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Este documento relata a evocação do Marquês de S.Paulo, falecido em 1860, a pedido de sua irmã. O Marquês responde às perguntas sobre seu estado atual na erraticidade, um estado transitório entre a Terra e a felicidade absoluta. Ele explica que passou por um período de perturbação após a morte, mas agora se sente em paz, aguardando progredir para um estado mais elevado.
Este documento relata a evocação do Marquês de S.Paulo, falecido em 1860, a pedido de sua irmã. O Marquês responde às perguntas sobre seu estado atual na erraticidade, um estado transitório entre a Terra e a felicidade absoluta. Ele explica que passou por um período de perturbação após a morte, mas agora se sente em paz, aguardando progredir para um estado mais elevado.
Este documento relata a evocação do Marquês de S.Paulo, falecido em 1860, a pedido de sua irmã. O Marquês responde às perguntas sobre seu estado atual na erraticidade, um estado transitório entre a Terra e a felicidade absoluta. Ele explica que passou por um período de perturbação após a morte, mas agora se sente em paz, aguardando progredir para um estado mais elevado.
DATA: 11/02/2009 N 006 EVOCAO DE ESPRITOS EM CONDIES MEDIANAS I
BIBLIOGRAFIA: O Cu e o Inferno LAKE AUTOR: Allan Kardec AMBIENTAO: Sociedade Esprita de Paris 16/05/1861 PERSONAGENS: Marqus de S.Paulo, falecido em 1860 e evocado a pedido de sua irm.
1. Evocao: - Eis-me aqui.
2. A sua irm pediu-nos para evoc-lo, pois que, apesar de ser mdium, no est ainda bastante desenvolvida. - Responder-lhe-ei da melhor forma possvel.
3. Em primeiro lugar ela deseja saber se o Sr. feliz? - Estou na erraticidade, estado transitrio que no proporciona nem felicidade, nem castigo absolutos.
4. Permaneceu por muito tempo inconsciente do seu estado? - Estive muito tempo perturbado e s voltei a mim para bendizer a piedade daqueles que, lembrando-se de mim, por mim oraram.
5. E pode precisar o tempo dessa perturbao? - No.
6. Quais os parentes que reconheceu primeiro? - Minha me e meu pai, os quais me receberam ao despertar, iniciando-me nova vida.
7. A que atribuir o fato de parecer que nos ltimos extremos da molstia confabular com as pessoas caras da Terra? - Ao conhecimento antecipado pela revelao do mundo que viria habitar. Vidente antes da morte, meus olhos s se turvaram no momento da separao do corpo, porque os laos carnais eram ainda muito vigorosos.
8. Como explicar as recordaes da infncia que de preferncia lhe ocorriam? - Ao fato de o princpio se identificar mais com o fim, que como meio da vida.
9. Como explicar isso? - Importa dizer que os moribundos lembram e vem como miragem consoladora, a pureza infantil dos primeiros anos.
# Observao: provavelmente por motivo providencial semelhante que os velhos, proporo que se aproximam do termo da vida, tm, por vezes, insignificantes episdios da infncia.
10. Por que, referindo-se ao corpo, falava o Sr. sempre na terceira pessoa? - Porque era evidente como lhe disse, e sentia claramente as diferenas entre o fsico, e o moral; essas diferenas, muito religadas entre si pelo fluido vital, tornam-se distintssimas aos olhos dos moribundos clarividentes.
# Observao: Eis a uma particularidade singular da morte desse senhor. Nos seus ltimos momentos, dizia sempre: Ele tem sede, preciso dar-lhe de beber; tem frio, preciso aquec-lo; sofre nessa ou naquela regio, etc. Quando lhe diziam: Mas o Sr. que tem sede? respondia: No, ele. Aqui ressaltam perfeitamente as duas 2 existncias; o eu Pensante estava no Esprito, no no corpo; o Esprito, em parte desprendido, considerava o corpo outra individualidade, que a bem dizer lhe no pertencia; era, portanto, ao seu corpo que se fazia mister dessedentar, e no a ele, Esprito. O fenmeno nota-se tambm em alguns sonmbulos.
11. O que o Sr. disse da erraticidade do seu esprito e a sua respectiva perturbao levar-nos-ia a duvidar da sua felicidade, ao contrrio do que se poderia inferir das suas qualidades. Ademais, h Espritos errantes felizes e infelizes. - Estou num estado transitrio; aqui as virtudes humanas passam a ter o seu justo valor. Certamente este estado mil vezes prefervel ao da minha encarnao terrestre; mas porque alimentei sempre aspiraes ao verdadeiramente bom e belo, minha alma no ficar satisfeita seno quando se colocar aos ps do Criador.
# No prximo n: Evocao de Espritos em Condies Medianas II