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Você já parou para pensar nas múltiplas faces de que se reveste uma língua ? Há
muitas e específicas formas ou faces como se fossem roupas, são formas de dizer
próprias a todas as circunstâncias: a língua regional, a língua histórica, a língua dos
diferentes níveis sociais, a língua da literatura, a língua da gíria, a língua dos povos, a
língua da propaganda, a língua das artes, a língua das profissões, a língua técnica, a
língua interpessoal, a língua familiar, a língua pessoal, enfim, é impossível haver entrave
de comunicação através da língua, além do que ela pode ainda ser uma língua falada,
escrita ou emocional com a qual as pessoas interpretam na intimidade o que o outro
intenciona dizer, ainda assim a língua não é absoluta na comunicação.
"Não tenha medo da sua língua". Veja que uma frase como essa pode ter muitos
contextos: "Não tenha medo da Língua Portuguesa", "Não tenha medo de falar a
verdade", "Não tenha medo de falar mentira", "Não tenha medo da sua careta", enfim, o
sentido do que se diz resulta da sintonia do indivíduo com ele mesmo e com a sociedade.
Todo sentido é contextualizado, para haver texto basta que haja uma situação de
mensagem, um contexto, não necessariamente uma palavra. Hoje, aparece na TV um
pássaro que pousa em um aparelho de som, que está reproduzindo uma linda música
clássica. Essa imagem tem um texto e não houve uma palavra sequer, porém no dia
seguinte, centenas daqueles aparelhos serão vendidos.
A língua tornou-se apenas um, dentre os componentes da comunicação. Isso não
significa que ela perdeu o seu valor. Não, é o contrário, comunicar-se por meio da língua
tornou-se uma opção. Desse modo, ao utilizá-la tenho que agir de forma diferenciada para
provar que estou realmente fazendo a melhor opção. A minha linguagem tem que ser
direta, objetiva, sintética e, mais do que tudo, atraente.
Então ?! Já imaginou como é agradável saber escrever com clareza e simplicidade?
Este, aliás, é um grande desafio que você tem pela frente. Houve um tempo em que
comunicar-se era "escrever bonito e difícil", hoje não, essa mentalidade mudou, pensa-se
muito no "escrever bem", dizer sem rodeios e conquistar o leitor que é um terrível
imediatista.
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A tribuna 23/10/97
Aprenda a gostar de Gramática, é muito bom escrever com segurança e "melhorar
seu próprio texto". Com certeza não custa tanto assim porque é como uma conquista,
muitos já conseguiram, por que não você ? É só aprender a gostar de ler e dedicar-se aos
exercícios com paciência e perseverança. Você conhece alguém que tenha obtido
prejuízo com a leitura e o estudo ? Em geral as pessoas dedicadas é que são bem
sucedidas. É até meio estranho alguém dizer que "não gosta de português", a língua que
se aprende desde o útero materno e que provavelmente transportará as intenções das
nossas últimas palavras. "Não gostar de português", mesmo que seja aquele que nasceu
em Portugal, ainda assim não é uma boa idéia.
1) Assinale a opção em que todas as palavras foram acentuadas pela regra das
paroxítonas:
1) As palavras já, você e língua são acentuadas respectivamente, pelas regras dos
vocábulos:
a) oxítono;
b) monossílabo;
c) paroxítono;
d) hiato;
e) paroxítono terminado em ditongo.
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a) paroxítono e oxítono;
b) hiato e monossílabo;
c) hiato e oxítono;
d) oxítono e paroxítono;
e) paroxítono e hiato.
a) monossílabo;
b) paroxítono;
c) proparoxítono;
d) oxítono;
e) ditongo aberto.
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Nossa sociedade, movida pelo consumismo, assiste hoje a um dos mais violentos
ataques a sua liberdade. A ordem é comprar. Todos os argumentos da mídia interferem
na emoção e na inteligência, não há como fugir.
Dentro de uma casa sempre está faltando algo. Sai o casal com a cabeça voltada para o
que está faltando em casa e à procura de diversão, instintivamente acaba instalando-se
em um Shopping. Esta casa grande, com suas grandes asas, abriga bilhões de desejos
dentro dos desejos ambulantes ferozes. Alguns aspiram à cozinha de marca famosa,
outros na caça aos presentes aspiram os perfumes igualmente famosos. Vista de longe,
toda essa cena é um terrível ritual, pessoas misturam-se às coisas tão superiores, caros
objetos protegidos do ataque humano.
Vestidos diversificadamente e coloridos, os transeuntes vagueiam. Pela fala, uns
procedem do interior; pelo traje, outros procedem do exterior, porém, professam uma
só fé, todos querem satisfação. Há os mais exigentes, os que preferem a qualidade ao
preço e são mais caros que seus objetos; outros, mais humildes preferem o preço à
qualidade, sentem-se menores que os objetos. E tudo é festa, vozes, música e ruídos ...
Esqueci-me do místico, aquele que vai ao encontro da paz, do espiritual, ansioso por
um momento de solidão, pois bem, até esse lá está em busca de um incenso, uma vela,
um livro de aconselhamento. Encontramos crianças que são sempre crianças; mesmo no
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shopping, não se transformam como os adultos, acesas e atentas aos brinquedos que as
aguardam junto à sorveteria, ao pipoqueiro.
Bem-aventurados os que passeiam, se divertem e até compram. Bem-aventurados os
que trabalham enquanto os outros se divertem e compram. Bem-aventurados os que só
compram e não se divertem. Bem-aventurados os que só se divertem e não se
preocupam com os que trabalham. Bem-aventurados ainda são os que não trabalham
nem se divertem e ficam à porta do Shopping prontos para receber seus trocados, seus
grãos diários a distrair a miséria. Bem-aventurados todos, porque de todos é o reino dos
céus. Todos irão pagar ou perdoar a dívida ao próximo. E só Deus precisará o momento
do último sono, cuja cama já foi paga em suaves prestações.
8) Nas duas situações em que o verbo “preferir” aparece no texto, sua transitividade:
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c) bitransitivo e bitransitivo;
d) transitivo direto e intransitivo;
e) transitivo direto e transitivo indireto.
12) Tal como foi usada no texto, a forma “instalando-se em" foi empregada em referência:
a) a uma situação;
b) a um lugar;
c) a um modo qualquer;
d) a uma condição;
e) a um tempo específico.
13) Em relação ao verbo ”misturar” no texto, a forma “às coisas” funciona como:
a) objeto direto;
b) adjunto adnominal;
c) adjunto adverbial;
d) objeto indireto;
e) predicativo.
14) A forma “aos brinquedos” tem uma relação sintática com o nome “atentas”, conhecida
por:
a) adjunto adnominal;
b) adjunto adverbial;
c) complemento nominal;
d) complemento verbal;
e) agente da passiva.
16) O verbo pagar, usado com a preposição em, tal como no texto, enquadra-se na
seguinte transitividade:
a) transitivo direto;
b) transitivo indireto;
c) bitransitivo;
d) intransitivo;
e) ligação.
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3) Os verbos referidos na questão são empregados no texto como transitivos
indiretos, portanto a resposta correta está na letra C..
4) Nas duas situações o verbo preferir aparece como bitransitivo , seu sentido não
se modifica, sua transitividade não se altera e a resposta correta é a letra E.
5) A resposta na letra D está correta quanto aos sentidos dos verbos no texto.
6) Os verbos citados referem-se à dívida ao próximo, a resposta é a letra C.
7) Procedem do e precisar o são verbos empregados com intransitivo e transitivo
direto, a resposta é a letra B.
8) A forma citada refere-se a lugar.
9) O verbo referido tem a função de objeto indireto, a resposta certa é a letra D.
10) O nome “atentas” é um termo regente de sentido impreciso e portanto “aos
brinquedos” é seu complemento nominal, a reposta é a letra C.
11) Na letra B temos a palavra denotativa de exclusão.
12) Trata-se do sentido de modo de pagar, portanto, temos o verbo como
intransitivo, letra D.
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O desemprego vem se intensificando no Brasil nos últimos anos. Mas agora, mesmo
antes do choque dos juros e do pacote fiscal, os níveis são recordes, e cada vez mais
alarmantes. Na Grande São PauIo, a pesquisa do Dieese apontou taxa de 16,5fb em
outubro, subindo para 16,6fb em novembro. Lembremo-nos que, nesses meses, o
desemprego é tradicionalmente um pouco, menor. Na região metropolitana de Salvador e
Distrito Federal, os índices vêm oscilando, a tempos, em níveis próximos. a 20fb. É
importante frisar que na posse de FHC, em janeiro de 1995, a taxa de desemprego na
Grande São Paulo era de 12,1fb.
As perspectivas para o inicia do próximo ano são ainda piores, quando as medidas
recessivas devem causar os maiores danos à economia - e, principalmente, ao mercado
de trabalho. A explosão dos juros e o pacote fiscal têm como objetivo explícito causar uiva
recessão severa para reduzir o déficit externa, e já vêm provocando demissões e férias
coletivas (que depois devem traduzir em novas demissões) em quase toda a indústrias.
Há uma lógica em nosso país, em que se busca "resolver" a crise por meio da retirada de
direitos, precarizando mais ainda as condições de vida dos trabalhadores, como é o caso
dessa onda de redução de salários. Por exemplo: o acordo do setor de autopeças,
assinado por parte dos sindicatos dos metalúrgicos filiadas à dita Força Sindical, é uma
demonstração evidente da ineficácia quanto à manutenção do emprego, pois várias
empresas estão demitindo e depois poderão aderir ao acordo, reduzindo salários.
Resultado: demitem e reduzem. Em vez de buscarmos medidas que nos adaptem à crise,
aprofundando-a, precisamos tomar medidas que permitam a sua superação. A
dependência de recursos externos para sustentar o tímido crescimento - sem geração de
emprego - verificada nos últimos anos tornou o Brasil muito vulnerável às crises
detonadas em outros países. Ignorando todos os alertas, o governo persistiu na teimosia
de que sua política econômica serviria como barreira contra tais crises. Mas e se novas
crises ocorrerem, afetando as Bolsas de Valores, o que o governo fará? Mais juras? Mais
aumentos? Mais desemprego?
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Assim, joga-se sobre os ombros dos trabalhadores e dos micro e pequenos empresários,
comerciantes e produtores agrícolas o ônus da crise, enquanto o grande capital recebe
tratamento diferenciado: juros altos para os credores do governo e a verdadeira fortuna
destinada pelo Proer para socorrer bancos - instituições que, entretanto, seguem
demitindo milhares de trabalhadores.
Resultado: em 1994, a participação do salário no PIB era de 40%, sendo de 38fb a
participação da remuneração do capital. Em 1996, inverteu o quadro: 38% e 41%,
respectivamente. As políticas aduladas pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo
ao Trabalhador (Codefat), como crédito para micros e pequenas empresas e para o setor
informal, um programa importante de formação e requalificação profissional, são
iniciativas fundamentais, e devem ser ampliadas e fortalecidas. Mas a discussão não
pode parar por ai.
Nós, da Central Única dos Trabalhadores, temos reafirmado a necessidade de manter a
inflação baixa, que só faz sentido quando acompanhada de crescimento econômico,
geração de emprego e distribuição de renda. E temos propostas para isto: redução do
limite máximo da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução do salário;
ratificação da convenção 158 da OIT, que proíbe a dispensa imotivada (convenção jogada
fora, por pressão patronal, em um gesto vexatório do governo); uma reforma fiscal justa e
progressiva; uma política industrial para o Brasil, com discussões tripartites para fazer
crescer setores da economia, como a construção civil, naval, calçados, têxteis, bens de
capital, equipamentos agrícolas, automotivo, químico, siderúrgico etc; realização da
reforma agrária, associada a uma efetiva política de desenvolvimento agrícola e outras
tantas.
Apesar disto, o governo não tem se mostrado sensível. Como vemos, com referência ao
drama social e à dor humana há uma grande diferença entre a propaganda e a realidade.
17) Na expressão: “em níveis próximos a 20 fb”, o “a” não recebeu acento grave pois;
a) permite a contração;
b) é um caso facultativo;
c) está antes de adjunto adverbial;
d) está antes de locução prepositiva;
e) está antes de pronome adjetivo.
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19) O uso do acento grave na expressão: “...metalúrgicos filiados à dita força sindical..”,
se justifica por tratar-se de:
22) Em: “...associada a uma efetiva política...”, a ausência do acento grave se explica
pois:
23) O acento grave está presente na expressão: “...com referência ao drama social e à
dor humana...”, porque:
17) A resposta está na letra B, pois não se põe acento diante de número.
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18) Há nessa questão um caso de acento grave motivado por simples contração, resposta
na letra A .
19) Trata-se também aqui de um simples caso de contração, portanto, letra A.
20) Registramos outro caso de simples contração, a resposta é a letra D.
21) Mais um caso de simples contração, resposta na letra D.
22) A regra é clara, não se usa acento grave diante do artigo “uma”, isso está claro na
letra A.
23) O acento grave se explica ainda pela contração, pois a regência do nome “referência”
exige a preposição “a” com o artigo “a” de “dor”, isso se confirma com na letra D.
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A corrupção não é uma paisagem, se ela assim o fosse, com certeza ao cair
em nossa memória, sugeriria inúmeras imagens de sonho, como o delírio daqueles
detalhes preciosos que não são vistos no todo mas que por partes divisam a beleza em
fragmentos de cores, formas, volume... ou, se é que nela subtraímos cenário, certamente
será macabro como catástrofe... então, qual é a imagem que fazemos das pessoas?
Uma paisagem pode ser feia e triste, mas pode também ser bonita e alegre.
A corrupção não, só pode ser repugnante e horrível. Ela tem a cor, a forma e o volume
dela mesma em quem a pratica, como um estigma. Uma pessoa no geral é alegre, boa,
faz-nos bem, está sempre disponível e sua imagem perante os outros causa bem estar.
Até que... mais de uma pessoa presencia (presenciam) sua atitude indigna de suborno em
favor de si ou dos seus; desde então o mundo desaba, o amor e o carinho se transforma
(transformam) em tragédia, sem perdão. A maioria das pessoas exige (exigem) do outro,
no mínimo a confiança.
Quando se arranca uma flor à paisagem, ela que era apenas um detalhe,
com a sua ausência modifica tudo, ao que se vê falta a flor. Assim também procede ao
corrupto, nem o arrependimento nem o silêncio isenta (isentam) sua culpa e, sua
ausência torna o cenário modificado em leveza e dignidade, enquanto a paisagem sem a
flor decrescerá em graça.
Coloquemos um trem nesta paisagem, haverá com certeza, muitas imagens românticas
passeando na memória do leitor: um campo florido, muitas árvores em primavera e um
trem ao fundo lentamente. Não vamos nos esquecer daquela cachoeira linda na qual
poderemos estar quando o trem nos deixar na estação. Sim, falávamos sobre a
corrupção, ela é a imagem distorcida do trem, a idéia de levar vantagem em tudo sempre,
que é a máxima filosofia, atrai muitos adeptos. Qual de nós nunca foi tentado? Por isso,
os corruptos se alastram, assim como ele gosta de ser comprado, ele também não
entende que alguém possa lhe favorecer gratuitamente. Mas, e o que isso tem a ver com
o trem? Muito bem, naquela paisagem onde faltava a flor, agora temos um trem em linha
circular, cujo último vagão se emenda à máquina que o puxa. É um trem andando em
torno de si, perdendo-se nele mesmo, como a condenação de uma consciência ao seu
dono.
As imagens podem ser contrastadas com outras imagens. A paisagem e o
corrupto, um e outro poderá (poderão) contrastar-se, pois neles se confunde (confundem)
cena e cenário. Há porém, depois de todas as comparações, algo que se deva depurar,
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além de todos os contrastes, para a preservação de paisagem e para a definitiva
exclusão do corrupto. Na cena e no cenário de apenas um deles, paira o perfume, traço
distintivo entre as almas.
24) A concordância em: “...mais de uma pessoa presencia (presenciam) sua atitude...”, o
verbo - fica:
26) O verbo “haver” , na oração: “...haverá, com certeza, muitas imagens românticas... “
29) Em: “Qual de nós nunca foi (fomos) tentado(s) ?”, o correto é:
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a) “foi tentado” para concordar com “qual”;
b) “foi tentado” para concordar atrativamente com “nunca”;
c) “foi tentado” por se tratar de verbo composto;
d) “quais” para concordar com “nós”;
e) “quais de nós” para concordar com “fomos tentados”.
30) Na oração: “...um e outro poderá (poderão) contrastar-se...” temos um caso de:
31) Com a oração: “...se confundem (confunde) cena e cenário...”, há uma concordância:
24) Com “mais de” no sujeito, o verbo concorda com a palavra ou a expressão que vier
depois de “mais de”, por isso a resposta é a letra A.
25) Tanto faz, pode concordar com “maioria de” ou com a palavra que segue essa
expressão, portanto, a resposta é a letra E.
26) O verbo haver no sentido de existir, acontecer e ocorrer fica no singular e a oração é
sem sujeito, por isso a resposta está na letra E.
27) Amor e carinho são expressões equivalentes e levam o verbo para o singular, a
resposta está na letra B.
28) Com “nem...nem” no sujeito, pode-se empregar o sentido de exclusão o que levaria
o verbo para o singular ou se concorda com o a idéia de dois núcleos o que levaria o
verbo para o plural, a resposta está na letra B.
29) A concordância gramatical se da com a forma “qual”, a resposta está na letra A.
30) Pode-se tomar como uma só idéia a expressão “um e outro” e assim fazer concordar
o verbo no singular , ou considerar essas palavras como dois núcleos e levar o verbo para
o plural.
31) Pode-se, por estar o sujeito composto posposto ao verbo, admitir o verbo em
concordância atrativa com a palavra “cena” com o verbo no singular, ou também se
admitir que o sujeito está composto e manter o verbo no plural.
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Texto 5: Um Textinho Comunista
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José Afonso Ferraz
Entre mil e uma trapalhadas, lá estão eles, os políticos brasileiros, que fazem a festa dos noticiários nos meios de comunicação. A eles
e aos seus correligionários, rendemos nossas homenagens, registrando algumas contradições e modismos, uma contribuição a tão útil
folclore.
São terríveis as pessoas, vejam o que fizeram com as palavras "direita" e "esquerda"! Elas se tornaram um conceito abstrato apenas.
Isso porque não há como se identificar em qualquer partido uma só tendência. Mesmo assim, vamos tentar descobrir alguns sinais
iluminadores.
Como identificar as pessoas "de direita"? Bem, estão sempre no poder, por isso vivem felizes. Sua marca é a eficiência na defesa
desse poder, porque assim preservam seu capital. São formados de uma minoria e não se conhece, em toda a História, agrupamento
humano mais forte. Claro, o dinheiro compra tudo. Eles não são fáceis, apresentam -se de formas sofisticadas, por isso tornam-se alvo
da admiração de todos, todos querem imitá-los. Verdade seja dita, há muita coerência neles, defendem uma ideologia na qual só eles
acreditam, e dariam sua vida por ela, se fosse preciso (nota: isso nunca foi necessário). O grande segredo, e eles guardam a sete
chaves, é o ódio por teorias e, porque são práticos não deixam rastros, não há muito o que dizer sobre eles, além disso, não se
conhece ninguém do lado deles que tenha trocado de posição, já com os de esquerda é só uma questão de tempo. Por trabalharem
muito pouco com os braços, fazem muita ginástica, querem preservar a saúde, pois para eles vale a pena viver. Finalmente, o único
momento em que estão absolutamente corretos, é quando atacam os "de esquerda".
Como identificar as pessoas "de esquerda" ? Bem, em geral são tristes, porque em todos os lugares do mundo a "esquerda" joga
bomba na "direita", aqui é o contrário. Outro particular: a esquerda derrubou a ditadura (há, há, há), mas nunca assumiu poder (há, há,
há), coisas do Brasil... A "esquerda" também é minoria (Não? Quantos são os militantes?), com uma diferença, só são eficientes
quando imitam as estratégias da "direita", por exemplo, manipular "reunião democrática" para aprovar propostas já aprovadas nos
bastidores e, se alguém ousa discordar, o pobre coitado foi inscrito depois do último falante (que ninguém sabe quem foi), portanto,
não pode dar opinião (nota: técnicas ainda em vigor). Algo os torna rejeitados, é que não são nada sofisticados, se vestem mal, andam
sem dinheiro embora gostem dele veladamente, são amargos, teimosos, arrogantes, autoritários e mais, lutam bravamente por
objetivos que não são deles, mas do partido. Não fosse pelo ultraje, se pareceriam com os fanáticos religiosos que nos querem impor o
céu. São os únicos corretos do mundo e adoram ser chamados de intelectuais, em função disso criam uma linguagem cheia de gírias,
ninguém pode imitá-los (será que alguém gostaria?).
Verdade seja dita, alguns até deram a vida pelo seu país, mas a ditadura fez com que ficassem esquecidos. Como trabalham muito
com os braços e não assistem TV, para não serem influenciados pela direita, só resta mesmo um esporte: vencer a insônia com
aqueles livros chatos de teoria marxista ou, quando acordados e "podem" se divertirem com os brinquedos criados com o dinheiro dos
capitalistas. Finalmente, o único momento em que eles estão absolutamente corretos, é quando se cansam dessa vida e resolvem ficar
em cima do muro, de Berlim.
32) O uso da vírgula destacando a oração: “lá estão eles” se explica porque trata-se de:
a) indicação de lugar;
b) invocação;
c) inversão de frase;
d) frase deslocada;
e) inversão de sentido.
33) A presença da vírgula separando a frase: “os políticos brasileiros”, é um caso de:
a) aposto;
b) vocativo;
c) adjunto adnominal;
d) objeto direto;
e) predicativo.
34) A vírgula usada após a palavra “brasileiros”, na primeira linha do primeiro parágrafo,
imprime à oração seguinte: “que fazem a festa dos noticiários...”, o sentido de:
a) causa;
b) conseqüência;
c) explicação
d) restrição;
e) coordenação.
35) A frase: “em toda a História” está entre vírgulas por se tratar de:
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a) um adjunto adverbial;
b) uma frase invertida;
c) um aposto;
d) um vocativo;
e) uma enumeração.
36) O período que segue partindo de “fáceis”, em: “Eles não são fáceis” até “...todos
querem imitá-los”, na quinta linha do segundo parágrafo, está separado por vírgula
porque:
a) é uma enumeração;
b) separa orações subordinadas adverbiais;
c) separa orações coordenadas;
d) separa período misto.
37) Na terceira linha do quarto parágrafo, o autor faz uso do sinal “dois pontos”, depois da
frase: “...outro particular: ...”, para:
a) indicar citação;
b) enumerar;
c) separar oração apositiva;
d) enfatizar a frase seguinte;
e) fazer constatação.
38) As expressões: “de esquerda”, “de direita”, “reunião democrática” dentre outras, estão
entre aspas no texto, isso indica:
a) sentido pejorativo;
b) citações;
c) gírias;
d) palavra nova;
e) expressão popular.
39) O uso do “ponto” como sinal, na oração: “...alguns sinais iluminadores.”, se deve ao
fato de estar a frase:
a) no fim do parágrafo;
b) no fim do período;
c) na abreviação;
d) com sentido completo;
e) com idéia de continuidade.
40) No texto, a utilização do parêntese, como sinal de pontuação, aparece de uma forma
bastante singular, nas expressões: (nota: isso nunca foi necessário), (há, há, há), (que
ninguém sabe quem foi), (será que alguém gostaria?), dentre outras. Esse emprego se
justifica:
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a) por ser uma explicação irônica;
b) por encerrar orações;
c) por ser uma explicação alheia à frase;
d) por ter sentido figurado;
e) por ser enfático.
41) O ponto de exclamação na oração: “São terríveis as pessoas, vejam o que fizeram
com as palavras “direita” e “esquerda”!, tem o seguinte propósito:
a) sentido interjetivo;
b) ênfase irônica;
c) separar períodos;
d) advertir o leitor;
e) questionar o leitor.
43) Sobre as reticências que ocorrem em duas frases do texto:” coisas do Brasil...” e
“ficar em cima do muro... de Berlim”, o seu emprego tem o sentido de:
44) No jornal “A Tribuna” – ES., do dia 17/11/1998, Terça-feira, na página 04, foi proposta
a seguinte chamada:
“Emergente cobra R$ 5.000,00 para ir numa festa”.
a) “Eu estou aqui para servi-lo”, deveria ser uma das falas de Hilda
Furacão.
b) Alguém me telefona e eu lhe pergunto:
– por favor, quem está ao aparelho?
a) Cheguei tão tarde na casa dele que nem deu tempo de estudarmos
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tudo.
b) Freqüentemente vou à cidade mais próxima para rever meus amigos.
c) Fui à festa, mas não me diverti nada.
32) A frase referida na questão está deslocada porque cria um forma de expressão
própria de modo a não permitir que ela ocupe outra posição na frase sem alterar o
sentido, letra D.
33) É um caso de aposto por ser uma expressão que se refere ao sujeito, letra ª
34) Tem sentido de explicação porque marca uma oração subordinada adjetiva
explicativa, letra C.
35) “Em toda a História” assume aqui o sentido de lugar, letra A .
36) Todas as orações do referido período, são coordenadas assindéticas, letra C.
37) Nesse caso, a pontuação vem em auxílio da estilística, ajudando a criar uma forma
irônica de expressão, letra D.
38) Vale aqui o mesmo comentário da questão 37, nesse caso, letra ª
39) Fim de parágrafo é marcado com ponto final, letra A.
40) Nesse caso há também outro caso de estilística, uma pontuação em auxílio da ironia,
letra A.
41) Vale o que foi dito na questão 40, letra B.
42) Vale o que foi dito na questão 40, letra C.
43) No caso, a insinuação é mais forte mas na verdade e outra forma de ironia, letra A.
44) Deveria ser empregada em linguagem culta, se fosse o caso, ir a uma festa, ou em
uma festa... letra C.
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No livro “Os humores da Língua” de Sírio Possenti, à página 116, foi possível registrar a
seguinte anedota
Texto 6:
Clinton e Hillary vão a um posto abastecer o carro. Quando saem, Hillary diz a Clinton
que o homem que os atendera tinha sido seu namorado, na juventude. Clinton diz a
Hillary:
– Se você tivesse casado com ele, seria esposa de um empregado de posto.
Hillary responde:
- Se eu tivesse casado com ele, ele seria o presidente dos Estados Unidos.
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e) Analisar diversas situações em que a postura de Clinton se sobrepõe à
de Hillary.
46) As alternativas abaixo apresentam orações cuja relação está indicada nos
parênteses. No entanto, em uma delas a relação expressa entre as orações está
INCORRETAMENTE analisada.
Assinale-a:
a) Desde que lançada a campanha a favor da cidade das Camélias, a Zona Boêmia
é um promontório de alegria. (TEMPO)
b) E na noite da última Quinta-feira, a polícia foi chamada para conter os ânimos dos
que freqüentavam a Zona Boêmia ( FINALIDADE)
c) Ela anda como uma égua campineira solta no pasto. (COMPARAÇÃO)
d) Se Hilda Furacão sobreviver a esta noite, ficará milionária. (CONDIÇÃO)
e) À medida que a fila andava pela Rua Guaicurus , novos efeitos do mal de Hilda
manifestavam-se (CAUSA)
a) Os jornais só falavam no mal de Hilda, um mal QUE não tinha cura. (MAL)
b) “Esse vosso cronista e servo, QUE tem alma de passarinho, ousa dizer a todos
que a Gata Borralheira é a fada de nossos sonhos”. (SERVO)
c) Emecê guardou a crônica sobre Hilda no bolso, para que eu não A visse. (HILDA)
d) Aramel trabalhava para o dono do hotel; SEU trabalho consistia em conquistar
pobres e belas moças. (DE ARAMEL)
e) Emecê escorregou e caiu no chão. Tentamos levantá-LO e não conseguimos.
(EMECÊ)
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a) Despreocupados, os homens freqüentavam aquela rua de magia.
b) Os homens despreocupados freqüentavam aquela rua de magia.
c) Os homens freqüentavam aquela rua de magia despreocupados.
d) Os homens freqüentavam despreocupados aquela rua de magia.
e) Os homens, despreocupados, freqüentavam aquela rua de magia.
50) Das estruturas abaixo uma foge ao padrão ideal da linguagem culta. Qual delas?
Assinale-a.
a) Cuidemos para que não haja injustiças quanto ao julgamento das pessoas.
b) Hão de existir sempre preconceitos contra os quais não se pode lutar.
c) Devemos imaginar que possam haver verdadeiros valores entre nós.
d) As mulheres ainda haverão de conseguir o respeito com que tanto
sonham.
e) Havia sonhos demais na cabeça de todos os homens.
51) Assinale a ordem em que os fragmentos devem ser dispostos para se obter um texto
com COESÃO, COERÊNCIA e boa PROGRESSÂO das idéias:
a) 3–5–1–4–2
b) 1–5–2–4–3
c) 4–3–2–1–3
d) 1–4–3–5–2
e) 4–1–5–3–2
52) Em cada opção, observam-se duas frases. A primeira está escrita incorretamente,
mas a segunda vem corrigindo-a. Assinale a opção em que isso não aconteceu:
a) 1. Estas revistas que eles lêem, tem artigos que mostram o preconceito
que ainda há sobre as mulheres.
2. Estas revistas que eles lêem, tem artigos que mostram o preconceito
que ainda há sobre as mulheres.
17
c) 1. Mantêm-se essa distinção entre o povo santo e pescador
2.Mantém-se essa distinção entre o povo santo e pescador.
d) 1.O Padre Nelson interviu dizendo que Hilda despertava sonhos proibidos.
2.O Padre Nelson interveio dizendo que Hilda despertava sonhos proibidos.
53) Em qual das opções abaixo o uso da preposição acarreta mudança de sentido na
frase?
Obs.: Vale destacar, sobre a questão 53, que nas outras opções foram empregados, nas
segundas frases, objetos diretos preposicionados.
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Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar
os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O “amar os outros” é tão
vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão
importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge.
Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única
salvação individual que conheço: ninguém está perdido se der amor e às vezes receber
amor em troca.
E nasci para escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde
a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era
escrever. E não sei por que, foi esta que eu segui. Talvez para as outras vocações eu
precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever, o aprendizado é a
própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós. É que não sei estudar. E, para escrever
o único estudo é mesmo escrever. Adestrei-me desde os sete anos de idade para que um
dia eu tivesse a língua em meu poder. E no entanto cada vez que vou escrever, é como
se fosse a primeira vez. Cada livro meu é uma estréia penosa e feliz. Essa capacidade de
me renovar toda, à medida que o tempo passa, é o que eu chamo de viver e escrever.
Quanto a meus filhos, o nascimento deles não foi casual. Eu quis ser mãe.
Meus dois filhos foram gerados voluntariamente. Os dois meninos estão aqui, ao meu
lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo neles, eu acompanho seus sofrimentos e
angústias, eu lhes dou o que é possível dar. Se eu não fosse mãe, eu seria sozinha no
mundo. Mas tenho uma descendência, e para eles no fundo eu preparo meu nome ao dia
a dia. Sei que um dia abrirão as asas para o vôo necessário, e eu ficarei sozinha. É fatal,
porque a gente não cria os filhos para a gente, nós os criamos para eles mesmos.
Quando eu ficar sozinha, estarei seguindo o destino de todas as mulheres.
Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas
que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote
neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho
nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba.
É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera.
Aparentemente, Clarice faz, neste texto, o relato de sua vida e até justifica o que fez para
seguir os caminhos que ela escolheu. Ela valoriza as suas experiências. Chega a
escrever:
“As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto.”
54) A oração em destaque apresenta para com a primeira, uma relação de:
a) Causa.
b) Conseqüência.
c) Finalidade.
d) Comparação.
e) Tempo.
19
55) Clarice vai mais longe quando diz: “Ninguém estará perdido se der amor e às vezes
receber amor em troca.”
Assinale a alternativa em que a oração destacada tem a mesma função da que foi
sublinhada no período acima:
57) Quando Clarice escreve: “não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida.”
O numeral, na expressão “perder um minuto”, só NÃO pode ser tomado em que sentido?
Assinale a resposta que atende à pergunta:
58) Em: “Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida.”
Assinale a opção que apresenta a circunstância a que se refere a repetição em destaque:
a) Condição.
b) Causa.
c) Finalidade.
d) Conseqüência.
e) Concessão.
a) Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. (=TEMPO)
b) Amar os outros é a única salvação individual que conheço (=SALVAÇÃO)
c) Tive desde a infância várias vocações que chamavam ardentemente.
20
(VOCAÇÃO)
d) Os dois meninos estão aqui, ao meu lado. Eu me orgulho deles, eu me renovo
neles. (=NOS MENINOS)
e) E eu vou ao encontro do que me espera. (=ENCONTRO)
1) Já nos primeiros anos de exercício profissional ficou patente a sua vocação para
a medicina.( )
2) A palavra vocação vem do latim vocare, que quer dizer “chamar”, acrescida do
sufixo “ção”, que diz respeito a “ato, ação.” ( )
3) Clarice Lispector diz que nasceu com uma vocação: ser escritora. ( )
4) Durante a juventude, ela sentiu que tinha alguma vocação para representação
teatral. ( )
a) 1,2,3,4
b) 2,1,4,3
c) 4,2,1,3
d) 4,1,2,3
e) 2,3,1,4
a) Faz cerca de um ano escrevi uma crônica sobre educação. (Veja – 11/12/96. P.
150)
b) Minas Gerais enfrentou a assombração no ensino e hoje sabem como andam as
suas escolas.
c) Cancele-se o pensamento.
d) No entanto, havia uma pedra no caminho de F.H.C. (Veja 04/12/96. P. 170).
e) Grande parte das crianças acaba saindo das escolas.
21
COMENTÁRIO DAS QUESTÕES DA PROVA
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A visita oficial que o presidente Fernando Henrique Cardoso faz a Angola não é
uma viagem como as outras. Angola não é, para os brasileiros, um país como os outros.
Luanda, a capital, está cheia de feridas de guerra. E Angola inteira ainda sofre,
atravessada por conflitos, entulhada de milhares de minas explosivas. Prolongam-se os
dramas que martirizam há séculos os angolanos, vítimas também, num tempo não tão
longínquo, dos brasileiros.
De fato, Angola foi o teatro da mais longa dominação colonial européia da
África. Portugal e, depois de 1825, o Império do Brasil, praticando uma atividade que os
tratados internacionais já classificavam como pirataria, continuaram deportando milhares
de angolanos até 1850. Todas as grandes potências européias, e mesmo a Suécia, havia
feito tráfico negreiro, considerado até o século XVIII como um dos ramos promissores da
globalização iniciada com os descobrimentos quinhentistas. Por esse motivo, o padre
Antônio Vieira, o qual além de grande pregador era um conselheiro régio frio e calculista,
escreveu que o Brasil sustentava-se de angolanos: “Sem Angola não há Brasil”.
Outros pensadores, dos mais insuspeitos, aceitaram o comércio de escravos. O
filósofo inglês John Locke e o francês Voltaire, dois dos grandes paladinos da liberdade
política no Ocidente, compraram ações de companhias negreiras de seus países.
Entretanto, os portugueses foram os únicos europeus a praticar guerras oficiais
de captura de africanos. E os brasileiros foram os únicos americanos a ajudá-los nessas
sinistras empreitadas. Saiu do Rio de janeiro, em 1648, armada e financiada pelos
22
fazendeiros fluminenses, a força expedicionária de Salvador de Sá, que reativou o tráfico
para o Brasil após expulsar os holandeses de Luanda. Foi o paraibano André Vidal de
Negreiros, então governador de Angola, quem destruiu o reino do Congo, antigo soberano
dos reinos antigos de Angola, na batalha de Ambuíla, em 1665. Na vanguarda das tropas
de Negreiros, combatia um esquadrão genuinamente brasileiro, formado pôr soldados
mulatos pernambucanos. Depois disso, a cachaça e o tabaco brasileiros conquistaram os
mercados africanos, servindo para comprar milhares de escravos para as fazendas de
nosso país.
Cerca de 4 milhões de africanos chegaram vivos no Brasil no decurso de três
séculos. Dois terços foram deportados da África central. Sobretudo de Angola. Esses
indivíduos e seus descendentes representavam a maior parte dos 10 milhões de
habitantes de nosso país nos anos 1870, quando começou o afluxo maciço de imigrantes.
Ou seja, o Brasil foi um país negro e mulato até 1870. É voltará a sê-lo de novo. De fato, a
manterem-se as atuais tendências demográficas – queda de taxa de nascimento entre os
brancos e ou aumento ou estabilidade de nascimentos entre os mulatos e negros, os fro-
brasileiros serão mis numerosos que os brasileiros brancos dentre em breve. E no
próximo século, quando nosso povo for de novo majoritariamente mulato, os historiadores
interpretarão a subida de Celso Pitta à prefeitura da maior cidade da América Latina como
um fenômeno anunciado dessa tendência.
O Brasil é um país complicado, cheio de problemas, com boa parte de seus
cidadãos brancos e negros ainda entregue ao descaso e à pobreza. De certo, o
presidente Fernando Henrique não poderá prometer muito aos angolanos. Mas há coisas
que podem ser feitas desde já. Primeiro, Não deixar que a presença de nosso país na
África lusófona, se reduza à atividade voraz e nem sempre recomendável das grandes
empreiteiras. Segundo, começar a contar nas escolas e nas universidades nossa verdade
Histórica: no passado e no futuro, fomos e seremos, em grande parte, descendentes de
angolanos.
(Veja, 27/11/96 p. 166)
63) Todos os termos grifados abaixo podem ser substituídos pelos oblíquos o ou a (ou
outra forma correspondente), EXCETO:
64) Lendo o texto, concluímos que a melhor interpretação para o pronome possessivo da
1ª pessoa do plural usado na expressão “nossa verdadeira história”, corresponde a:
23
65) Em todas as alternativas as palavras sublinhadas estão corretamente interpretadas,
de acordo com o texto, EXCETO:
a) O Brasil foi um país negro e mulato até 1870. E voltará a sê-lo de novo.
(lo=Brasil)
b) Esses indivíduos e seus descendentes representam a maior parte dos 10 milhões
de habitantes do nosso país. (seus = dos indivíduos)
c) Os historiadores interpretarão a subida de Celso Pitta à prefeitura da maior
cidade da América Latina como um fenômeno anunciado dessa tendência. (maior cidade
da América Latina = São Paulo)
d) O Brasil que é um país complicado, ele ainda está entregue ao descaso e à
pobreza. (ele = descaso)
66) O termo grifado completa o significado do verbo transitivo, indicado em todas opções,
EXCETO de :
><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^>
67) Leia as orações abaixo, preencha conveniente as lacunas e assinale o ítem que as
completa corretamente:
a) há, a, a, às, a
b) a, a, a, às, há
c) há, à, à, as, à
d) há, a, à, as, à
e) a, à, a, as, a
24
68) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas das frase a seguir:
a) cheio de problemas;
b) parte de seus cidadãos;
c) prometer aos angolanos;
d) presença na África;
e) descendentes de angolanos.
72) Quando você ______ a diretoria pedagógica______ a para que eu ______ falar com
ela.
Complete corretamente as lacunas:
25
b) vir, chama, posso
c) ver, chama, possa
d) vir, chame, possa
e) vir, chame, posso
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Texto 9: Segredo
Paulo Mendes Campos
Há muitas coisas que a psicologia nos explica. Suponhamos que você esteja em
um 12º andar, em companhia de amigos, e, debruçando-se à janela, distinga lá embaixo,
inesperada naquele momento, a figura de seu pai, procurando atravessar a rua ou
descansando em um banco diante do mar. Só isso. Por que, então, todo esse alvoroço
que visita sua alma de repente, essa animação provocada pela presença distante de uma
pessoa de sua intimidade? Você chamará os amigos para mostrar-lhes o vulto de traços
fisionômicos invisíveis: “Aquele ali é papai”. E os amigos também hão de sorrir, quase
enternecidos, participando um pouco de sua glória, pois é inexplicavelmente tocante ser
amigo de alguém cujo pai se encontra longe, fora do alcance do seu chamado.
26
Outro exemplo: você ama e sofre por causa de uma pessoa e com ela se encontra todos
os dias. Por que, então, quando essa pessoa aparece a distância, em hora desconhecida
aos seus encontros, em uma praça, voando na janela de um carro, por que essa ternura
dentro de você, e essa admirável compaixão?
Por que motivo reconhecer uma pessoa de longe sempre nos induz a um
movimento interior de doçura e piedade?
Ás vezes, trata-se de um simples conhecido. Você o reconhece de longe em um
circo, um teatro, um campo de futebol, e é impossível não infantilizar-se diante da visão.
Até para com nossos inimigos, para com as pessoas que nos são antipáticas, a
distância, em relação ao desafeto, atua sempre em sentido inverso. Ver um inimigo ao
longe é perdoá-lo bastante.
Mais um caso: dois amigos íntimos se vêem inesperadamente de duas janelas.
Um deles está, digamos, no consultório do dentista, o outro visita o escritório de um
advogado no centro da cidade. Cinco horas da tarde; lá embaixo, o tráfego estridula:
ambos olham distraídos e cansados quando se descobrem mutuamente. Mesmo que
ambos, uma hora antes, estivessem juntos, naquele encontro súbito e de longe é como
não se vissem há muito tempo; com todas as graças das almas despertas, eles começam
a acenar-se, a dar gritos, a perguntar por gestos o que o outro faz do outro lado. Como se
tudo isso fosse um mistério.
E é um mistério.
a) Alegrias inesperadas;
b) Encontros cotidianos;
c) A força da amizade;
d) Alvoroços da alma;
e) Encontros imprevistos.
75) Assinale a alternativa que melhor justifica a razão do nome “segredo” ou “mistério” a
esses acontecimentos:
27
77) Leia o trecho com atenção:
“E os amigos também hão de sorrir, quase enternecidos, participando um pouco de sua
glória...”
Assinale a alternativa em que a palavra em destaque pode ser substituída por
outra, sem nenhuma alteração do significado:
78) “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que pensa nossa vã filosofia.”
(Shakespeare)
><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^>
28
Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo.
“Coitado, até essa hora no serviço pesado.”
Arrumou pão e café, deixou tacho no
fogo com água quente. Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo
79) Em relação aos dois textos: SEGREDO E ENSINAMENTO, pode-se afirmar que os
dois têm como pontos afins:
80) Assinale a alternativa em que há uma afirmativa que NÃO corresponde ao texto
ENSINAMENTO
81) Em todas alternativas, a palavra destacada remete à expressão que está entre
parênteses, EXCETO:
29
A relação lógica expressa pelo conectivo pois é de:
a) causa;
b) conclusão;
c) explicação;
d) conseqüência;
e) adição.
83) Em: “Suponhamos que você esteja em um 12º andar, em companhia de amigos”.
85) Assinale a alternativa em que NÃO ocorre erro quanto ao emprego do porquê.
a) Entendeu agora porque todas as pessoas não têm consciência de suas atitudes?
b) O desodorante Roll-on vende mais só por que não vaza?
c) Cristo Redentor/ , braços abertos sobre a Guanabara,/ este samba é só porque,
Rio, eu gosto de você. (Tom Jobim);
d) Você é contra a liberdade de expressão, porquê?
e) Quero saber porque meu dinheiro anda valendo tão menos.
30
86) Assinale a letra correspondente à alternativa que completa corretamente as lacunas
da frase apresentada:
Foi ............uma semana que eles nos ............ que nós deveríamos encontrar
soluções ......... para nossas ............ trabalhistas.
a) há, propuseram, suficientes, reivindicações;
b) acerca de, proporam, suficiente, reivindicações;
c) há cerca de, proporam, suficientes, reinvidicações;
d) há, propuseram, suficientes, reinvindicações;
e) há, propuseram, suficiente, reinvidicações.
88) Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera sensivelmente o
sentido do enunciado:
a) Bem te dizia eu, que não iriam a bons resultados, as tuas vaidades amorosas.
b) Bem te dizia eu que, não iriam a bons resultados as tuas vaidades amorosas.
c) Bem te dizia que eu não iriam a bons resultados, as tuas vaidades amorosas.
d) Bem te dizia eu que iriam a bons resultados as tuas vaidades amorosas.
31
e) Bem te dizia eu que não iriam, a bons resultados as tuas vaidades amorosas.
a) A, à, a;
b) A, a, à;
c) À, a, à;
d) A, a, a;
e) À, a, à.
“O tipo de inteligência que nos agrada é aquele que sabe brilhar por meio das palavras.
Nunca ter feito uma frase de efeito: eis a falta que intelectual brasileiro jamais cometerá.
Agrada-nos sobretudo a rapidez mental e o uso desenvolto da linguagem. Quem de nós
suporta um orador que se planta com não sei quantas laudas à nossa frente? Se é para
ler, leio em casa. Do orador queremos algo distinto da importância ou da consistência do
que tem a dizer. Queremos o improviso. Esse dom do cidadão bem-falante conduziu à
desgraça (e à graça) algumas carreiras de políticos e professores – e gerou o triunfo do
bacharel.”
32
81) A expressão que devia estar entre parêntese é “de alguém) que ocupa o lugar do
pronome relativo “cujo” para compor o adjunto adnominal em “pai de alguém”, letra B.
82) No caso, o “pois” está posto antes do verbo, por isso funciona como explicativo, letra
C.
83) Na letra C, a Segunda oração funciona como objeto direto da primeira, tal como
ocorre na oração do enunciado.
84) Na letra D encontramos a única afirmativa coerente.
85) A palavra foi empregada com a função de explicar, por isso foi escrito junto sem
acento (porque), letra C.
86) Na letra A temos o verbo haver no sentido de tempo passado há, o verbo propor
(propuseram) no pretérito perfeito, a palavra suficiente flexionada por tratar-se de um
adjetivo e a correta grafia e flexão da palavra reivindicação (ões).
87) Na letra D, a palavra já funciona como advérbio nos dois exemplos.
88) A modificação feita na segunda frase, da letra C, não equivale ao sentido da primeira:
menos pessoas amadas é diferente de pessoas menos amadas.
89) As vírgulas empregadas na letra A, indicam que a oração: que não iriam a bons
resultados é subordinada substantiva objetiva direta da outra que é a principal.
90) O primeiro “A sós” trata-se de uma preposição, o segundo A é um artigo e o terceiro
A receberá acento grave por tratar-se de uma contração, letra B.
91) O texto faz a apologia do bom orador e na letra C, há um resumo das qualidades de
um orador.
92) O texto deixa claro que a desenvoltura com a linguagem é a grande marca, letra B.
><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^><^>
Diziam os gregos que do caos surge a ordem. Por que tanta esperança? Se não
pensarmos assim, estamos nos entregando, é o fim da luta. A Educação chegou ao seu
limite; desde a ditadura militar, estamos indo de encontro à inteligência.
Sob o jugo da mídia não há mais dúvida de que caminhamos para o caos. As mentes
estão preparadas para a cultura da passividade, "está tudo bem entre férias e feriados".
Os pais ameaçam transferir seus filhos em caso de reprovação, a nova lei de diretrizes e
bases da Educação pretende criar a ciranda dos desnivelados, enfim, mal se pode
freqüentar escolas públicas, tantos são os arrombamentos, saques e greves que as
afligem.
Conquanto não se preocupem as autoridades, salário de professor já virou piada
nacional. Ganhando tão pouco, os professores se envergonham de sua profissão, têm
pavor de serem chamados de "professor" em público e alguns, até assumem o
comportamento de traças, esquecidos ao desprezo do serviço público. Nas escolas
particulares, outros vícios e sujeições: há que se "puxar o saco" do patrão, obedecer a
ordens absurdas e calado. Receber ordens e idéias de alguns "pedagogos de gabinete
que não sabem o valor de se "produzir uma aula", menos pelo fato de não produzirem
aula e mais pelo fato de suas ordens isentarem e diminuírem seus compromissos e
responsabilidades. Desculpem os pedagogos que em sua prática facilitam a
aprendizagem, vocês mesmos são os primeiros a reclamar da incompetência dos
viciados. Nosso tiro tem alvo certo.
33
De emoção em emoção, vamos nós educadores, falhando aqui e ali, sempre ao sabor do
remendo. Nada é sério, nada é profissional. À medida que o tempo passa, nossas
experiências vão sendo jogadas fora, nossos alunos ganham força e passam a nos
convencer de que são nossos patrões e ditam para nós suas normas, alguns comandam
com violência, outros comandam com o bolso ( dos pais).
Será que tudo isso é pessimismo? Todos os anos, há cerca de 25 mil alunos disputando 2
mil vagas na (UFES). Quem são os reprovados? Quem são os aprovados? É também
normal, esse clima de que tudo vai bem, mas bem se lê nos resultados que todos os
problemas estão sendo adiados. Mais dia menos dia todos detonaremos como vítimas e
opressores, perdidos...
A par desta realidade, como sobreviver? Educação (sala de aula) é sinônimo de conquista
e de amizade, de empatia. Seu aluno vai é ligar a você pela amizade natural. A ele não
interessa nota, não interessa escola, não interessa conteúdo. Ele necessita de atenção,
de afeto, ele é igual a você. A linguagem da punição, do castigo acabou. A linguagem do
medo acabou. É fácil ser amigo do aluno, basta que você seja natural. Se assim
acontecer, seu aluno vai se interessar por sua matéria. Faça com que ele o admire, pela
noção de liberdade que seu comportamento exala.
Ao professor que conta no relógio os minutos de sua aula que passa, resta uma pergunta:
o que fazer com tantas dinâmicas de participação que você aprendeu? O que fazer com a
criatividade que você sufoca? É possível brincar e aprender? Ou vamos esperar que
todas as crianças fiquem sérias para colocá-las na escola? Faz muito bem ao seu intimo,
a sua consciência, não ver o tempo da aula passar por ela ser dinâmica. Se é ruim para
você ficar contando as horas no relógio, imagine o que sente o seu aluno?
Quanto aos outros que o atrapalham e não são alunos, responda-os com o seu
êxito, a maioria dos alunos saberá reconhecer o seu valor. Sorria levemente para os que
batem cabeça com a Educação, em sala você e o aluno são soberanos. Sorria apenas, o
que está errado não fica assim por muito tempo, mas você permanece e principalmente
suas boas intenções, seu aluno também permanece e o conteúdo que tanto o preocupa,
sobreviverá se for útil à vida.’
.
93) A palavra “por que”, na primeira linha do primeiro parágrafo está desta forma grafada
por:
94) A expressão “se não”, na primeira linha do primeiro parágrafo, tem sentido de:
a) causa;
b) explicação;
c) condição;
d) conseqüência;
e) restrição.
95) A palavra “sob”, na primeira linha do segundo parágrafo tem o sentido de:
34
a) comandado por;
b) às ordens de;
c) com a permissão de;
d) embaixo de;
e) acima de.
a) acontecer;
b) ocorrer;
c) existir;
d) possibilidade;
e) hipótese.
a) locução adverbial;
b) locução verbal;
c) locução prepositiva;
d) locução adjetiva;
e) locução pronominal.
a) paridade;
b) igualdade;
c) superioridade
d) ciente;
e) inferioridade.
99) Na última linha do primeiro parágrafo do texto temos a expressão “DE ENCONTRO
A”. No texto, o seu sentido é:
a) duas idéias que se chocam;
b) duas idéias que se combinam;
c) duas idéias que se equivalem;
d) duas idéias que se equiparam;
e) duas idéias sem sentido.
100) No quinto parágrafo do texto as expressões: “há cerca de”, ”mais” e “mas”
significam, quanto ao sentido, respectivamente:
35
b) Está melhorando pela ação do governo.
c) Depende também da consciência do professor.
d) Vai mal por culpa dos pais e alunos.
e) É moderna como o governo.
103) Na expressão “do caos” presente no texto, a preposição tem sentido de:
a) origem.
b) causa.
c) companhia
d) posse.
e) lugar.
104) Nas expressões “seu limite”, “esse clima”, “suas normas”, “nossos alunos”: presentes
no texto, os pronomes sublinhados são:
a) todos indefinidos.
b) pronomes indefinidos.
c) pronomes relativos.
d) pronomes adjetivos.
e) pronomes de tratamento.
a) 3 adjetivos.
b) 3 substantivos.
c) 3 advérbios.
d) 3 palavras derivadas de verbo.
e) 3 conjunções.
a) Dá idéia de deslocamento.
b) É distração do autor.
c) Dá idéia de lugar fixo.
d) Significa início de frase.
e) É o contrário de “donde”.
36
a) mais de
b) acerca de
c) existem
d) participam
e) um número de
108) Na expressão “de encontro à inteligência”, temos um “A” com o acento grave, esse
acento se justifica por quê?
109) A expressão “à medida que”, no texto ou fora dele tem acento grave porque é:
a) conjunção adverbial
b) locução adverbial
c) locução prepositiva
d) locução de realce
e) locução conjuntiva
110) Assinale a opção que tem o grupo de palavras acentuadas, terminadas em ditongo:
a) suficiente
b) precário
c) vergonhoso
d) justo
e) muito alto
37
113) A conjunção “mas” no trecho “mas bem se lê nos resultados...” tem o sentido de:
a) quantidade
b) simplificação
c) integração
d) confirmação
e) oposição
114) A palavra “que” no trecho “ basta que você seja natural” tem é uma conjunção:
a) coordenada
b) comparativa
c) subordinativa integrante
d) subordinativa
e) concessiva
115) Encontramos no texto as palavras: mais, menos, aqui, ali, sempre, não. Essas
palavras são:
a) pronomes indefinidos
b) conjunções
c) preposições
d) advérbios
e) interjeições
116) No início do texto há o “por que” separado e sem acento, isso se justifica:
a) quantidade, emparelhar
b) talvez, certamente
c) certamente, talvez
d) jamais, sempre
e) embora, informado
38
119) No texto, encontramos um “A” sem acento diante da palavra “reclamar” (a reclamar)
falta o acento indicativo da crase no “A”:
120) Em uma das opções você tem dois hiatos acentuados seguidos de dois paroxítonos
também acentuados, indique-a:
39
115) Apresentam sentidos de advérbios, letra D.
116) Está no início de frase interrogativa, letra B.
117) Revelam oposição e ciente, respectivamente, letra E.
118) Não envolve regra, houve apenas contração, letra B.
119) Não se põe acento grave antes de verbo, letra D.
120) É possível constatar a afirmação nas palavras da letra D.
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Casar com a filha do dono da empresa, arrumar emprego público ter padrinho político ou
obedecer piamente às ordens do chefe eram, em linhas gerais, os caminhos para o
sucesso no Brasil. QI era sinônimo de "quem indica". Ter mestrado no exterior, falar cinco
idiomas, desenvolver nova tecnologia, caminhos certos para o sucesso no Primeiro
Mundo, em nada adiantavam. As empresas brasileiras mamando nas tetas do governo,
com créditos subsidiados, numa economia protegida, eram obviamente super-rentáveis,
mesmo sem muita sofisticação administrativa. Até um perfeito imbecil tocava uma
empresa brasileira naquelas condições, fato que irritava sobremaneira a esquerda e os
acadêmicos, que na época dirigiam a economia. Está aí uma das razões menos
percebidas da onda de estatização a que assistimos no Brasil.
Contratar pessoas competentes, além de não ser necessário, era desperdício de dinheiro.
Num país em que se vendiam carroças a preço de carro importado, engenheiros
especializados em airbags morriam de fome. Competência num ambiente daqueles não
tinha razão, para ser valorizada. Os jovens naquela época não viam necessidade de
adquirir conhecimentos, só precisavam passar de ano. Alunos desmotivados geraram
professores desmotivados, instalando um perverso círculo vicioso que tomou conta das
nossas escolas.
Tudo isso, felizmente, já está mudando. Empresários incompetentes estão quebrando ou
vendendo o que sobrou de suas empresas para multinacionais. Por muitos anos, quem no
Brasil tivesse um olho era rei. Daqui para a frente, serão necessários dois olhos, e bem
abertos. Sai o sábio e erudito sobre o passado e entra o perspicaz previsor do futuro. Sai
o improvisador e esperto, entra o conhecedor e astuto.
A regra básica daqui para a frente é a competência profissional, experiência prática e não
teórica, habilidades de todos os tipos. De agora em diante, seu sucesso será garantido
não por quem o conhece, mas por quem confia em você. Estamos entrando numa nova
era no Brasil, a era da meritocracia. Aqueles bônus milionários que um famoso banco de
São Paulo vive distribuindo não são para os filhos do dono, mas para os funcionários que
demostraram mérito.
Felizmente para os jovens que querem subir na vida, o mérito será remunerado, e não
desprezado. Já se foi a época em que o melhor aluno da classe era ridicularizado e
chamado de CDF. Se seu filho de classe média não está levando o 1º e o 2º grau a sério,
ele será rudemente surpreendido pelos filhos de classes mais pobres, que estão
estudando como nunca. As classes de baixa renda foram as primeiras a perceber que a
era do status quo acabou. Hoje, até filho de rico precisa estudar, e muito.
Vinte anos atrás, eram poucas as empresas brasileiras que tinham programas de
recrutamento nas faculdades. Hoje, as empresas possuem ativos programas de
40
recrutamento nas faculdades, não somente aqui, mas também no exterior. Os 200
brasileiros que estão atualmente cursando mestrado em administração lá fora estão
sendo disputados a peso de ouro.
Infelizmente, os milhares de jovens competentes de gerações passadas acabaram não se
desenvolvendo e tiveram seu talento tolhido pelas circunstâncias. Talvez eles não tenham
mais pique para desfrutar essa nova era e na minha opinião essa é a razão da profunda
insatisfação atual da velha classe média. Mas os jovens de hoje, especialmente aqueles
que desenvolveram um talento, os estudiosos e competentes, poderão finalmente dormir
tranqüilos. Não terão mais de casar com a filha do dono, arrumar um padrinho, aceitar
desaforo de um patrão imbecil.
O talento voltou a ser valorizado e remunerado no Brasil como é no mundo afora.
Talvez ainda mais assustador é reconhecer que o Brasil não será dividido entre ricos e
pobres, mas sim entre competentes e incompetentes. Os incompetentes que se cuidem.
a) Conseguir um padrinho.
b) Ser aprovado em concurso público.
c) Usar a lei em seu próprio benefício.
d) Exigir seus direitos.
e) Punir a corrupção.
123) Na oração do texto “... um imbecil tocava uma empresa brasileira...”, temos:
a) aposto
b) vocativo
c) objeto direto
d) sujeito
e) complemento nominal
41
125) Na oração: “... As empresas possuem ativos..., não somente aqui, mas também no
exterior.” Há um caso de oração coordenada sublinhada que se classifica como:
a) assindética
b) sindética aditiva
c) sindética adversativa
d) sindética conclusiva
e) sindética alternativa
126) No período: “Talvez ainda mais entusiasmados, é reconhecer que o Brasil não será
mais dividido...”, o “que” sublinhado é:
a) conjunção coordenativa
b) conjunção adverbial proporcional
c) conjunção integrante
d) pronome relativo
e) conjunção adverbial consecutiva
a) partícula apassivadora
b) partícula explicativa
c) pronome pessoal reflexivo
d) pronome pessoal recíproco
e) conjunção integrante
a) conjunção comparativa
b) interjeição
c) pronome relativo
d) palavras interrogativas
e) palavras exclamativas
a) palavra negativa
b) pronome relativo
c) alguns advérbios
d) palavras interrogativas
e) palavras exclamativas
130) A função do “que” na oração “Aqueles bônus milionários que um famoso banco de
São Paulo vive distribuindo...” é:
a) complemento nominal
b) objeto indireto
42
c) sujeito
d) objeto direto
e) adjunto adverbial
a) fugiram do país
b) venderam suas empresas
c) faliram ou venderam suas empresas
d) foram os reis da fraude
e) eram sábios e eruditos
a) objetivo direto
b) sujeito
c) predicativo
d) adjunto adnominal
e) aposto
a) aposto
b) vocativo
c) complemento nominal
d) adjunto nominal
e) objeto indireto
135) No período: “fato que irritava sobremaneira a esquerda...”, a oração iniciada com o
“que” é:
a) adjetiva restritiva
b) substantiva subjetiva
c) substantiva apositiva
d) adjetiva explicativa
e) adverbial causal
a) conjunção coordenativa
43
b) conjunção integrante
c) pronome relativo
d) conjunção adverbial proporcional
e) conjunção adverbial consecutivo
a) partícula apassivadora
b) índice de indeterminação
c) partícula de realce
d) pronome pessoal reflexivo
e) parte integrante do verbo
140) A função do “que” na oração “instalando um perverso círculo vicioso que tomou
conta das nossas escolas”, é:
a) objeto direto
b) adjunto adverbial
c) complemento nominal
d) objeto indireto
e) sujeito
44
125) A oração é coordenada aditiva, com a seqüência: não somente... mas também,
letra B.
126) Inicia uma oração subordinada substantiva subjetiva, letra C.
127) Tem o sentido de cuidar de si mesmo empregado com o sentido figurado de abrir
o olho, letra C.
128) Remete ao que havia antes, portanto,estabelece comparação, letra A.
129) Pronome relativo com função de adjunto adverbial no lugar de no país, letra B.
130) Pronome relativo que ocupa o lugar de aqueles bônus milionário, letra D.
131) Conforme se lê, esses empresários perderam sua posição, letra C.
132) Porque estão se qualificando, letra A.
133) Sujeito do verbo ser, letra B.
134) Tem função de adjunto adnominal porque preço é um substantivo concreto, letra D.
135) Oração iniciada por um pronome relativo, é restritiva pois não está destacada por
vírgula, letra A.
136) Pronome relativo iniciando oração adjetiva, letra C.
137) Pronome Pessoal Reflexivo, no sentido de vender a si mesmo, letra D.
138) Estabelece comparação, letra A.
139) Atração do pronome relativo, letra B.
140) Tem a função de sujeito no lugar de um perverso círculo vicioso, letra E.
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Catadores de lixo que vivem no aterro sanitário de Brasília garantem que vão continuar
comendo a carne enterrada pela Secretaria da Saúde do Distrito Federal junto com
rejeitos hospitalares. No aterro, onde moram cerca de 400 favelados, parte das cinco
toneladas de carne foi desenterrada e os moradores salgaram as melhores peças.
No final da tarde de anteontem, um grupo de funcionários da Secretaria da Saúde esteve
no local para pedir aos moradores que não consumissem o produto, proveniente de
batedouros clandestinos. "Eles disseram que vão continuar comendo", disse a chefe do
Serviço de Vigilância Epidemiológica, Ivone Perez de Castro.
Segundo Ivone, até ontem não havia surgido nenhum caso de intoxicação provocado pelo
consumo de carne, que chegou a ser rejeitada pelo canil da Policia Militar e pelo
zoológico de Brasília. Os favelados foram orientados a procurar o centro de saúde mais
próximo (a 10 km) em caso de intoxicação.
As cinco toneladas de carne bovina apreendidas pela Secretaria da Saúde deveriam ter
sido destruídas no incinerador do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), mas o equipamento
está parado há 17 meses por falta de manutenção. Ao enterrar a carne no mesmo local
do aterro, destinado ao lixo dos hospitais, a Secretaria da Saúde e o Serviço de Limpeza
julgaram que isso desestimularia os favelados a desenterrá-la. No entanto, tão logo os
funcionários se retiram, os favelados desenterram parte da carne.
141) Em: “...parte das cinco toneladas de carne foi desenterrada...”, o verbo deve
concordar com:
45
b) a palavra “carne”;
c) a expressão “parte das cinco toneladas”;
d) a palavra “cinco”;
e) a palavra “toneladas”.
a) aterro;
b) carne;
c) catadores;
d) lixo;
e) Secretaria de Saúde.
145) O verbo “estar”, na 2a linha do 2o parágrafo, que aparece sob a flexão “esteve”, se
refere à:
a) um grupo;
b) funcionários;
c) um grupo de funcionários;
d) moradores;
e) Secretaria de Saúde.
146) O verbo “viver” na oração do texto: “vivem no aterro...”, considerando que “no
aterro” é adjunto adverbial, quanto à transitividade é:
a) transitivo direto
b) transitivo indireto
c) intransitivo
d) intransitivo acompanhado de adjunto adverbial
e) bitransitivo
46
147) O nome “proveniente”, no texto, deve ser usado com a preposição “de” que indica
origem. É um caso de: (proveniente de)
a) crase
b) regência verbal
c) regência nominal
d) concordância nominal
e) concordância verbal
148) O “a” presente na expressão do texto: “...chegou a ser...”, não recebeu o acento
indicativo da crase porque:
149) A expressão “junto com”, no texto, não vai para o masculino ou feminino, singular ou
plural, é um caso de:
a) concordância nominal
b) concordância verbal
c) regência verbal
d) regência nominal
e) concordância pronominal
a) objeto direto
b) predicado
c) sujeito
d) objeto indireto
e) predicativo
a) um grupo de
b) um grupo de funcionários
c) grupo de funcionários da Secretaria da Saúde
d) Secretaria da Saúde
e) Funcionários da Secretaria
152) No texto a expressão: “Eles disseram que vão continuar comendo”, está entre aspas,
por que:
47
a) é uma citação textual
b) está realçando a oração
c) é uma gíria
d) é uma expressão arcaica
e) há na expressão palavra estrangeira
154) O nome “proveniente”, no texto, deve ser usado com a preposição “de” que indica
origem. É um caso de: (proveniente de)
a) crase
b) regência do verba
c) regência do nome
d) concordância de um nome com outro
e) concordância de um verbo com outro
155) O “a” presente na expressão do texto: “...chegou a ser...”, pertence à seguinte classe
gramatical:
a) locução adverbial
b) locução conjuntiva
c) locução prepositiva
d) locução verbal
e) locução adjetiva
a) sujeito simples
b) sujeito oculto
c) sujeito composto
d) oração sem sujeito
e) sujeito paciente
48
158) O verbo “esteve”, no texto, está no singular porque diz respeito a uma regra de:
a) regência
b) concordância
c) emprego do pronome com o verbo
d) acento grave
e) ortografia de palavras difíceis
159) No período: “Eles disseram que vão continuar comendo”, a expressão sublinhada é:
a) uma seqüência de três verbos
b) uma seqüência de três nomes
c) uma seqüência de três adjetivos
d) uma seqüência de dois substantivos e um verbo
e) uma seqüência de dois verbos e um adjetivo
a) complemento nominal
b) objeto direto
c) adjunto adnominal
d) objeto indireto
e) aposto
49
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Entre mil e uma trapalhadas, lá estão eles, os políticos brasileiros, que fazem a
festa dos noticiários, nos meios de comunicação. A eles e aos seus correligionários,
rendemos nossas homenagens, registrando algumas contradições e modismos, uma
contribuição a tão útil folclore.
São terríveis as pessoas, vejam o que fizeram com as palavras "direita" e
"esquerda"! Elas tornaram-se um conceito abstrato apenas. Isso porque não há como se
identificar, em qualquer partido, uma só tendência. Mesmo assim, vamos tentar descobrir
alguns sinais iluminadores.
As pessoas "de direita"? Bem... estão sempre no poder, por isso vivem felizes.
Sua marca é a eficiência na defesa desse poder, porque assim preservam seu capital.
São formados de uma minoria e não se conhece, em toda a História, agrupamento
humano mais forte. Claro, o dinheiro compra tudo. Eles não são fáceis, apresentam-se de
formas sofisticadas, por isso tornam-se alvo da admiração de todos, todos querem imitá-
los. Verdade seja dita, há muita coerência neles por defenderem uma ideologia, na qual
só eles acreditam, e dariam sua vida por ela, se fosse preciso (nota: isso nunca foi
necessário). O grande segredo, e eles guardam a sete chaves, é o ódio por teorias e,
porque são práticos não deixam rastros, não há muito o que dizer sobre eles, além disso,
não se conhece ninguém do lado deles que tenha trocado de posição, já com os de
esquerda é só uma questão de tempo. Por trabalharem muito pouco com os braços,
fazem muita ginástica, querem preservar a saúde, pois para eles vale a pena viver.
Finalmente, o único momento em que estão absolutamente corretos, é quando atacam os
"de esquerda".
Como identificar as pessoas "de esquerda"? Bem... em geral são tristes, porque
em todos os lugares do mundo a "esquerda" joga bomba na "direita", aqui é o contrário.
Outro particular: a esquerda derrubou a ditadura (há, há, há), mas nunca assumiu o poder
(há, há, há), coisas do Brasil... A "esquerda" também é minoria (Não? - Quantos são os
militantes?), com uma diferença, só são eficientes quando imitam as estratégias da
"direita", por exemplo, manipular "reunião democrática" para aprovar propostas já
aprovadas nos bastidores e, se alguém ousa discordar, o pobre coitado foi inscrito depois
do último falante (que ninguém sabe quem foi), portanto, não pode dar opinião (nota:
técnicas ainda em vigor). Algo os torna rejeitados, é que não são nada sofisticados,
vestem-se mal, andam sem dinheiro embora gostem dele veladamente, são amargos,
teimosos, arrogantes, autoritários e mais, lutam bravamente por objetivos que não são
deles, mas do partido. Não fosse ultraje, poderíamos dizer que se parecem com os
fanáticos religiosos que nos querem impor o céu. São os únicos corretos do mundo e
adoram ser chamados de intelectuais, em função disso criam uma linguagem cheia de
gírias, ninguém pode imitá-los (será que alguém gostaria?).
Verdade seja dita, alguns até deram a vida pelo seu país, mas a ditadura fez com
que ficassem esquecidos. Como trabalham muito com os braços e não assistem à TV,
para não serem influenciados pela direita, só resta mesmo um esporte: vencer a insônia
com aqueles livros chatos de teoria marxista ou, quando acordados e "podem", divertirem-
se com os brinquedos criados com o dinheiro dos capitalistas. Finalmente, o único
50
momento em que eles estão absolutamente corretos, é quando se cansam dessa vida e
resolvem ficar em cima do muro, de Berlim.
2) No fim do texto temos uma referência ao muro de Berlim. O fato de esse muro
não mais existir impõe ao texto um sentido:
4)O “se” grafado na oração que segue: ...se alguém ousa discordar... tem o sentido de:
a) causa;
b) explicação;
c) condição;
d) conformidade;
e) comparação.
5)Na oração: “...Verdade seja dita, há muita coerência neles por defenderem uma
ideologia, na qual só eles acreditam”. O termo grifado na oração acima faz referência à
palavra:
a) verdade;
b) coerência;
c) seja dita
d) defenderem;
e) ideologia.
51
6) A oração grifada no período composto a seguir: “...andam sem dinheiro embora gostem
dele veladamente... imprime ao texto um sentido de:
a) oposição;
a) comparação;
b) conformidade;
c) condição;
e) conseqüência.
7) A seguir, temos em uma oração a presença de ATÉ: “Verdade seja dita, alguns até
deram a vida pelo seu país...” Trata-se de:
a) noção de causa;
b) noção de referência;
c) sentido de referência;
d) noção de direção;
e) sentido de inclusão.
2) COMENTÁRIO: A resposta é a opção A, pois ficar em cima de um muro que não existe
simboliza tomar uma atitude sem crédito. As outras opções estão descartadas.
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52
Na vida profissional, fala-se muito na necessidade de mudança, na quebra de
paradigmas, em reconstrução e em reengenharia. E isso pode ser bom, mas também
pode ser uma armadilha. Foi o que aconteceu com a pulga.
Duas pulgas estavam conversando e uma disse para a outra:
- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí, nossa chance
de sobrevivência quando somos percebidas é zero. É por isso que existem muito mais
moscas do que pulgas no mundo: moscas voam.
E elas tomaram a decisão de aprender a voar. Contrataram uma mosca como
consultora, entraram num programa intensivo e saíram voando. Passado algum tempo, a
primeira pulga falou para a outra:
- Sabe? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro.
Portanto, o nosso tempo de reação é menor do que a velocidade da coçada dele. Temos
que aprender a fazer como as abelhas, que sugam e levantam vôo rapidamente.
E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a
técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu, porque como a primeira pulga
explicou: nossa bolsa para armazenar sangue é muito pequena, por isso temos que ficar
sugando por muito tempo. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos
alimentando adequadamente. Temos que aprender com os pernilongos, como é que eles
conseguem se alimentar com mais rapidez. E um pernilongo prestou-lhes uma consultoria
sobre como incrementar o tamanho do abdômen. E as duas pulgas foram felizes. Por
poucos minutos.
Como tinham ficado muito maiores, sua aproximação era facilmente percebida
pelo cachorro. E elas começaram a ser espantadas antes mesmo de conseguir pousar.
Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha dos velhos tempos:
- Ué, o que aconteceu com vocês? Vocês estão enormes! Fizeram plástica?
- Pois é, nós agora somos pulgas adaptadas aos grandes desafios do século XXI.
Voamos ao invés de saltar, picamos rapidamente e podemos armazenar muito mais
alimento.
- E por que é que vocês estão com essa cara de subnutridas?
- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos
ensinar a técnica do radar. E você?
- Ah, eu vou bem, obrigada, forte e sacudida!
Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as duas
pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:
- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma consultoria?
- E quem disse que eu não tenho uma? Contratei uma lesma como consultora.
- Hã? O que lesmas têm a ver com pulgas?
- Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês. Mas ao invés de dizer para a lesma o que
eu queria, deixei que ela avaliasse bem a situação e me sugerisse a melhor solução. E
ela ficou ali três dias, quietinha, só observando o cachorro, tomando notas e pensando. E
então a lesma deu-me o diagnóstico da consultoria: "Você não precisa fazer nada radical
para ser mais eficiente. Muitas vezes, uma 'grande mudança' é apenas uma simples
questão de reposicionamento".
- E isso quer dizer o quê?
- O que a lesma me sugeriu fazer: "Sente no cocuruto do cachorro, é o único lugar que
ele não consegue alcançar com a pata".
53
a) a nossa vida profissional sempre precisa ser avaliada;
b) a nossa vida profissional sempre muda de rumo;
c) a nossa vida profissional é melhor avaliada por outros profissionais;
d) a nossa vida profissional para mudar precisa de ação radical;
e) a nossa vida profissional pode mudar com atitudes simples;
a) partícula apassivadora;
b) parte integrante do verbo;
c) conjunção condicional;
d) indeterminante do sujeito;
e) conjunção integrante.
2) No primeiro parágrafo temos a oração: “E isso pode ser bom, mas também pode
ser uma armadilha.” Sobre o termo em negrito concluímos ter sentido:
a) adição;
b) oposição;
c) conclusão
d) explicação;
e) alternância.
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a) pronome indefinido substantivo;
b) pronome indefinido adjetivo;
c) pronome indefinido interrogativo adjetivo;
d) advérbio interrogativo de modo;
e) advérbio de modo
a) quebra de paradigmas;
b) corpo do cachorro;
c) serviço de consultoria;
d) técnica do radar;
e) cocuruto do cachorro.
55
COMENTÁRIO DAS QUESTÕES DA PROVA
1) COMENTÁRIO: O texto é bem claro quando constata que as mudanças não precisam
ser radicais e que um atitude simples pode lograr êxito, por isso a opção E. As outras
opções estão descartadas por não serem pertinentes.
5) COMENTÁRIO: Verifica-se nessa questão o sentido de algo ser bom, enquanto o seu
contrário é ser uma armadilha, remetendo, pois, à idéia de oposição da opção B.
9) COMENTÁRIO: A voz passiva, tal como exige a norma culta, encontra-se na opção E.
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO: RELATÓRIO
Jorge Miguel
Senhor Superintendente
56
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de
irregularidades ocorridas no aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa
Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia,
encarregado do aeroporto daquela cidade, para que permitisse fosse interrogado o
funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma máquina de escrever Olivetti n.
146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que realmente
havia levado a máquina para casa na sexta-feira - 18 de março de 1988 - apenas para
executar alguma tarefa de caráter particular. Não a devolveu na segunda-feira, dia 21 de
março, porque faltou ao serviço por motivo de doença. Quando retornou ao serviço dia 28
de março, devolveu a máquina. A doença do acusado está comprovada pelo atestado que
segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina no dia 28 de março foi
confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve
vontade de subtrair a máquina, mas apenas negligência do acusado em levar para casa
um bem público para executar tarefa particular. Foi irresponsável. Não cometeu qualquer
ato criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo
administrativo. O funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu. É o que
me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta
consideração.
(A) descritivo;
(B) narrativo;
(C) argumentativo;
(D) poético;
(E) dramático.
57
(E) uma fórmula de cortesia final.
04 - “Tendo sido designado por Vossa Senhoria...”; esta oração inicial do texto tem valor:
(A) concessivo;
(B) temporal;
(C) conclusivo;
(D) causal;
(E) consecutivo.
(A) V. Sria.
(B) V. Sra.
(C) V. S.
(D) V. Senh.
(E) V. S ª.
58
(A) Vai anexa o atestado médico;
(B) Vão anexo o atestado e a foto do funcionário;
(C) Estão em anexas as fotografias pedidas;
(D) Está em anexo a declaração do réu;
(E) Está anexo os documentos solicitados.
(A) dirigi-nos;
(B) dirugimos-nos;
(C) dirigimos-me;
(D) dirigis-nos;
(E) dirigimo-nos.
12 - “Não cometeu qualquer ato criminoso.”; este segmento do texto corresponde a uma:
(A) compreende;
(B) cabe;
(C) obriga;
59
(D) capacita;
(E) solicita.
15 - Consideração tem por plural considerações; o vocábulo abaixo que faz o plural da
mesma forma é:
(A) cidadão;
(B) escrivão;
(C) irmão;
(D) chapelão;
(E) ademão.
17 - “... que realmente havia levado a máquina para casa...”; a forma verbal sublinhada
equivale a:
(A) levava;
(B) levou;
(C) leva;
(D) levara;
(E) levasse.
19 - “O acusado relatou-nos que realmente havia levado a máquina para casa...”; a frase,
em discurso direto, correspondente à forma sublinhada de discurso indireto é:
60
20 - Em “Vossa Senhoria parece preocupado com o furto da máquina de escrever” há
uma figura conhecida por:
(A) metáfora;
(B) silepse de gênero;
(C) silepse de número;
(D) silepse de pessoa;
(E) catacrese.
61
grande empresa, a CORRETORA, CONSULTORIA & PLANEJAMENTO S/A. Tal fato vem
confirmar que o homem faz o ofício e não o contrário.
Essa empresa produz uma quantidade imensa de documentos escritos, com a finalidade
de resguardar em registros as suas atividades, também porque, já faz parte da sua rotina,
a burocracia dos papéis . É bem verdade que algumas cartas não são nunca utilizadas,
porque não se enquadrariam aos serviços que essa empresa desenvolve. Mas o meu
amigo, o Venceslaw Perfecti de Oliveira, no uso de suas atribuições, não tem o menor
escrúpulo: “quem quiser trabalhar aqui na CCPLAN já vai se preparando, tem que saber
tudo de cartas documentais (ele adorava inventar nomes para as coisas e para os
objetos). Era um tipo engraçado porque ridículo, e ao mesmo tempo sério porque
pedante...
E não era fácil trabalhar com ele. O Venceslaw, que não tinha sequer a idéia do que viria
a ser um professor ou do que seria organizar uma prova, fazia os candidatos sofrerem
com cada pergunta de arrepiar... Como as que faremos aqui nesta prova, para que você
fique bem preparado. É claro que vamos tentar imitar o nosso personagem, mas as
perguntas não serão para fazer você sofrer, como as dele...
Tinha muita fama o treinamento lá no Departamento Pessoal, era preciso saber redigir
qualquer documento, com detalhes, sem um errinho que fosse, e além disso, tinha que se
conhecer em teoria, todas as técnicas de escrita que envolvia documento. Não era
pequeno o clima de tensão que se espalhava e o grau de insatisfação de todos:
candidatos e funcionários. Desculpe-me querido leitor, se o fiz reviver os momentos mais
tensos da sua vida profissional, no convívio com o seu “chefe”, mas com esse texto, quem
sabe nós consigamos formar um grandioso espelho de onde todos os chefes do mundo
possam “si refletir”, com toda ambigüidade que tal expressão permite, para que mudem
definitivamente a sua insuportável postura, e que também, todos os comandados possam
confirmar, que nesse caso, é privilegiada a sua condição subalterna.
Pelo menos dessa vez, aqui no texto, todos os que sofrem estão lavando a sua alma ao
devolverem aos “Venceslaws” da vida, toda a humilhação com a qual eles pensam fazer
sua empresa crescer, e não percebem que com essa atitude só alimentam ódio e
insatisfação. A propósito, nas empresas modernas, o líder vem substituindo os chefes e
gerentes, porque é líder, todo aquele que prepara um bom ambiente para os seus
liderados produzirem, e aí não há a menor possibilidade de uma tarefa mal executada.
Vamos tentar reproduzir abaixo, algumas questões típicas do Venceslaw, as menos
absurdas, é claro. Certamente você vai gostar, porque nenhuma prova de concurso
poderá fazer pior do que o tal carrasco, Sr. Perfecti, herói da nossa história. Então,
aproveite e você vai até rir um pouco...
21) O requerimento, que era uma carta muito pouco usada na empresa e quase ninguém
sabia sobre ele, é um documento usado para:
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b) Invocação, , assinatura, data, texto, fecho;
c) Invocação, texto, fecho, data, assinatura;
d) Invocação, data, texto, assinatura, fecho.
23) Para humilhar, nosso herói vivia gritando aos quatro ventos, o seguinte: “aqui
ninguém sabe, mas... um ofício serve para a:
24) E tecia riqueza de detalhes sobre o ofício, fazendo perguntas sutis: A invocação
ocupa que posição no ofício e tem que finalidade?
27) E continuava sua insuportável tarefa de sabatinar, mesmo sob o mais fúnebre
protesto de silêncio do olhar dos funcionários: uma circular é reproduzida em mais de
uma via de igual teor e dirigida a:
63
c) entidades, prefeituras e câmaras municipais;
d) pessoas, órgãos ou entidades.
28) Freqüentemente, uma ironia, soava em eco: É fato consumado que a circular...:
29) Ou de uma forma arrogante, ao dizer solene: sobre a natureza de um edital, pode-se
afirmar que:
30) Mas também havia a pergunta rápida para confundir: o edital compõe-se das
seguintes partes:
31) O famoso atestado, feito para falir as empresas, dizia o Venceslaw, é um documento:
32) Sobre a certidão negativa, que o nosso herói defende tanto, pode-se afirmar:
64
a) declare quem é o procurador e o identifique, identifique-se e estabeleça os poderes
gerais ou especiais;
b) se identifique, declare quem é o procurador e o identifique e estabeleça os poderes
gerais ou especiais;
c) se identifique, estabeleça os poderes gerais ou especiais e declare quem é o
procurador e o identifique;
d) estabeleça os poderes gerais ou especiais, se identifique e declare quem é o
procurador e o identifique.
34) O documento mais exigido e que revela a vida real de um candidato é o Curriculum
Vitae, dizia o Venceslaw. E Venceslaw sempre em uma entrevista a um candidato,
procurava descobrir o que era mentira ou verdade em seu curriculum. Para nos livrarmos
de errros, o curriculum é:
a) livro de rascunho, com o termo de abertura e esse termo era feito na página onde
todos assinavam;
b) livro próprio, com o termo de abertura como opção e esse termo era feito em primeira
página por pessoa autorizada;
c) livro próprio, com o termo de abertura e esse termo era feito em primeira página por
pessoa autorizada;
d) livro próprio, com o termo de abertura e esse termo era feito em primeira página
somente por uma autoridade presente.
36) Os famosos bilhetes eram a melhor marca de Venceslaw, ele fazia questão de que
fossem malcriados “para ‘corrigir’ as falhas dos amadores...” De uma coisa ninguém podia
se queixar, nosso herói era perfeito em sua redação. E sempre vinha com suas
observações irritantes: “em um bilhete, faz parte da estética”:
a) usar papel de boa qualidade, manter margens de segurança nas bordas laterais, evitar
amontoados e dispersões de conteúdo, não permitir borrões ou rasuras e fazer letras
legíveis;
b) usar qualquer papel , manter margens de segurança nas quatro bordas, evitar
amontoados e dispersões de conteúdo, não permitir borrões ou rasuras e fazer letras
legíveis;
a) usar papel de boa qualidade, manter margens de segurança nas quatro bordas, evitar
amontoados e dispersões de conteúdo, não permitir borrões ou rasuras e fazer letras
legíveis;
65
b) usar papel de boa qualidade, manter margens de segurança nas quatro bordas, evitar
amontoados e dispersões de conteúdo, permitir borrões ou rasuras em casos de urgência
e fazer letras legíveis.
37) Anotar um recado com perfeição, para Venceslaw, era uma das grandes qualidades
de uma secretária. Era uma exigência que os recados seguissem as principais normas do
bilhete. Porém, os recados têm papéis especiais, são timbrados e com locais
predeterminados para:
38) Os telegramas da empresa não podiam ter erros, havia um funcionário, o Ambrósio,
específico para essa função, o passa-telegramador, como brincavam com ele os colegas.
E o “chefe” ficava o tempo todo de olho em Ambrósio. Dentre as preocupações, havia a
de ordem ortográfica, para gerar guerras entre os nossos personagens. A pergunta era
fatal: o código usado na transmissão de telegramas não possui:
a) sinais de pontuação, acentos gráficos, trema, til, hífen, ç, barra oblíqua, aspas,
parênteses, chaves;
b) sinais de pontuação, acentos gráficos, chaves, til, hífen, ç, barra oblíqua, aspas,
parênteses, cifrão;
c) sinais de pontuação, acentos gráficos, trema, til, hífen, ç, barra oblíqua, aspas,
parênteses, colchetes;
d) sinais de pontuação, acentos gráficos, trema, til, hífen, ç, barra oblíqua, aspas,
parênteses, cifrão.
40) Há uma função para a qual o funcionário tem que ter qualidades de trato diplomático.
São os redatores das Cartas Comerciais e das Cartas de Cobrança. Como o nosso
66
Venceslaw é muito vaidoso, ele não poupava as gozações para se auto-afirmar diante dos
seus subordinados. Com suas pitadas de ironia, criticava quase tudo que era escrito.
Vamos então, deixar bem clara, a diferença entre Carta Comercial e Carta de Cobrança:
21) letra: A;
22) letra: C;
23) letra: A;
24) letra: D;
25) letra: A;
26) letra: C;
27) letra: D;
28) letra: B;
29) letra: A;
30) letra C;
31) letra A;
32) letra B;
33) letra B;
34) letra A;
35) letra C;
36) letra C;
37) letra B;
38) letra D;
39) letra A;
67
40)letraD. .
68
mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na
menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, dos exércitos regulares ou das
gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como grande
articuladora da paz. E para começar, queremos, neste mês de março, pregar o
respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas que têm varizes porque
carregam lata d`água e trouxa de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a firmeza
porque amamentaram crianças, ao seu dorso que engrossou, porque ela carrega o país
nas costas. São mulheres que imporão um adeus às armas, quando forem ouvidas e
valorizadas. E puderem fazer prevalecer a ternura de suas mentes e corações.
1
O texto em evidência tem em sua estrutura, predominância de:
a) dissertação com predominância de narração;
b) dissertação com predominância de descrição;
c) narração com predominância de descrição;
d) dissertação com ornatos de descrição e narração;
3
Nos trechos: “Bete fora acusada de não ser mais virgem...” (1º parág.) e em:
“Transformam os seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte-
americanas.” (4º parág.) Nos dois trechos, encontramos as características:
a) Ambos revelam sinais de mutilação natural;
b) No primeiro há o preconceito no segundo a força da mídia;
c) Ambos sinais da evolução da mulher;
d) O primeiro é cultural o segundo é ideológico.
4
O texto inteiro mostra que o poder feminino:
a) é transformador porque domina o poder do homem;
b) é transformador porque vence pela ternura;
c) é transformador porque são a maioria universitária;
d) é transformador porque elas vão feminizar o mundo.
5
As incidências dos “porquês” do último parágrafo, trata-se de:
a) São substituíveis por “pelo qual”;
b) Subentendem as palavras “razão e motivo”;
c) Há sentido explicativo;
d) Há sentido de causa.
69
No primeiro parágrafo, segunda linha temos uma vírgula antes de “que usava”, essa
vírgula influi no sentido do texto, porque:
a) sua ausência não destacaria a expressão mocinha linda;
b) sua ausência conferiria à oração seguinte, o sentido explicação;
c) sua presença confere à oração seguinte o sentido de restrição;
d) sua presença confere à oração seguinte o sentido de explicação.
7
O conectivo lógico “para que” presente no 1º parágrafo, aparece como uma:
a) coesão anafórica referencial;
b) coesão catafórica progressiva;
c) coesão anafórica progressiva;
d) coesão catafórica referencial.
8
Em: “a maioria dos estudantes universitários (56%) é composta de moças”, no 5º
parágrafo, temos:
a) um erro de concordância porque o verbo deveria concordar com estudantes;
b) a concordância com “a maioria” está correta porque trata-se do núcleo do sujeito;
c) “a maioria” também representa idéia de plural levando o verbo apenas para o
plural;
d) o verbo também poderia concordar com “moças”.
9
Há duas ocorrências de “que” nos trechos: “...e me fizeram perguntar que poder é esse
que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres.” Pode-se concordar que
temos respectivamente:
a) conjunção integrante e pronome relativo;
b) pronome relativo e conjunção integrante;
c) pronome relativo e pronome relativo;
d) conjunção integrante e conjunção adverbial.
10
No último parágrafo em “respeito aos seus seios” identificamos no termo preposicionado:
a) um termo paciente;
b) um termo agente;
c) um termo com sentido de posse;
d) um termo lucucional.
11
Encontramos, no 1o parágrafo, a expressão “estreita de solteira”, podemos concordar que
ambos referem-se à cama, sendo, ao mesmo tempo:
a) “estreita” adjunto adnominal e “de solteira” adjunto adnominal;
b) “estreita” adjunto adverbial e “de solteira” adjunto adnominal;
c) “estreita” adjunto adnominal e “de solteira” complemento nominal;
d) “estreita” objeto indireto e “de solteira” complemento nominal.
70
12
Em: “Levei apenas uma hora para saber o motivo, no 1º parágrafo, temos:
a) palavra denotativa de exclusão;
b) preposição nocional de assunto;
c) preposição nocional de inclusão;
d) conjunção conclusiva.
13
No trecho do 1º. Parágrafo: “se tinha ou não o selo da honra”, encontramos o SE, que se
configura como:
a) partícula apassivadora;
b) índice de indeterminação do sujeito;
c) conjunção integrante;
d) conjunção condicional.
14
No 2o parágrafo, no período composto “Agarrada pelos cabelos e dominada, não
conseguiu passar no exame ginecológico”, pode-se encontrar uma estrutura sintática que
permite considerar dois pontos de vista distintos:
a) sentido de causa em uma oração subordinada adverbial;
b) sentido de conformidade em uma oração subordinada adverbial causal;
c) sentido de oposição em uma oração subordinada adverbial temporal;
d) sentido de finalidade em uma oração subordinada adverbial concessiva.
15
Justifica-se o acento grave indicativo da crase no período a seguir, que consta do 1º.
parágrafo: “foi à janela”:
a) trata-se da regência do verbo;
b) é um caso de locução adverbial;
c) ocorre o fenômeno da contração;
d) tem implicação semântica de que não foi para ficar.
16
Podemos verter, mantendo o sentido textual, a expressão a seguir, última oração do 1º.
parágrafo: “Esqueceu, morrendo tuberculosa” , para:
a) Esqueceu, quando morreu tuberculosa;
b) Esqueceu, porque morreu tuberculosa;
c) Esqueceu, à medida que morreu tuberculosa;
d) Esqueceu e morreu tuberculosa.
17
No início do segundo parágrafo temos o trecho: “Tais episódios marcaram para sempre a
minha consciência”. O vocábulo “tais” pode ser substituído sem prejuízo de sentido, por:
71
a) Alguns;
b) Todos;
c) Nenhuns;
d) Esses.
18
Pela combinação de palavras, “seguidas cirurgias”, presente no 2º. parágrafo, se
trocássemos a posição dessas palavras, teríamos:
a) mudança de sentido e de classe;
b) mudança de sentido sem mudança de classe;
c) nenhuma mudança de sentido e classe;
d) mudança apenas de classe.
19
Os verbos “transformaram, entupiram, substituíram, desviaram, mudaram”, retirados do
2º. parágrafo em seqüência, fazem referência, no texto a:
a) um sujeito indeterminado;
b) um sujeito oculto;
c) sujeito simples “as mulheres”;
d) sujeito simples “modelos”.
20
De acordo com o texto, no 2º. parágrafo, na expressão: “irresistíveis diante dos homens”
encontramos em seqüência:
a) adjetivo e adjunto adnominal;
b) adjetivo e adjunto adverbial;
c) adjetivo e complemento nominal;
d) adjetivo e objeto indireto.
21
A autora usa expressões para iniciar alguns parágrafos, esse modo de escrever facilita o
leitor no tocante às relações entre os contextos que formam o texto, observe: “Tais
episódios..., Isso exatamente..., Por mim...”. A esse forma de produzir texto damos o
nome de:
a) coesão textual;
b) coerência textual;
c) coesão gramatical;
d) coesão frasal.
22
O período composto por subordinação, retirado do último parágrafo “São mulheres que
imporão um adeus às armas”, assim se configura:
a) adjetiva porque tem pronome relativo;
72
b) subjetiva porque não tem sujeito na oração principal;
c) objetiva direta porque pode ser substituída por “isso”;
d) objetiva direta porque tem verbo transitivo direto.
23
Encontramos, no 1o parágrafo, a expressão “estreita de solteira”, podemos concordar que
ambos referem-se à cama, sendo, ao mesmo tempo:
a) “estreita” adjunto adnominal e “de solteira” adjunto adnominal;
b) “estreita” adjunto adverbial e “de solteira” adjunto adnominal;
c) “estreita” adjunto adnominal e “de solteira” complemento nominal;
d) “estreita” objeto indireto e “de solteira” complemento nominal.
24
Ainda sobre a mesma expressão da questão anterior, “estreita de solteira”, podemos
também dizer que ambas ao referir-se à cama, são, ao mesmo tempo:
a) “estreita” adjetivo e “de solteira” locução adjetiva;
b) “estreita” adjetivo “de solteira” locução prepositiva;
c) “estreita” advérbio e “de solteira” locução adjetiva;
d) “estreita” advérbio e “de solteira” expressão substantivada.
25
No 2o parágrafo, no período composto “Agarrada pelos cabelos e dominada, não
conseguiu passar no exame ginecológico”, pode-se encontrar uma estrutura sintática que
permite considerar dois pontos de vista distintos:
a) sentido de causa em uma oração subordinada adverbial;
b) sentido de conformidade em uma oração subordinada adverbial causal;
c) sentido de oposição em uma oração subordinada adverbial temporal;
d) sentido de finalidade em uma oração subordinada adverbial concessiva.
26
Todos os verbos do 4o parágrafo como “transformaram, entupiram, substituíram,
desviaram, mudaram, adaptarem, ficarem e provocaram” estão em 3a pessoa do plural e
referem-se a um sujeito:
a) que não se encontra no texto;
b) que está na memória do passado referido no texto;
c) que são as mulheres do passado;
d) que são as mulheres do presente.
GABARITO DE PORTUGUÊS:
1E 2B 3B 4B 5E 6E 7B 8B 9A 10A 1A12A 13C 14D
GABARITO DE PORTUGUÊS:
1E
73
2B
3B
4B
5E
6A
7B
8B
9A
10A
11A
12A
13C
14D
Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da vizinhança, da casa de Bete,
mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não
ser mais virgem e os dois irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o
médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da
honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas Bete nunca mais foi à janela, nunca mais
dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como nem com quem.
Eu tinha 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal de sua casa,
para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame
ginecológico. O laudo do médico registrou “vestígios himenais dilacerados” e os pais internaram a pecadora
no reformatório Bom Pastor para “se esquecer do mundo”. Esqueceu, morrendo tuberculosa.
Tais episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é
esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres. Antes, para mutilar, amordaçar, silenciar.
Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados
por seguidas cirurgias elásticas. Transformaram os seios em alegorias para entrar na moda da peitaria
robusta das norte-americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais.
Substituíram os narizes, desviaram costelas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do
momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas
outras mulheres as baixinhas, as gordas, as de óculos um sentimento de perda de auto-estima.
Isso exatamente no momento em que a maioria dos estudantes universitários (56%) é composta de
moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E no
momento em que pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminizar o mundo
para torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.
Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque são desarmadas pela
própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico, tão bem representado por pistolas, revólveres,
74
punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é espada. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de
plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade. As mulheres detestam o sangue, até
mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, dos exércitos
regulares ou das gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como grande articuladora da paz. E para
começar, queremos, neste mês de março, pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas
que têm varizes porque carregam lata d`água e trouxa de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a
firmeza porque amamentaram crianças, ao seu dorso que engrossou, porque ela carrega o país nas costas.
São mulheres que imporão um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas. E puderem fazer
prevalecer a ternura de suas mentes e corações.
1. O texto em evidência tem em sua estrutura, predominância de narração com descrição porque nos
remete a uma história ocorrida na infância da autora.
3. Nos trechos: “Bete fora acusada de não ser mais virgem...” (1º parágrafo) e em: “Transformam os seios
em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte-americanas.” (4º parág.) Os dois trechos
revelam sinais de mutilação natural da mulher na cruzada para a sua evolução.
4. O texto inteiro mostra que o poder feminino é transformador porque domina o poder do homem.
5. No 4º parágrafo temos a oração “Até porque são desarmadas pela própria natureza”. A palavra “Até”
nesse contexto, é uma preposição com sentido de “em direção à”.
6. No primeiro parágrafo, segunda linha, temos uma vírgula que destaca a oração “que usava tranças”, essa
vírgula influi no sentido do texto, porque sua presença confere a essa oração o sentido de explicação.
7. Como você sabe, a nossa Língua Portuguesa é estruturada em uma organização de palavras, em frases
sem verbo e frases com verbo. Essas frases são agrupadas e “amarradas” com sentido, para formar
parágrafos ou para organizá-los entre si. A esse processo da estruturação de frases, textos e parágrafos,
dá-se o nome de coesão. Se você observar, a autora usa em alguns parágrafos, para a coesão do texto,
as palavras: “Tais, Isso, Por mim”. Essas palavras que destacamos, denominam-se “conectivos lógicos”,
que podem ser, dentre outros, os pronomes, as conjunções, as preposições e as vírgulas, que amarram
as orações, formando parágrafos ou organizando-os. O conectivo lógico “para que” presente no 1º
parágrafo, aparece como um recurso coesivo, porque se refere à oração principal com sentido de
finalidade.
9. Há duas ocorrências do conectivo coesivo “que”, nos trechos: “...e me fizeram perguntar que poder é
esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres.” Pode-se concordar que temos
respectivamente conjunção integrante e conjunção adverbial.
75
10. A palavra “alegorias”, na 4ª linha do 2º parágrafo, está empregada no contexto em sentido “exibir os
seios como enfeites”. Isso porque, ao aumentarem o tamanho dos seios com silicone, eles ficam mais à
mostra.
11. Presente no 1º parágrafo, a expressão “cama estreita de solteira”, pode-se afirmar que “estreita” e “de
solteira” referem-se à cama, sendo, ao mesmo tempo, “estreita” adjunto adnominal e “de solteira” adjunto
adnominal.
12. No 1º parágrafo, em: “Levei apenas uma hora para saber o motivo”, temos na palavra “apenas” uma
palavra denotativa de exclusão, porque podemos substituí-la por “somente”.
13. Pela leitura do terceiro parágrafo, penúltima e última linhas, pode-se afirmar com segurança que a
expressão “um sentimento de perda de auto-estima” vincula-se, quanto à sintaxe, diretamente ao verbo
“provocar”, na forma “provocaram”.
14. Os “porquês”, do último parágrafo, grafam-se como (porque) uma vez que subentendem as palavras
“razão e motivo”.
15. No último parágrafo encontramos a expressão: “respeito aos seus seios”. Identificamos aí um termo
preposicionado, ao qual denominamos de termo paciente.
GABARITO:
1E 2E 3E 4E 5E
6C 7C 8C 9E 10 C
11 C 12 C 13 C 14 E 15 C
76
Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor. Vinha da vizinhança, da casa de Bete,
mocinha linda, que usava tranças. Levei apenas uma hora para saber o motivo. Bete fora acusada de não
ser mais virgem e os dois irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o
médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da
honra. Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas Bete nunca mais foi à janela, nunca mais
dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como nem com quem.
Eu tinha 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal de sua casa,
para se encontrar com o namorado. Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame
ginecológico. O laudo do médico registrou “vestígios himenais dilacerados” e os pais internaram a pecadora
no reformatório Bom Pastor para “se esquecer do mundo”. Esqueceu, morrendo tuberculosa.
Tais episódios marcaram para sempre a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é
esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres. Antes, para mutilar, amordaçar, silenciar.
Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Todos vimos, na televisão, modelos torturados
por seguidas cirurgias elásticas. Transformaram os seios em alegorias para entrar na moda da peitaria
robusta das norte-americanas. Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais.
Substituíram os narizes, desviaram costelas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do
momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E com isso, Barbies de fancaria, provocaram em muitas
outras mulheres as baixinhas, as gordas, as de óculos um sentimento de perda de auto-estima.
Isso exatamente no momento em que a maioria dos estudantes universitários (56%) é composta de
moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E no
momento em que pioneiras do feminismo passam a defender a teoria de que é preciso feminizar o mundo
para torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.
Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque são desarmadas pela
própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico, tão bem representado por pistolas, revólveres,
punhais. Ninguém diz, de uma mulher, que ela é espada. Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de
plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade. As mulheres detestam o sangue, até
mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto. Odeiam as guerras, dos exércitos
regulares ou das gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos.
É preciso voltar os olhos para a população feminina como grande articuladora da paz. E para
começar, queremos, neste mês de março, pregar o respeito ao corpo da mulher. Respeito às suas pernas
que têm varizes porque carregam lata d`água e trouxa de roupa. Respeito aos seus seios que perderam a
firmeza porque amamentaram crianças, ao seu dorso que engrossou, porque ela carrega o país nas costas.
São mulheres que imporão um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas. E puderem fazer
prevalecer a ternura de suas mentes e corações.
1. No trecho do 1º parágrafo: “se tinha ou não o selo da honra”, encontramos o SE, que se configura como
conjunção integrante.
2. No 2º parágrafo, no período composto “Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no
exame ginecológico”, encontra-se uma estrutura sintática, que permite considerar a existência de um
sentido de oposição, mas em uma oração subordinada adverbial temporal, que resultaria em: “Quando
foi agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico”.
3. O acento grave indicativo da crase no período a seguir, que consta do 1º parágrafo: “foi à janela”,
justifica-se porque ocorre o fenômeno da contração, embora seja uma locução.
77
4. Podemos verter, mantendo o sentido textual, a expressão a seguir, última oração do 1º parágrafo:
“Esqueceu, morrendo tuberculosa”, para: “Esqueceu, porque morreu tuberculosa”. Nesse caso, temos no
“porque” o sentido da causa da morte da personagem, por tristeza, ao ter sido abandonada.
5. No início do segundo parágrafo temos o trecho: “Tais episódios marcaram para sempre a minha
consciência”. O vocábulo “tais” pode ser substituído sem prejuízo de sentido, por “Alguns”, mas para
manter o sentido textual, a melhor opção está na troca de “Tais” por “Esses”.
8. De acordo com o texto, no 2º parágrafo, na expressão: “irresistíveis diante dos homens” encontramos na
seqüência, um adjetivo e um adjunto adnominal, por tratar-se da combinação de adjetivo com locução
adjetiva.
9. A autora usa certas expressões para iniciar alguns parágrafos, esse modo de escrever facilita o leitor no
tocante às relações entre os parágrafos que formam o texto, observe: “Tais episódios..., Isso
exatamente..., Por mim...”. A essa forma de produzir texto em parágrafos coesos, damos o nome de
coesão textual, porque organiza os parágrafos, para que haja coerência nas idéias que se mantêm em
continuidade.
10. O período composto por subordinação, retirado do último parágrafo “São mulheres que imporão um
adeus às armas”, assim se configura como oração subjetiva porque não tem sujeito na oração principal.
11. Encontramos, no 1º parágrafo, a expressão “cama estreita de solteira”, podemos dizer que “estreita” e
“de solteira”, ao referir-se à cama, são ao mesmo tempo: “estreita” advérbio e “de solteira” locução
adjetiva.
12. Todos os verbos do 4º parágrafo como “transformaram, entupiram, substituíram, desviaram, mudaram,
adaptarem, ficarem e provocaram” estão em 3a pessoa do plural e referem-se a um sujeito que não se
encontra referido no texto.
13. Pode-se dizer que todo o 3º parágrafo mantém sua coerência, em oposição com o 2º parágrafo que
aponta um universo feminino atuante, enquanto no segundo parágrafo, identificamos a mulher sendo
vítima da mutilação, em nome da moral e da moda.
14. A palavra “porque”, na última linha do 4º parágrafo, tem o sentido de “explicação”, ao referir-se à oração
anterior.
15. Em “É preciso voltar os olhos para a população feminina”, na 1ª linha do último parágrafo, temos uma
oração reduzida de infinitivo, que pode desenvolver-se indiferentemente para: “É preciso que se volte os
olhos para a população feminina” ou “É preciso voltarmos os olhos para a população feminina”.
GABARITO:
78
1C 2E 3E 4C 5C
6C 7C 8E 9C 10 E
11 E 12 E 13 C 14 E 15 E
79