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As crianças são remediadas para dentro de buracos mais profundos. ...Quando recebem ajuda já
foram tão machucadas que estão exaustas e não têm mais esperança. (Brazelton & Greenspan,
2000/2002, p. 113).
Elogie o jovem antes de corrigi-lo ou criticá-lo. Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-
lhe o defeito. A conseqüência? Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.”
(Cury, 2003, p.95). ...Sempre há motivos para valorizar. Encontre-os.” (Cury, p. 145).
amanhã, replicarem estas práticas com seus descendentes. Pense no elogio como uma forma
de expressar seu amor. Suas palavras animam seus filhos e fazem com que se sintam
apreciados e valorizados. (Nolte & Harris, 1972/2003, p. 89).
As contingências familiares têm sido significativamente alteradas do século XX ao
XXI. A entrada da mulher no mercado de trabalho e a alta demanda do mundo profissional
alterou a definição dos papéis a serem desempenhados por pais e mães (e.g., Biasoli-Alves,
1997; Donatelli, 2004). As crianças estão entrando cada vez mais cedo em instituições de
ensino e os resultados dessa mudança deverão ainda ser cuidadosamente analisados. À
ausência das figuras parentais no acompanhamento da rotina das crianças e jovens soma-se
a alta exposição à televisão. Por meio desta, eles estão expostos ao mercado de consumo3,
que anuncia seus mais novos produtos sem, necessariamente, um compromisso ético-
educativo.
Uma alta velocidade de informações alcança os indivíduos por meio das mídias
eletrônicas e impressas. E, assim, uma imensidão de especialistas voltados para a criança e
o jovem tem influenciado as interações familiares (ver o Projeto Remoto Controle
desenvolvido em parceria pela Andi, Unicef, Petrobrás e editora Cortez, 2004 e Pacheco,
1998/2002). Nesse cenário, reflexões críticas implicam na sobrevivência em nossos dias.
As crianças e os jovens precisam aprender a criticar e a filtrar informações que
freqüentemente transmitem estereotipia sexual ou étnica, além de conceitos estereotipados
sobre o jovem, o adolescente e a criança. Uma visão crítica é um padrão de comportamento
que adquire em nossos dias um valor de sobrevivência, devido também a outra variável, a
violência urbana.
A comunicação com crianças e jovens é facilitada pela utilização de recursos
lúdicos (e.g., de Rose & Gil, 2003; Gil & de Rose, 2003). O comportamento de brincar
possibilita o desenvolvimento de um amplo repertório, desde os aspectos éticos valorizados
por uma sociedade, uma família, a disciplinas acadêmicas apresentadas nas escolas. O pai
da literatura infantil e juvenil no Brasil, Monteiro Lobato (1882-1948), enfatizou a união do
didático e recreativo; do conhecer, da não-competição; da integração racial e social em um
maravilhoso mundo do faz-de-conta, um termo por ele inventado (e.g., Carvalho,
1982/1987; Pereira, 2002; Távola, 1998/2002). Seu objetivo era a formação do leitor-
criança, um cidadão com uma visão crítica do mundo. Todos os comportamentos da criança
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são tratados com respeito e ela não é uma mulher ou um homem com idéia reduzida. Ela é
capaz de lidar com temas sérios e contraditórios, formando sua própria opinião. Toda
criança é capaz de compreender diferentes conteúdos, desde que apresentados em uma
linguagem acessível. É necessário respeitar a criança no sentido de preservar sua fantasia,
seus sonhos e opiniões; de apresentar informações graduando o nível de complexidade e de
problemas experienciados no mundo dos adultos. As características de Monteiro Lobato
realçam sua genialidade e contemporaneidade, ao interagir com a criança enquanto um
cidadão com plenos direitos. Esta é a visão apresentada pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente (Ministério da Justiça, 1990/2002), o código mais completo, no cenário
mundial, de proteção da criança e do adolescente (Mendez & Costa, 1994).
geral apresentar uma ampla discussão dessas histórias, com alternativas de ação para os
comportamentos inapropriados4, como os comportamentos anti-sociais emitidos pelos
personagens, além de destacar os comportamentos apropriados, a exemplo dos
comportamentos pró-sociais. As principais contingências presentes dentro de uma história
são discutidas, sugerindo-se reflexões dos temas em atividades lúdicas com fantoches,
músicas, danças, fantasias, jogos ou passeios. Estas reflexões, portanto, poderão ser temas
de brincadeiras e discussões entre pais e filhos, professores e alunos ou outros profissionais
que lidam diretamente com crianças ou jovens. Vale ressaltar que não se trata de crítica
literária, mas da análise dos comportamentos dos personagens, envolvendo várias
passagens de uma história.
Os educadores poderão selecionar os trechos que julgarem importantes para suas
diferentes audiências, adaptando as histórias ao destacar pontos específicos que contribuam
para o desenvolvimento das crianças e dos jovens em seus diferentes momentos. Os
profissionais que lidam com a população de crianças e de jovens poderão utilizar também
algumas destas análises na interação com os cuidadores ou os pais. Por meio destas
discussões estamos transmitindo noções importantes sobre a proteção dessa população,
além de oferecer alternativas para a interação entre pais e filhos, mediadas por instrumentos
lúdicos.
A apresentação das contingências - Eventos antecedentes ¨ Comportamento ¨
Eventos conseqüentes - possibilita a observação da forma como alguns comportamentos se
desenvolvem e como podemos ser agentes em nossa interação com o mundo. Como
podemos contribuir, defender nossos direitos, nossas opiniões. O respeito à criança deve ser
tema não do período pré-natal de um jovem casal, mas desenvolvido desde a sala de aula do
ensino fundamental (Brazelton & Greenspan, 2000/2002). Brincando a criança estaria
ouvindo sobre os cuidados especiais que devemos ter com o bebê, com a criança; sobre o
planejamento diário, por parte dos pais, do dia-a-dia de um filho, com atividades como
brincar, conversar e ouvi-lo pelo menos durante uma hora. A escola daria destaque ao
desenvolvimento pessoal pautado em fatores afetivos e intelectuais. Segundo a utopia
sócio-científica de Ardila (1992/2003), uma criança pode sempre ensinar ao adulto uma
nova dimensão do mundo e uma revolução direcionada para uma sociedade comprometida
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com o bem-estar da coletividade começa com uma discussão e modificação da forma como
tratamos a infância.
As histórias de Branca de Neve e os Sete Anões (versão de Walt Disney 1937/2001),
Pinóquio (versão de Walt Disney 1940/2000), Peter Pan (versão de Walt Disney
1953/2002) e, No Reino das Águas Claras (versão da Rede Globo de Televisão, 2001) e
Viagem ao Céu (versão da Rede Globo de Televisão, 2002) de Monteiro Lobato foram
inicialmente selecionadas para interpretação analítico-comportamental por serem
amplamente divulgadas para crianças de vários países (Vasconcelos, Silva, Curado &
Galvão, 2004; Vasconcelos, Naves, Silva, Barreiros e Arruda, no prelo; Vasconcelos &
Barreiros, no prelo; Vasconcelos, Curado, Arruda & Naves, no prelo; Vasconcelos, Curado
e Arruda, no prelo).
Em cada história, várias contingências são identificadas, sendo cada uma seguida
por discussões que possibilitam a introdução de teorias voltadas para vários temas de
interesse na interação com as crianças. O conceito de criança; o comportamento de brincar;
o aprender pela interação direta com as contingências (“o aprender fazendo”) ou o aprender
por meio da exposição a regras que descrevem as contingências (“o aprender por meio de
instruções ou regras sobre o fazer”); as características das contingências coercitivas; a
importância de contingências de reforçamento positivo (a apresentação de um evento
contingente a uma resposta, resultando no aumento da probabilidade futura da emissão
dessa resposta); a expressão de opiniões e sentimentos das crianças, entre outros. O
comportamento de fantasiar das crianças deverá sempre ser respeitado. As análises
sugeridas podem ser selecionadas ou, ainda, adaptadas a cada criança ou grupo de crianças.
Não é necessário utilizar todas as contingências identificadas com todas as crianças. A
seguir, serão apresentadas algumas passagens das primeiras histórias utilizadas neste
projeto.
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A história de Branca de Neve e os Sete Anões, adaptada por Walt Disney em 1937, é
conhecida pela inveja e crueldade da Rainha, a madrasta de uma jovem e bela Princesa. A
contingência que se apresenta é descrita pelos seguintes elementos: Diante da beleza da
Princesa ¨ a Rainha planeja sua destruição e busca como conseqüência ¨ ser a mais bela.
Sentimentos considerados negativos como raiva e inveja, assim como o conceito de
madrasta podem ser cuidadosamente discutidos com as crianças, a partir dessas relações
entre o comportamento e eventos ambientais. Nas famílias reconstituídas do século XXI a
madrasta está presente em diferentes formas de organização familiar. Assim, é possível
refletir sobre suas características ou as alternativas que poderíamos oferecer à madrasta da
história. A modelagem da expressão do sentimento de raiva é um tema potencialmente
importante. A sociedade valoriza uma criança alegre e educada que saiba interagir com seus
pares e adultos. Entretanto a expressão do sentimento de raiva sem a agressão verbal do
outro é fundamental para a adaptação do indivíduo ao seu grupo social. A não habilidade
em lidar com tais sentimentos pode contribuir para o desenvolvimento de sentimentos de
tristeza, de auto-avaliações desfavoráveis ou a esquiva de situações sociais. Os conceitos de
beleza, de competição também podem ser abordados. O que é ser belo? É importante ser
a(o) mais bela(o)?
Branca de Neve e os Sete Anões apresenta também contingências que realçam a
importância da música e do trabalho na vida dos personagens. Lindas canções apresentam
os sonhos de amor e a importância do trabalho na vida da Princesa e dos sete anões. A
contingência, neste caso, é constituída por: na presença de tarefas a serem cumpridas num
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uma criança que está sendo iniciada na sétima arte. Os fenômenos naturais como vendaval,
chuva, trovão e relâmpago são, em geral, parte de um cenário que envolve perigo, riscos e
ameaças em várias histórias infantis. Uma criança poderá desenvolver a relação entre os
conceitos noite-monstro e chuva-morte. Assim, as cenas podem ser apresentadas às
crianças mais jovens sem intensificá-las. Brincadeiras e discussões poderão ampliar o
conhecimento relativo aos temas envolvidos. Recursos oferecidos pela cidade como
bibliotecas com seus livros e vídeos; parques, zoológicos e centros de estudos climáticos
podem ser contextos propícios para estas discussões. A abordagem dos fenômenos naturais
pode passar pela educação ambiental conduzindo a criança à conclusão de que todos podem
contribuir para o equilíbrio do planeta ao transmitir para nossos amigos e familiares o
conhecimento que adquirimos sobre o cuidado com as plantas, os rios e, sobretudo, com o
lixo gerado nos grandes centros urbanos. Além das palavras, nossas ações podem também
se tornar modelos para o outro, fortalecendo padrões de comportamentos adaptativos.
Pinóquio
Na história de Monteiro Lobato, No Reino das Águas Claras, versão da Rede Globo
de Televisão, 2001, a partir do livro Reinações de Narizinho (Lobato, 1993/2003). Um
conjunto significativo de comportamentos apropriados são apresentados pelos personagens,
quando comparada aos clássicos adaptados para crianças, como Branca de Neve e os Sete
Anões e Pinóquio. Em 1921 foi criado o Sítio do Picapau Amarelo. O ribeirão que passa
por ele conduz ao Reino das Águas Claras com seus seres fantásticos. O Sítio é um lugar
onde todos demonstram extremo respeito e incentivo às crianças, sejam elas meninos ou
meninas (Bichara, 2001). Na contingência: na presença da mata, do ribeirão ou mesmo do
desconhecido, ¨ menino e menina interagem com todos os estímulos e as ¨ conseqüências
são liberdade, diversificação de brincadeiras, além da construção de diferentes pontos de
vista sobre as mesmas experiências vividas. A estereotipia de gênero nas brincadeiras tem
sido reduzida desde as décadas de 1970 e 1980. Entretanto, as mulheres, as maiores
fornecedoras de brinquedos para as crianças ainda demonstram estereotipia na seleção de
brinquedos para meninos e meninas (Bichara, 2003). A possibilidade de participação em
diferentes tipos de atividades disponibilizada aos meninos e às meninas, o brincar e o
inventar juntos são temas que podem ser trabalhados a partir de contingências extraídas da
história.
A contingência – férias escolares de Pedrinho, ¨o levou a viajar para o Sítio e
como ¨ conseqüência brincar com sua prima, conviver com sua avó Benta, saborear os
quitutes da tia Nastácia, a boa conversa do Tio Barnabé, além de pescar e caçar. O
planejamento de férias pode ser discutido junto às crianças. Em outra situação, a relação
entre saúde, bem-estar físico e psicológico e os ares do campo é mostrada pelo Príncipe
Escamado, quando ele segue a receita do Dr. Caramujo de tomar ares do campo para
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recuperar-se de algumas escamas perdidas. O contato com a natureza pode ser destacado
em oposição a se manter apenas dentro de grandes centros de compra, nas cidades. Os
parques, zoológicos, hortos, centros de plantio orgânico podem ser utilizados como
recursos a serem visitados, em meio à estas discussões.
A contingência – diante de brincadeiras propostas ou inventadas, ¨ construir e
recuperar brinquedos e ¨ ter como conseqüências o brincar com sua própria criação é um
aspecto a ser enfatizado junto às crianças. Os meninos do Sítio valorizam seus brinquedos
confeccionados em casa – a boneca de macela e o sábio visconde inventado por Narizinho.
O exercício da criação, a diminuição do consumo de brinquedos ou a crítica voltada para
alguns brinquedos podem ser ocasionados por esta contingência. Lobato incentiva o contato
com o folclore brasileiro, o brincar com a língua portuguesa, o contato com temas nacionais
e com os mais variados personagens das histórias infantis tradicionais. A música pode ser
um dos estímulos a ser utilizados com as crianças, aproximando-a de suas raízes culturais
(e.g., Vasconcelos, 2003).
Um país com a riqueza de estilos musicais como o Brasil oferece inúmeras canções
que podem ser apresentadas às crianças – o chorinho, o samba, a bossa nova, as modas
clássicas de viola, a música popular de raiz, a música popular brasileira e a música regional.
No repertório infantil de qualidade também encontra-se excelentes compositores - o Projeto
Palavra Cantada, dos compositores Sandra Peres e Paulo Tatit; as canções de Bia Bedran,
do Sítio do Picapau Amarelo, do Castelo Rá-Tim-Bum, do Coro Infantil do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro – Villa Lobos para crianças, canções de Toquinho, Vinícius de
Moraes, Hélio Ziskind, entre outros.
A contingência: na presença de uma instrução ou pedido feito à criança, ¨ o
comportamento de não seguimento ou de desatenção é ¨ conseqüenciado por atenção
social, pela correção carinhosa e criativa, por parte dos adultos. O seguimento de instruções
é um comportamento ensinado às crianças que, inicialmente, pode não mostrar
generalização. A criança pode não colocar o dedo na tomada da sala, mas poderá fazê-lo
em outra parte da casa. Essa interpretação por parte de um cuidador pode contribuir para
estratégias educativas fundamentadas na repetição de instrução, na ilustração com
exemplos e em elogios para as partes que foram cumpridas pela criança. Entretanto, ao
interpretar que a criança de 2 anos o está desafiando, desrespeitando ou provocando ela
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(Brazelton & Greenspan, 2000/2002). Muitas crianças e jovens estão crescendo sem o
contato rotineiro com seus principais cuidadores e estão cada vez mais sendo rotulados. A
pulverização de imagens e de conteúdos por meio da televisão tem formado estes cidadãos
num mundo de consumo, com o domínio do ter sobre o ser. Assiste-se passivamente a este
domínio sem um repertório crítico. Sem um filtro para tantas informações e necessidades
veiculadas.
Educar é contar histórias. Contar histórias é transformar a vida na brincadeira mais séria da
sociedade. A vida tem perdas e problemas, mas deve ser vivida com otimismo, esperança e alegria.
Pais e professores devem dançar a valsa da vida como contadores de histórias. (Cury, 2003, p.
132).
Em nossa constante falta de tempo devemos planejar momentos com nossos filhos.
Devemos adotar uma postura de investigação e acolhimento - observar mais e não rotular
nossas crianças e jovens. Limites e amor são inseparáveis na tarefa de educar para a vida.
Em momentos de crise de uma criança o contar uma historieta pode fazê-la recuperar o
fôlego e tornar-se atenta a padrões de comportamentos contrários ao gritar, maldizer ou
chorar. A história estaria fazendo uma ponte de ligação entre o que a criança está fazendo e
o que ela poderia fazer. Assim, estaríamos evitando uma alta freqüência de mandos -
instruções, pedidos ou conselhos - o que pode resultar em contra controle por parte dos
educandos. O excesso de punição verbal ou física e a constante comparação da criança com
outra criança contribuem também para o desenvolvimento de sentimentos de raiva e
tristeza. Contingências de reforçamento positivo – elogios, aprovação e sorriso como
conseqüência para os comportamentos apropriados - é o caminho para a felicidade, para a
sensação de liberdade, de segurança, para a emissão de comportamentos criativos (e.g.,
Skinner, 1989/1995). As análises de histórias infantis nos fazem refletir sobre nossas
práticas educativas e sobre nossas interações com as crianças e os jovens.
Na cultura brasileira, muitos educadores não questionam a utilização de punição.
Uma alta porcentagem de pais, por volta de 80%, batem em seus filhos quando pequenos
(e.g., Azevedo & Guerra, 2001; Zagury, 1996). Entretanto, conversar e ouvir uma criança
com atenção e carinho, valorizando suas formas de expressão são comportamentos que
poderão contribuir para um mundo menos coercitivo. A análise do comportamento tem
como ponto principal a ênfase nas contingências de reforçamento positivo e não na
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3
A década de 1980 é reconhecida como a década do mercado infantil. No senso do IBGE de 1991, o Brasil
tinha aproximadamente 50 milhões de crianças entre 0 a 14 anos de idade (Giacomini Filho, 1998/2002). As
crianças identificam logomarcas antes mesmo de serem alfabetizadas, o que é claramente sabido pelos
processos de marketing de muitas empresas. As crianças estão em média quatro horas diárias diante da
televisão, vinte e oito horas semanais (Carmona, 1998/2002), os dados dos Estados Unidos e Europa são de
cinco e onze horas semanais, respectivamente (Guareschi, 1998/2002).
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Comportamentos apropriados são aqueles que refletem adaptabilidade do indivíduo ao seu meio, resultando
em efeitos favoráveis àquele que os emite. Os comportamentos inapropriados representam comportamentos
que não são aprovados por um determinado meio social e que poderão resultar em efeitos desfavoráveis ao
indivíduo. Eles poderão ser considerados adaptativos, porém, com efeitos adversos a longo prazo para aquele
que os emite. Exemplo, em um ambiente altamente punitivo, o comportamento de dizer inverdades pode ser
adaptativo, garantindo que o indivíduo não receba punição física, porém, pode ser seguindo a longo prazo por
conseqüências adversas para aquele que o emite.