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Auto-avaliação da BE

1- Realidade da Escola, capacidade de resposta ao processo e factores inibidores

O Agrupamento inclui três Jardins de Infância (dois na zona urbana e um no meio rural) quatro
escolas EB1, que se podem dividir em dois grupos: duas na zona urbana e duas no meio rural,
bastante afastadas da escola sede. Os alunos das EBI da zona urbana vão almoçar à escola sede e
frequentam a BE à hora de almoço.
Na escola sede do Agrupamento há treze turmas de 1º ciclo, dez de 2º e 13 de 3º ciclo.
No total a população escolar é de 1012 alunos e 102 professores.
Equipa da BE:
Professora Bibliotecária;
Funcionária;
Professor com três horas.
Comecei por fazer esta breve caracterização, porque é importante perceber que o Agrupamento
é grande e disperso, tem muita população escolar e a equipa da BE é bastante reduzida. Para além
disso, a professora bibliotecária dispõe apenas de 13 horas para desempenhar essa função, uma vez
que a restante carga horária está atribuída a actividades lectivas, clube de leitura, dois ateliers de
“Ideias e Letras”. A professora bibliotecária é ainda coordenadora do Clube de Jornalismo,
coordenadora do PNL (em todo o Agrupamento) e coordenadora de Área de Projecto e Estudo
Acompanhado de 2º ciclo.
Creio que esta análise revela logo à partida vários factores inibidores à aplicação do processo
de autoavaliação da BE. Por muita formação, capacidade de liderança, iniciativa, organização, força
de vontade e método que tenha o professor bibliotecário, há vários problemas a contornar:
- As escolas do agrupamento estão muito dispersas, o que dificulta a comunicação.
- A população escolar distribui-se por muitos ciclos, o que implica estudos para que a
amostragem de questionários seja a mais fidedigna possível;
- O professor da equipa (com três horas) não possui conhecimento TIC e é o 1º ano que está na
BE, não tendo qualquer formação específica em BE.
- A professora bibliotecária tem à sua responsabilidade a gestão e organização da BE, as tarefas
biblioteconómicas, as actividades de animação da BE, apoio ao desenvolvimento curricular, a
promoção da leitura e das literacias, a coordenação do PNL no Agrupamento, o desenvolvimento de
projectos, parcerias, e actividades livres e de abertura à comunidade escolar, a participação na rede
concelhia e nas solicitações da RBE.
- As condições de trabalho, nomeadamente a escassez de tempo útil para reunir com a
Direcção, com os órgãos de gestão intermédia do Agrupamento e com os docentes.

Para que a avaliação, enquanto elemento fundamental no processo de gestão, permita aferir a
eficácia dos serviços que prestamos, identificando sucessos e insucessos – gaps que condicionam a
qualidade e eficiência do serviço e permita aferir o impacto que temos nas atitudes, comportamento
e competências dos nossos utilizadores, é necessário implementar o processo considerando vários
factores:
• A mobilização da equipa para a necessidade de fazer diagnósticos/ avaliar o impacto e o
valor da BE na escola que serve.
• A sensibilização para o processo e informação sobre o contributo de cada um no processo.
• A comunicação constante com o órgão directivo.
• A apresentação e discussão do processo no Conselho Pedagógico.
• Aproximação/ diálogo com departamento, professores e alunos.
• Criação e difusão de informação/ calendarização do processo.

Na fase seguinte é necessário:


• Seleccionar os inquiridos, de modo a obter uma amostragem fidedigna;
• Aplicar questionários;
• Recolher evidências;
• Interpretar a informação recolhida, seguindo indicadores de medida;
• Apontar pontes fortes e fracos;
• Realizar as mudanças necessárias;
• Recolher novas evidências acerca do impacto dessas mudanças.
Para que a Auto-avaliação tenha o impacto esperado, o processo deve ser desenvolvido com
competência, segurança e serenidade. Ora, onde estão os recursos humanos e o tempo necessário
para a implementação de um projecto desta natureza (e que no final ofereça total garantia)? Terá o
órgão de gestão, com tantos assuntos para resolver, nomeadamente a auto-avaliação do
agrupamento, disponibilidade para apoiar o professor bibliotecário? Terão os professores
compreensão perante mais questionários e inquéritos, mesmo sabendo da utilidade da BE para o
ensino-aprendizagem? A informação e sensibilização para a importância do processo serão
devidamente valorizadas pelo Conselho Pedagógico?

2- Plano de acção que contemple o conjunto de medidas necessárias à alteração da


situação e à sua consecução com sucesso.
Citando Katherine Mansfield, “o programa da Biblioteca Escolar [deve passar] a estar integrado
nos planos estratégicos e operacionais da escola e na visão e objectivos educativos da escola. (…)
A invisibilidade do professor coordenador deve dar lugar a uma acção integradora de objectivos e
práticas que se adaptem à mudança e ao link considerado vital para a sobrevivência e para a
qualidade da biblioteca escolar: a ligação ao currículo e ao sucesso educativo dos alunos.”

De facto, esse princípio seria uma alavanca importantíssima para fomentar o trabalho
colaborativo da BE com os restantes professores, tanto a nível de inovação nas práticas
pedagógicas, como também na aplicação do processo de auto-avaliação, que deveria ser sentido na
Escola como uma tarefa da responsabilidade de todos e com a qual toda a Escola ficava a ganhar.
Assim, é imprescindível um reforço da COMUNICAÇÃO tanto com os professores, como com o
órgão de gestão, e com o conselho pedagógico. Esta comunicação deveria sensibilizar os docentes
para a valorização da BE e para a importância da sua auto-avaliação.
Entre as estratégias possíveis destaco as seguintes:
• Promover a comunicação com os colegas, apresentando o modelo de auto-avaliação da BE,
de maneira a que o professor bibliotecário faça sentir a sua disponibilidade como parceiro no
processo educativo e mostrar os recursos e as possibilidades que a BE oferece de apoio ao currículo
e para o trabalho colaborativo;
• Tornar claro que a preocupação central da BE é o desenvolvimento e o sucesso dos alunos e
a prestação de um serviço a toda a comunidade.
• Salientar que a avaliação é um processo, não um produto em si.
• Encorajar o debate com todos os colegas sobre os benefícios da Auto-avaliação da BE –
detectar pontos fracos e propor acções de melhoria. É fundamental que “professor coordenador
mantenha uma posição de inquirição constante acerca das práticas de gestão que desenvolve e do
impacto que essas práticas têm na escola e no sucesso educativo dos alunos [e] saiba agir e ser líder,
demonstrando o VALOR da BE através da demonstração de evidências e da comunicação contínua
com os diferentes actores e stakeholders na escola” (Katherine Mansfield).
• Solicitar a colaboração de alguns colegas para aplicação dos questionários e respectivo
tratamento da informação. “A liderança transformativa deve, segundo Todd, ser orientada pela
recolha de evidências.”

• Reforçar o diálogo com os órgãos de gestão, para que compreendam:


1- A necessidade do seu apoio, cooperação e contributo.
2- A importância de valorizar a BE, no seu papel informacional, transformativo e formativo.
3- O contributo da BE para o sucesso educativo dos alunos.
4- A importância da auto-avaliação da BE para todo o Agrupamento;
5- A importância de integrar a auto-avaliação da BE na auto-avaliação do Agrupamento.

Na realidade, terá de haver uma partilha de responsabilidades quer nos processos quer nos
resultados. Comunicação e flexibilidade são fundamentais. A compreensão e a confiança associadas
a uma visão da cooperação como mais-valia e ganho sem olhar ao que ela representa de tempo extra
investido...seria um factor muito facilitador da colaboração e do desenvolvimento do processo. É
necessário dialogar na procura de uma cultura de colaboração para que os professores sintam que
todo o trabalho de envolvimento no processo de auto-avaliação da BE pode ser um contributo para
o sucesso das aprendizagens e, não, mais uma sobrecarga. Uma das formas de induzir a mudança
necessária reside, também, na minha opinião, na formação dos professores que deveria contemplar
aspectos relacionados com o trabalho colaborativo com a BE e a sua valorização.
Só uma comunicação assertiva, motivada e compreensiva poderá ser garante de um trabalho
de excelência em prol do sucesso educativo dos nossos alunos. Apesar das dificuldades, compete ao
professor bibliotecário afirmar-se pois os resultados de todo este processo serão uma mais-valia
para o trabalho futuro.

Fontes:
Documentos fornecidos no âmbito da acção de formação.

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