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Para além de tudo isto o Modelo de Auto-Avaliação “perspectiva, também,
práticas de pesquisa-acção” através das quais se pretende estabelecer uma relação
entre os processos desenvolvidos pela biblioteca escolar e o impacto que os mesmos
possam ter nas aprendizagens dos alunos. Para tanto, e através da identificação de um
problema detectado, o professor bibliotecário deve recolher as evidências possíveis,
interpretá-las e procurar, através de um processo reflexivo constante, retirar as ilações
que lhe permitam encontrar novos caminhos que produzam melhores resultados.
Na actualidade a “avaliação centra-se, essencialmente, no impacto qualitativo da
biblioteca, isto é, na aferição das modificações positivas que o seu funcionamento tem
nas atitudes, valores e conhecimentos dos utilizadores”, ou seja, nada tem a ver com a
avaliação que era efectuada uma vez que apenas se pretendia verificar a “relação
custo/eficiência”. Nesta medida, o sucesso do serviço prestado pela biblioteca escolar
está intrinsecamente ligado à qualidade do serviço prestado em termos de aquisição de
conhecimentos dos alunos e à qualidade dessa aquisição, ou seja, aos resultados
obtidos pelos alunos em termos de sucesso educativo, pelo que o professor
bibliotecário tem de prestar atenção aos indícios existentes.
Assim sendo, o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares (que tem por
base um modelo inglês) tem de permitir aquilatar o trabalho efectivo realizado pela
biblioteca escolar em termos de qualidade considerando o currículo, as aprendizagens
e o sucesso educativo dos alunos. Deste modo, o professor bibliotecário pode verificar
se a escola/agrupamento/biblioteca se encontra dotada de um instrumento de trabalho
rumo ao sucesso e à qualidade tendo sempre presente a inovação.
Para que tal seja uma realidade organiza-se em 4 domínios, cruciais ao
desenvolvimento da biblioteca escolar, e num conjunto de indicadores para que possa
ser obtido sucesso, ou seja, para que a biblioteca possa ser considerada como um
espaço formativo sempre em consonância com o processo de ensino/aprendizagem e
tendo por base as diferentes literacias e o seu pleno desenvolvimento. Estes domínios
agrupam-se em três áreas-chave: a integração na escola e no processo de
ensino/aprendizagem; acesso e qualidade da colecção e a gestão da BE.
Este modelo “indica o caminho, a metodologia, a operacionalização” pelo que
cabe ao professor bibliotecário o papel de melhorar continuamente a qualidade de
utilização da biblioteca escolar através de uma motivação individual e de uma
capacidade de liderança capaz de promover a interacção entre os diferentes membros
da equipa.
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Na opinião de Tike (1999, citado neste modelo) são diversas as competências
que um professor bibliotecário deve possuir de entre as quais se destacam ser
“proactivo, observador e investigativo” de forma a promover a optimização da sua
liderança e uma gestão estratégica sempre coerente com as necessidades dos alunos
da escola/agrupamento.
Por tudo o que foi possível equacionar nesta reflexão verifica-se que “a avaliação
não é um fim em si mesma” mas antes uma forma de melhorar a qualidade que a
biblioteca escolar deve possuir e proporcionar aos alunos. Apesar disso, e através das
evidências recolhidas, o professor bibliotecário deve planear novas intervenções
capazes de atingir uma qualidade crescente para o que deve ter efectuado uma
avaliação prévia das condições estruturais da biblioteca escolar.
Os resultados esperados prendem-se com o transforma da biblioteca escolar
numa mais valia para os alunos que a frequentam aos quais devem ser proporcionadas
oportunidades de um enriquecimento sempre crescente e com qualidade.