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O produto da tensão na resistência pela corrente que passa pela resistência é sempre
positivo e é chamado de potência real. A potência real pode ser considerada como a potência
resistiva dissipada na forma de calor. Como a tensão através de uma reatância está sempre 90°
fora de fase relativamente à corrente que passa pela reatância, o produto px = vxix é sempre
negativo. Este produto é chamado de potência reativa e é devido à reatância do circuito.
Analogamente, o produto da tensão da linha pela corrente da linha é conhecido como potência
aparente.
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Máquinas I
Fig. 1.2 Diagrama temporal de potência num circuito RL série quando a corrente segue a tensão pelo
ângulo de fase θ
A potência real, a potência reativa e a potência aparente podem ser representadas: por
um triângulo retângulo (Fig. 1-2a). Desse triângulo trata-se as fórmulas para a potência:
Potência real P = VRIR = VI cos θ , W (1.6)
P = I2R, W (1.7)
V2
P= ,W (1.8)
R
Potência reativa Q = Vx I x = VI sem θ , VAR (1.9)
Tendo a tensão da linha V como o fasor de referência, num circuito indutivo, S segue
atrás de P (Fig. 1-3b); enquanto num circuito capacitivo S está adiante de P (Fig. 1-3c).
A razão entre a potência real e a potência aparente, chamada de fator de potência (FP), é
pôtencia real VrIr VI cos θ
FP = potência aparente = VI = = cos θ (1.11)
VI
P
FP = cos θ =
VI
(1.12)
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Máquinas I
Diz-se que um circuito onde a corrente segue atrás da tensão (i.é, um circuito indutivo)
tem um FP indutivo ou de atraso (Fig. 1-3b), diz-se que um circuito onde a corrente segue na
frente da tensão (i.é, um circuito capacitivo) tem um FP capacitivo ou de avanço.
O fator de potência é expresso como um decimal ou como uma porcentagem. Um fator
de potência de 0,7 tem o mesmo significado que um fator de potência de 70 por cento. Para
unidade (FP = 1, ou 100 por cento), a corrente e a tensão estão em fase. Um FP de 70 por
cento quer dizer que o aparelho utiliza somente 70 por cento dos voltamperes da entrada. É
aconselhável que os circuitos projetados tenham um alto FP, pois estes circuitos utilizam da
forma eficiente a corrente liberada para a carga.
Quando afirmamos que um motor consome 10 kVA (1 kVA = 1.000 VA) de uma linha :
alimentação, reconhecemos que esta é a potência aparente retirada pelo motor. Os
quilovoltamperes sempre se referem à potência aparente. Analogamente, quando dizemos que
um motor retira 10 KW, queremos dizer que a potência real consumida pelo motor é de 10
KW.
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Máquinas I
Exemplo 3- Num circuito ca com RLC série (Fig. 14-3a) a corrente da linha de 2 A
segue a tensão aplicada de 17 V formando um ângulo de 61,9°. Calcule , P, Q e S. Desenhe o
triângulo de potência.
Resp. FP = cos θ = cos6l,9° = 0,471 ou 47,1% indutivo (1.11)
4
Máquinas I
A fim de se corrigir esse baixo FP, é necessário fazer com que a corrente fique o mais
próximo possível em fase com a tensão. Isto é, o ângulo de fase θ deve ser o menor possível.
Isto geralmente se consegue colocando uma carga capacitiva, que produz uma corrente
adiantada, em paralelo a carga indutiva.
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Máquinas I
Exemplo 5-.Um motor de indução consome 1,5 KW e 7,5 A de ~a linha de 220 V, 60
Hz. Qual deverá ser a capacitância de um capacitor em paralelo a fim de se aumentar o FP
total para Im (Fig. 1-6)?
l.º Passo: Calcule o ângulo de fase θ M e a seguir a potência reativa QM da .carga
constituída pelo motor.
PM = VMIM cos θ M (1-6)
PM 1500
de onde cos θ m = = = 0,909
VM IM 220 (7,5)
2º Passo: Calcule a corrente IC retirada pelo capacitor. Para que a corrente tenha um FP
= 1, o capacitor precisa ter um QC = 687 VAR adiantado para equilibrar o QM = 687 VAR
atrasado. Como a potência reativa num capacitor puro é também a sua potência aparente,
Qc = Sc = Vc Ic (1-9)
Sc 687
Ic = = = 3,12 A
Vc 220
6
Máquinas I
Exemplo 6- Um motor de indução consome 15 kVA em 440 V e com 75 por cento de
FP indutivo. Qual deverá ser o FP de uma carga capacitiva de 10 kVA ligada em paralelo a
fim de fazer o FP total chegar até a unidade?
1º Passo: Calcule a potência reativa do motor de indução, QM.
FPM = cos θ = 0,75
θ = arccos 0,75 = 41,4°
QM = VI sem θ = 15 sen 41º = 9,92 kVAR indutivo
Motor de indução
2º Passo: Calcule o ângulo de fase e a seguir o FP para a carga capacitiva. Para se ter um
circuito com FP=1, a potência reativa total deve ser zero. Como o motor consome 9,92 kVAR
indutivo, o FP capacitivo da carga também deve utilizar 9,92 kVAR. Do triângulo de potência
para a carga capacitiva,
9,92
Resp: sen θ = = 0,992
10
θ = arcsen 0,992 =82,7º
FP = cos θ = cos 82,7º = 0,127 = 12,7% capacitivo
Motor síncrono
Motor Síncrono
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Máquinas I
TRANSFORMADORES
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Máquinas I
Uma razão de tensão de 1:4 (lê-se um para quatro) significa que para cada volt no
primário do transformador há 4 volts no secundário. Quando a tensão do secundário é maior
do que a tensão do primário. o transformador é chamado de transformador elevador. Uma
razão de tensão de 4:1 significa que para 4 V no primário há somente 1 V no secundário.
Quando a tensão no secundário for menor do que a tensão no primário, o transformador é
chamado de transformador abaixador.
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Máquinas I
Vp = 120V Vs = 8V
Np = 150 espiras Ns = 10 espiras
Fig. 2-2 Transformadores de filamento
= 1 :5
Vp 1
Resp. =VR=1:5=
Vs 5
1 30
Vp = Vs = =6V
5 5
Np 1
Resp. RE= =
Ns 5
1 1.000
Np = Ns = = 200 espiras
5 5
10
Máquinas I
Is = corrente na bobina do secundário, A
Da Eq. (2-1 ) podemos substituir Vp / Vs por Np / Ns, de modo que temos
Np Is
= (2-4)
Ns Ip
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Máquinas I
Eficiência
A eficiência de um transformador é igual à razão entre a potência de saída do
enrolamento do secundário e a potência de entrada no enrolamento do primário. Um
transformador ideal tem 100 por cento de eficiência porque ele libera toda a energia que
recebe. Devido às perdas no núcleo e no cobre, a eficiência do melhor transformador na
prática é menor que 100 por cento. Exprimindo na forma de equação,
potência de saída Ps
Ef = potência de entrada = Pp (2-5)
onde: Ef = eficiência
PS = potência de saída no secundário, W
Pp = potência de entrada no primário, W
Exemplo 8-Um transformador tem uma eficiência de 90 por cento. Se ele fornece 198
W de uma linha de 110 V, qual a potência de entrada e a corrente no primário?
PS
Ef =
PP
Tire o valor de PP, a potência de entrada
PS 198
Resp. PP = = 0,90 = 220 W
Ef
Escreva a fórmula para a potência de entrada
P P = V P IP
Tire o valor de IP
PP 220
Resp. IP = = = 2A
VP 110
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Máquinas I
Exemplo 9- Um transformador consome 160 W de uma linha de 120 V e libera 24 V em
5 A. Calcule a sua eficiência.
PP = 160 W, dado
Logo PS = VSIS = 24(5) = 120 W
PS 120
Resp. Ef = = = 0,75 = 75%
PP 160
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Máquinas I
RAZÃO DE IMPEDÁNCIA
Exemplo 11- Calcule a razão de espiras de um transformador usado para "casar" uma
carga de 14.400 Ω com uma carga de 400 Ω.
NP ZP
Resp. = (2-7)
NS ZS
14 .400 6
= = 36 = =6:1
400 1
14
Máquinas I
AUTOTRANSFORMADOR
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Máquinas I
VP NP
= (2-1)
VS NS
VS 24
Resp. NS = NP = 200 = 40 espiras
VP 100
Como as espiras do secundário incluem o primário, o terminal B deve estar onde o
número de espiras é de 160 (160 = 200 - 40). Se o terminal B for móvel, o autotransformador
torna-se um transformador variável. À medida que o terminal desloca-se para baixo em
direção a C, a tensão do secundário diminui.
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Máquinas I
potência de saída
= potência de saída + perda no cobre + perda no núcleo
VSIS x FP
Ef = (V I x FP) + perda no cobre + perda no núcleo
S S
(2-9)
17
Máquinas I
TRANSFORMADOR DESCARREGADO
Fig. 2-4 Transformador com núcleo de ferro com circuito no secundário aberto
18
Máquinas I
4.000
Resp. IP = = 33,3 A
120
(b) A corrente do primário medida sem carga (com o secundário aberto) é a corrente de
excitação IE. Portanto,
Resp. IE = 0,3 A
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Máquinas I
Observe que a corrente de magnetização (0,294 A) tem aproximadamente os mesmos
valores que a corrente do primário sem carga (0,3 A).
(f) Diagrama de fasores: Veja a Fig. 2-5.
POLARIDADE DA BOBINA
O símbolo usado para o transformador não dá indicação sobre a fase da tensão através
do secundário, uma vez que a fase dessa tensão na verdade depende do sentido dos
enrolamentos em volta do núcleo. Para resolver este problema são usadas pintas de polaridade
para indicar a fase dos sinais do primário e do secundário. As tensões estão ou em fase (Fig. 2-
6a) ou 180° fora de fase com relação à tensão do primário (Fig. 2-6b).
(a) Tensões em fase (b) Tensões fora de fase
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Máquinas I
O transformador será elevador se enrolamento secundário tiver maior número de espiras
que o enrolamento primário, e será abaixador se enrolamento secundário tiver menor número
de espiras que o primário.
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Máquinas I
Observe na figura abaixo o formato de chapa EI
Dimensões de Chapas EI
NÚCLEOS MAGNÉTICOS
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Máquinas I
Veja, na figura abaixo, a sapata polar do núcleo maciço do estator de motor de corrente
contínua.
O núcleo de colunas é formados por duas colunas e duas armações. Ao redor de uma
coluna se aloja o bobinado primário e, na outra, o secundário. Também podem ser colocadas
as duas bobinas na mesma coluna.
23
Máquinas I
O núcleo encouraçado é formado por três colunas e duas armações. Na coluna central,
que é de maior seção, estão os bobinados. As armações e as outras colunas completam o
circuito magnético.
O núcleo distribuído é formado por três núcleos de coluna, unidos como mostra a figura
abaixo. As bobinas estão sobre a ramificação central, formado por três colunas.
Há dois tipos de núcleos para máquinas giratórias: núcleo estator e núcleo de rotores.
Os núcleos estatores podem ser dois tipos: pólos salientes e ranhurados.
Os núcleos estatores de pólos salientes são constituídos de lâminas prensados, formando
pacotes rígidos. Tem diferentes formas e são utilizados em máquinas de pequena potência,
como por exemplo, motores de enceradeira, furadeira portáteis, ventiladores, barbeadores.
Observe na figura abaixo um núcleo estator de pólo saliente.
24
Máquinas I
Este tipo de estator é utilizado indistintamente com rotor bobinado e com rotor gaiola de
esquilo.
As ranhuras podem ser semi fechadas ou abertas. As ranhuras semi fechadas são
utilizadas em motores de pequena e média potência e as ranhuras abertas, em máquinas de
média e grande potências.
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Máquinas I
O núcleo de rotores é constituído de lâminas, cortadas por matrizes e prensadas,
dispostas no eixo sob pressão. Na sua parte exterior, tem ranhuras que podem ser de três
formas diferentes: fechas semi fechadas e abertas.
A ranhura fechada é utilizada nos rotores de gaiola de esquilo em alguns rotores
bobinados, como alguns motores de partida para automóveis.
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Máquinas I
A tabela seguinte indica bitolas ESG (Electrical Steel Gauge) e o peso aproximado em
quilogramas por metro quadrado das chapas de ferro-silício.
Chapas de Ferro-Silício
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Máquinas I
Fios Magnéticos (Cobre)
Bitola do Diâmetro Seção em Residência Correntes admissíveis para
fio AWG em mm mm2 em Ω/Km as densidades
n.º a 20°C 1A/ mm2 2A/mm2 3A/mm2 4 A/mm2 5A mm2
8 3,21 8,37 2,07 8,37 16,74 25,11 33,48 41,85
9 2,91 6,63 2,59 6,63 13,26 19,89 26,52 33,15
10 2,59 5,26 3,27 5,26 10,52 15,78 21,04 26,30
11 2,30 4,17 4,15 4,17 8,34 12,51 16,08 20,85
(12) 2,05 3,31 5,22 3,31 6,62 9,93 13,24 16,55
13 1,83 2,62 6,56 2,62 5,24 7,86 10,48 13,10
14 1,63 2,08 8,26 2,08 4,16 6,24 8,32 10,40
15 1,45 1,65 10,40 1,65 3,30 4,95 6,60 8,25
16 1,29 1,31 13,20 1,31 2,62 3,93 5,24 6,55
17 1,15 1,04 16,60 1,04 2,08 3,12 4,16 5,20
18 1,02 0,82 21,10 0,82 1,64 2,46 3,28 4,10
19 0,91 0,653 26,50 0,653 1,306 1,959 2,612 3,265
20 0,81 0,518 33,50 0,518 1,036 1,554 2,072 2,590
21 0,72 0,410 42,30 0,410 0,820 1,230 1,640 2,050
22 0,64 0,326 53,60 0,326 0,652 0,978 1,250 1,630
23 0,57 0,2552 57,60 0,2552 0,5104 0,7656 1,0208 1,2760
24 0,51 0,2043 84,40 0,2043 0,4086 0,6129 0,8172 1,0215
25 0,45 0,1590 108,40 0,1509 0,3180 0,4770 0,6360 0,7950
26 0,40 0,1256 137,0 0,1256 0,2512 0,768 0,5024 0,6280
27 0,36 0,1018 169,0 0,1018 0,20396 0,3054 0,4072 0,5090
28 0,32 0,0804 214,0 0,0804 0,1608 0,2412 0,3216 0,4020
29 0,29 0,0660 261,0 0,0660 0,1320 0,1980 0,2640 0,3300
30 0,25 0,0491 351,0 0,0491 0,0982 0,1473 0,1964 0,2455
31 0,23 0,0415 415,0 0,0415 0,0830 0,1245 0,1660 0,2075
32 0,20 0,0314 549,0 0,0314 0,0628 0,0942 0,1256 0,1570
33 0,18 0,0254 679,0 0,0254 0,0508 0,0762 0,1016 0,1270
34 0,16 0,0201 858,0 0,0201 0,0402 0,0603 0,0804 0,1005
35 0,14 0,0154 1119,0 0,0154 0,0308 0,0462 0,0616 0,0770
36 0,13 0,0132 1306,0 0,0132 0,0261 0,0396 0,0528 0,0660
37 0,11 0,0095 1815,0 0,0095 0,0190 0,0285 0,0380 0,0475
38 0,10 0,0078 2210,0 0,0078 0,0156 0,0234 0,0312 0,0390
39 0,09 0,0063 2737,0 0,0063 0,0126 0,0189 0,0252 0,0315
40 0,08 0,0050 3448,0 0,0050 0,0100 0,0150 0,0200 0,0250
Número de Espiras por Centímetro Quadrado (uma camada) para Fios Magnéticos
Isolados com Diferentes Materiais.
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Máquinas I
- Uma diminuição de dez números multiplica a seção e o peso por 10 e divide a
resistência por 10.
Observação: Hoje em dia, já é comum usar-se a seção do fio em milímetros observe, na
tabela abaixo, os vários tipos de resina sintética, sua classe de temperatura e os principais
empregos.
Comparação entre os Diversos Tipos de Esmalte
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Máquinas I
O gráfico a seguir mostra a variação da resistência de isolamento durante um processo
completo de impregnação.
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Máquinas I
ISO – estufa (105ºC) 2% 102 aos óleos, ácidos, estatores, motores, etc.
álcalis e umidade.
1200
Elevada resistência
vermelho térmica.
ISO - 1210 ambiente ou “B” 55 ± ISO – S 102 Resistência aos Transformadores a seco ou
agentes químicos e imersos em óleo,
estufa (105ºC) 2%
umidade, ótima reguladores, motores,
rigidez dielétrica. bobinas, etc.
ISO – Ambiente “A” 42 ± 2% ISO – S - 104 Rápida secagem e Reparos de emergência e
resistência à manutenção preventiva do
1400 (105ºC)
umidade. isolamento envelhecido:
preto proteção e acabamento de
partes metálica.
ISO – Estufa “B” 50 ± 2% ISO – S - 102 Alto poder Rotores de alta rotação.
cimentante. Bobinas, transformadores
1524 (130°C)
especiais.
ISO – Ambiente “A” 50 ± 2% ISO – S – 101 Película flexível, Bobinas fixa, reparos de
resistência à água emergência e manutenção
1600 (105ºC) ISO – S - 104
salgada e aos agentes preventiva.
químicos.
ISO – Ambiente “A” 50 ± 2% ISO – S – 104 Película rija, secagem Uso geral em quase todo
rápida, bom poder tipo de equipamentos
1700 ou Estufa (105ºC)
dielétrico, baixo elétricos.
escuro custo.
ISO – Ar ou Estufa “B” 40 ± 2% ISO – S – 102 Ótimo poder isolante. Uso geral, Motores,
Secagem rápida. transformadores, bobinas
1720 120°C (130ºC)
fixas, etc.
escuro
ISO – 1ª) 2h a 90 “A” 50 ± 2% ISO – S – 103 Alto poder Rotores de alta rotação,
cimentante. fabricação de laminados de
1800 ou 100ºC (105ºC)
papel, pano ou madeira.
2ª) 3h a 125
ou 135ºC
ISO – 125ºC – 5h “A” 53 ± 2% ISO – S – 135 Alto poder Rotores de alta rotação
cimentante. transformadores especiais.
1802 (105ºC)
ISO – 125ºC – “B” 50 ± 2% ISO – S – 101 Elevada rigidez Características
dielétrica, película verdadeiramente universais
1900 5/8h (130ºC)
dura e elástica, ótima permitem empregá-lo nas
secagem em máquinas elétricas mais
profundidade diversas: transformadores,
resistência à motores, geradores, etc.
umidade, ao calor e
aos agentes químicos.
RESFRIAMENTO DO TRANSFORMADOR
Transformadores a Seco
São resfriados diretamente pelo ar circundante (resfriamento a ar). Por essa razão, só são
construídos, economicamente, para pequenas potências.
35
Máquinas I
Transformadores a Óleo
São constituídos em caixa de chapa preta e hermeticamente fechadas. O óleo, de
excelente qualidade, deve transmitir o calor do transformador, o mais rapidamente possível,
para as paredes do recipiente, na maioria das vezes aumentadas por aletas de resfriamento.
Por meio de um recipiente de dilatação, que é conservador do óleo, consegue-se que o
óleo se dilate ao ser aquecido e se retraia ao se esfriar, sem que entre em contato com o ar
externo, o que poderia absorver umidade. O ar altera a composição química do óleo. A água
contida no óleo reduz a resistência dielétrica.
Relé Buchholz
Encontra-se entre a carcaça e o recipiente de dilatação. Esse relé faz um sinal de alerta
quando há um superaquecimento, o que libera a formação de gás no interior da carcaça. O
superaquecimento pode ocorrer se o nível do óleo baixar demasiadamente ou se entrar ar na
carcaça do transformador, devido a má vedação no circuito do óleo. Observe na figura abaixo
um relé Buchholz.
36
Máquinas I
37
Máquinas I
Conforme o país de origem, o óleo ascarel é conhecido por nomes como: Araclor, DK,
Fenclor, Inerterrn, Pinalene, Santotherm, Clofen, etc. Seu principal componente é o
bifenilpoliclorado – PCB. Este componente é o principal causador de danos à saúde e ao meio
ambiente.
Seus efeitos negativos não aparecem de imediato se o contato com o óleo for distante.
Porém, se for aspirado ou ingerido, pode causar a morte.
Os danos que o óleo ascarel pode causar são:
• se introduzido no óleos, decompõe a córnea a causa cegueira;
• em contato com a pele, provoca coceiras que se tornam feridas abertas, pois é
cancerígeno;
• ser ingerido ou aspirado, danifica o fígado e o rins.
Em outubro de 1975 foi proibido o uso do ascarel em novos equipamentos a serem
fabricados ou comprados pelo Brasil. Foi sugerida a substituição do óleo ascarel por fluido
silicone – polidimetil-hiloxano, para transformadores e capacitores.
Observe sempre estes cuidados especiais ao trabalhar com ascarel:
• use óculos de segurança com videira;
• use luvas de punho comprido, que cubra todo o braço, feitas de clorivinil;
• use avental comprido de clorivinil;
• use protetor para pernas e sapatos de clorivinil.
TRANSFORMADOR TRIFÁSICO
38
Máquinas I
Os núcleos do transformador trifásico, assim como dos monofásicos, são formados pelo
empacotamento de chapas de ferro-silício comum ou orientado, nas espessuras de 0,635 mm e
0,470 mm, ou seja, chapas 24 e 26 ESG, respectivamente.
Os núcleos podem ser shell ou core;
Os mais comuns são núcleos core.
Os núcleos core apresentam-se em dois modelos: convencional plano e spirakore.
Esses núcleos dispõem de três colunas unidas por duas armaduras. Na junção das
armaduras com colunas, as chapas são entrelaçadas e fixadas por meio de cantoneiras,
parafusos e porcas, como mostra a figura da página anterior.
39
Máquinas I
Núcleo Spirakore
O Núcleo Spirakore possui armaduras em formas de coroa, obtidas pelo enrolamento de
uma fita de chapa de ferro, geralmente orientado como mostra a figura abaixo.
40
Máquinas I
A ligação dos transformadores aos terminais de baixa tensão é sempre feita por dentro
do tanque;. os isoladores dispõem de haste roscada, à qual são ligados os enrolamentos.
Para as saídas de alta tensão existem dois tipos de isoladores:
• isoladores que servem de bainha, na qual se enfia a saída de lata tensão do
transformador; neste caso, a ligação é feita por fora do tanque;
• isolares que dispõem de haste roscada para se fazer a ligação por dentro do
tanque.
Para ligar adequadamente os transformadores trifásicos em paralelo, é indispensável que
se conheçam as marcações dos terminais e suas polaridades.
No Brasil, as normas recomendam a indicação dos terminais de transformadores
trifásicos com as marcas:
41
Máquinas I
42
Máquinas I
∆/ ∆
Triângulo
triângulo NX
EX = ..E H
NH
Υ/Υ
Estrela
estrela NX
EX = ..E H
NH
∆/ γ
Triângulo
ziguezague EX =
NX . EH . 3
2NH
43
Máquinas I
Triângulo EX =
triângulo
NX
. 1,73 .E H
NH
Υ/∆
Estrela NX . EH
EX =
triângulo NH . 3
Υ /γ
Triângulo EX =
ziguezague
NX . EH . 3
2NH
44
Máquinas I
Observações:
Para determinar as tensões secundárias, existem os seguintes símbolos:
• EH – tensão entre fases na rede primária;
• EX – tensão entre fases na rede secundária;
• NH – número de espiras do enrolamento de mais alta tensão;
• NX – número de espiras do enrolamento de mais baixa tensão.
Υ /Υ Υ
NX
EH .
EX = 2
NH
Υ / ∆∆
NX
EH .
EX = 2
NH . 3
45
Máquinas I
46