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Renato Caleffi
Os produtos à base de cloro para sanitizar e higienizar alimentos, de fato contribuem para a
poluição do meio ambiente, pois afetam e contaminam rios e cursos d´água por alteração do
pH.
Além disso, o produto possui potencial para prejudicar a saúde, tais como uma queimadura,
podendo ainda causar maiores danos ao meio ambiente como incêndios.
Pode causar queimaduras graves na pele, mucosas da boca, esôfago e estômago; pode
causar danos permanentes nos olhos; pode causar queimaduras no trato respiratório, tosse e
edema pulmonar.
Reage violentamente com ácidos liberando gás cloro. Embora seja incombustível, reage com
matéria orgânica, oxidando-a, podendo resultar em fogo (liberação de oxigênio). Não deve
ser misturado com amônia e éter. Quanto maior a concentração, menor a estabilidade, que
diminui também na presença de luz e calor.".
Quando se opta pela higienização sem hipoclorito ou cloro, é preciso primeiramente saber a
origem da água. De acordo com o Eng. Arnaldo Mauro Elmec - SAMA, "Quem utiliza muita
água e quer fugir dos custos da SABESP deve ter muita precaução e cuidado quanto à
qualidade da água. Ainda é da SABESP a melhor água POTÁVEL disponível para consumo. É
muito importante saber a procedência da água, pois a mesma poderá estar contaminada,
não só microbiologicamente, mas também quimicamente (muito mais comum). Existem 27
milhões de substâncias químicas que podem estar contaminando a água subterrânea. Se
optar por água alternativa, deverá haver revisão de análise completa (não apenas
microbiológica!) a cada cinco anos ou dependendo da localização até com maior freqüência ."
Uma forma de saber se sua água está em condições, é a análise caseira, comprando em
lojas de venda de produtos de piscina, produto que identifique o cloro. Não obstante, é
possível que não se identifique o cloro se a caixa d'água estiver com placas de sujeira, casos
em que não há manutenção de sua limpeza. Estas placas impedem que os resíduos do metal
pesado se misturem com a água, no entanto, abrigam insetos e outros microorganismos.
A teoria de que o sistema imunológico deve estar fortalecido, e fortalecer de dentro para fora
consiste em uma verdade, no entanto, não condiz com a realidade.
Há casos de gestantes e pessoas com sistema imunológico frágil, que não podem correr o
risco de contaminação bacteriana.
O meu ponto de vista, é de que se a água for de origem filtrada, o alimento de origem
orgânica, as panelas e os utensílios em geral forem atóxicos, bem como as embalagens de
armazenamento, observados os critérios de manipulação e segurança alimentar, o impacto
dos produtos à base de cloro, serão menos nocivos. Vale salientar, que papéis alumínio,
panelas de alumínio, cortes de hortaliças em facas, plástico, papel filme são os maiores
inimigos.
Deve-se lembrar que o produto orgânico deve ser valorizado por outros fatores que tão
somente a ausência de agrotóxicos, portanto, a utilização de produtos à base de cloro, não
acabariam com toda sua eficácia e valor.
A utilização do vinagre e ácido acético em casa, quando se sabe quem irá consumir o
alimento, de acordo com a individualidade bioquímica, pode ser mantida, mas em cozinhas
de prestação de serviços, não.
Alguns purificadores podem absorver somente o cloro e outros purificadores, demais metais
pesados.
A legislação é encontrada no Ministério da Saúde, no site da Anvisa, etc. Na lei pode-se
encontrar as variações de retenção do cloro: C1 (retém quase 100%, cerca de 99,9 de
cloro); C2 retém cerca de 80% de cloro e C3 cerca de 65%.
No caso do alimento orgânico, as torneiras com água da Sabesp devem conter purificadores
com refil de especificação C1.
Quando se opta pela utilização do vinagre, é preciso analisar a origem deste produto. O
correto seria a utilização de vinagre orgânico, pois o processo de fermentação pode
prejudicar o organismo. Há estudos e relatos de casos de endurecimento do fígado (cirrose)
pela ingestão de vinagres de procedência duvidosa, processos de fermentação inadequada. O
vinagre orgânico é mais caro, portanto, mais uma razão para a utilização de hipoclorito e
detrimento ao vinagre barato (e não fermentado).
HIDROSTERIL®
PARTE 1: FICHA DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS FISPQ
PARTE 2: ANÁLISES COMPROBATÓRIAS DE EFICÁCIA
Substância
NaClO (Hipoclorito de Sódio) em solução aquosa
Nome químico comum ou nome genérico
Hipoclorito de Sódio
Composição
Ingrediente ativo Hipoclorito de Sódio (5,0%); estabilizante Cloreto de Sódio; água
deionizada q.s.p.
Número CAS (Chemical Abstract Service)
7681-52-9
Ingredientes que contribuem para o perigo
NaClO (Hipoclorito de Sódio)
3. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
4. MEDIDAS DE PRIMEIROS-SOCORROS
Inalação
Remover a pessoa para um local bem ventilado. Se houver dificuldade na respiração,
procurar atendimento médico.
Contato com a pele
Remover as roupas contaminadas e lavar as partes afetadas com água limpa e abundante.
Contato com os olhos
Lavar continuamente os olhos com água corrente mantendo as pálpebras abertas durante 15
minutos no mínimo. Providenciar socorro médico imediatamente.
Ingestão
Não provocar vômito. Fornecer à pessoa grandes quantidades de água, desde que ela não
esteja inconsciente. Manter a vítima em local com ar fresco. Providenciar socorro médico
imediatamente.
Meios de extinção
Água em spray ou névoa.
Perigos específicos
O contato com ácidos ou agentes redutores leva a reações violentas com produção de gases
irritantes.
Métodos especiais
Bombeiros devem fazer uso da proteção respiratória com filtro contra gases ácidos, luvas em
PVC, calçados de borracha e óculos de segurança.
7. MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
9. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
Estado físico
Líquido
Cor
Amarela
Odor
Pungente, penetrante e irritante
pH
Aproximadamente 9-11
Temperaturas específicas ou faixas de temperaturas nas quais ocorrem mudanças de estado
físico
o Ponto de ebulição: 105,0ºC (NaClO 5%)
o Ponto de fusão: Não aplicável
o Temperatura crítica: Não aplicável
o Ponto de fulgor: Não aplicável
o Temperatura de auto-ignição: Produto não inflamável
o Limites inferior e superior de inflamabilidade: Produto não inflamável
o Pressão de Vapor: Não disponível
o Densidade: 1,07=5% (do líquido a 20ºC)
o Solubilidade em água: Completamente miscível
o Solubilidade em solventes: Não disponível
Condições específicas
o Instabilidade: Estabilizado por Cloreto de Sódio
o Reações perigosas: Com ácidos (libera gás cloro) e com amônia e produtos que a contém
(libera vapores irritantes e tóxicos).
o Materiais ou substâncias incompatíveis: Produtos orgânicos, agentes redutores (como
sulfitos), ácidos, amônia, éter e metais pesados.
o Produtos perigosos na decomposição: Decompõe-se em ácido hipocloroso, cloro, ácido
clorídrico, clorato de sódio, cloreto de
sódio e oxigênio, em função da temperatura, do pH, do tempo e dos materiais e substâncias
presentes.
Toxicidade Aguda
o Ingestão: Dores no estômago e vômitos.
o Inalação: Dores no trato respiratório e edema pulmonar.
o Contato com a pele: Dermatites avançando até a formação de feridas.
o Contato com os olhos: Cegueira.
15. REGULAMENTAÇÕES
Regulamentações
Para o transporte rodoviário aplicam-se as seguintes normas e legislações:
o Decreto Lei nº. 96.044 de 18/MAI/1988, que trata da regulamentação
do transporte de produtos perigosos.
o Portaria nº. 204 de 20/MAI/1997, que trata de instruções complementares ao regulamento
do transporte de produtos perigosos.
o Resolução nº. 420 de 12/FEV/2004, que trata de instruções complementares ao
regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos.
o NBR-7500 da ABNT, que normatiza os símbolos de riscos e manuseio
para o transporte e armazenagem de materiais.
o NBR-7501 da ABNT, que normatiza a terminologia utilizada no transporte de produtos
perigosos.
o NBR-7502 da ABNT, que normatiza a classificação do transporte de produtos perigosos.
o NBR-7503 da ABNT, que normatiza a ficha de emergência para o transporte de produtos
perigosos - características e dimensões.
o NBR-7504 da ABNT, que normatiza o envelope para o transporte de produtos perigosos -
dimensões e utilização.
o NBR-8285 da ABNT, que normatiza o preenchimento da ficha de emergência para o
transporte de produtos perigosos - procedimentos.
o NBR-8286 da ABNT, que normatiza o emprego de simbologia para o transporte de produtos
perigosos - procedimentos.
o NBR-9734 da ABNT, que normatiza o conjunto de equipamentos de proteção individual para
avaliação de emergência e fuga no transporte de produtos perigosos.
o NBR-9735 da ABNT, que normatiza o conjunto de equipamentos para emergências no
transporte de produtos perigosos.
Fonte de Informações
o MSDS - Material Safety Data Sheet (Occidental Chemical Corporation)
o Manuais Técnicos da ABICLOR (Associação Brasileira da Indústria de Álcalis e Cloro
Derivados)
o Panfletos do Chlorine Institute
o Manual Básico de Rotulagem de Produtos Químicos
o (AssociQuim/SincoQuim) - Agosto/1998
o Manual de Produtos Químicos Perigosos da CETESB
o NIOSH Manual of Analytical Methods
o NR - 15 (MTE)
o Manual de Autoproteção para o Manuseio e Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos
(PP7) - 7ª Edição, 2004
Identificação do laboratório
Laboratórios Ecolyser Ltda.
Rua Romão Puiggari, 898 - Vl. Das Mercês
São Paulo - SP - CEP 04164-001
Tel.: 11 6969-5020
Fax: 11 6969-5020
Diretora de estudo
Maria Regina Prioli
Bióloga
CRBio#39709/01-D
Número do registro do estudo
7240/04
Número do lote declarado
Fabricação 29/10/04
Data de início do teste
26/11/04
Data de término do teste
28/11/04
Data de conclusão do relatório final
Laudo em 11/01/05
Metodologia utilizada
POP Ecolyser ES058-Rev.01.
Resultado e conclusão
Foi observado que o produto Hidrosteril® eliminou os microrganismos nos tempos de contato
de 15 e 30 minutos. Os tratamentos "Controle" apresentaram resultados satisfatórios e dão
validade ao ensaio conduzido. O produto Hidrosteril® apresenta eficiência na ação
bactericida frente a cepas de Escherichia coli (ATCC 11229) e Enterococcus faecium (ATCC
6569) quando utilizado na concentração de aproximadamente 0,210g/L.
Referências
o INCQS, Fundação Oswaldo Cruz, Manual da Qualidade. Método para avaliação da atividade
bactericida de desinfetantes. 2004 (No. 65.3210.022.Rev.03).
o MS/SVS. Portaria no.15, de 23 de agosto de 1988. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil. Brasília, 5 de setembro de 1988, Seção I. pp.17041-3
o MS/SVS. RDC no.184, de 23 de outubro de 2001. Diário Oficial da República Federativa do
Brasil. Brasília, 23 de outubro de 2001.
Sr. Arnaldo alertou para os CUIDADOS que devem ser tomados em relação ao uso e
PROCEDÊNCIA da água. Destacamos:
Quem utiliza muita água e quer fugir dos custos da SABESP deve ter muita precaução e
cuidado quanto à qualidade da água. Ainda é da SABESP a melhor água POTÁVEL disponível
para consumo. É muito importante saber a procedência da água pois a mesma poderá estar
contaminada, não só microbiologicamente, mas também quimicamente (muito mais
comum). Existem 27 milhões de substâncias químicas que podem estar contaminando a
água subterrânea.
Conforme a CETESB, existem hoje 1.680 áreas de solo contaminado. Portanto: CUIDADO
COM OS POÇOS!
Se optar por água alternativa, deverá haver revisão de análise completa (não apenas
microbiológica!) a cada 5 anos ou dependendo da localização até com maior freqüência .
Conforme a CETESB existem hoje 8.000 postos de gasolina na cidade de São Paulo.
Até 2007 todos os postos terão que trocar seus tanques, conforme determinação da
CETESB.
A ausência de parque industrial na região, mas com presença de uma oficina mecânica, já é
suficiente para que a água subterrânea seja contaminada.
Deve-se analisar o estado da embalagem da água mineral, pois poderá estar com a validade
vencida ou ter ranhuras comprometendo a qualidade da água. (mas isso será tema da
próxima reunião)
A utilização de filtros requer que seja feita a manutenção periódica, assim como a retro-
lavagem. Do contrário, o filtro será um foco de contaminação.
A freqüência da higienização da caixa pode ser determinada pela análise microbiológica das
paredes da caixa: Até 500 UFC (Unidades Formadoras de Colônia) não haveria necessidade
da higienização.