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CURSO DE DIREITO
Disciplina: Responsabilidade Civil – Profº Silvano
Matéria, anotações pessoais de Leandro com legislação transcrita para facilitar o estudo – 2º Bimestre - 4º Semestre
Aula de 20.10.09
DANO
Diferenças entre o direito civil e o direito penal
NOÇÃO DE DANO
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DANO-EVENTO
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Art. 186, CC/2002. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
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ILÍCITO DO DANO
DANO-PREJUÍZO
Classificação do dano-prejuízo:
1 – Dano patrimonial: é aquele suscetível de avaliação econômica; e
2 – Dano não-patrimonial: é aquele não suscetível de avaliação econômica.
1 - DANO PATRIMONIAL
DANO EMERGENTE
É um dano voltado para o passado. Tem como marco inicial o fato ou
acontecimento (é a conduta) e como marco final a propositura da demanda. Calcula-se o
prejuízo patrimonial até a propositura da ação (demanda). Exemplo: colisão entre veículos -
gastos com oficina mecânica, com hospital, com remédios, com táxi, com ônibus, etc.
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Aula de 27.10.09
PERDA DA OPORTUNIDADE
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2 - DANO NÃO-PATRIMONIAL
DIREITO E AS DICOTOMIAS
É próprio do direito a existência de dicotomias. Exemplo: bem móvel e bem
imóvel; bem fungível e bem infungível; etc. As dicotomias utilizam o mesmo elemento
diferenciador. Na Responsabilidade Civil, uma das principais dicotomias é dano patrimonial e
dano não patrimonial. O elemento diferenciador é a suscetibilidade de avaliação econômica.
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OBS. 1: Há algumas situações em que existe dano não patrimonial, mas não há
dano moral. Exemplo: “Dano moral ecológico” (meio ambiente não é pessoa).
Parte minoritária da doutrina ainda emprega a expressão “preço da dor” como
sinônimo de indenização por dano moral. Tal entendimento não merece prosperar, porque
pessoas naturais que não sentem dor podem sofre dano moral (exemplo: pessoas portadoras
de síndrome de down e outras). Ademais, a ideia de “preço da dor” é incompatível com a
aceita tese de que a pessoa jurídica pode sofre dano moral.
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Art. 52, CC/2002. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
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STJ Súmula nº 227 - 08/09/1999 - DJ 20.10.1999. Pessoa Jurídica - Dano Moral: A pessoa jurídica pode
sofrer dano moral.
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Caso não seja possível a tutela específica, aplicar-se-á lei processual civil.
O CPC regula a liquidação de sentença no art. 475A a H. O legislador elegeu
três formas básicas de liquidação: por artigos, por cálculos e por arbitramento.
A forma preferível para a doutrina e jurisprudência é o arbitramento, mas nada
impede a aplicação das outras formas.
Obs. 1: Carlos Roberto Gonçalves não admite a liquidação por cálculo no dano
moral, porém, parte da doutrina sustenta que se o juiz fixar os parâmetros para o cálculo, ele
poderá ser feito.
Obs. 2: O legislador brasileiro tenta implantar o sistema da tarifação para
quantificação do dano não patrimonial (PL 7124/02 e PL 1443/03) muito criticado na
doutrina.
Obs. 3: Art. 944, parágrafo único do CC e o STJ – Parece haver uma tendência
do STJ em apenas permitir a redução da indenização pela culpa, logo a culpa não pode ser
utilizada como critério punitivo para o dano moral (não patrimonial).
Data: 10/11/09
CLASSIFICAÇÃO DO DANO–PREJUÍZO
Dano em relação à pessoa que sofre a lesão
1. Dano individual – é aquele que pode ser aferido e pleiteado por pessoa em particular
(especificas).
2. Dano social (Antonio Junqueira de Azevedo) – é o dano que afeta a coletividade
gerando um rebaixamento da qualidade de vida da população.
3. Dano por ricochete ou dano indireto – é a lesão a um direito ou interesse de
determinada pessoa que afeta 3º. Ex: morte do pai que gera um trauma no filho.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Evolução histórica:
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TEORIA DO RISCO
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Art. 3°, CDC. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
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• Risco criado – toda pessoa natural ou jurídica que ao exercer determinada atividade
de gere riscos de ocorrência de dano deve arcar com a indenização se não tomou todas
as medidas possíveis para evitar a ocorrência danosa. Essa teoria foi adotada pelo art.
927, parágrafo único do CCa.
• Risco integral – Para essa teoria não pode ser alegado qualquer excludente do nexo de
casualidade. Ela tem aplicação em três situações no direito brasileiro:
Dano ambiental;
Dano nuclear (art. 21, XXIII, “d”, CF/88)
Dano em vias férreas.
Comentário:
Não podem ser argüidas aquelas hipóteses de excludente do nexo de casualidade (fato de
terceiro, caso fortuito e força maior). Exemplo, se um terceiro empurra pessoa na linha do
metrô, a responsabilidade é integralmente do metrô.
Aula de 17/09/09
• Risco administrativo – para essa teoria o Estado deve arcar com ônus decorrente de
sua atividade mesmo que não haja culpa (art. 37, §6º, CF/88). Isso não significa que o
ente publica não possa entrar com ação de regresso em face do agente público
causador do dano que procedeu com dolo ou culpa.
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ABUSO DE DIRETO
Existem duas teorias que tentam explicar o abuso do direto para o direito brasileiro:
Teoria tradicional ou subjetiva (defendida por Rubens Requião): para essa teoria
haverá abuso de direito quando o agente exercer seu direito para prejudicar outra
pessoa. Não foi adotada pelo legislador do Código Civil brasileiro.
Teoria objetiva: para essa teoria (o legislador do Código Civil) haverá abuso de
direito toda vez que o titular ao exercer o direito, exceder manifestamente os limites
impostos pela boa fé objetiva, pelos bons costumes, pela função social e pela função
econômica. Foi esta a teoria adotada pelo legislador brasileiro de 2002 (art. 187, CC).
2 - Finalidade social
Todo direito deve ser exercido com base no interesse da coletividade, ou seja,
como regra geral o interesse individual não prevalece sobre o coletivo. Disso decorre diversas
situações: função social da propriedade urbana (art. 182 da CF/88); função social da
propriedade rural (art.18 da CF/88); função social da empresa (art. 170 da CF/88).
3 - Boa Fé Objetiva
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4 - Bons Costumes
Representado por elemento objetivo (prática reiterada) e subjetivo (convicção
social de obrigatoriedade).
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
1 - POR ATIVIDADE DE RISCO
Elege como requisito atividade e que essa prática gere riscos a direito alheio.
Fundamento legal: art. 927, parágrafo único, CC (ver nota de fim “a”).
Atividade: 4 elementos:
1) Conduta reiterada;
2) Habitualmente exercida;
3) Organizada de forma profissional ou empresarial; e
4) Para realizar fins econômicos
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5 – POR FATO DE TERCEIRO (atenção nobres colegas, Silvano deu dica de que este
assunto poderá ser cobrado em prova. Por isso, atentem para este sub-tópico)
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I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
Hipóteses:
1 – pai em relação ao filho, tutor em relação ao tutelado e curador em
relação ao curatelado (art. 932, I e II, CC)
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a
Art. 927, CC/2002. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem.
b
Art. 928, CC/2002. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem
obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá lugar se privar do necessário o
incapaz ou as pessoas que dele dependem.
c
Art. 937, CC/2002. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier
de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.