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EDITORIAL
A mudar a página!
As obras vão a bom ritmo segundo informação da Professora Luiza Salvado. A Fase
1 da obra encontra-se a decorrer dentro da normalidade apresentando um ligeiro
atraso em relação ao previsto. O pavilhão G – elemento em construção e que une
os Pavilhões A, B e E – tem a estrutura em fase terminal. Os pavilhões B e E estão
em remodelação, com alteração de alguns espaços interiores e das fachadas.
O pavilhão “Balneários” está a ser ampliado, com a instalação de 2 novos
vestiários/balneários. Estão afixadas plantas - piso 0 e piso 1 - do projecto para
poderem conhecer os futuros espaços da escola. No próximo número do
Páginas Tantas será feito um novo ponto da situação visto que iremos
passar da fase 1 para a fase 2 da intervenção. Não tarda nada temos uma escola
nova!!!!
Mas a mudança do jornal não fica pelo visual! Está em formação uma verdadeira
equipa redactorial. OPáginas Tantas vai agora aparecer bimensalmente
com colaboração de alunos, professores, funcionários, pais e, quem sabe, outros
elementos da comunidade! Se queres colaborar envia o teu texto, desenho, fotos, o
que te apetecer para paginastantas@sapo.pt ou coloca na caixa para o efeito que
existe junto da secretaria. Gostávamos também de saber a tua opinião sobre este
novo look do jornal. Dá-nos o teu feed-back!!
Voltamos em Janeiro com mais notícias frescas! Participa! O Jornal também é teu!
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Nº2- Ano lectivo 2009/2010 – Novembro
DESPORTO Este
império
SURF marítimo
é
O mar, o oceano fantástico,
onde existem irremediáveis manhas, que
Por mais voltas que se dê, o mar é
mesmo hoje algumas sejam superadas,
uma invenção que não é recente, o mar, que
continuam a ser um enigma que só Deus
já vem citado nos recônditos mitos
pode desvendar.
sumérios, na Bíblia, é um mar diferente
Naquela altura, o mar, a partir da
daquele de que hoje se fala.
caracterização de Luís de Camões, era um
De facto, nestes antigos tempos,
mar de surpresa, aterrada, inocente e
fala-se de um mar, um fluxo primordial
deslumbrada, nos limites extremos, passo a
sem destrinça (separação, desenredo,
citar:
“Contar-te longamente as perigosas
Cousas de mar, que os homens não
entendem:
Súbitas trovoadas temerosas,
Relâmpagos que ar em fogo
acendem,
Negros chuveiros, noites tenebrosas,
Bramidos de trovões que o
mundo fendem”
(Os Lusíadas V, 16)
marinheiros, mas não se pense que o mar quero realmente escrever, que é o sobre
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Nº2- Ano lectivo 2009/2010 – Novembro
pouco ao contrário do surf, que hoje em dia, mas, também, perante uma experiência
parece estar por todo o lado. Pode, aliás social, que rotula, humilha, destrói aquele
fazer algum sentido que os actos de que faz surf, pois esse é constantemente
escrever e de surfar não andem estereotipado, penso que talvez, há alguma
propriamente de mãos dadas, afinal o décadas atrás fosse o “normal” estereótipo,
verbo surfar é um anglicismo que remete o do surfista, mas hoje, já levanto muitas
para a ideia de deslizar á superfície da água questões acerca de se concluir algo de uma
e é muito provavelmente esta ideia de generalidade que ocorreu há décadas, não
superficialidade que primeiro é associada será isso falacioso?
ao surf. Escrever implica invariavelmente A evolução da escrita sobre surf é
um esforço reflexivo, que vá além da talvez o mais exacto reflexo do lugar e da
superfície. Mas uma coisa é o preconceito, imagem que o surf foi ocupando ao longo
outra é o acto de que existe, se bem que, dos tempos: do espanto inicial com os
mesmo nas publicações de surf, a palavra nativos no Pacífico, passando pela
escrita tenha um lugar secundário, Califórnia campestre, de fantasia, idílica do
subalternizada pelas fotografias, na pós-guerra, pelos relatos dos surfistas
verdade, o surf chegou-nos (a nós viajantes em busca do “verão sem fim” e
Ocidentais), primeiro pela palavra. pela representação do surf como paradigma
A primeira descrição foi feita pelo da contra-cultura, até aos relatos de um
Capitão James Cook: circuito mundial, cada vez mais à imagem
- “I could not help concluding that this
man felt the most supreme pleasure while he
was driven on so fast and smoothly by the sea”,
nos seus relatos da sua viagem ao Pacifico,
em finais do século XVIII, quando escreveu
com admiração sobre o “prazer supremo”
que os nativos tinham quando deslizavam
sobre a parede das ondas. Cook ao falar do
“prazer supremo” e ao descrever todo o
dos outros desportos. Se olharmos para trás
processo de escolha de ondas, bem como as
e lermos as ontologias de textos sobre surf,
dificuldades que enfrentavam os nativos
encontramos nelas uma história da
cada vez que arriscam ter o prazer de
identidade do surf e das suas
deslizar no mar, acabou por tornar o surf
transformações. Mas, para além do retrato
mais do que um simples desporto. A
social, há uma característica essencial que
imagem do surf ficou marcada desde a
persiste, a mesma que o Capitão James
génese: estávamos perante um desporto,
Cook vislumbrou, o surf é essencialmente
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que se projectam no resto da vida desde experiência não se limita ao mar, contamina
logo, porque ao contrário da maior parte toda a vida quotidiana e leva a que
das coisas que na vida parece acabar, cada passemos a olhar com outros olhos para as
onda que termina deixa-nos com uma coisas terrestres, para além do mais, para
uma vontade que parece não ser sóbria, confunde-se com o prazer de deslizar nas
quase posso dizer que é uma vontade ondas, mas, também com as coisas que lhe
comparável com qualquer outra coisa que estão associadas, a busca e a espera por
nos leve ao prazer supremo. ondas, o sal frio na cara, as paredes de água
já nos falta, somos impelidos a repetir tudo, Poderia continuar a escrever, até
o remar de regresso ao sítios onde as ondas escrever um livro, mas para terminar, vou
a prancha por debaixo da espuma, para para um surfista, ideia esta que é
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FUTSAL 3 – 5
Frei Gonçalo Azevedo x Stª. Maria 4 / 1
DESPORTO ESCOLAR - QUADRO
COMPETITIVO 2008/09
J F
O PONT
V . GM GS G.A
NOME DA ESCOLA G E D OS
C
O
S
1º Matias 4 4 - - - 20 2 18 12
Aires
2º José 4 2 1 1 - 13 8 5 9
Saramago
3º Frei 4 2 - 2 - 11 13 -2 8
Gonçalo
Azevedo
4º Cascais 4 1 - 3 - 5 19 -14 6
5º Stª. Maria 4 - 1 3 - 6 13 -7 5
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1937) da muralha que sustinha o ex-quintal donatário da Vila (séc. XIV) e sobre o qual o
do Sequeira, de imediato se procedeu à sua palácio dos Marqueses de Ponte de Lima
substituição pelo paredão sobre o qual deve ter sido erguido. É muito provável
assenta o Miradouro. O lanço de degraus que o torreão poente do castelo ou parte
que une o Miradouro à rua, em baixo, dele, subsista na fachada ocidental do
sucedeu com alguma verosimilhança à palácio, de confuso recorte arquitectónico.
calçada do postigo ou Porta da Traição, cuja A designação Rua Detrás do Castelo advém
existência é indispensável ter em do facto de a povoação ter voltado,
consideração para viabilizar a extensão que literalmente, as costas ao flanco Norte por
o arrabalde viria a assumir naquele flanco ser o mais exposto aos ventos dominantes.
do castelo, O postigo ou Porta da Traição A cortina, beneficiando do perfil mais
dava acesso a dois caminhos: um por elevado do terreno, seria ai mais alta,
Quintal e Montesouros para o porto da protegendo da nortada a povoação interior,
Carvoeira e outro por Malvar e Sobreiro dirigida para o Sul e para o sol, como
para a Ericeira e Paço de llhas. A muralha, acontece, por exemplo, com Óbidos. A
substituída pelo paredão (1942) prolongar- densa floresta que, consta, existiu até ao
se-ia primitivamente até a um torreão século XIX na Quinta da Cerca, constituída
situado a poente. No espaço compreendido por árvores de enormíssimo porte,
entre aquela (a muralha já aí não existia ao reforçaria tal pára-vento.
tempo do Senhor Nery Gorjão, pelo que ele Texto e imagem: Câmara Municipal de
se serve como referência da "ermida da casa Mafra, Mafra, Da Reconquista ao Foral de 1513, Câmara
Municipal de Mafra, Julho de 1989
chamada do Capitão-mor";, igualmente
desaparecida) e a fachada do Palácio dos
Marqueses de Ponte de Lima foram
encontradas, em 1790 (quando "se abriu ou
alargou o caminho que conduz à quinta da
Roussada"), umas tulhas subterrâneas, em
barro que se destinavam ao
armazenamento de cereais. O alçado poente
seria o mais facilmente defensável devido
ao desnível originado pelo esporão ou
esplanada em que se alcandorava. Era, por
conseguinte, o mais adequado à instalação
de um Paço acastelado, como aquele que
existiu, desde pelo menos os tempos em
que D. Fernão Martins Coutinho foi
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obras literárias, notícias de jornais, entre dos alunos e também de desenvolver acções de
promoção das suas actividades e das
outros. Algumas leituras tiveram
competências que podem acontecer em
acompanhamento musical. Na sequência contexto de Biblioteca.
desta iniciativa, que foi do agrado da
comunidade escolar, a Biblioteca
dinamizará um Ponto de Encontro de
Leitura.
11.º ano
PROGRAMA
Dinamizadoras: Profs Ema da Silva e Maria
19 de Outubro ( Segunda-feira) José Garção
17h – Leitura de textos em Português
10h15m – Leitura de textos em Português Intervenientes: Alunos da turma N do 11.º
com acompanhamento musical ano
Intervenientes: Alunos do 12.º A (leitura de Dinamizadora: Prof. Maria José Garção
textos); Alunos do 12.º O3
(acompanhamento musical) 21 de Outubro (Quarta-feira)
Dinamizadores: Profs Joana Barradas e
Paulo Martins 10h15m – Leitura de textos em Alemão com
11h30m, 12h – Leitura de textos em Francês acompanhamento musical
Intervenientes: Alunos das turmas M e N do Intervenientes: Alunos da turma O do 10.º
11.º ano e 10.º ano ano
Dinamizadoras: Profs Gabriela Reis e Dinamizadores: Prof. Filomena Rodrigues e
Fernanda Laia Prof. Paulo Martins
Leitura de textos em escocês pelo professor
20 de Outubro (Terça-feira) Paulo Martins
Leitura de textos em Francês
8h30m,10h, 13h30m – Leitura de textos em Intervenientes: Alunos do 10.º ano
Português Dinamizadora: Prof. Fernanda Laia
Intervenientes: Alunos das turmas H, M e I
do 12.º ano.
Dinamizadora: Prof. Luísa Lopes
27 de Outubro (Terça-feira)
10h30m – Leitura de textos em Português
Intervenientes: Alunos da turma J do 11º ano
Dinamizadora: Prof. Maria José Garção
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How do I fit into this World? nice, good and “pink”. I trusted everyone
Though we feel quite well in the unconditionally, but I learned that I have to
society we are a part of, we cannot help be more suspicious and less friendly, if I
disagreeing on a lot of things we see and want to “survive in this jungle”.
listen to. Even amongst youngsters! There As for my dreams, I want to finish
is too much lie, selfishness, arrogance, etc. 12th grade, then, I would like to make a
Sometimes we do not even seem to know break for one year to take a trip around the
what we like or dislike, who and why we world, to get in touch with different
relate to and our choices are bias, according cultures and people. As for my future, I
to our ideals and behaviour. have not decided yet. I do not know if I
Actually, I am not easily influenced, want to become a pilot, a journalist or a
I can think for myself and I take the chance psychologist. What I do know is that after
of being wrong sometimes, at least, I am graduating I would like to move to Brazil.
not “following examples” , either good or I am a 15 year-old girl who has a
bad, when dealing with friends. Of course difficult, bad-tempered personality, and I
every single person is the result of do not spend too much time developing
experiences and examples, so, in my better relationships with people. I like to
particular case, my reference is to follow help everyone as long as people do not
my mother’s footsteps, because she is overdo it or take advantage of me.
someone I really admire. I see adolescence as a kind of training stage
Most teenagers get lost just because for real life. It is a period of time with very
they want to fit in, they want to belong to few responsibilities and we only have to
fit in, they want to belong to a certain group worry about relationships (parents, love
just to please someone and to be able to affairs, dates, and friendships). It is a time
socialize. So, they do things that are for amusement. We can still behave as
considered “cool” for others, regardless of children and play all day!
their own opinions (being the choice of a I am sure I will miss adolescence when I
dressing style, a culture, a language or even grow up!
Íris Maria, 11º M, nº 10
habits).
In my opinion, if we all did the same, we
would all end up being equal, losing our
own individuality, which is what “Ler muito é um dos caminhos para a
characterize us the most.
Futility is another annoying subject which
originalidade; uma pessoa é tão ou
is more frequently seen in girls (fashion mais original e peculiar quanto mais
above all). This matter can become a cruel
issue to people in need, leading to exclusion conhecer o que disseram os outros.”
and solitude. For instance, some girls make
fun of those who cannot afford shopping, Miguel de Unamuno
others steal the labels from the clothes in
the shops and sew them on their own
clothes (which have no brand). This is
ridiculous! I don’t know if they invented
this habit or if they are copying it from
grown ups. “O livro é um mestre
While girls compete by gossiping,
showing off and creating tensions based on que fala mas que não
a piece of gossip, boys do not pay attention
to what people say and when they do, they responde.”
solve the questions immediately
(sometimes using force). But I find them Platão
fairer and straighter than girls. Last year, I
was quite naive; to me everything seemed
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Cinema.
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Bibliografia
Mandelbrot, B. (1991). Objectos fractais.
Lisboa: Gradiva.
Webgrafia
http://colegiosantamarcelina.com.br/Theore
ma/fractais.pdf
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm43/f
ractais.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fractal
http://media.photobucket.com/image/fracta
Figura 3 – Fractal de koch
is/Avallon_/Fractais1.gif
Contrariamente, os fractais aleatórios podem
ser gerados segundo uma grande diversidade Leonor Neto, nº18 – 12ºA
de técnicas que, no fundo, têm em comum o
facto de não só produzirem objectos com
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Nº2- Ano lectivo 2009/2010 – Novembro
Oficina de
artes
http://oficinadeartesesjs.blogspot.com/
Inês Martins
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Os investigadores da FCTUC
Toda a delegação portuguesa
reconhecem que “embora a prova
premiada nas Olimpíadas Ibero-
fosse bastante mais difícil que os
americanas de Física.
exames nacionais de Física, a boa
A equipa portuguesa arrecadou uma
preparação dos alunos permitiu-lhes
Medalha de Prata, duas Medalhas de
obter óptimos resultados”.
Bronze e uma Menção Honrosa nas
A lista dos estudantes portugueses é a
Olimpíadas Ibero-americanas de Física
seguinte:
João Morais Carreira Pereira (E.S.
Terminou em Santiago, Chile, a XIV
Domingos Sequeira, Leiria) – Medalha
Olimpíada Ibero-americana de Física,
de Prata
que reuniu 65 finalistas do ensino
secundário de 19 países da
Comunidade de Estados Ibero- Pedro Miguel Duarte Simões
americanos. Ao fim de dois dias de (E.S. José Saramago, Mafra)
provas (uma prova experimental e uma
teórica), o estudante Luís Gato, de – Medalha de Bronze
Cuba, arrecadou o primeiro prémio
com uma classificação de 42,80 (numa Pedro Filipe Rebelo Guiomar (E.S. Alves
escala de 0 a 50). Martins, Viseu) – Medalha de Bronze
Rúben Pinto Aguiar (Colégio Internato
dos Carvalhos, V.N. de Gaia) – Menção
Honrosa
Parabéns ao Pedro
Simões e que muitos
alunos desta escola
sigam este exemplo!!!!
Os team-leaders que acompanharam a
delegação a Santiago, Fernando
Nogueira e António Onofre, fazem um
balanço positivo da prestação
A não perder!
portuguesa: “Foi um ano muito O Museu Nacional de História
positivo: estes resultados seguem-se à Natural da Universidade de Lisboa
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Nº2- Ano lectivo 2009/2010 – Novembro
O percurso
Um prédio branco Abro os olhos
Construção um pouco antiga Logo de manhã
Três andares para descer Chego à
É o meu ponto de partida. cozinha
Como uma
É logo o hospital que vejo primeiro maçã
Multidão, confusão, não evito a passagem
Saio de casa
Pela estátua e um pinheiro
Vou até à
Tento apenas ficar à margem...
paragem
Sigo em frente, Mas por
Carros a passar, a meu lado vezes
Estou ciente Perco a
Não estou totalmente acordado! viagem
Quando apanho a carreira
Ensonado atravesso a estrada Sento-me a olhar pela janela
Está quase a tocar Os carros passam na estrada
Acelero a passada E a paisagem é bela!
E o autocarro a buzinar
Mermaidann
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Vive-se agora
numa realidade fingida
Criam-se verdades camuflantes
Esconde-se a carência de afectos
Revelam-se atitudes repugnantes!
Daniela Silva
Nº6- 12ºI
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Nº2- Ano lectivo 2009/2010 – Novembro
Evita desperdiçar!
Recicla!
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alguma vez serei o primeiro, mau grado o isso. Agora só as tenho do que está para vir.
hábito do deitar tarde e tarde erguer. Por Recta do Cabo, ruínas da Estalagem do Gado
falar de vícios, eu e o Rosa aproveitámos as Bravo, virar à esquerda. Lezíria já conhecida
ausências para uma primeira bica e um desde a ida a Almeirim. Seguimos então em
segundo “preguinho no caixão”, como gosta ritmo calmo e por terrinhas de nomes
de lembrar o Martinho. apelativos como só os que se encontram na
Apagava eu a beata, e eis que chega o rota dos vinhos, dos cavalos e dos touros. O
Valentim e depois o Armindo e a seguir o Martinho tê-los-á registado. Eu não. Fiquei
Carlos, quando já um de nós arrancava para o com os olhos cheios de cegonhas, coelhos,
procurar. Penduras não havia. O grupo estava crianças a acenar e vitelinhos a fugir à nossa
completo, com o Ismael ao sol de Vila Real de passagem. Disseram-me, depois, que houve
Santo António e o Belmiro em casa, a uma lontra que me escapou à retina, e até
recuperar do mais recente regresso a 200 acredito nisso...
km/h, a bordo da BMW 1150 RT do Rolávamos agora pelo concelho da
Martinho, que assim procurava fugir à noite, Chamusca, com o Carlos a tentar minimizar
pois dessa vez acabara por ficar só com um os inconvenientes do mau piso, o Valentim
par de óculos escuros. Tínhamos Portalegre, ansioso por uns torresmos e um branquinho
Marvão e o restaurante “O Martinho” no numa tasca à mão, e eu aflito por demonstrar
horizonte, com as ruínas romanas de Ammaia haver pelo menos um saber-fazer que dois ou
guardadas para depois do repasto. A partida três portugueses dominam sempre em grupo,
estava apontada para as nove horas, mas desde que um comece o serviço. O Rosa
entre o vai-se por aqui e o segue-se por ali, o seguia na boa, de olhos abertos ao passar
tempo foi correndo diante de uma enorme
em ponto morto, carvoaria à moda
comigo a dar conta antiga, vestígio
das teias de aranha e arqueológico de uma
dos pneus meio indústria em vias de
ressequidos da Honda extinção, agora que de
África Twin com que o Bruxelas nos dizem
Armindo se tem feito à que é cancerígena a
estrada, enquanto pele do bom
chega e não chega o franguinho assado na
alternador para a sua brasa. O Martinho,
Suzuki, o mecânico é esse, deve ter-me lido
que sabe disso. Tenho a aflição. Parou pouco
agora a F650 calçada depois, no Pego da
com uns pneus de confiança e bem me posso, Curva, não só por via da referida e nacional
portanto, dar ao luxo de brincar com ele, que competência masculina mas sobretudo para
se está nas tintas. Todas as curvas são alegria, nos mostrar a aldeia, abandonada há anos no
desde que o veículo tenha duas rodas, motor meio do nada, cheia de memórias e solidão.
adulto e dê para andar. Satisfeita a necessidade e tiradas
Da largada umas fotos, decidimos, em dois dedos de
Entre propostas do GPS do Martinho conversa, que estava na hora de dar razão ao
e verificações no mapa do Carlos, às dez e Valentim. Portalegre ainda distava, um breve
qualquer coisa lá estávamos todos de aperitivo cairia que nem ginjas. Arrancámos,
primeira engatada, pé direito no chão, mão sempre em ritmo alentejano, mas nada de
esquerda a segurar a embraiagem e a outra a tascas à mão, nem quando passámos pela
enrolar contida, só pelo prazer do som. Bute Herdade de Mata-Fome, nome mesmo a
lá, alcateia! Vrruuummmm... A21. A falta que propósito, que o Carlos me recordou mais
tenho de passar em Alcainça! A8. CREL, ou lá tarde. Aí, seguia eu atrás do Martinho e pelo
como se chama. A1. Vila Franca de Xira. Ao retrovisor só via os médios do Valentim, que
passar a ponte de piso franco e seguro, se juntou a nós quando parámos num
lembro-me sempre da Kawasaki 125 que cruzamento com a N244: à esquerda, já não
tantos dias aqui me trouxeram, nos idos de me lembro, à direita, Ponte de Sor e
80, quando fui parar à Escola Preparatória de Montargil, em frente, o almoço, e atrás,
contentores esverdeados que ficava lá em ninguém!
baixo, junto aos pilares. Saudades? Nem por
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Os vencedores
mesmo horário.
a capacidade de expressão.
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(ECDC), Portugal ocupa o sexto lugar na destrói o gene p53, que actua na
lista dos países que mais consomem prevenção do cancro no ser humano.
Sabia que....
As pessoas mal-humoradas tendem a lidar
melhor com situações difíceis do que aqueles que
primam pelo bom-humor. Esta é a conclusão de
um estudo australiano realizado na Universidade
de Nova Gales do Sul e publicado na Australasian
Science Magazine. Os investigadores deduziram
também que as pessoas com mau-humor são
menos ingénuas e melhores a tomar decisões.
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DA POESIA solta
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As Andorinhas
Mais tarde, já são florezitas de penas
Vestidas de negro como vindimas
Os pais incitam-nos a procurar a liberdade
Lá partem juntas em revoadas
Num exemplo de ternura
Formam-se em bandos no espaço
Ficam vigiando os seus voos de aventura
Fazem curvas no céu sem embaraço
Ensaiando suas asas, com felicidade.
Graciosamente enleadas.
Fernando Pessoa
E quando os filhos nascem
E pipilam com seus tenros biquitos
Baixam à terra e num vaivém
VIVA A POESIA!!
Labutando como ninguém
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Mafra e as Linhas
de Torres
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Nº2- Ano lectivo 2009/2010 – Novembro
Costa – A.A.E- Lucinda Gomes; Alunos: de Darwin, vai inspirar muitos dos
Miguel Oliveira, Íris Maria, Leonor Neto, Ana eventos da Semana da Ciência e
Rita Tereso, Diogo Janicas, Paula Simão, Tecnologia, em que estará também em
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Nº2- Ano lectivo 2009/2010 – Novembro
2010, um ano em
cheio.... 10 de Dezembro - Dia dos Direitos
Humanos
2010 – Ano Internacional da
Biodiversidade
2010 foi declarado pelas Nações Unidas
como sendo o Ano Internacional da
Biodiversidade. Mas em 2010
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