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O documento descreve uma proposta de trabalho de conclusão de curso para alterar o isolamento térmico de fornos domésticos para atender aos novos limites de temperatura exigidos pelo Inmetro. O objetivo é reduzir em pelo menos 15°C a temperatura das superfícies externas dos fornos. A proposta visa levantar dados sobre os atuais materiais de isolamento usados e propor melhorias para atender à portaria do Inmetro de forma a aumentar a segurança dos usuários e a competitividade da indústria.
O documento descreve uma proposta de trabalho de conclusão de curso para alterar o isolamento térmico de fornos domésticos para atender aos novos limites de temperatura exigidos pelo Inmetro. O objetivo é reduzir em pelo menos 15°C a temperatura das superfícies externas dos fornos. A proposta visa levantar dados sobre os atuais materiais de isolamento usados e propor melhorias para atender à portaria do Inmetro de forma a aumentar a segurança dos usuários e a competitividade da indústria.
O documento descreve uma proposta de trabalho de conclusão de curso para alterar o isolamento térmico de fornos domésticos para atender aos novos limites de temperatura exigidos pelo Inmetro. O objetivo é reduzir em pelo menos 15°C a temperatura das superfícies externas dos fornos. A proposta visa levantar dados sobre os atuais materiais de isolamento usados e propor melhorias para atender à portaria do Inmetro de forma a aumentar a segurança dos usuários e a competitividade da indústria.
Proposta de Trabalho de Concluso de Curso Alterao na isolao de fornos domsticos para atender a Portaria de n 400 do Inmetro, de 1 de agosto de 2012
Aluna: Gisele Gomes Machado da Silva Orientadora: Alessandra de Almeida Lucas
So Carlos Junho de 2014 1. Introduo As reclamaes feitas devido a acidentes causados durante a utilizao de fornos e foges no so poucas. At 2011, o Inmetro registrava uma reclamao sobre fornos e foges a cada cinco dias [1]. Com uma rpida pesquisa no site "Reclame Aqui" possvel observar que a maioria destes acidentes envolve queimaduras causadas pelo toque acidental nas laterais, painel e porta de foges e fornos quando o forno est em utilizao [2]. Essas queimaduras variam desde leves acidentes at queimaduras de terceiro grau em crianas [9]. O Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - uma autarquia federal brasileira e tem como objetivo fortalecer as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da adoo de mecanismos destinados melhoria da qualidade de produtos e servios, bem como atravs do apoio ao desenvolvimento de inovaes tecnolgicas. Desta forma, adota como sua misso a promoo da qualidade de vida do cidado e a competitividade da economia brasileira [3]. Na competncia de rgo oficial e regulamentador, a agncia estipulou em 01 de agosto de 2012 no Dirio Oficial a Portaria n 400, na qual contm o trecho transcrito abaixo que indica a temperatura das partes externas ideal de fornos e foges domsticos:
"(...) 6.2.4.1.4 Nas condies de ensaio de temperatura estabelecidas pela norma ABNT NBR 13723- 1, a elevao da temperatura externa das partes que podem ser tocadas acidentalmente no pode exceder:
a) na(s) parte(s) da(s) porta(s) do(s) forno(s): i) 45C (quarenta e cinco graus Celsius) para superfcies de metal e metal pintado; ii) 50C (cinquenta graus Celsius) para superfcies de metal esmaltado; iii) 60C (sessenta graus Celsius) para superfcies de vidros e cermicas; iv) 80C (oitenta graus Celsius) para superfcies de plstico de espessura maior que 0,3mm (trs dcimos de milmetro);
b) nas partes laterais: i) 60C (sessenta graus Celsius) para superfcies de metal e metal pintado; ii) 65C (sessenta e cinco graus Celsius) para superfcies de metal esmaltado; iii) 80C (oitenta graus Celsius) para superfcies de vidros e cermicas; iv) 100C (cem graus Celsius) para superfcies de plstico de espessura maior que 0,3mm (trs dcimos de milmetro); (...)" [3]
Em linhas gerais, o novo isolamento trmico que envolve a cavidade dos fornos dever suprir uma reduo de no mnimo 15C no que praticado atualmente, onde a temperatura total externa poder chegar ao mximo de 70C, distribudos 45C na superfcie metlica mais 25C da temperatura ambiente.
2. Problema
O Inmetro determinou uma data de limite que vai at 1 de agosto de 2018 para a adequao das isolaes. Classes representativas de consumidores classificaram o prazo, estipulado de seis anos, muito prolongado [1], alegando que at a total modificao poder ocorrer muitos outros acidentes graves. Entretanto, a adequao das indstrias para atender a portaria bastante complicada e no pode ser realizada em pouco tempo. O extenso prazo abarca as mudanas que alteram toda a cadeia de fornecedores, desde quem extrai e beneficia o minrio para a produo da fibra, at a empresa que realiza a montagem do fogo. Alm de esbarrar no fluxo produtivo, a tecnologia de isolao de fornos conta com um mercado limitado de fibras passveis de serem teis em uma aplicao que se exija altas temperaturas de trabalho sem emitir segregados txicos e malficos ao usurio. Porm o maior desafio o estado da arte das atuais isolaes: ao longo de mais de 100 anos a partir da inveno dos fornos domsticos a gs [4] a tecnologia de isolao teve considerveis avanos e atualmente encontra-se num certo pice tecnolgico, onde novas possveis mudanas devem exigir um altssimo grau de investimento tecnolgico, o que impactar consideravelmente no custo dos novos produtos.
3. Justificativa
A aluna Gisele Gomes, autora deste projeto, realiza estgio em uma das principais empresas fabricantes de foges do pas e observou este desafio em seu local de trabalho. H muitas tentativas da marca para se adequar as novas exigncias, porm barra com os problemas j citados no pargrafo anterior. Caso este problema no seja solucionado, o principal afetado ser o consumidor, que continuar exposto a um eletrodomstico potencialmente perigoso. Em apenas um ms de contagem no novo sistema de reclamaes do Inmetro, uma parte considervel dos 167 acidentes de consumo comprovados est relacionado ao manuseio de foges [5]. A marca ter seu selo de qualidade rebaixado e isto a tornar menos competitiva no mercado. Devido aos fatores citados anteriormente, justo tomar o problema para resoluo, utilizando os conhecimentos e ferramentas da Cincia e Engenharia de materiais, que se aplicam adequadamente ao desafio.
3. Objetivo
Esta proposta tem como objetivo levantar dados sobre o atual estado tecnolgico das isolaes trmicas de fornos domsticos e com estes dados propor uma melhoria nas suas propriedades trmicas para atender a Portaria n 400 do Inmetro, de 1 de agosto de 2012, a qual especificao a reduo em 15 da temperatura de objetos externos do forno ou fogo.
4. Reviso Bibliogrfica A portaria n 400 de agosto de 2012, publicada no Dirio Oficial regulamenta a produo, especificaes e padres de qualidade de fornos e foges a gs que sero produzidos e comercializados no Brasil. Nesta portaria est indicada a norma regulamentadora ABNT NBR 13723, a qual fornece as caractersticas de construo e desempenho, bem como os requisitos e mtodos de ensaio para a segurana e identificao de aparelhos domsticos de coco a gs, embutveis e no embutveis [6]. O isolamento trmico consiste em proteger as superfcies aquecidas, como a parede de um forno, atravs da aplicao de materiais de baixa condutividade trmica (k). Tem como objetivo minimizar os fluxos de calor por problemas tcnicos (segurana, evitar condensao), por problemas econmicos (economizar energia), ou ainda por critrio de conforto trmico. Normalmente, os materiais isolantes so porosos, e aprisionam o ar nas pequenas cavidades do material slido, evitando sua movimentao, e impedindo a conveco. Por isto, materiais porosos com poros pequenos e paredes finas de materiais de baixo valor de constante de conduo de trmica resultam em bons isolantes trmicos. A l de rocha ou l mineral, assim como a l de vidro, so os materiais maciamente utilizados na isolao de fornos e so obtidas fundindo minerais de slica em um forno e vertendo a massa fundida em um jato de vapor a grande velocidade. O produto resultante, parecido com a l, quimicamente inerte e incombustvel, e apresenta baixa condutividade trmica devido aos espaos com ar entre as fibras [8]. A ABRALISO - Associao Brasileira dos Fabricantes de Ls Isolantes - a organizao sem fins lucrativos que representa os fabricantes de ls isolantes minerais atuando na indstria de foges e fornos. O termo l mineral adotado no Brasil usado para descrever as duas ls, as quais so produtos sintticos, classificados como MMVF man- made vitreous fibers, formados a partir da fuso em alta temperatura do vidro, rocha ou escria. So produtos no cristalinos, que se diferenciam por sua composio qumica e pelo processo de formao das fibras, que daro propriedades e caractersticas distintas para cada produto. A estrutura formada pelo entrelaamento das fibras nos isolantes em ls minerais impede a movimentao do ar no seu interior, resultando em produtos com propriedades trmicas, acsticas e de resistncia ao fogo que nenhum outro material isolante pode alcanar, mesmo com o passar do tempo [7]. So processadas de superfcies planas, curvas ou irregulares, como o caso dos fornos. A varivel mais importante para o bom desempenho e qualidade da isolao o clculo de sua espessura, que pode ser feito considerando uma temperatura T4 da superfcie que fixada por razes de segurana. Conhecendo-se as temperaturas dos ambientes e os coeficientes de pelcula dos ambientes interno e externo e ainda as condutividades trmicas dos materiais das paredes possvel calcular a espessura ideal. medida que se aumenta a espessura de isolante de qualquer superfcie, o regime de perda de calor da superfcie diminui, porm, aumenta em contraposio o custo do isolamento. A espessura mais econmica do isolamento aquela para a qual a soma do custo anual da perda de calor e do custo anual do isolamento seja mnima. A espessura tima do isolante aquela que apresenta um custo total (custo do calor perdido + custo do isolante) mnimo, como pode ser observado na Figura 1 [8]. Figura 1 Outras variveis devem tambm ser levadas em considerao para o bom desempenho tecnolgico, como: espessura da fibra, condutividade da trmica, ponto de fuso, comprimento da fibra, densidade especfica e absoro de umidade. 5. Metodologia Primeiramente ser realizada uma pesquisa detalhada na literatura sobre isolao de fornos, considerando trs linhas de estudo: a transferncia de calor, tecnologia de ls minerais comercializadas para a isolao estudada e a tecnologia dos fornos domsticos. Para tanto, conta-se com o apoio do material disponibilizado pela ABRALISO e por empresas fabricantes de fogo e fornos, alm de livros que tratam da tecnologia de compsitos e fibras. Com o levantamento destas informaes ser feita uma anlise criteriosa das informaes e sero eleitos os estudos que podero colaborar para melhoria nos resultados e finalmente o aprofundamento nesta literatura que ir fornecer ferramentas tecnolgicas para a anlise de resultados. Por fim, os resultados sero confrontados para obter o melhor desempenho que solucione a exigncia do Inmetro.
6. Cronograma
7. Referncias Bibliogrficas [1] Fornos e foges a gs ficaro mais seguros. O Globo, Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2012. Disponvel em: <http://oglobo.globo.com/economia/fornos-fogoes-gas-ficarao-mais- seguros-5934558#ixzz35ES3IZwf> [2]__________Reclame aqui! Disponvel em: <www.reclameaqui.com.br>. Acessado em 18 de junho de 2014. [3]__________Portaria de n 400 do Inmetro. Dirio Oficial, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, 1 de agosto de 2012. Disponvel em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Nacional_de_Metrologia,_Qualidade_e_Tecnologia>. Acessado em 18 de junho de 2014. [4]__________Inveno do Fogo. Disponvel em: <http://cult.nucleo.inf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=716%3Ainvencao- do-fogao&catid=167%3Ainvencoes&Itemid=434>. Acessado em 18 de junho de 2014. [5] Latas de conserva, foges e escadas causam a maioria dos acidentes de consumo. O Globo, Rio de Janeiro, 6 de setembro de 2013. Disponnel em: <http://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/latas-de-conserva-fogoes- escadas-provocam-maioria-dos-acidentes-de-consumo-10698536>. Acessado em 18 de junho de 2014. [6]_________ABNT Catlogo. Disponvel em: <http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3885>. Acessado em 20 de junho de 2014.
[7]_________ABRALISO. Associao Brasileira de Fabricantes de Ls Isolantes. Disponvel em: <http://www.abraliso.org.br/> Acessado em 20 de junho de 2014. Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Reviso Bibliogrfica Estudo da literatura Anlise crtica da literatura Escolha de ferramentas tecnolgicas Estudo aprofundado das ferramentas Verificao da aplicabidade das ferramentas e resultados Redao da Projeto Reviso do TCC Entrega do TCC 2014 2015
[8] QUITES, E. E. C., LIA L. R. B. Introduo tranferncia de calor. Apostila. Disponvel em: http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/e/ee/TCL_Vol_II_-_Isolamento_Termico.pdf Acessado em 20 de junho de 2014. [9] Criana mexe no fogo e sofre queimadura de terceiro grau. Folha da Regio, Araatuba, 9 de junho de 2011. Disponvel em: <http://www.folhadaregiao.com.br/Materia.php?id=278302>. Acessado em 20 de junho de 2014.