Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
AGRADECIMENTOS
Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste
boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA.
Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF),
Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra.
Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento
do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita
Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger,
Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (Cachoeiras de
Macacu, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá).
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................07
This bulletin presents a mapping of to the target (sensitive to changes re- ment in the quality of life of inhabitants
the cities comprised by CONLESTE1 be- quired by the target) of the cities of CONLESTE, in conformity
tween the years 2000 and 2006, which with the MDGs and the principles of
UÊselection of indicators which may be
provides a picture of the scenario before UN´s Global Compact.
periodically updated, preferably an-
the official announcement of the imple-
nually and with data available from
mentation of the Petrochemical Complex
1990
COMPERJ/PETROBRAS in Itaboraí. It
aims at establishing a baseline for the UÊuse of well-established databases and
monitoring of the impacts of this in- methodologies
dustrial complex on the Millennium
The team at the Institute for Art
Development Goals - MDGs – in the 11
and Communication (IACS/UFF) has
cities of the consortium.
documented – through photographs
Between November 2007 and
and videos – the process which in-
March 2008, a participative process of
volved 65 meetings, with the pres-
adaptation of the MDGs, their respec-
ence of local governments from the
tive targets and indicators took place
eleven cities of CONLESTE, institutions
in CONLESTE, which has resulted in
responsible for official data and infor-
the establishment of 8 Objectives, 23
mation (IBGE, CIDE, DATASUS, INEP,
Targets and 58 Indicators. In this pro-
UNYSIS-DATAMEC, IPEA, among oth-
cess, it was agreed that MDG 8, related
ers), Municipal Commissions for Work
to: “establishing a world partnership
and Income, Chambers of Commerce,
for development” was not applicable to
researchers from UFF and specialists
this project. An additional Goal, MDG
from UN-HABITAT.
9, was formulated as follows: “acceler-
Based on this framework of socio-
ating the process of local development,
economic and environmental indica-
with the reduction of inequalities in the
tors, this bulletin presents the results
region of CONLESTE”.
obtained by this Project for the years
The system composed by 58 indi-
2000 to 2006 - baseline for the moni-
cators, validated between specialists
toring of the impacts of COMPERJ on
from UN-HABITAT and from the fol-
the MDGs in this region. This publica-
lowing faculties at Fluminense Federal
tion is a shared effort by the COMPERJ
University (UFF) - Faculty of Education,
Information Center, Fluminense Federal
Institute of Community Health, Institute
University and UN-HABITAT, and we are
of Geosciences, Faculty of Economy,
confident to have in our hands an in-
Center for Habitation and Urban
strument for diagnosis with qualified
Studies and Projects – with the partici-
and relevant information to assist gov-
pation of local authorities of CONLESTE,
ernments and institutions of CONLESTE
was organized based on the following
in the planning and execution of their
criteria:
actions, aiming at promoting local and
UÊmaintenance or closest approxima-
regional sustainable development. The
tion to the indicators suggested by
focal point of the Project is the full right
the UN
to the city, which presupposes the erad-
UÊselection of indicators directly related ication of poverty and overall improve-
1
CONLESTE – the Intermunicipal Consortium for the Development of the East Fluminense Region – is conformed by the following cities: Cachoeiras de Macacu, Casimiro de
Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, Magé, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, Tanguá e Silva Jardim.
6
INTRODUÇÃO
7
ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome
Os impactos do COMPERJ e o uma maior porcentagem de pobres do dentre as cidades analisadas. As cida-
acompanhamento da evolução do nú- que o Estado do Rio de Janeiro: 23,24% des de Maricá (21,54%) e São Gonçalo
mero de famílias que pertencem às e 18,78%, respectivamente. As cidades (24,61%) apresentaram indicadores
faixas de renda mais baixas nos muni- de Magé (34,80%), Itaboraí (35,24%) próximos aos obtidos no Estado do Rio
cípios do CONLESTE permitirão estabe- e Tanguá (39,16%) apresentaram nes- de Janeiro e no CONLESTE. As cidades
lecer indicadores de redução da pobre- te indicador um resultado superior em que apresentaram um número menor
za e de desigualdade de rendimentos. mais de 10 pontos percentuais ao ob- de pobres foram: Casimiro de Abreu
Para calcular a renda da população e, tido no Estado do Rio de Janeiro e no (4,91%), Niterói (12,05%), Rio Bonito
consequentemente, estimar a pobreza, CONLESTE. Já as cidades de Silva Jardim (16,58%) e Cachoeiras de Macacu
utilizou-se a variável renda do Censo e Guapimirim obtiveram, respectiva- (21,22%), com destaque para os mu-
Demográfico IBGE do ano 2000. Para o mente, neste indicador os resultados de nicípios de Casimiro de Abreu e Niterói
ano de 2007 foi feita uma extrapolação 32,76% e 28,60% que, em compara- que apresentam resultados bem abaixo
com base na variação do PIB de cada ção aos resultados obtidos no Estado ao do Estado do Rio de Janeiro e do
um dos 11 municípios. do Rio de Janeiro e no CONLESTE, re- CONLESTE.
A região do CONLESTE demonstra- presentam diferenças significativas. No
va possuir relativamente mais pobres caso da cidade de Silva Jardim, o indi-
do que o Estado do Rio de Janeiro1. No cador apresentou um resultado supe-
conjunto dos municípios que integram rior em 13,98 pontos percentuais em
o CONLESTE, destacam-se Casimiro de relação ao Estado do Rio de Janeiro, e
Abreu e Niterói, que apresentaram ní- 9,52 pontos percentuais, em relação à
veis de pobreza reduzidos em relação à média dos municípios do CONLESTE.
média da região; e Itaboraí, Magé, Silva No município de Guapimirim este in-
Jardim, Guapimirim e Tanguá, cujos ín- dicador apresentou um resultado su-
dices apresentaram patamares elevados perior de 9,83 e 5,37 pontos percen-
em comparação ao resultado médio ob- tuais em relação ao Estado do Rio de
tido na região. Janeiro e aos municípios do CONLESTE,
Os municípios do CONLESTE de for- respectivamente. Em suma, estas cida-
ma agregada apresentaram, em 2007, des apresentam maior nível de pobreza
(%) 40
35
30
25
20
15
10
0
C achoeiras C asimiro de S ão
Guapimirim Itaboraí M agé M aricá Niterói R io B onito S ilva J ardim T anguá C ONLE S T E RJ
de M acacu A breu Gonçalo
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados do Censo Demográfico 2000 (IBGE).
1
Para análise das condições de pobreza foi utilizado o critério definido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que estabelece para o Estado do Rio de Janeiro
os seguintes valores para definir a linha da pobreza: R$117,34 para a região metropolitana, R$99,56 para a região urbana e R$89,61 para região não-urbana (valores em
reais do ano 2000).
9
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
O acesso ao ensino fundamental rior da escola. Da mesma forma que o Fundamental e a população municipal
na região do CONLESTE é hoje prati- observado no ensino fundamental, a de seis a quatorze anos de idade. Se
camente universalizado. Contudo, a região precisará de grande esforço para todas as crianças tivessem ingressado
retenção e a evasão escolar têm invia- melhorar o fluxo educacional no ensino na escola em idade correta (seis anos)
bilizado que muitos percorram o fluxo médio, buscando equacionar o proble- e não houvesse reprovação ou evasão
escolar de maneira adequada. Assim, os ma das reprovações, primeira causa de escolar, esse percentual seria de 100%,
indicadores referentes à defasagem2 em retenção. isto é, o número de crianças com seis
termos de idade e sexo para diferentes Há de se atentar que o potencial anos de idade no município equivaleria
etapas do ensino refletem os principais aumento da demanda ocasionado ao de alunos da primeira série (primeiro
problemas existentes na escola. A fim pela implantação do COMPERJ pode, ano), com sete anos ao da segunda sé-
de garantir a meta de universalização se não for desde já equacionado pelo rie, e assim sucessivamente.
do ensino fundamental e ampliação do Poder Público, trazer sérias consequên- Um percentual maior que 100%,
ensino médio, é necessário implementar cias para as redes de ensino médio, quando encontrado, indica que hou-
políticas efetivas tanto de acesso quan- pela carência de professores e prédios ve retenção ao longo do Ensino
to de permanência de alunos na escola, escolares. Fundamental, fruto das reprovações
nestas duas etapas do ensino. Os indicadores referentes à educa- escolares. Nessa situação, haveria, por
Com relação à taxa de masculinida- ção técnica-profissional estão relacio- exemplo, mais alunos matriculados na
de, observa-se que o acesso de homens nados com os cursos de capacitação terceira série do que o total de crianças
e mulheres ao ensino fundamental não profissional oferecidos pelos Centros de com oito anos de idade na população
apresenta discrepâncias, embora esta Integração do COMPERJ, e estão sendo do município. Por outro lado, um per-
mesma taxa mostre grande distorção monitorados a partir do primeiro se- centual menor que 100% demonstra
entre os sexos quanto à conclusão des- mestre de 2008, e, portanto, ainda não a existência de evasão, pois represen-
te nível de ensino. Para dar conta das fazem parte desta análise. taria, por exemplo, que na quarta série
metas deste ODM, serão necessárias Com a taxa de matrícula escolar estivesse matriculado, mesmo com a
políticas específicas para a manutenção bruta vemos a relação entre os alunos retenção existente, um número de alu-
dos alunos do sexo masculino no inte- matriculados nas nove séries do Ensino nos menor que o de crianças com nove
160%
140%
120%
100%
80%
60%
40%
20%
0% Cachoeiras Casimiro de
Guapimirim Itaboraí Magé Maricá Niterói Rio Bonito São Gonçalo Silva Jardim Tanguá CONLESTE RJ
de Macacu Abreu
2007 122,41% 140,13% 102,37% 112,21% 116,01% 119,10% 113,36% 141,00% 86,69% 97,80% 98,39% 113,59% 103,06%
Fonte: INEP
2
Esta defasagem de idade e de sexo é medida em termos das chamadas taxas de distorção e taxas de masculinidade. A distorção idade/série refere-se à diferença entre a ida-
de real dos alunos matriculados em determinada série escolar, ou concluintes, e aquela esperada para tal ano baseado no fluxo escolar normal (sem repetência). Com relação
ao sexo dos alunos, chama-se taxa de masculinidade a diferença entre alunos e alunas matriculados ou concluintes de determinado nível escolar.
11
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
anos de idade presente na população outras, sendo necessário analisar a taxa educacional, pois como já foi dito, ou-
municipal. Só o indicador geral, entre- série a série. tros fatores devem ser observados. Por
tanto, não é suficiente para expressar Vide, por exemplo, o município de exemplo, deve-se atentar para o fato
a situação da educação no município e Tanguá (98,39%) que apresenta a taxa que esse município apresenta uma taxa
na região, pois ele pode conjugar, como mais próxima da taxa de 100%. Isso de 128,42% na primeira série (uma
normalmente ocorre, maior retenção não quer dizer, entretanto, que Tanguá taxa alta) e de 46,24% na nona série
em algumas séries e maior evasão em seja o município com melhor situação (uma taxa muito baixa), demonstrando
160,00%
140,00%
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
Cachoeiras Casimiro de
Guapimirim Itaboraí Magé Maricá Niterói Rio Bonito São Gonçalo Silva Jardim Tanguá CONLESTE RJ
de Macacu Abreu
2007 81,41% 140,06% 65,21% 65,66% 77,73% 78,85% 116,81% 94,26% 61,29% 43,37% 43,59% 78,93% 86,10%
Fonte: INEP
50,00%
45,00%
40,00%
35,00%
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
Cachoeiras Casimiro de
Guapimirim Itaboraí Magé Maricá Niterói Rio Bonito São Gonçalo Silva Jardim Tanguá CONLESTE RJ
de Macacu Abreu
2007 38,34% 29,19% 34,36% 38,64% 37,09% 32,67% 26,44% 37,19% 33,28% 42,50% 48,69% 36,22% 30,18%
Fonte: INEP
12
ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional
possuir graves problemas educacionais. lação em idade adequada a frequentar menor taxa apresentada foi a de Niterói
Quanto à meta, esse indicador deixa aquele nível de ensino. (26,44%). Já a maior taxa foi a de
claro que é necessário, para garantir a No Estado do Rio de Janeiro, por exem- Tanguá (48,69%), mostrando que nes-
universalização do Ensino Fundamental, plo, a Taxa de Matrícula Bruta é de 86,10% se município quase metade dos alunos
implementar políticas que melhorem a e a taxa média da região do CONLESTE é está matriculada em séries inferiores às
qualidade social da educação na região, de 78,93%. Apresentando, ambos, taxas vistas como adequadas a suas idades.
equacionando o problema da repetên- bem menores que as demonstradas, nesse Para que seja alcançada a Meta de
cia e da evasão existentes ao longo do mesmo ano, na taxa de matrícula escolar universalização do Ensino Fundamental,
período de escolaridade. Mostra, tam- bruta do Ensino Fundamental. há de se implementar políticas de cor-
bém, que para a implementação dessas Para o alcance do objetivo de am- reção do fluxo escolar, buscando dar
políticas o ideal é que seja feita uma pliação do Ensino Médio serão neces- atenção especial às séries que apresen-
análise dos problemas série a série, iden- sárias políticas efetivas de acesso e de tam maiores problemas.
tificando os pontos de estrangulamento permanência nesse nível de ensino. Mas No que se refere à distorção idade/ sé-
do fluxo escolar e elaborando soluções o aumento da demanda poderá, se não rie no Ensino Médio essa taxa aproxima-
específicas para cada um deles. for desde já equacionado pelo Poder se do zero quão menor é a retenção dos
Com a taxa de matrícula escolar Público, trazer um colapso nas redes de alunos ao longo do Ensino Médio. Dentre
bruta no Ensino Médio, vemos a rela- ensino, pela carência de professores e os municípios pesquisados, a menor taxa
ção entre os alunos nas três séries do prédios escolares, pois os municípios já apresentada foi a de Niterói (40,18%) e
Ensino Médio e a população municipal trabalham com um universo de matricu- a maior a do município de Guapimirim
de quinze a dezessete anos de idade. Se lados menor do que o número de jovens (61,69%). O gráfico revela que todos os
todos os alunos tivessem ingressado no existentes na população em idade ade- municípios da região possuem altos índi-
Ensino Médio na idade adequada (quin- quada às séries desse nível de ensino. ces de retenção escolar, fazendo com que
ze anos) e não houvesse reprovação ou Quanto à distorção idade/série no cerca de metade de seus alunos estejam
evasão escolar, esse percentual seria de Ensino Fundamental, essa taxa apro- cursando séries inferiores às vistas como
100%. O percentual maior que 100% xima-se do zero quão menor é a re- adequadas a suas idades.
encontrado indica que houve retenção tenção dos alunos ao longo do Ensino Expandir o Ensino Médio, tal como
ao longo do processo de escolarização Fundamental, pois a existência de taxa propõe a meta, pressupõe baixar signi-
dos alunos, fruto das reprovações esco- zero mostraria não haver qualquer alu- ficativamente as taxas de distorção ida-
lares. Por sua vez, o percentual menor no com idade acima da recomendada de / séries, melhorando o fluxo escolar
que 100% revela que há menos alunos em qualquer série desse nível de ensino. e diminuindo as reprovações, causa pri-
matriculados do que o total da popu- Dentre os municípios pesquisados, a meira da retenção.
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Cachoeiras Casimiro de
Guapimirim Itaboraí Magé Maricá Niterói Rio Bonito São Gonçalo Silva Jardim Tanguá CONLESTE RJ
de Macacu Abreu
2007 57,93% 55,56% 61,69% 57,84% 53,53% 44,21% 40,18% 44,02% 48,54% 46,15% 56,28% 51,45% 53,66%
Fonte: INEP
13
ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
C achoeiras C asimiro de S ão
Guapimirim Itaboraí M agé M aricá Niterói R io B onito S ilva J ardim T anguá C ONLE S T E RJ B R A S IL
de M acacu A breu Gonçalo
Fonte: RAIS/MT.
15
ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0 C achoeiras C asimiro S ão S ilva
Guapimirim Itaboraí M agé M aricá Niterói R io B onito T anguá C ONLE S T E RJ B R A S IL
de M acacu de A breu Gonçalo J ardim
Fonte: RAIS/MT.
16
ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância
Taxa de mortalidade infantil nos municípios do CONLESTE (por 1.000 nascidos vivos)
25,00
20,00
Taxa por 1000 nascidos vivos
15,00
10,00
5,00
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
18
ODM5 | Melhorar a saúde materna
300,00
250,00
Taxa por 100 mil nascidos vivos
200,00
150,00
100,00
50,00
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS
20
ODM6 | Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças
100,00
90,00
80,00
70,00
Taxa por 100 Mil Habitantes
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
Fonte: SINAN/DATASUS
22
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
Fonte: Elaborado pela Equipe do Instituto de Geociências com base na interpretação de imagens do Satélite SPOT do ano de
2005
A maior parte do CONLESTE en- dos municípios brasileiros. 9,5% de áreas protegidas por unidades
contra-se localizada dentro da Região As fisionomias naturais ainda apre- de conservação ambiental de prote-
Ecológica da Floresta Ombrófila Densa sentam uma superfície remanescente ção integral. Este valor era inferior aos
(Floresta Tropical Pluvial), parte do do- considerável ocupando 45,8% da área 10% preconizados internacionalmente
mínio do Bioma Mata Atlântica, que dos municípios do CONLESTE. Estes como o mínimo desejável para garan-
ainda se desdobra em ambientes de remanescentes correspondem quase tir a manutenção da biodiversidade. Os
manguezais e restingas. todos (43,5%), às florestas ombrófilas municípios que apresentaram valores
Com relação à meta que trata do densas que ocupam as áreas de encos- superiores a 10% foram Cachoeiras de
acesso às redes de água e esgoto, será tas íngremes e escarpas da Serra do Mar. Macacu (27,4%), Guapimirim (19,1%)
central o conceito de saneamento am- As formações pioneiras ocupam 1,9% e Silva Jardim(10,3%). Os municípios
biental, entendido aqui como o acom- da área, representadas pelos mangue- que apresentaram os piores resultados
panhamento das áreas ambientais e zais da planície fluviomarinha protegida foram São Gonçalo (0,2%) e Rio Bonito
também do conjunto das ações que pela APA de Guapimirim. Embora com (0,1%).
envolvem abastecimento de água, es- superfícies menos expressivas, as comu- Com relação ao percentual de do-
goto sanitário e coleta de resíduos só- nidades relíquias, campos de altitude e micílios particulares permanentes urba-
lidos. O saneamento ambiental emerge afloramentos rochosos, ocupam peque- nos com acesso às redes gerais de água
como um dos pontos mais vulneráveis nas áreas (0,4% das áreas naturais) nos e esgoto nos município do CONLESTE,
da chamada crise urbana. Neste senti- topos montanhosos e encostas íngre- no ano 20073, 48,2% dos domicílios
do, trata-se de um tema que demanda mes da Serra do Mar. permanentes urbanos na região eram
a urgente correção dos rumos adotados No ano de 2007, a região do atendidos por rede de abastecimento
até o momento em parte significativa CONLESTE apresentou um índice de de água, situação comparativamente
3
Para construção do perfil relativo ao ano 2007 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de
água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de informações. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de abas-
tecimento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a
concessionária AMPLA, responsável pelo abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida
pela abrangência de seu serviço e por possuir um banco de dados atualizado semestralmente.
24
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
melhor que a encontrada em 2006, coleta de esgoto. Estes dois municípios situação bastante precária em todos os
quando este percentual atingia apenas em 2006 também se destacavam com municípios com relação às condições de
38,68%. No entanto, a média apre- 80,04% e 71,02% dos domicílios aten- abastecimento de água e principalmen-
sentada por todos os municípios do didos pelo serviço, respectivamente. No te de esgoto. A análise das condições
CONLESTE em 2007 continuava a ser entanto, nenhum dos municípios do de abastecimento de água, tanto para
inferior à do Estado do Rio de Janeiro CONLESTE apresentava índices superio- o ano de 2006 quanto para o de 2007,
(98,74%), a exemplo do que já ocorria res à média nacional (96,41%), estadu- aponta que a totalidade dos municípios
no ano de 2006, quando a média esta- al (98,80%) e da Região Metropolitana está abaixo do índice estadual. É impor-
dual era 98,80%. (98,84%). tante ressaltar também que, no ano de
Em relação ao esgotamento sanitá- A ausência de rede de coleta de es- 2007, o crescimento das áreas urbanas
rio, sete dos dez municípios analisados goto tem impacto direto no meio am- continuou não sendo acompanhado
na região possuíam menos de 35% de biente, com a poluição dos cursos de pela ampliação dos serviços de sane-
seus domicílios permanentes urbanos água, a proliferação de valas negras, amento ambiental que apresentavam
com acesso à rede geral. Vale destacar contaminação do lençol freático, entre grandes defasagens já no período an-
que Niterói e Cachoeiras de Macacu outros problemas. Combinado com o terior analisado (2000 e 2006), situação
apresentavam os maiores indicadores alcance da rede de abastecimento de que foi agudizada ainda mais no ano de
tanto em relação ao percentual de do- água, o cenário resultante pode ser ain- 2007.
micílios atendidos pela rede de abaste- da mais adverso. No caso dos municí- Com relação a assentamentos pre-
cimento de água, quanto pela rede de pios do CONLESTE, constatou-se uma cários nos municípios do CONLESTE,
Percentual de domicílios urbanos com acesso à rede de água e à rede de esgoto nos municípios do CONLESTE
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
C achoeiras C as imiro de S ão
RJ* C ONLE S T E G uapimirim Itaboraí M agé M aricá Niterói R io B onito S ilva J ardim T anguá
de M acacu A breu G onçalo
Á gua 2007 98,74 48,2 74,46 59,43 18,95 16,79 13,26 83,53 41,9 49,56 29,09 12,44
E s goto 2007 71,03 20,9 74,46 38,19 0,01 0 1,17 75,27 0 0,92 17,58 0
Fonte: Dados PNAD – 2007. Elaboração: Equipe de Urbanismo / UFF, 2009.
estes ocupavam em 20004, uma área não significa uma retração no cresci-
de 22,52 km2, passando a ocupar, em mento dos assentamentos, mas indica
20065, 24,95 km2, ou seja, apresen- uma aceleração da expansão da área
tando um percentual de crescimento urbanizada, talvez resultante da revisão
de 10,84%. Neste mesmo período, a dos perímetros urbanos nos municípios
área urbanizada no CONLESTE passou que elaboraram seus Planos Diretores
de 276,84 km² para 403,51 km², o que Participativos.
significa uma expansão de 140,67%, Quanto às ações relativas à melhoria
percentual muito superior ao observado da qualidade de vida nos assentamen-
nos assentamentos. tos precários urbanos, nestes dois anos,
Esta diferença de incremento se re- em todo o CONLESTE, não foi consta-
bate no indicador percentual de área tada nenhuma ação no que se refere à
urbanizada ocupada por assentamen- urbanização e regularização fundiária e
tos que, em 2000, era de 8,13% do à produção de novas habitações.
total da área urbanizada dos municípios
do CONLESTE e, em 2006, caiu para
6,17%. Importante ressaltar que isto
4
Quanto ao monitoramento dos assentamentos precários urbanos, o projeto se propõe a partir do ano de 2006, à realizar análises bianuais, sendo avaliados, portanto, os
anos de 2006 e 2008.
5
A medição da área urbanizada para 2006 foi realizada sobre imagens de satélite SPOT-2005.
26
ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental
Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município do CONLESTE
Fonte: Elaborado pela Equipe de Urbanismo / UFF, 2009. Execução: Equipe Geociências / UFF 2009.
27
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
META 23A Melhoria das condições fiscais e da capacidade de investimento dos municípios.
Indicadores:
UÊ Estrutura de receitas (correntes e de capital) e despesas (custeio e capital) para municípios da região
29
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
O ODM 9 – acelerar o processo de to de energia, infraestrutura de saúde, ano o valor de R$ 2,6 trilhões. Dentre
desenvolvimento local, com redução das indicadores de violência na região e, por os municípios do CONLESTE que regis-
desigualdades na região do CONLESTE fim, um panorama das condições fiscais traram os maiores valores para o PIB,
– foi elaborado a partir de uma adapta- dos municípios. destacam-se: Niterói (R$ 8,2 bilhões),
ção dos Objetivos de Desenvolvimento O cálculo do PIB e do PIB per capi- São Gonçalo (R$ 7,6 bilhões), Casimiro
do Milênio da ONU a esta região. ta pode ser feito a partir da informação de Abreu (R$ 1,6 bilhão), Itaboraí (R$
Dentre as metas compreendidas neste básica do IBGE, PIB Municipal. 1,5 bilhão) e Magé (R$ 1,5 bilhão). Já
ODM, destacam-se para análise neste Em 2007, o PIB do CONLESTE che- entre os municípios que registraram
boletim as seguintes áreas: crescimento gou a R$ 23,3 bilhões, o que representa menores valores de PIB, encontramos:
econômico na região (PIB), mercado de uma participação de 7,7% no PIB do Silva Jardim (R$ 155 milhões), Tanguá
trabalho e mão-de-obra, especialização Estado do Rio de Janeiro, cujo valor re- (R$ 187 milhões) e Guapimirim (R$ 346
produtiva, evolução de cadeias produ- gistrado foi de R$ 301,5 bilhões, e 0,9% milhões). Os municípios de Maricá (R$
tivas, empreendedorismo, fornecimen- no PIB do Brasil, que alcançou neste 795 milhões), Rio Bonito (R$ 786 mi-
lhões) e Cachoeiras de Macacu (R$ 675
Valor do PIB nos municípios do CONLESTE a preços constantes de 2007 milhões) apresentaram valores de PIB
acima de RS 500 milhões, ficando, as-
sim, em posições intermediárias.
O gráfico abaixo ilustra o PIB per ca-
pita a preços constantes (de 2007) nos
municípios do CONLESTE para o ano de
2007
2007. A região do CONLESTE apresen-
tava em 2007 um PIB per capita de R$
10.266, valor inferior ao do Estado do
0 5 10 15 20 25 Rio de Janeiro (R$ 19.193) e ao do Brasil
Bilhões (R$ 13.843). Os maiores valores per capi-
Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Itaboraí ta foram observados nos municípios de
Magé Maricá Niterói Rio Bonito Casimiro de Abreu (R$ 56.028), Niterói
São Gonçalo Silva Jardim Tanguá (R$ 17.133), Rio Bonito (R$ 14.620) e
Fontes: PIB municipal IBGE; 2007 estimado pela equipe de economia mantendo-se Cachoeiras de Macacu (R$ 12.137) en-
proporções em relação ao Estado do Rio de Janeiro de 2006; o deflator de 2007 quanto que os menores valores foram
foi calculado implicitamente a partir dos valores nominais e reais do PIB trimestral registrados nos municípios de Magé (R$
do Brasil. 6.157), Tanguá (R$ 6.213), Itaboraí (R$
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0 C achoeiras C asimiro de
Guapimirim Itaboraí M agé M aricá Niterói R io B onito S ão Gonçalo S ilva J ardim T anguá C ONLE S T E RJ B rasil
de M acacu A breu
Fontes: PIB municipal IBGE; 2007 estimativa realiza pela equipe de economia baseada na taxa de crescimento 2006-2008.
30
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
Tanguá
Silva Jardim
São Gonçalo
Rio Bonito
Niterói
Maricá
Magé
Itaboraí
Guapimirim
Casimiro de Abreu
Cachoeiras de Macacu
-50 450 950 1.450 1.950 2.450 2.950 3.450 3.950 4.450
Fonte: CAGED/MT.
31
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
72,1% desse total. Entre os demais mu- postos, contribuindo com 1,51% do 8,2% da PEA, enquanto que as taxas
nicípios que juntos eram responsáveis total), Casimiro de Abreu (com 5.471 do Estado do Rio de Janeiro e da re-
por apenas 9,7% do total de postos de postos, contribuindo com 1,61% do gião do CONLESTE foram de 10,2%
trabalho formais, aqueles que apresen- total), Cachoeiras de Macacu (com e 10,4%, respectivamente. Vale notar
taram as menores participações foram: 6.674 postos, contribuindo com 1,96% que a região do CONLESTE, pela pró-
Tanguá (com 2.831 postos, equiva- do total) e Maricá (com 9.635 postos, pria metodologia aplicada, acompanha
lentes a 0,83% do total de postos de contribuindo com 2,83% do total de o Estado do Rio de Janeiro, embora a
trabalho formal no CONLESTE) e Silva empregos formais). taxa verificada nesta região seja ligeira-
Jardim (com 3.276 postos, equivalentes A população economicamente ativa mente superior à verificada no Estado.
a 0,96% do total de postos de traba- (PEA) se divide em empregos formais, Entre os municípios que integram
lho formal no CONLESTE), seguidos dos informais e desemprego. Em 2007, a a região do CONLESTE, as maiores ta-
municípios de Guapimirim (com 5.137 taxa de desemprego no Brasil foi de xas de desemprego foram verificadas
14,0%
12,0%
10,0%
8,0%
6,0%
4,0%
2,0%
Fonte: Estimativas da equipe de Economia a partir de dados do Censo (IBGE) e da PNAD (IBGE).
Remuneração mensal média dos trabalhadores nos municípios do CONLESTE no ano de 2007
1.600,00
1.400,00
1.200,00
1.000,00
800,00
600,00
400,00
200,00
2007 750 8 51 70 1 834 73 2 76 1 1.2 57 809 826 73 0 715 1.0 10 1.4 18 1.2 4 1
Fonte: RAIS/MT.
32
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
Concentração Produtiva
0,250
0,200
0,150
0,100
0,050
2007 0,150 0,205 0,209 0,095 0,156 0,174 0,079 0,153 0,098 0,225 0,141 0,085 0,092 0,084
em Tanguá (13,3%), Magé (12,8%), maior parte dos municípios essas remu- Rio de Janeiro e para o Brasil, verifica-se
Itaboraí (12,2%), São Gonçalo (11%) e nerações variaram entre R$ 750-850, que o índice de concentração da região
Guapimirim (10,6%), cujas taxas de de- conforme a seguinte ordem: Silva Jardim (0,085) é praticamente equivalente ao
semprego registradas foram superiores (R$ 730), Magé (R$ 732), Cachoeiras de observado para o total do Estado do
à taxa do CONLESTE (10,4%). Já entre Macacu (R$ 750), Maricá (R$ 761), Rio Rio de Janeiro e para o Brasil (0,092 e
os municípios que registraram as me- Bonito (R$ 809), São Gonçalo (R$ 826), 0,084, respectivamente).
nores taxas, estão: Casimiro de Abreu Itaboraí (R$ 834) e Casimiro de Abreu No entanto, quando estas informa-
e Rio Bonito, ambos com uma taxa de (R$ 851). ções são desagregadas para os diversos
desemprego de 7,6%, seguidos dos Este indicador relativo aos índices de municípios da região, observam-se ex-
municípios de Cachoeiras de Macacu concentração produtiva6 trata do grau pressivas diferenças no valor deste ín-
(8,2%), Niterói (8,4%), Maricá (9,2%) de concentração das atividades pro- dice. Deste modo, é possível diferenciar
e Silva Jardim (9,9%). dutivas nos municípios do CONLESTE, quatro grupos de municípios quanto ao
Em termos agregados, observa-se, comparativamente ao Estado do Rio valor deste índice para o ano de 2007:
em 2007, um valor de remuneração de Janeiro e ao Brasil. Para caracterizar (i) grupo com estrutura produtiva mais
média mensal na região do CONLESTE padrões de especialização produtiva na concentrada, com valor do índice su-
de R$ 1.010, sensivelmente inferior à região do CONLESTE utilizou-se um ín- perior a 0,20 (valor expressivamente
observada para o total do Estado do Rio dice de concentração tradicional (Índice superior à média do Estado e do País),
de Janeiro (R$ 1.418) e para o Brasil (R$ de Herfindhal). Este índice foi calcula- compreendendo os municípios de Silva
1.241). Apesar disso, de acordo com o do para os diversos municípios e para o Jardim (0,225), Guapimirim (0,209) e
RELATÓRIO 2000-2006, no período re- conjunto do CONLESTE, considerando Casimiro de Abreu (0,205); (ii) grupo
cente, o crescimento da remuneração informações relativas à distribuição do com estrutura produtiva com concen-
média mensal na região do CONLESTE emprego por diferentes ramos de ativi- tração de valor médio para alto (entre
foi superior ao observado no Estado dade. De acordo com a metodologia do 0,15-0,20), compreendendo os muni-
do Rio de Janeiro e no Brasil. No ano índice utilizado, quanto mais próximo cípios de Maricá (0,174), Magé (0,156)
de 2007, verifica-se também uma dis- da unidade o mesmo estiver, maior será e Rio Bonito (0,153); (iii) grupo com
persão entre as remunerações mensais a concentração da atividade econômica estrutura produtiva com concentração
nos diversos municípios da região, que em um número limitado de ramos de de valor baixo para médio (entre 0,09-
variaram, por um lado, entre R$ 701 atividade. Considerando o valor médio 0,15), compreendendo os municípios de
em Guapimirim e R$ 715 em Tanguá, e, deste índice para 2007, calculado para a Cachoeiras de Macacu (0,150), Tanguá
por outro, R$ R$ 1.257, em Niterói. Na região do CONLESTE, para o Estado do (0,141), São Gonçalo (0,098) e Itaboraí
6
Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para
os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação
setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada
atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos.
33
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
Cachoeiras de Macacu
Casimiro de Abreu
Guapimirim
Itaboraí
Magé
Maricá
Niterói
Rio Bonito
São Gonçalo
Silva Jardim
Tanguá
CONLESTE
Estado do Rio de Janeiro
Brasil
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
Fonte: RAIS/MT.
34
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
influência das cadeias da construção responsáveis por 70,4% do total de 224 PMEs) foram os que apresentaram
e agroindustrial, embora tal influência PMEs desta região. Os municípios de os menores números de PMEs.
tenha sido mais equitativa entre essas Rio Bonito (com 1.544 PMEs), Itaboraí Em 2007, o número de empregos ge-
duas cadeias, que em conjunto foram (1.531 PMEs), Magé (1.420 PMEs) e rados por PMEs na região do CONLESTE
responsáveis por 79,72% e 78,73% dos Maricá (1.092 PMEs) ficaram em um foi de 184.029, cerca de 11,6% do to-
empregos gerados nas quatro cadeias patamar intermediário em termos de tal de empregos gerados por PMEs no
estudadas, nos respectivos municípios. PMEs, embora todos estes municípios Estado do Rio de Janeiro, cujo total foi
Já o município de Niterói apresentou tenham ficado abaixo da média da re- de 1.584.293, neste mesmo ano. Em
forte influência não somente da cadeia gião (2.362 PMEs). Já os municípios de relação aos municípios do CONLESTE
da construção (39,46%), mas também Cachoeiras de Macacu (com 705 PMEs), que apresentaram números mais ele-
da cadeia metal-mecânica (35,95%), Casimiro de Abreu (com 451 PMEs), vados de empregos gerados por PMEs,
devido principalmente ao peso da in- Guapimirim (com 393 PMEs), Silva destacam-se: Niterói (com 85.533 pos-
dústria naval no município. De modo Jardim (com 333 PMEs) e Tanguá (com tos), São Gonçalo (com 48.354), Itaboraí
similar, o município de São Gonçalo
apresentou forte influência da cadeia Número de emprego gerado por Pequenas e Médias Empresas (PMEs) em
da construção (30,73%) e da cadeia 2007
químico-petroquímico (23,73%).
O empreendedorismo é fortalecido,
assim como o emprego, quando au-
mentam o número e a qualidade das
Pequenas e Médias Empresas (PMEs)
que se instalam em uma determinada
região. Em 2007, o número de PMEs no
Estado do Rio de Janeiro foi de 227.954,
enquanto que na região do CONLESTE
este número chegou a 25.984, o que
corresponde a 11,4% do total de PMEs
do Estado do Rio de Janeiro.
Em relação à região do CONLESTE,
é importante destacar o caráter hete-
0 50.000 100.000 150.000 200.000
rogêneo da distribuição de PMEs entre
Cachoeiras de Macacu Casimiro de Abreu Guapimirim Itaboraí
seus municípios. Em 2007, os municí- Magé Maricá Niterói Rio Bonito
pios de Niterói (com 11.766 PMEs) e São Gonçalo Silva Jardim Tanguá
São Gonçalo (com 6.528 PMEs) foram Fonte: RAIS/MT.
1.200
1.000
800
600
400
200
0 C achoeiras de C asimiro de
Guapimirim Itaboraí M agé M aricá Niterói R io B onito S ão Gonçalo S ilva J ardim T anguá C ONLE S T E
M acacu A breu
Fonte: AMPLA.
35
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
C ac ho eiras C as imiro de
G uapimirim Itabo raí M agé M aric á N iteró i S ão G o nç alo S ilva J ardim T anguá C ON LE S T E RJ
de M ac ac u A breu
2007 0,91 0,95 0,93 1,02 0,95 1,04 1,02 1,07 1,11 1,00 1,01 0,39
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e do TCE-RJ.
4.500,00
4.000,00
3.500,00
3.000,00
2.500,00
2.000,00
1.500,00
1.000,00
500,00
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e do TCE-RJ.
36
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
(com 11.828 postos) e Rio Bonito (com Macacu. Isso indica que o padrão de vida investimentos em infraestrutura social
10.935 postos). Os municípios de Magé é bastante distinto entre os moradores e econômica necessária, face ao cresci-
e Maricá apresentaram em suas PMEs desses municípios. O consumo residen- mento esperado, devido à implantação
a geração de 8.996 e 6.204 postos de cial de eletricidade é determinado pela do COMPERJ nesta região. Em 2007, os
trabalho, respectivamente, enquanto posse de equipamentos eletrodomésti- municípios do CONLESTE, em média,
os demais municípios registraram pata- cos. Os habitantes dos municípios com apresentaram equilíbrio orçamentário,
mares inferiores: Cachoeiras de Macacu consumo per capita inferior a 400 kWh ou seja, as receitas públicas se igualam
(com 3.842 postos), Guapimirim (com certamente dispõem de numero limitado às despesas, enquanto que, para o con-
2.507 postos), Casimiro de Abreu (com de equipamentos, utilizando eletricidade junto dos municípios do Estado do Rio,
2.428 postos), Silva Jardim (com 1.805 basicamente para iluminação7. Os muni- identifica-se um déficit de quase 60%,
postos) e Tanguá (com 1.597 postos). cípios que, em 2007, apresentaram um neste mesmo ano, conforme podemos
A disponibilidade de fontes modernas consumo residencial de eletricidade per observar no gráfico. Neste aspecto, des-
de energia é pré-requisito ao desenvolvi- capita acima, ou igual, a 400 kWh fo- tacam-se os municípios de Cachoeiras
mento econômico e à promoção do bem- ram: Niterói (1.119 kWh), Maricá (970 de Macacu (déficit de 9%), Guapimirim
estar da população. Por essas razões, a kWh), Casimiro de Abreu (727 kWh), (com déficit de 7%), Casimiro de Abreu
promoção do acesso da população a fon- São Gonçalo (596 kWh), Guapimirim e Magé (ambos com déficit de 5%). Por
tes modernas de energia é peça usual de (522 kWh), Magé (513 kWh), Itaboraí outro lado, os municípios de Silva Jardim
políticas energéticas em economias em (492 kWh) e Rio Bonito (455 kWh). Já (superávit de 11%), São Gonçalo (supe-
desenvolvimento, como a brasileira. os municípios que registraram um con- rávit de 7%), Maricá (superávit de 4%),
O consumo residencial per capita de sumo inferior ao patamar de 400 kWh Itaboraí (superávit de 2%) e Niterói (su-
energia elétrica na região do CONLESTE foram: Cachoeiras de Macacu (312 perávit de 2%) apresentaram um volu-
(691 kWh/habitante) foi significativamen- kWh), Tanguá (342 kWh) e Silva Jardim me de receitas superior a suas despesas.
te superior à média nacional (459 kWh/ (361 kWh). O município de Tanguá foi o único da
habitante) em 2007. Vale notar que há A análise da situação fiscal dos 11 região do CONLESTE a apresentar um
grande diversidade nos municípios ana- municípios do CONLESTE8 objetiva ava- exato equilíbrio orçamentário entre re-
lisados nesse aspecto: o consumo médio liar em que medida as finanças públicas ceitas e despesas.
de um morador de Niterói é 3,6 vezes su destes municípios os permite financiar A receita orçamentária per capita na
350,00
300,00
250,00
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00
C ac ho eiras C as imiro de S ão
G uapimirim Itabo raí M agé M aric á N iteró i S ilva J ardim T anguá C ON LE S T E RJ
de M ac ac u A breu G o nç alo
2007 66,79 286,98 159,58 55,86 151,74 94,32 76,76 36,96 87,46 201,56 72,03 308,82
Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e do TCE-RJ.
7
O consumo médio de eletricidade em Cachoeiras do Macacu corresponde ao de uma residência com cinco lâmpadas incandescentes, uma geladeira e uma TV, considerando
que quatro pessoas moram na residência e um padrão médio de utilização desses equipamentos.
8
Os dados sobre receita orçamentária do município de Rio Bonito ainda não estão disponíveis para o ano de 2007. Por isso, não foi possível calcular o indicador de equilíbrio
orçamentário para este município.
37
ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE
9,00
8,00
7,00
6,00
Taxa por 1000 habitantes
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
Cachoeiras Casimiro de
Guapimirim Itaboraí Magé Maricá Niterói Rio Bonito São Gonçalo Silva Jardim Tanguá CONLESTE RJ
de Macacu Abreu
2007 6,80 6,66 7,47 8,46 7,83 7,28 6,63 7,89 7,35 6,48 6,89 7,29 7,53
Fonte: SIM/DATASUS
35,00
30,00
25,00
Taxa por 100 Mil Habitantes
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
Cachoeiras de Casimiro de
Guapimirim Itaboraí Magé Maricá Niterói Rio Bonito São Gonçalo Silva Jardim Tanguá CONLESTE RJ
Macacu Abreu
2007 23,35 25,11 20,21 16,95 14,37 29,74 8,44 26,07 9,08 23,28 32,61 12,71 16,01
Fonte: SIM/DATASUS
38
região do CONLESTE foi de R$ 855,94, (R$ 159,58) e Magé (R$ 151,74) apresen- dices da região e do Estado.
enquanto que no Estado do Rio de tam taxas elevadas de investimento per Em 2007, a maioria dos municípios,
Janeiro este valor chegou a R$ 1.290,22 capita, neste mesmo ano. O desempe- com exceção de Magé, Niterói e São
em 2007. Dentre os municípios do nho destes municípios contrasta com as Gonçalo, apresentam taxas de mortali-
CONLESTE que apresentaram maiores taxas observadas nos municípios de São dade por acidentes de transporte que
níveis de receita orçamentária per ca- Gonçalo (R$ 36,96), Itaboraí (R$ 55,86) ultrapassam aquelas encontradas na re-
pita em 2007, destacam-se: Casimiro e Cachoeiras de Macacu (R$ 66,79), gião do CONLESTE e no Estado do Rio
de Abreu (R$ 4.419,59), Silva Jardim cujas taxas de investimentos per capita de Janeiro. Tanguá e Maricá registram
(R$ 1.916,11), Niterói (R$ 1.736,16), são ainda mais baixas do que a média do as maiores incidências, destacando-se
Rio Bonito (R$ 1.362,27), Cachoeiras CONLESTE. Já os municípios de Maricá dos demais municípios, com índices
de Macacu (R$ 1.234,86), Guapimirim (R$ 94,32), Silva Jardim (R$ 87,46) e duas vezes mais altos do que os do
(R$ 1.229,42) e Tanguá (R$ 1.194,87). Niterói (R$ 76,76) apresentaram valores Estado do Rio de Janeiro.
Já entre os municípios de receita orça- ligeiramente acima da média observada No que se refere à mortalidade por
mentária per capita corrente mais baixa, na região do CONLESTE. agressões, em 2007 a maioria dos mu-
destacam-se: São Gonçalo (R$ 329,26), Em 2007, os municípios de nicípios, com exceção de Cachoeiras
Magé (R$ 703,82), Itaboraí (R$ 824,85) Guapimirim, Itaboraí, Magé, Rio Bonito de Macacu, Itaboraí e Magé apre-
e Maricá (R$ 950,37). e São Gonçalo apresentam taxas de sentam taxas inferiores às da região
Em 2007, a região do CONLESTE9 mortalidade superiores às do CONLESTE do CONLESTE e do Estado do Rio de
registrou um investimento per capita de e do Estado do Rio de Janeiro, sendo Janeiro. Destacam-se Cachoeiras de
R$ 72,03, ficando abaixo da média do que os índices mais altos são verificados Macacu, Itaboraí e Magé, pois con-
Estado do Rio de Janeiro, que foi de R$ em Itaboraí e Rio Bonito. Casimiro de centram 35 % dos óbitos por agressão
308,82. Entretanto, cabe destacar que Abreu, Silva Jardim, Tanguá, Niterói e ocorridos na região, ultrapassando o
os municípios de Casimiro de Abreu (R$ Cachoeiras de Macacu têm os menores coeficiente encontrado no CONLESTE e
286,98), Tanguá (R$ 201,56), Guapimirim coeficientes, situando-se abaixo dos ín- no Estado.
60,00
50,00
40,00
Taxa por 100 Mil Habitantes
30,00
20,00
10,00
0,00
Cachoeiras Casimiro de
Guapimirim Itaboraí Magé Maricá Niterói Rio Bonito São Gonçalo Silva Jardim Tanguá CONLESTE RJ
de Macacu Abreu
2007 42,38 21,81 26,30 56,95 42,38 24,66 29,61 11,10 26,85 27,59 31,54 32,07 37,40
Fonte: SIM/DATASUS
9
Os dados sobre investimentos no município de Rio Bonito ainda não estão disponíveis para o ano de 2007. Por isso, não foi possível calcular o indicador de Investimento per
capita para este município.
39