contributiva imposto. 15 Mais especificamente e ainda sobre as Taxas Art. 103., n. 2 da CRP princpio da legalidade fiscal Art. 165., n. 1, alnea i) lei da AR ou DL do Governo devidamente autorizado para a criao de impostos, em geral. Matria da reserva relativa de competncia da AR. Taxas: Princpio da legalidade apenas no que toca ao seu regime legal. Art. 238., n. 4 da CRP atribuio de poder tributrio s autarquias locais. 16 Diplomas relevantes Lei 2/2007, de 15 de Janeiro Lei das Finanas Locais (LFL) Lei 53-E/2006, de 29 de Dezembro Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais. 17 Princpios que presidem concepo das taxas Princpio da bilateralidade Princpio da equivalncia jurdica Princpio da proporcionalidade Princpio da justa repartio dos encargos pblicos Princpio da prevalncia da substncia sobre a forma 18 Princpio da bilateralidade De acordo com este princpio, a taxa um tributo com carcter bilateral ou sinalagmtico, ou seja, devida pelo facto de existir uma prestao pblica individualizada/divisvel utilizao de um bem do domnio pblico, prestao de um servio pblico ou remoo de um obstculo jurdico actividade dos particulares art. 4., n. 2 da LGT. 19 Princpio da equivalncia jurdica De acordo com este princpio, o valor das taxas das autarquias fixado de acordo com o princpio da proporcionalidade, no devendo ultrapassar o custo da actividade pblica local ou o benefcio auferido pelo particular art. 4. do RGTAL. 20 Princpio da proporcionalidade Princpio importante quer para a fixao da taxa, quer at mesmo para a fixao do valor. No possvel estabelecer como taxas montantes demasiado elevados ou exageradamente reduzidos, em face da prestao pblica. Tambm no podem ser tidos em conta elementos estranhos prestao, pois tal facto iria ter em conta o princpio da capacidade contributiva. 21 Princpio da justa repartio dos encargos pblicos A criao de taxas pelas Autarquias Locais respeita o princpio da prossecuo do interesse pblico local, visando a satisfao das necessidades financeiras das Autarquias Locais e a promoo de finalidades sociais e de qualificao urbanstica, territorial e local art. 5. do RGTAL. 22 Princpio da prevalncia da substncia sobre a forma Este princpio vem do direito comunitrio. No mbito do TJCE, a qualificao feita pelos e dentro dos Estados de uma qualquer figura tributria totalmente irrelevante para o Direito e para o juiz comunitrios; o que prevalece a substncia dos tributos. 23 Princpios relativos fixao do montante da taxa Carcter bilateral (contraprestao): - Critrio da cobertura de custos - Critrio da equivalncia ou do ganho privado 24 Critrio da cobertura de custos Os custos da actividade pblica devem recair no todo ou em parte sobre os particulares que dela beneficiam. 25 Critrio da equivalncia ou do ganho privado Esta equivalncia coloca-se relativamente a determinado quantum que deve ser associado vantagem pecuniria que a actividade pblica representa para o particular, individualmente considerado. 26 Garantias dos contribuintes: Direito a no pagar impostos inconstitucionais Direito ao reembolso no caso de pagamento de imposto nulo 27 Notas importantes: Taxas / Tarifas: a diferena relaciona-se, na prtica, e muitas vezes, com a existncia ou no de um contrato. Se um contrato celebrado e o suporte da efectiva prestao do servio, tende a chamar-se tarifa a esse preo. Se a prestao pecuniria cobrada pelo simples facto de a rede pblica estar disponvel e pelos encargos da resultantes, mais frequente aplicar-se o termo taxa. Taxas / tarifas / impostos: A taxa pressupe correspectividade, dando origem a uma contra-prestao especfica. O preo dos bens pblicos normalmente diferente do que resultaria da oferta e da procura do servio no mercado. 28 Dicotomia ou diviso binria dos tributos A orientao da CRP, LGT e TC no sentido de considerar que os tributos so enquadrveis, consoante a sua natureza unilateral ou bilateral, na categoria dos impostos ou das taxas. Muito embora, do ponto de vista financeiro possam ter algumas especificidades, como acontece com as contribuies especiais e as receitas parafiscais. A complexidade da realidade e o surgimento de outras figuras leva a repensar estas concluses. 29 Figuras afins dos impostos e taxas Preos pblicos ou tarifas Contribuies ou tributos especiais Receitas parafiscais 30 Tarifas So um tipo especial de Taxa, mas aproximam-se dos preos. So bilaterais, havendo uma equivalncia jurdica, como normal nas taxas, mas h tambm uma equivalncia econmica (ex: tarifas exigidas pelos municpios, como distribuio de gua, drenagem de guas residuais, recolha, depsito e tratamento de resduos slidos). So prestaes de carcter voluntrio, so de direito privado (no so fixadas por lei). No tm que ser fixados pelas Assembleias Municipais, podendo ser fixadas pelas Cmaras Municipais. Resultam como receita da venda de bens de monoplios fiscais 31 Contribuies especiais Modalidades (art. 4, n. 3, LGT): Contribuies de melhoria Contribuies por maiores despesas Natureza: o fundamento econmico-financeiro da contribuio especial ou uma utilidade obtida da actividade pblica de interesse geral ou um maior encargo pblico da actividade particular Mas, o contribuinte, no plano das prestaes concretas, no pode exigir nada individualmente como contrapartida do que pagou. Logo, afasta-se da taxa e aproxima-se do imposto (a LGT equipara as contribuies especiais aos impostos art. 3, n. 3 e 4, n. 3). O critrio atravs do qual se manifesta a capacidade contributiva que diferente, resultando do exerccio de uma actividade administrativa e no, ou no s, do exerccio de uma actividade do prprio contribuinte. 32 Contribuies de melhoria Prestao que devida em consequncia de uma vantagem particular resultante do exerccio de uma actividade administrativa e que exigida a todos aqueles que a actividade indistintamente beneficia. Ex: encargo de mais valia (em sentido amplo), que uma contribuio especial incidente em geral sobre o aumento de valor de prdios rsticos que, em virtude de obras de urbanizao ou da construo de uma infraestrutura, ficam aptos para construo; encargo este liquidado e cobrado no momento em que se solicita a licena de construo. Aconteceu no caso do aumento de valor dos prdios rsticos e reas resultante da demolio de prdios urbanos devido realizao da EXPO/98. 33 Contribuies por maiores despesas Prestao devida em virtude de as coisas possudas ou de a actividade exercida pelos particulares darem origem a uma maior despesa das autoridades pblicas. Ex: alguns autores enquadram aqui os chamados impostos rodovirios - imposto de circulao (incide sobre o uso e fruio dos veculos afectos ao transporte de mercadorias por conta prpria ou actividade de aluguer de veculos sem condutor quando se destinam ao transporte particular); e o imposto de camionagem (incide sobre o uso e fruio dos veculos afectos ao transporte pblico rodovirio de mercadorias ou actividade de aluguer de veculos sem condutor quando se destinam ao transporte particular); pago pela aquisio de dsticos. 34 Receitas parafiscais (art. 3, n. 1, a) LGT) So tributos cobrados para a cobertura das despesas de pessoas colectivas pblicas no territoriais. So objecto de uma verdadeira consignao subjectiva de receitas. O sujeito activo no o Estado, nem os entes territoriais. Ex.: Taxas para os organismos de coordenao econmica; contribuies para segurana social; quotas para as associaes pblicas, como as Ordens Profissionais. Quanto natureza, so impostos. 35 Parafiscalidade O que caracteriza a parafiscalidade a natureza do sujeito em cujo favor foram criadas as receitas e a consequente especialidade do seu regime de contabilizao financeira. 36 Outras figuras Multa: prestao pecuniria exigida como sano pela prtica de um crime. Coima: prestao pecuniria exigida como sano pela prtica de uma contra-ordenao. Expropriao: transmisso forada da propriedade de imveis para o estado, por razes de utilidade pblica, com recurso a procedimento especial. Requisio administrativa: sucede quando em virtude de necessidades pblicas urgentes, um ente pblico exige temporariamente bens ou servios privados. Emprstimo forado: subscrio obrigatria de ttulos da dvida pblica. No uma prestao definitiva, h lugar a reembolso e pode haver pagamento de juros. 37 Sistema Fiscal versus Sistema Tributrio Sistema tributrio: conjunto dos tributos, i , impostos e tributos bilaterais. Sistema Fiscal: conjunto dos impostos, o qual dotado de uma articulao entre os mesmos (designadamente entre os impostos sobre o rendimento e sobre o patrimnio e destes com os impostos sobre o consumo) e de uma estrutura interna. referenciado no art. 103 CRP, no sentido de que est tambm sujeita reserva de lei parlamentar a estruturao do prprio sistema fiscal e a articulao dos impostos entre si; e ainda a articulao do sistema fiscal nacional com o sistema fiscal da Unio Europeia, bem como com os sub- sistemas fiscais que se constituam nas regies autnomas ou mesmo nas autarquias locais (arts. 229, n. 1, ali e 238, n. 4 CRP). 38 Momentos da Tcnica Tributria 1. Criao, instituio ou incidncia do imposto Incidncia Momento da definio normativa (geral e abstracta) de o que est sujeito a imposto e quem est sujeito a imposto, bem como do quantum do imposto. Definio normativa dos elementos essenciais do imposto. Est sujeita ao Princpio da Legalidade Fiscal. 39 Momentos da Tcnica Tributria 2. Aplicao, efectivao ou gesto do imposto Traduz-se nas operaes de Lanamento, Liquidao e Cobrana (liquidao em sentido amplo: identificao do contribuinte, da matria colectvel e do imposto a pagar+ pagamento). Abrange a fase em que se est a gerir ou a administrar o imposto. o momento administrativo do imposto; a sua disciplina no est subordinada ao princpio constitucional da legalidade fiscal, bastando-se com o respeito pelo princpio geral da legalidade da administrao. Esta fase administrativa de gesto do imposto j no cabe exclusivamente administrao fiscal. Os prprios particulares passaram a ter participao porque praticam actos como autoliquidao e pagamentos por conta (como contribuintes) ou de substituio fiscal e cobrana contratual de impostos alheios. 40 Momentos da Tcnica Tributria: Incidncia Define-se: a) O facto, actividade ou situao que d origem ao imposto (os pressupostos de facto, facto gerador ou facto tributrio) incidncia real; b) Os sujeitos activo e passivo da obrigao de imposto (contribuinte, responsveis, substitutos) incidncia pessoal; c) O montante do imposto, que por regra definido atravs do valor sobre o qual recai (matria colectvel) e por referncia percentagem desse valor, mais as dedues a que eventualmente haja lugar (matria colectvel + taxa + dedues); d) Os benefcios fiscais, para os casos em que se decide no haver lugar a imposto ou haver lugar a menos imposto. 41 Momentos da Tcnica Tributria: Lanamento Lanamento: fase da determinao ou identificao, em concreto, de: quem est sujeito a imposto, ou seja, o contribuinte lanamento subjectivo; o que est sujeito a imposto, i , a matria colectvel lanamento objectivo; e ainda da taxa lanamento objectivo. 42 Momentos da Tcnica Tributria: Liquidao Liquidao: operao atravs da qual se vai determinar a colecta, por regra atravs da aplicao da taxa matria colectvel. A colecta coincide com o imposto a pagar. Pode no entanto haver dedues colecta, as quais tambm se inserem nesta operao. 43 Momentos da Tcnica Tributria: Cobrana Cobrana: Momento em que o imposto d entrada nos cofres do Estado; Operao atravs da qual o Estado arrecada o imposto; Vista na ptica do sujeito passivo a fase do pagamento; Pode ser voluntria (quando o contribuinte procede espontaneamente ao pagamento do montante devido) ou coerciva (se for necessrio usar dos meios coercivos de que o Estado dispe procedimento fiscal, execuo fiscal). 44