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Autor: Àsògún Érico

OS PORTUGUESES NO KONGO

Quando os portugueses encontraram o Reino do Kongo em 1482, imaginaram


que era o principal Reino da África que procuravam, afinal eles já tinham passado
pelo norte nas bordas de Mali, ao leste deixando cristão o Reino da Etiópia e ao sul
na Costa de Capa, mas nunca tinham visto um reino como aquele.
O Rei João II comissionou Diogo Cao para viajar até a Costa Ocidental da África
para achar uma outra rota para a Índia e Etiópia. Ele notou que o contorno da costa
estava diferente devido a descarga de água fresca e doce no oceano, e velejou para
cima até chegar na boca do Kongo. Diogo ancorou e foi cumprimentado pelos
cidadãos locais, que usavam a melhor forma de se comunicar. Ele logo escalou um
time de quatro de seus homens para conhecer o soberano Manikongo. Como eles
demoraram muito tempo para retornar, Cao assumiu que eles tinham sido
assassinados e seqüestrou quatro nativos do Kongo que tinham ficado com o
restante da tripulação que velejou de volta para Portugal.
Estes quatro cativos que foram para Portugal tiveram suas mentes totalmente
poluídas com uma versão imperialista romana de Cristianismo e noção superior de
civilização européia. Em dezembro de 1490, o Rei João II organizou novamente
uma outra expedição que estava disposta a devolver os quatro cidadãos do Kongo
para sua terra nativa. O Rei designou e nomeou Goncola Sousa, um explorador
português com uma dúzia de padres, um contingente de soldados, pedreiros,
carpinteiros, artesãos, cozinheiras, padeiros e alfaiates.
A missão deles era na verdade encantar o Manikongo e convertê-lo ao
Catolicismo romano para entrar em aliança com Portugal. Goncola Sousa ficou
doente na viagem e faleceu antes de chegar ao Kongo. Seu sobrinho, Rui de Sousa
assumiu o comando da expedição que teve sucesso. Ele devolveu os quatro nativos
já convertidos ao Manikongo que foi convencido a se tornar um Cristão para formar
uma aliança com Portugal. Durante a próxima década, aproximadamente 1500, os
padres portugueses converteram os cidadãos do Kongo.
Seria injusto dizer que o Manikongo se tornou um Cristão cego e convertido. Os
portugueses adaptaram e incorporaram o simbolismo Cristão no ambiente cultural
da cosmologia espiritual dos habitantes do Kongo. Sendo assim, os portugueses
descobriram que na cultura espiritual religiosa do Povo do Kongo existia um Ser
Supremo que era chamado de Nzambi Mpunguin KiKongo, o criador de todas as
coisas. Porém, consistente com outras culturas africanas, Nzambi era visto como a
força remota com atividade humana cotidiana que criou uma hierarquia de espíritos
celestiais, terrestres, e ancestrais, criando os Nkisi, reforçando a conexão dos
humanos com estes espíritos criativos. Eles viram a cruz como sendo uma versão
do cosmograma do Kongo, uma "assinatura" de Nzambi que delineou o mundo
Superior do mais baixo mundo; como também o princípio feminino do princípio
masculino. O Kongo gravitou ao ato Cristão de batismo usando água em um ato
ritual de purificação, uma prática profundamente inveterada na expressão espiritual
deles. Além disso, eles renunciaram monogamia e celibato e mantiveram o
matrilinear na estrutura familiar polígama. O fato é que o Povo do Kongo não viu
nenhuma contradição e manteve sua perspectiva espiritual tradicional e ainda
aceitava a doutrina Cristã frustrada para confundir os missionários que começaram
a ver o povo como selvagens desesperados.
Em Portugal, o Rei João II maquinava planos abomináveis. Ele estava entrando
verdadeiramente no Kongo com a Bíblia numa mão e a arma na outra. No mesmo
ano que ele enviou a expedição ao Kongo, criou uma colônia penal ao largo da
costa em uma ilha pequena na África chamada São Tomé. Durante a próxima
década, ele ofereceu liberdade aos criminosos no reino do Kongo. Sendo assim, os
criminosos se instalariam em São Tomé, organizariam invasões na costa, e
escravizariam os habitantes do Kongo e começaram a dar mais atenção ao roubo
de mulheres para criar uma nação de mestiços. Estes mestiços eram aculturados a
um estilo de vida de pirataria, prostituição e escravização do Kongo.
Antes de 1511, o ManiKongo estava enviando cartas de suplicas ao Rei João II
para que ele controlasse seus ex-condenados. Porém, algo aconteceu neste meio
tempo que marcou o destino do Kongo. Outra expedição portuguesa que tinha
descoberto o Brasil, necessitava de uma grande força de trabalho para colonizar um
Novo Mundo. Assim, em vez de reduzir os exílios de São Tomé, o Rei os organizou
e montou um sistema de desabitação do Kongo. Um ambiente de embriaguez e
terror foi criado na nação. Comerciantes de escravo incitaram rebeliões de chefes
locais, e os fizeram invadir clãs vizinhos. É triste dizer, mas o Manikongo era tão
ingênuo, que não pôde ver que o Rei português era o responsável pelo
comportamento dos comerciantes de escravos. O Manikongo escreveu novamente
para o Rei português, que já era o Rei John III que ignorou por completo suas
súplicas. A situação disparou descontrolada durante os próximos duzentos anos
daquele tempo, onde também estavam envolvidos no comércio escravo os
holandeses e britânicos, que trafegavam nas rotas do Atlântico junto com Portugal,
e a cada vez mais continuavam desestabilizando e despovoando o Kongo.
Antes do 18º século, é calculado que os portugueses levaram 4 milhões de
habitantes do Kongo para escravidão no Novo Mundo, principalmente para o Brasil.
Os britânicos e holandeses levaram aproximadamente 3,4 milhões de escravos do
Kongo que foram esparramados ao longo do Caribe e América do Norte. Os
habitantes do Kongo apenas levaram consigo nestas viagens a sua cosmologia e
práticas de espirituais.

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