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Repórter: Bàbálórìsà Claudinei de Aganjú e Àsògún Érico

MARCELO FRITZ - Coordenador Executivo do ICAPRA

Marcelo Ramos Fritz é


produtor cultural, escultor,
radialista e coordenador
executivo do ICAPRA. Começou
seu trabalho de divulgação
cultural das religiões matrizes
africanas em 1999, criando o
Instituto Cultural de Apoio e
Pesquisa às Religiões Afro. Nesta
mesma época estava
trabalhando com o Professor José Beniste no Programa Afro-cultural
da rádio Solimões (1480 AM), e há sete meses atrás começou um
novo trabalho em parceria com a Rádio Viva Rio (1180 AM), chamado
Marcelo Fritz com Axé, que veicula aos domingos de 22:00 às
00:00hs na sede da rádio e na Internet através do endereço
eletrônico da rádio. Marcelo mais uma vez se destaca na informação
porque seu programa é o primeiro na Internet a falar sobre
Candomblé e Umbanda para o mundo inteiro.

Quando e como foi o seu envolvimento com o candomblé?


Meu envolvimento com o candomblé veio a ser em mais ou menos
1988, na verdade eu comecei na Umbanda em 1985, foi no Terreiro
da Madrinha Carmem que funcionava num morro lá em Inhaúma, ela
era uma mulher negra filha de Oxum. Através de um amigo que hoje
em dia é Babalorixá, que me iniciei na Umbanda, foi muito bom para
mim e acho que a experiência da Umbanda também é muito
importante, apesar de que eu não me manifestava, apenas recebia
criança e uma entidade que as pessoas diziam que era Oxum, esta
entidade não falava e eu também não incorporava com Exu, preto-
velho, caboclo e nenhum outro guia. Um belo dia mais ou menos em
1988, falei que iria sair da Umbanda porque não era meu caminho.
Fui fazer um jogo com uma pessoa porque estava com um
problema na minha perna esquerda, ela inchava e já estava
começando a andar mancando. Esta pessoa fez o jogo e me disse que
era de Oxalá e ele vinha dizendo que eu deveria me iniciar no
Candomblé. Isso me deixou confuso porque na Umbanda diziam que
eu era de Xangô com Oxum, meu pai carnal recebia espíritos que
incorporavam nele dentro de casa, daí passei a perceber que isso era
uma coisa de família. No Candomblé Oxum era meu segundo santo e
quando essa pessoa jogou e disse que Oxaguian era meu pai e estava
dizendo que eu deveria me iniciar para curar minha perna, mesmo
com apenas 16 anos eu disse assim para este babalorixá: "Diga para
Oxalá que vou me iniciar sim, mas não por causa da minha perna...
Irei me iniciar porque quero! O candomblé e as religiões afro me
encantam e esta é a filosofia de vida que irei seguir, mas eu não
quero fazer santo por imposição".
Particularmente acho horrível esse negócio da pessoa dizer que fez
santo por não ter opção ou fez porque não teve como fugir. Eu fiz
porque quis, o candomblé é uma religião que gosto, sou apaixonado,
me fascina, seduz e me deixa arrepiado. Por isso me iniciei e não fiz o
santo com esse rapaz por causa da imposição que me foi imposta.
Depois fui jogar na casa do Caribé de Oxossi em Miguel Couto, onde
no jogou ele confirmou que minha cabeça era realmente de
Oxaguian. Desta confirmação, comecei a ir em algumas festas do seu
terreiro, mas ainda não tinha me decidido. A minha vida neste
período estava muito atribulada, tinha parado de estudar e estava
sem trabalhar, meio sem caminho e na dúvida de qual deveria seguir.
Em 1989 eu estava querendo viajar e sair do Brasil para trabalhar
lá fora, e acabei conhecendo uma pessoa de Osaniyn que me falou
assim: "Vamos marcar um jogo com meu pai-de-santo que é o
babalorixá Ogum Jobi antes de você viajar". Daí ele ligou, marcou e
ao chegar o dia eu não iria, mais tudo que tinha planejado fazer não
estava dando certo. Fui para casa desse pai-de-santo e chegando lá
ele disse que Oxalá era meu pai, foi ai neste momento que tive a
certeza que era de Oxaguian com Oxum. Ogum Jobi disse que Oxalá
não estava querendo responder a nenhuma das minhas perguntas, a
única coisa que ele afirmou no jogo era que eu deveria dar um Obi a
minha cabeça, que realmente estava muito quente.
Acabei descobrindo que na casa tinha uma filha de Nanã que
estava pronta para recolher mais não podia entrar em nenhum barco,
pois Nanã disse que só entraria num barco que tivesse Oxalá e
Omolu. Ela se chama Marilda de Nanã (Nàibiolá), e já estava há sete
anos como Abyian na casa. O próximo barco já era encabeçado com
sete integrantes, e mesmo assim faltavam Oxalá e o Omolu, logo que
me viram disseram que eu era o Oxalá que Nanã estava esperando.
Aquilo me apavorou e acabei dando apenas o Obi a minha cabeça e
me afastei da casa. Seis meses depois eu voltei com a certeza de que
iria fazer meu santo e Nanã continuava lá me esperando. Comprei
algumas coisas, tive muita ajuda das pessoas, meu próprio pai Ogum
Jobi me ajudou muito e vendo isso tudo fui morar na roça para
ajudá-lo. Fiquei morando lá uns seis meses contribuindo e ajudando
nos trabalhos do terreiro, auxiliando nos ebo e me tornando um típico
negrinho de candomblé. Meu pai nos avisou que estava chegando o
momento da recolhida e no ultimo dia antes da nossa entrada
fizemos um almoço e minha família nunca foi me visitar porque nunca
gostaram mais respeitam muito a religião que sempre foi muito boa
para mim, pois sou a pessoa mais séria e equilibrada no meio de
quatro irmãs e todos pegam alguns conselhos comigo. Voltando neste
dia, uma pessoa veio almoçar conosco como convidado e amigo de
nossa irmã de Iansã, Oyádeji. Este rapaz tinha consultado um jogo
que tinha dado Oxossi, mas ele saiu neste dia lá do terreiro cheio de
dores de cabeça. Nosso pai Ogum Jobi nos falou assim: "Já que
Omolu não apareceu, Nanã já esperou tanto tempo e Oxalá chegou,
vamos montar o barco". Mas este menino ao chegar em sua casa com
a tal de dor de cabeça, acabou bolando num desmaio com
tremedeiras, entraram em contato com o terreiro e então quando
foram busca-lo, Omolu se apresentou e disse que ele faria parte do
nosso barco.

O que você pode nos dizer sobre candomblé?


O Candomblé é uma religião desconhecida por muitos infelizmente,
acho que é ainda cheio de muitos mistérios e segredos mesmo hoje
em dia que as pessoas buscam estar sempre o divulgando porque
você só ama aquilo que conhece, se não o conhecer e saber de
algumas de suas razões, não irá amá-lo. Acho que o candomblé
precisa de adeptos que sejam apaixonados por ele, é muito fácil você
entrar numa igreja, sentar num salão com ar condicionado e
encontrar tudo pronto e organizado, será que você terá a mesma
credibilidade de fé sem esforço? O Candomblé precisa de adeptos que
façam por ele, pois nossos ancestrais fizeram muito para que esta
religião continuasse chegando até nós. Por isso acho importante que
hoje essas pessoas tomem esta ação, porque pra mim ele é tudo,
acho que tem resposta para tudo e aquilo que não tem respostas não
existe em nenhuma outra religião, mesmo que muito embora elas
não sejam convincentes.
No candomblé as respostas são invisíveis como o próprio Orixá,
quando você tem a compreensão que ele esta presente em você,
quando se tem a perda de uma pessoa ou algo querido e o ser
consegue compreender esta falta de alguma forma. É uma religião
que te dá equilíbrio e discernimento, tudo que eu busco dentro do
Candomblé eu consigo encontrar. É uma cultura importante para o
nosso País, onde os negros tiveram uma participação muito
importante para ele, pois o construíram e constituíram nossa
identidade. Infelizmente este valor não é reconhecido pelo poder
publico.

Qual o conselho você dá para quem quer se iniciar no


Candomblé?
Pesquise muito a casa que vai se iniciar e não se inicie tão rápido,
as vezes a casa é excelente tem tradição, tem história, mas é o seu
santo quem deve decidir se aquele é o local correto, pois muitas das
vezes não é ali como se imagine. Você tem que dar a oportunidade
para ele lhe mostre isso, algumas pessoas tem um feedback muito
rápido e outras não, o que é mais importante é que você conheça o
zelador, veja qual é a raiz daquele Axé e não vá pelo que as pessoas
falam pois é você quem tem que conhecer, decidir e formar sua
própria opinião.
Às vezes você pode ver costumes que não estejam de acordo com
o que você pensa, então o que você faz? Se você chega numa casa e
as pessoas te oferecem bebida e você é contra, não beba. Se você
acha que a casa que esta freqüentando é desorganizada, porque não
tentar transformar isso. Eu por exemplo na minha casa fui
revolucionário em algumas coisas, fiz campanhas, almoços
beneficentes e outras atividades que foram e são importantes para o
terreiro. Claro que desejo que todos possam encontrar uma casa
assim, da mesma que não é só a casa que tem que ser boa para
você, e sim você é que deve ser bom para que ela se torne melhor e
cresça ainda mais. Recebo vários telefonemas de pessoas que pedem
indicações sobre algumas casas e se eu jogo búzios. Eu não jogo
búzios, comecei a aprender e cheguei a jogar para algumas pessoas,
mas creio que minha missão não seja esta.

De que forma você interpreta sua missão?


Minha forma é fazer um trabalho mais amplo, trabalhar com as
casas e lideranças religiosas. O sacerdote tem um trabalho limitado
com sua casa e comunidade, e o nosso papel é trabalharmos
diretamente com estes sacerdotes. Veja você por exemplo (Àsògún
Érico), é um produtor que trabalha numa área de comunicação e tem
idéias que podem auxiliar nossa cultura e seu próprio terreiro, quem
sabe não foi o próprio Oxalá que te encaminhou pra esta casa que
você através de sua contribuição consiga ter o apoio de outros
integrantes que estarão ao seu lado no crescimento dela. Hoje nós
dois estamos aqui discutindo propostas e futuramente estaremos
fazendo alguma coisa juntos e isso é muito importante para nossa
missão.

Como surgiu a idéia de criar o ICAPRA?


A idéia do ICAPRA surgiu exatamente pela questão da
discriminação. Eu sempre que colocava que era do candomblé ou que
pertencia a estas tradições, via que para a sociedade tanto o afro
quanto o umbandista, eram todos macumbeiros. Ouvia as pessoas
dizendo: "Que isso, você do candomblé!", como se a religião fosse
uma coisa ruim para as pessoas. Quando você é do Candomblé, sabe
que nele freqüentam muitas pessoas importantes, por exemplo: um
dos políticos mais importantes do Brasil, Antônio Carlos Magalhães é
do Candomblé, o Ministro da Cultura é de candomblé, temos Maria
Zilda, Gal Costa, Bethânia, Caetano Veloso, Dorival Caymi que são de
Casas de Axé. Então, isto tudo me aguçava e me fez participar de
alguns movimentos onde pude observar uma personalidade minha
muito forte, que me despertou algumas idéias que com o tempo
foram amadurecendo.
Em 1997 ajudei meu avô-de-santo, Pai Joaquim Mota de Omolu,
numa ação que ele fazia anualmente que era proporcionar um bom
natal para crianças carentes, infelizmente este foi o ultimo natal que
ele fez em vida. Pude ajuda-lo na produção que foi uma coisa bacana
e bonita que tive a oportunidade de conviver junto com ele. Meu avô
sempre foi uma pessoa muito amiga e sempre fazia o que podia pelo
candomblé, com sua presença, discutindo questões e pesquisando,
isso foi um grande incentivo para mim. Nessa época eu estava
trabalhando como gerente de vendas numa loja no Barra Shopping,
mas a empresa não estava numa maré muito boa e então fiz um
acordo com eles e saí, comecei a esculpir e vender esculturas, fazer
exposições, participar de eventos e ficar envolvido de alguma forma
com a cultura nesta questão, até que um dia, meu pai-de-santo
estava com uma dificuldade de concluir uma obra e eu falei que iria
organizar um evento ali para poder levantar fundos e ajudá-lo.
Embora muita gente tinha dado contra e diziam que não iria dar
certo, mais insisti com ele e organizei o evento onde conseguimos
alcançar exatamente o valor proposto.
Através deste evento, puder ver que era possível realizar as coisas
mesmo com a descrença de algumas pessoas, que era compensado
por outras que me incentivavam e falam: "Marcelo, que coisa bonita.
Vamos fazer mais!". E dentro de minha cabeça naquele momento, ao
olhar para aquelas pessoas, pude refletir e pensar que realmente isto
tem que continuar, não pode parar e não pode se limitar apenas aqui
em casa, creio que posso ser útil para as outras casas. Daí eu
procurei uma pessoa que hoje é nossa Madrinha e primeira dama de
São João de Meriti, uma pessoa muito bacana que nos ajudou no
inicio do ICAPRA.

Como surgiu a idéia de montar um site para o ICAPRA?


Como muitas outras idéias, nós pensamos rápido mais
concretizamos devagar pela falta de verba. Ter um site hoje em dia é
imprescindível, muito embora eu acho que ele sirva mais como uma
assistência para o povo-de-santo. Nosso site continua sendo uma
referencia para os pesquisadores e o povo-de-santo, estamos
apostando nele da mesma forma que o nosso programa na rádio.

E a manutenção do site?
Temos uma parceria com uma empresa que esta se formando
agora e o site ainda é uma coisa nova, ele fala da história da
instituição e apresenta suas propostas e novidades, mesmo tendo
algumas informações em atraso, posso garantir que estamos
trabalhando nisso e acredito que dentro de alguns meses estaremos
com a manutenção mensal, essa é a nossa intenção. O site do
ICAPRA serve como um bom cartão de visita da instituição, pois nele
estamos mostrando nossos projetos para o público internauta além
de estar divulgando os assuntos da programação feita na rádio.

Os interessados que queiram se associar ao ICAPRA, o que


devem fazer?
Ligando ou fazendo contato através do site. O ICAPRA não é uma
federação como muita gente confunde, ele é um instituto de
pesquisas que esta voltado às ações que procuram divulgar, difundir
e preservar as tradições afro, como também ações que estão
voltadas para as comunidades. Nossa intenção e desmistificar esta
imagem pra sociedade e para a própria comunidade nas proximidades
dos terreiros, seja de Candomblé ou de Umbanda. Também
acreditamos que podemos ser úteis para as demais organizações
comunitárias, para a sociedade civil e o próprio governo, com a nossa
colaboração no desenvolvimento sociocultural destas comunidades,
pois a maioria dos terreiros estão localizados na periferia. Nós
podemos ver que estas comunidades precisam deste apoio, vou citar
por exemplo que algumas igrejas fazem um bom trabalho social e
algumas associação de moradores idem, por que o candomblé não
pode se integrar a estes movimentos e colaborar também?
Nós associamos não só os terreiros, mais sim qualquer pessoa que
queira contribuir, hoje temos sócios que não são de Candomblé ou
Umbanda, são apenas pessoas que viram ou ouviram sobre as ações
do ICAPRA e acharam uma ótima iniciativa. Muitos viraram adeptos
das tradições, outros são simpatizantes e alguns contribuem sem se
envolver com a religião. Aqueles que não podem contribuir
financeiramente, nos apoiam em eventos dando sua contribuição de
forma voluntária, contagiando outras pessoas para que possamos
criar uma corrente do bem que se une a cada dia com mais elos
facilitando este crescimento.

Sobre os órgãos governamentais ou não-governamentais,


existe o interesse do ICAPRA em formar uma parceria?
Claro, buscamos parcerias com as prefeituras, órgãos municipais e
estaduais, organizações governamentais, etc. Nós trabalhamos para
que possamos ser uma referencia do povo-de-santo. O ICAPRA é
muito procurado por pessoas que queiram tirar dúvidas sobre nossas
tradições, pesquisadores, somos procurados para localizar
babalorixás e ialorixás, fazemos um grande trabalho de divulgação
das casas tradicionais que são referencias e às vezes não são
encontradas. Por exemplo, o Pai Zezinho falou comigo que depois que
esteve no programa da rádio muita gente o procurou como outras
achavam que ele tinha morrido. Tem pessoas que viram mito como o
próprio Zezinho da Boa Viagem e o Pai Nino de Ogum, também vou
citar sobre o Efon que quando nós participamos de um projeto e
tomamos a frente junto com Mãe Maria do Axé do Pantanal, na casa
do falecido Cristóvão Lopes dos Anjos, o Cristóvão de Ogum, muita
gente tinha achado que a casa tinha fechado e nós levamos pessoas
que desconheciam e nunca tinham ido ver o Axé do Pantanal.
Ficamos muito felizes por isso, sabemos que existem outras
instituições que trabalham como nós e continuamos com o objetivo
de ser uma referencia para que o povo saiba que existe um
instituição que não tem um material muito grande por causa da
situação financeira, mas na medida do possível estamos trabalhando
para aumentar este acervo que serve como fonte de informação do
publico em geral.
Como surgiu a idéia de montar um site para o ICAPRA? Como
muitas outras idéias, nós pensamos rápido mais concretizamos
devagar pela falta de verba. Ter um site hoje em dia é
imprescindível, muito embora eu acho que ele sirva mais como uma
assistência para o povo-de-santo. Nosso site continua sendo uma
referencia para os pesquisadores e o povo-de-santo, estamos
apostando nele da mesma forma que o nosso programa na rádio.

Marcelo, nos conte um pouco mais sobre o seu trabalho como


Radialista.
Na época, tive a oportunidade de retornar com o programa Afro-
cultural do Professor Beniste praticamente sozinho porque ele foi
morar no Recreio e nem sempre podia estar presente, então fui
tomar a frente do programa e graças a Deus e aos Orixás nós
conseguimos agradar as pessoas preservando e ampliando o número
de ouvintes. Isso foi muito importante porque elas falavam que a
maioria do povo-de-santo não tem Internet. Acho que a Internet
como meio de informação é importante para estarmos nos inserindo
nesse mercado a fim de divulgar nossa cultura, prova disso foi que
sete meses depois eu recebi a proposta para apresentar um
programa desta linha e nós tivemos alguns apoios dentre eles o MIR -
Movimento Inter Religioso aqui do Rio de Janeiro que agrega diversas
tradições Religiosas e trabalha muito contra a intolerância. Deste
convite que foi aceito, nós estreamos um programa novo
conservando algumas coisas do estilo do Beniste e outras minhas que
já vinham se desenvolvendo, daí o programa muda de nome e passa
a se chamar Marcelo Fritz com Axé. Este Axé significa a presença das
pessoas e a participação dos ouvintes que participam através de
ligações fazendo perguntas que nós sempre procuramos estar
respondendo da melhor forma, além de estar fazendo um programa
para servir a todos que possam ser úteis para estas tradições.

O que você recomendaria para as pessoas para ler sobre a


nossa cultura?
Eu recomendo os livros do Professor José Beniste e os extenso
acervo da Editora Pallas, que é muito interessante e voltado
basicamente para a parte religiosa. Outros bons autores que
preenchem as prateleiras com suas obras são José Flávio Pessoa de
Barros, Reginaldo Prandi, Pierre Fatumbi Verger e Cléo Martins do
Axé Opo Afonjá.

Quais são seus planos para o futuro?


Concretizar algumas coisas, não tudo porque eu estou aqui neste
mundo só de passagem assim como você. Meu maior plano é que
realmente a nós possamos conscientizar essas pessoas a cumprir
com nossa missão aqui que é levar adiante as religiões de matrizes
africanas que os nossos antepassados nos entregaram com sabedoria
em nossas mãos. Basta apenas cada um de nós, não é só o ICAPRA
ou outra organização, mais sim todos os adeptos tem o papel de
levar a verdade adiante, falar sobre nossas divindades e ter a
obrigação de buscar conhecimento através do Axé, dos livros e
informações que hoje se encontram em abundância. Transmitir este
conhecimento para outras pessoas ajuda a desmistificar uma imagem
deturpada que muitos ainda tem sobre o Candomblé e Umbanda.

Dê sua consideração final.


A fé é a coisa que eu acredito seja mais importante em qualquer
trabalho, em qualquer iniciativa que for para o santo. Não adianta
você fazer um trabalho muito bonito mais que não dê visibilidade
para o Candomblé e suas ramificações.

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