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TEMPO COMUM. TRIGÉSIMA QUARTA SEMANA.

QUINTA-FEIRA

95. BENDIZEI TODOS O SENHOR


– Toda a natureza louva o Senhor. O Trium puerorum.

– Preparação e acção de graças da Missa.

– Jesus veio visitar-nos na Comunhão. Empregar todos os meios para recebê-lo bem.

I. ORVALHO E GEADAS, bendizei o Senhor. / Gelos e frios, bendizei o


Senhor. / Luz e trevas, bendizei o Senhor...1

Uma das Leituras destes dias narra-nos diversas passagens do Livro de


Daniel, e os Salmos responsoriais trazem-nos o belíssimo cântico chamado
dos três jovens (Trium puerorum), utilizado na Igreja desde a antiguidade como
hino de acção de graças, introduzido na Santa Missa, e depois fora dela, para
fomentar a piedade dos fiéis2.

Quando os três jovens judeus foram condenados a morrer num forno


ardente por se terem negado a adorar a estátua de ouro erigida pelo rei
Nabucodonosor, oraram ao Deus de seus pais, ao Deus da Aliança, que
manifestara a sua santidade e magnificência em tantos prodígios, e cantaram
esse hino que soa “como uma chamada dirigida às criaturas para que
proclamem a glória de Deus Criador”3; esta glória está sobretudo no próprio
Deus; depois, mediante a obra da Criação, brota do próprio seio da Divindade e
“de certo modo transfere-se para fora: para as criaturas do mundo visível e do
mundo invisível, conforme o seu grau de perfeição”4.

O hino começa com um convite a todas as criaturas para que se dirijam ao


Criador: Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor; louvai-o e exaltai-o por
todos os séculos. Os anjos do céu iniciam o louvor. Depois, os céus, onde está
a chuva5, e todos os corpos celestes, o sol e a lua, as estrelas, as chuvas, os
ventos, o fogo e o calor, os orvalhos e as geadas, os gelos e os frios, as neves,
as noites e os dias, a luz e as trevas, os relâmpagos e as nuvens são
convidados a louvar o Senhor. A terra com os seus montes e outeiros, as suas
fontes, os seus mares e rios, os cetáceos e peixes e tudo o que se move nas
águas; as aves do céu, os rebanhos e os animais selvagens, todos são
instados a bendizer o Senhor.

O homem, rei da criação, aparece em último lugar, e nesta ordem: todos os


homens em geral, o povo de Israel, os sacerdotes, os ministros do Senhor, o
povo judeu, os justos, os santos e humildes de coração. Por último, os próprios
jovens judeus fiéis ao Senhor (Ananias, Azarias e Misael) são chamados a
cantar os louvores ao Criador6.

Para a acção de graças depois da Santa Missa, acrescentou-se há muito


tempo a este cântico o Salmo 150, o último do Saltério, em que também se
convocam todos os seres vivos para que bendigam o Senhor. Laudate
Dominum in sanctis eius... Louvai o Senhor no seu santuário, louvai-o no seu
augusto firmamento. Louvai-o pelas suas obras grandiosas, louvai-o pela sua
excelsa majestade. Louvai-o com timbales e com danças, com instrumentos de
corda e com o órgão, com címbalos... Tudo o que respira louve o Senhor.

A nossa vida cristã deve ser toda ela um vibrante cântico de louvor, cheio de
adoração, acção de graças e entrega amorosa. Por isso, na acção de graças
após a Comunhão, enquanto temos o Senhor do Céu e da terra no nosso
coração, unimo-nos a todo o universo no seu pregão de agradecimento ao
Criador.

II. TODA A NOSSA VIDA é um tempo de alegria e de louvor a Deus. Para


darmos graças ao Senhor, especialmente depois de termos comungado,
podemos unir-nos interiormente a todas as criaturas que, cada uma conforme o
seu ser, manifestam o seu júbilo ao Senhor. “Temos que cantar desde agora –
comenta Santo Agostinho –, porque o louvor a Deus será a nossa felicidade
durante a eternidade e ninguém será apto para essa ocupação futura se não se
exercitar louvando nas condições da vida presente. Cantemos o Aleluia,
dizendo uns aos outros: louvai o Senhor; e assim preparamos o tempo do
louvor que virá depois da ressurreição”7. Louvai o Senhor...! Unimo-nos
alegremente a todos os seres da terra, e aos santos, e “com os anjos e os
arcanjos, e com todos os coros celestiais, cantamos sem cessar um hino à
vossa glória...”8

Adoro-Vos com devoção, Deus escondido9, dizemos a Jesus na intimidade


do nosso coração depois de termos comungado. Nesses momentos, temos de
conter a nossa impaciência por chegar ao trabalho ou a casa, e permanecer
recolhidos com Deus que nos visita. Não existe nada no mundo que seja mais
importante do que prestar essa honra ao nosso Hóspede. Se formos generosos
com o Senhor e passarmos sossegadamente na sua companhia esses dez
minutos após a Comunhão, chegará um tempo – talvez já tenha chegado – em
que esperaremos com impaciência a nova oportunidade de assistir à Santa
Missa e de comungar. As pessoas que em todos os tempos estiveram perto de
Deus esperaram com impaciência esse momento. Assim acontecia com S
Josemaría Escrivá: durante a manhã, agradecia a Missa que tinha celebrado e,
de tarde, preparava a Missa do dia seguinte. E era tal o seu amor que, mesmo
durante a noite, quando o seu sono se interrompia, o seu pensamento se dirigia
para a Santa Missa que ia celebrar no dia seguinte e, com o pensamento, o
desejo de glorificar a Deus através daquele Sacrifício único. Assim o trabalho e
os sacrifícios, as jaculatórias e as comunhões espirituais, os pormenores de
caridade ao longo da jornada convertiam-se em preparação ou obséquio de
acção de graças10.

Examinemos hoje com que amor assistimos à Santa Missa e que atenção e
esmero pomos nesses minutos em que estamos a sós com o Senhor. É uma
delicadeza que nunca devemos deixar de ter com Ele.

III. O EVANGELHO DA MISSA11 recorda-nos a vinda gloriosa de Cristo no


fim dos tempos: E haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas, e na terra
consternação dos povos pela confusão do bramido do mar e das ondas,
mirrando-se os homens de susto na expectativa do que virá sobre todo o
mundo; porque as virtudes do céu se abalarão. E então verão o Filho do
homem vir sobre uma nuvem com grande poder e majestade.

Agora, na Comunhão, o próprio Filho do homem chega ao nosso coração


para nos fortalecer e cumular de paz. Vem como o Amigo há tanto tempo
esperado. E temos que recebê-lo como o fizeram os seus amigos: com a
atenção de Maria de Betânia, com a alegria com que Zaqueu o acolheu em sua
casa... “Parece que esse é o modo adequado de proceder: se recebemos a
visita de um amigo, de um convidado, atendemo-lo, isto é, conversamos com
ele, acompanhamo-lo. Não o deixamos na sala de visitas com um jornal na
mão, para que se vá entretendo até que nos convenha atendê-lo. Sem dúvida,
seria de muito má educação. E se a pessoa que nos visita fosse tão importante
que o simples fato de vir a nossa casa representasse uma honra muito além da
nossa condição e mérito, então a desatenção não seria apenas uma falta de
educação, mas uma grosseria inqualificável”12.

Temos que tratar bem Jesus, que deseja tanto visitar-nos na nossa pobre
casa. “E Sua Majestade não costuma pagar mal a hospedagem, se o
atendemos bem”13. É uma boa ocasião de unir-nos a toda a Criação para
louvar e dar graças ao Criador que, humilde, permanece sacramentalmente no
nosso coração durante esses minutos.

A Igreja, sempre boa Mãe, aconselhou aos seus filhos umas orações que
têm alimentado a piedade de tantos cristãos e que nos podem também ajudar a
dirigir-nos a Jesus, especialmente quando nos sentimos pobres de palavras: o
hino Adoro te devote, o Trium puerorum, a Oração a Jesus Crucificado, as
Invocações ao Santíssimo Redentor... Se ao comungar, procuramos ter à mão
algum devocionário ou um Missal dos fiéis, disporemos de uma boa ajuda para
aproveitar esse tempo que tanto irá influir em todo o nosso dia. Muitas vezes, a
jornada depende desses minutos junto de Jesus Sacramentado.

Não deixemos de empregar todos os meios ao nosso alcance para


melhorarmos as nossas disposições antes e depois de comungar. Qualquer
esforço que ponhamos é sempre amplamente recompensado.

“Quando receberes o Senhor na Eucaristia, agradece-lhe com todas as


veras da tua alma essa bondade de estar contigo.

“– Não te detiveste a considerar que passaram séculos e séculos, até que


viesse o Messias? Os patriarcas e os profetas pediam, com todo o povo de
Israel: – A terra tem sede, Senhor, vem!

“– Oxalá seja assim a tua espera de amor”14.

(1) Dan 3, 68 e segs.; Salmo responsorial da Missa da quinta-feira da trigésima quarta semana
do Tempo Comum, ano I; (2) cfr. A. G. Martimort, La Iglesia en oración, 3ª ed., Herder,
Barcelona, 1987, pág. 168; (3) João Paulo II, Audiência geral, 12.03.86; (4) ibid.; (5) cfr. Gen 1,
7; (6) cfr. B. Orchard e outros, Verbum Dei, vol. II, notas a Dan 3, 51-90; (7) Santo Agostinho,
Comentário aos Salmos; (8) Missal Romano, Prefácio da Missa; (9) Hino Adoro te devote; (10)
cfr. Federico Suárez, El sacrificio del altar, pág. 280; (11) Lc 21, 20-28; (12) Federico Suárez,
El sacrificio del altar, pág. 274; (13) Santa Teresa, Caminho de perfeição; (14) S. Josemaría
Escrivá, Forja, n. 991.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

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