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Universidade de São Paulo - Faculdade de Educação - Novembro de 2000
Referências etnoantropológicas
Este trabalho, não vinculado a qualquer pesquisa acadêmica, reforça à necessidade da concepção
de uma Etnopedagogia. Com ela pretende-se contextualizar a Etnomatemática no campo mais
abrangente da Antropologia Cultural e, em especial, da Antropologia da Educação.
Evidentemente, esta é uma tarefa que exige o esforço de uma comunidade pluriprofissional,
congregando antropólogos, sociólogos, pedagogos, matemáticos, engenheiros, artistas plásticos,
agricultores, políticos, pescadores, representantes de grupos étnicos, ..., pais e educandos.
As vivências etnopedagógicas;
Os etnométodos educacionais;
A etnomodelagem na prática educacional;
As instituições e grupos com perfis etnopedagógicos;
Os caminhos-referência para os projetos etnopedagógicos: os PCN;
Os parâmetros etnocurriculares para a realidade pluricultural brasileira.
Estas produções são disseminadas nos meios de comunicação coletivos: murais, jornais,
exposições, performances, fóruns, chats, newsgroups...
Veja, a seguir, um "roteiro para a ambientação" das vivências etnopedagógicas, generalizado para
as mais diversas situações de aprendizagem.
bibliotecas de classe;
fichários coletivos;
livros de vivência;
livretos temáticos;
bancos de dados eletrônicos;
livros eletrônicos; ...
A comunicação coletiva:
murais de classe;
jornais de classe;
"correspondências" interescolares;
exposições de trabalhos;
fóruns temáticos;
home pages e portais; ...
A coleta de informações:
A comunicação intergrupos:
"correspondências" coletivas;
encontros interescolares;
co-participações nacional e internacional;...
A autogestão educativa:
livre escolha das oficinas;
respeito aos ritmos individuais;
oportunidade de mudanças de rumo;
co-responsabilidade; ...
fichas-conceito;
livretos de trabalhos coletivos;
projetos de pesquisa;
avaliações coletivas; ...
A vida cooperativa:
A continuidade:
Por suas características socioculturais, as avaliações dos processos e dos produtos das ações
etnopedagógicas enquadram-se nos mesmos procedimentos observados na vida cotidiana das
pessoas envolvidas em suas comunidades-base.
Isso significa que somente o próprio grupo social - grupo classe, em particular - tem a decisão
dos etnométodos de avaliação das suas realizações. Para tanto, é preciso estabelecer os
parâmetros mínimos de exigência previamente combinados pelo grupo - alunos e professores - e
pela instituição educacional.
Um bom referencial para avaliação é a documentação individual e/ou coletiva gerada pelos
projetos nascidos em oficinas, pois a vivência se firma sobre: a expressão e o registro.
Para a avaliação são também fundamentais, nos projetos de vivência, que as ações pedagógicas
focalizem:
Nele procuro reunir contribuições de pedagogos e especialistas em diversas áreas que têm
apresentado um corpo de conceitos que permite, com boa aproximação, definir este movimento
pedagógico centrado em bases etnoantropológicas. No Brasil, os estudos e práticas geradas por
D`Ambrosio, com sua Etnomatemática, são referenciais etnopedagógicos; acredito que neste
caso a denominação Etnopedagogia, mais abrangente, seja recomendável, pois percebo uma
certa resistência em aceitar a Etnomatemática com tal amplitude, como almeja o próprio
D`Ambrosio.
Não é fácil conceituar um movimento com características tão complexas. Mas, numa tentativa,
ainda ingênua, arrisco considerar:
Até agora, por razões óbvias, procurei evitar frases desse tipo, pois estamos lidando com
fenômenos em constante mutação. Topei o desafio e espero que muitos façam o mesmo, uma
vez que sempre há algo "novo" a acrescentar.
As pessoas e os livros
ANDRÉ, M. E. D. A. (Org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999.
ANDRÉ, M. E. D. A. Etnografia na prática escolar. Campinas: Papirus, 1995.
ARDUINI, J. Destinação antropológica. São Paulo: Paulinas, 1989.
ASSMANN, H. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis: Vozes, 1998.
BERNARDI, B. Introdução aos estudos etno-antropológicos. Lisboa: Edições 70, 1988.
BIEMBENGUT, M. S., HEIN, N. Modelagem matemática no ensino. São Paulo: Contexto, 2000.
COULON, A. Etnometodologia e educação. Petrópolis: Vozes, 1995.
D`AMBROSIO, U. Educação para uma sociedade em transição. Campinas: Papirus, 1999.
D`AMBROSIO, U. Etnomatemática. [on-line] org. Valdemar Vello, available from World Wide Web:
<URL: http://sites.uol.com.br/vello/ubi.htm> Comentário: site oficial de Ubiratan D`Ambrosio;
contém seus principais textos escritos a partir de 1998.
D`AMBROSIO, U. Etnomatemática. São Paulo: Ática, 1990.
FICHTE, H. Etnopoesia: antropologia poética das religiões afro-americanas. São Paulo:
Brasiliense, 1987.
FREINET, É. Nascimento de uma pedagogia popular. Lisboa: Estampa, 1978.
FREIRE, P. Pedagogia para a autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, M. Diversidade cultural e educação para todos. Rio de Janeiro: Graal, 1992.
GADOTTI, M. Pedagogia da terra. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2000.
GAZETTA, M. Etnomatemática: uma visão metodológica. In: Encontro Regional de Ensino das
Ciências, 1, 1988, FFCLRB-USP, Ribeirão Preto, São Paulo.
GERDES, P. Desenhos de África. São Paulo: Scipione, 1990.
GERDES, P. Etnomatemática: cultura, matemática, educação. Maputo: Instituto Superior
Pedagógico, 1991.
HICKS, D. Esplorare i futuri alternativi: uma guida per gli insegnanti. Treviso: MCE, 1992.
JUNQUEIRA, C. Antropologia indígena: uma introdução. São Paulo: Educ, 1999.
LABURTHE-TOLRA, P., WARNIER, J.-P. Etnologia-antropologia. Petrópolis: Vozes, 1997.
LÉVY, P. A ideografia dinâmica: rumo a uma imaginação artificial? São Paulo: Loyola, 1998.
LÉVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 1998.
LUDOJOSKI, R. L. Antropologia: educación permanente del hombre. Buenos Aires: Guadalupe,
1990.
MARIOTTI, H. As paixões do ego: complexidade, política e solidariedade. São Paulo: Palas
Athena, 2000.
MOLES, A. A. A criação científica. 3.ed. São Paulo: Perspectiva, 1998. (Estudos, 3).
MORIN, E. O método: 4 / as idéias. Porto Alegre: Sulina, 1998.
MORIN, E., MOIGNE, J.-L. A inteligência da complexidade. São Paulo: Fundação Peirópolis, 2000.
(Nova consciência). Comentário: um texto-referência para uma fundamentação da
Etnopedagogia.
PAULA CARVALHO, J. C. Antropologia das organizações e educação. Rio de Janeiro: Imago, 1990.
POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1978.
RABITTI, G. À procura da dimensão perdida: uma escola de infância de Reggio Emilia. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1999. Comentário: no prefácio recomendo a leitura dos tópicos: Os
Estudos Antropológicos da Socialização, p. xii; Os Estudos Antropológicos da Escolarização, p. xii;
A Área dos Estudos de Etnografia da Educação, p. xiii.
TEIXEIRA, M. C. S. Antropologia, cotidiano e educação. Rio de Janeiro: Imago, 1990.
VELLO, V. Ateliê de livre expressão matemática na realidade potiguar. In: Encontro Nacional de
Educação Matemática, 3, 1990, Natal. Anais do III ENEM, Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, 1990.
VELLO, V. Ateliê de livre expressão matemática: uma proposta etnopedagógica. In: Encontro
Paulista de Educação Matemática, 2, 1991, São Paulo. Anais do II EPEM, Universidade de São
Paulo, 1991.
VELLO, V. Etnopedagogia. [on-line]. Available from World Wide Web: <URL:
http://sites.uol.com.br/vello>
VELLO, V., COLUCCI, M., ARIANE, P. Artes: pranchas de linguagem visual. São Paulo: Scipione,
2001. Comentário: das 120 pranchas da coleção, 60 têm propostas facilitadoras de vivências
etnopedagógicas no aprendizado da matemática. Prêmio Jabuti - 2001.
VIVAR FLORES, A. Antropologia da libertação latino-americana. São Paulo: Paulinas, 1991.
WHEATLEY, M. J., KELLNER-ROGERS, M. Um caminho mais simples. São Paulo: Cultrix /Amana-
Key, 1996.