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A evolução da política ambiental no Brasil

Roberta Celestino Ferreira


publicado em 15/05/2008
De acordo com alguns autores, até a década de 70 não haviam políticas públicas voltadas
para o meio ambiente no Brasil, ou seja, as questões ambientais não eram prioridades nas
políticas públicas, o que refletiu no atraso do estabelecimento de normas ambientais no país.
Antes dessa época, durante o processo de industrialização brasileira, os problemas
ambientais se tornaram mais latentes, uma vez que o processo de substituição de importações,
no qual o Brasil se baseou, privilegiou as indústrias mais poluentes, como a siderúrgica e a
metalúrgica, e que demandam mais recursos naturais.
Com efeito, somente em 1973, um ano após a Conferencia de Estocolmo e como produto
desta, foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) sob os moldes da
experiência norte-americana, ligado ao Ministério do Interior, apresentando grande
descentralização e um acentuado viés regulatório, sob a égide do Comando-Controle.
Até então só existia no Brasil, recursos específicos que regulamentavam a exploração dos
recursos naturais, tais como: Código das Águas, Código Florestal (que versa sobe as matas
nativas), Superintendência de Desenvolvimento de Pesca (SUDESPE), Defesa da Borracha
entre outros.
Em 1981 foi criada a lei nº 6938 que implementou a Política Nacional do Meio Ambiente,
estabelecendo ações, objetivos e instrumentos. Os instrumentos explicitados são:
Estabelecimento dos padrões de qualidade ambiental; Zoneamento ambiental; Avaliação de
impactos ambientais; Licenciamento e revisão de atividades efetivas ou potencialmente
poluidoras.
Junto com a Política Nacional do Meio Ambiente foram criados o Sistema Nacional do meio
Ambiente (SISNAMA) e o Conselho nacional do Meio Ambiente (CONAMA), dois
importantes órgãos que foram os precursores na sistematização da política ambiental
brasileira.
Ainda no final da década de 80, no Governo de José Sarney, foi criado o Instituto Nacional
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) com o objetivo de
regulamentar e fiscalizar as atividades que possam ser lesivas ao meio ambiente.
Durante a década de 90, duas leis importantes para a defesa do meio ambiente foram
implementadas: em 1996 foi criada a Política Nacional dos Recursos Hídricos, que versa
sobre o uso e gestão dos recursos hídricos brasileiro, e em 1998 foi criada a Lei de Crimes
Ambientais que prevê penalidades para os responsáveis de atividades lesivas ao ambiente.
Atualmente a instituição ambiental é gerenciada nas três esferas – federal, estadual e
municipal – estando na esfera federal o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que tem como
objetivo planejar a política nacional do meio ambiente, o Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) órgão ministerial deliberativo que tem por objetivo assessorar, estudar
e propor diretrizes para as políticas ambientais com ampla participação da sociedade civil, e
por fim o Instituto Brasil do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)
que objetiva fiscalizar as diversas atividades sobre o ambiente, através das exigências dos
EIAs /RIMAs.
Entretanto, os autores deixam claro que a política ambiental brasileira baseada no Comando-
Controle é cheio de falhas/criticas. A discussão passa inicialmente pela carência técnica,
pessoal e financeira, falta de conhecimento sobre a extensão dos problemas ambientais,
elaboração dos EIAs/RIMAs de baixa qualidade, falta de interesses das industrias e empresas
em melhorarem seus empenhos, não somente até os padrões de qualidade ambiental, dentre
outros.
Os autores defendem que a melhor saída é utilizar o esquema do poluidor-pagador, impondo
aos poluidores um preço mais alto a se pagar dando ênfase aos instrumentos econômicos.

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