O dia 1 de

Dezembro é,
desde há
muitos anos,
uma data
festiva, feriado
nacional.
 Nesse dia
celebramos a
Restauração da
Independência
de Portugal,…
…o dia em que
um rei
espanhol,
Filipe III,
deixou de ser
nosso rei e foi
substituído por
um rei
português.
Aconteceu em 1640!
 Durante 60 anos três reis
espanhóis (todos se
chamavam Filipe) ocuparam
o trono português.
 Os portugueses
consideravam essa
situação
insustentável!
Tudo começou com a Batalha de Alcácer Quibir,
em 1578.
O rei D. Sebastião
reinava em
Portugal e, muito
novo, morreu
nessa batalha,
sem deixar filhos.
Pretendentes ao trono em 1580
 A D. Sebastião
sucedeu o tio avô, o
cardeal D.
Henrique. Porém já
era idoso e morreu,
deixando o trono
vago.
 Em 1580 Filipe II de
Espanha surgiu como
pretendente ao trono
de Portugal, pois era
neto de D. Manuel I e
tio de D. Sebastião.

Filipe I " O Prudente"

( Filipe II de Espanha)1580-1598
O povo ficou
descontente!
 Só D. António
Prior do Crato,
também ele
pretendente ao
trono por ser
primo de D.
Sebastião,
ofereceu
resistência ao rei
espanhol.
Houve um confronto. Porém as tropas de Filipe II eram
mais numerosas e profissionais…
…e a 24 de Agosto de 1580, na Batalha de Alcântara D.
António saiu derrotado, …
…e teve de se exilar no estrangeiro.
 Filipe II de Espanha
(Filipe I de Portugal)
foi aclamado rei nas
cortes de Tomar em
1581.
 Comprometeu-se a respeitar os usos e
costumes de Portugal, a nossa moeda, …
…a só escolher governadores portugueses e a
manter a independência de Portugal.
 Procurou manter a
sua promessa mas…
…os seus sucessores foram menos escrupulosos…
Portugal começou a sentir que estava a ser tratado
como mais uma província espanhola.
Daí à conspiração foi
um passo!
Os portugueses estavam descontentes, principalmente
desde que parte dos nossos navios foi afundada…
…por integrar a invencível armada espanhola, afinal
derrotada pelos barcos ingleses.
Também os nossos domínios (como o Brasil e Angola)
eram atacados pelos inimigos de Espanha,…
…principalmente pelos holandeses e ingleses que nos
viam como parte de Espanha.
 Quando os nobres
portugueses foram
convocados para
prestarem serviço
fora das fronteiras de
Portugal, …
 …a ideia de se fazer
um golpe para
expulsar os
espanhóis, começou a
ser posta em prática.
 O golpe foi
planeado
durante o
reinado de
Filipe III
Filipe III " O Grande" (1621-1640)
Filipe IV de Espanha
 Os conjurados, diz-se que em número de 40,
reuniram-se no maior segredo, nunca todos de
uma vez, para que não fossem descobertos.
As reuniões realizavam-se em casa de dois dos
conjurados: D. Jorge de Melo, em Xabregas
e D. Antão de Almada, no Rossio.
Caso a conspiração resultasse escolheram o Duque
de Bragança, o mais directo membro da casa real
de Portugal, para ascender ao trono.
O Duque de
Bragança ainda
hesitou, não
sabendo se
devia aceitar a
nomeação…
 …mas a sua
mulher, a
espanhola Luísa
de Gusmão
revelou-se uma
verdadeira
patriota
portuguesa…
…convencendo o
marido aceitar.
Conta a História que Dona Luísa terá exclamado
“antes rainha por um dia do que duquesa toda a
vida”
Sábado de manhã, dia 1 de Dezembro de 1640.
Tudo estava a postos!
 Nas carruagens
espalhadas pelo
Terreiro do Paço,
os 40 fidalgos
acompanhados por
homens de armas
esperavam o bater
das 9 nos sinos das
igrejas.
Terreiro do Paço
Século XVII
 À hora
marcada os
conjurados
dirigiram-se ao
Paço da Ribeira
por onde
entraram
tomando de
surpresa a sala
da guarda.
 Neutralizaram os soldados espanhóis que
asseguravam a defesa da Duquesa de Mântua,
então vice-rainha de Portugal em nome de Filipe III
O secretário da duquesa, o português Miguel de
Vasconcelos…
 …foi
encontrado
escondido
dentro de
um armário
de papéis,
pois sabia
que traíra a
Pátria.
 Foi logo morto.
O seu corpo foi atirado
pelas janelas do paço
para que os lisboetas
que acorreram ao
Terreiro do Paço
soubessem que o
traidor já tinha
morrido.
O Castelo de S. Jorge abrigava uma guarnição
espanhola de 500 homens …
 …mas o seu
comandante
não era
muito
determinado
…
 …e ao ver uma
ordem escrita pela
Duquesa de Mântua
para se render
limitou-se a
obedecer às ordens.
D. Margarida, duquesa de Mântua, neta
de Filipe II, vice-rainha de Portugal em
nome de Filipe III, exerceu o governo de
Portugal 1634 a 1640 .
Neutralizadas as principais forças, a população
de Lisboa pôde dar largas à sua alegria…
…invadindo as ruas e gritando “vivas” a D. João
de Bragança.
Logo se organizou uma procissão de acção de graças…
 …e conta a
tradição que
uma mão de
Jesus se
despregou da
Cruz em jeito
de benção
pela atitude
dos lisboetas.
D. João entrou em Lisboa, no
dia 15 de Dezembro de 1640.
Sem festas, a seu pedido,
pois o país estava sem
riquezas para isso.
 Profundamente religioso e
querendo agradecer a Nossa
Senhora a Restauração da
Independência de Portugal, …
 …ofereceu o reino à
protecção de Nossa
Senhora da Conceição,
cuja festa se celebra a
8 de Dezembro.
 Desde então,
os reis
portugueses
nunca mais
foram
coroados ou
representados
com coroa,
dado que esta
foi oferecida à
virgem.
Assim terminou a 3ª dinastia, a dinastia Filipina,
que governou Portugal durante 60 anos
 Coroação de D. João IV

Pintura da autoria de Veloso Salgado (Museu Militar, Lisboa)

Iniciou-se uma campanha contra os espanhóis: a
Guerra da Restauração que durou até 1668.
Portugal venceu as batalhas em Montijo
(Espanha), Ameixial, Castelo Rodrigo e Montes
Claros.
A par da guerra desenvolveu-se uma importante
actividade diplomática.
 Enviaram-se
embaixadas a
vários países
europeus
para que
estes
soubessem
que a
monarquia
portuguesa
fora
restaurada.
 A mais importante
foi a enviada a
Inglaterra de que
resultou o
casamento entre o
rei Inglês Carlos II e…
 …Catarina de
Bragança, filha de
D. João IV.
Finalmente um país em júbilo vinha para as
ruas da cidade festejar a restauração da
independência.
 Na data da partida de D. Catarina para
Inglaterra realizaram-se grandes festas em
Lisboa.
Hino da Restauração
Portugueses, celebremos
O dia da redenção,
Em que valentes guerreiros
Nos deram, livre, a nação
A fé dos campos d’Ourique.
Coragem deu, e valor
Aos famosos de quarenta
Que lutaram com ardor.
P’rà frente! P’rà frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.
Avante! Avante!
É voz que soará triunfal.
Vá avante, mocidade de Portugal!
Vá avante, mocidade de Portugal!
 Agrupamento de Escolas de Quinta da Lomba
Escola Básica 2,3 de Quinta da Lomba
Obrigada!
A equipa da Biblioteca que produziu este documento
agradece a vossa atenção.
• Hino da Restauração(karaoke)

• A Portuguesa (karaoke)
• A Portuguesa (presidentes e imagens)