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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou, na noite de ontem (11.09), a suspensão da propaganda eleitoral gratuita na televisão em que o candidato ao governo Lúdio Cabral (PDT) se utiliza de montagens para atacar a honra do candidato Pedro Taques (PDT-MT). A decisão é da juíza Ana Cristina Silva Mendes.
“Campanha eleitoral não é palco para o encadeamento de ataques à honra, dignidade ou decoro dos candidatos, tanto que o próprio legislador, ao modular a propaganda eleitoral em ponderação com a liberdade de expressão, veda a veiculação de conceito, imagem ou afirmação caluniosa, injuriosa, difamatória ou sabidamente inverídica em desfavor de candidato”, diz o despacho da juíza.
Na decisão, a juíza eleitoral acolheu o pedido da coligação “Coragem e Atitude Pra Mudar” e afirmou que a propaganda de Lúdio Cabral promove “nítido desequilíbrio no pleito eleitoral, podendo, com obviedade, desviar a higidez das eleições e do processo de escolha livre e consciente do eleitor, ainda mais, pelo tempo perdurável que foi transmitido”.
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TRE suspende propaganda difamatória de Lúdio contra Pedro Taques
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou, na noite de ontem (11.09), a suspensão da propaganda eleitoral gratuita na televisão em que o candidato ao governo Lúdio Cabral (PDT) se utiliza de montagens para atacar a honra do candidato Pedro Taques (PDT-MT). A decisão é da juíza Ana Cristina Silva Mendes.
“Campanha eleitoral não é palco para o encadeamento de ataques à honra, dignidade ou decoro dos candidatos, tanto que o próprio legislador, ao modular a propaganda eleitoral em ponderação com a liberdade de expressão, veda a veiculação de conceito, imagem ou afirmação caluniosa, injuriosa, difamatória ou sabidamente inverídica em desfavor de candidato”, diz o despacho da juíza.
Na decisão, a juíza eleitoral acolheu o pedido da coligação “Coragem e Atitude Pra Mudar” e afirmou que a propaganda de Lúdio Cabral promove “nítido desequilíbrio no pleito eleitoral, podendo, com obviedade, desviar a higidez das eleições e do processo de escolha livre e consciente do eleitor, ainda mais, pelo tempo perdurável que foi transmitido”.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou, na noite de ontem (11.09), a suspensão da propaganda eleitoral gratuita na televisão em que o candidato ao governo Lúdio Cabral (PDT) se utiliza de montagens para atacar a honra do candidato Pedro Taques (PDT-MT). A decisão é da juíza Ana Cristina Silva Mendes.
“Campanha eleitoral não é palco para o encadeamento de ataques à honra, dignidade ou decoro dos candidatos, tanto que o próprio legislador, ao modular a propaganda eleitoral em ponderação com a liberdade de expressão, veda a veiculação de conceito, imagem ou afirmação caluniosa, injuriosa, difamatória ou sabidamente inverídica em desfavor de candidato”, diz o despacho da juíza.
Na decisão, a juíza eleitoral acolheu o pedido da coligação “Coragem e Atitude Pra Mudar” e afirmou que a propaganda de Lúdio Cabral promove “nítido desequilíbrio no pleito eleitoral, podendo, com obviedade, desviar a higidez das eleições e do processo de escolha livre e consciente do eleitor, ainda mais, pelo tempo perdurável que foi transmitido”.
REPRESENTANTE: COLIGAO "CORAGEM E ATITUDE PRA MUDAR" ADVOGADO(S): JORGE AURLIO ZAMAR TAQUES - OAB: 4.700 | PEDRO JORGE ZAMAR TAQUES - OAB: 17.467 | PAULO CESAR ZAMAR TAQUES - OAB: 4.659 | JOO BOSCO RIBEIRO BARROS JNIOR - OAB: 9.607 | JOO VICTOR TOSHIO ONO CARDOSO - OAB: 14.051 | MARIA ANTONIETA SILVEIRA CASTOR - OAB: 6.366 | GUSTAVO ADOLFO ALMEIDA ANTONELLI - OAB: 10042 | ANDREA ROSAN DIAS FIGUEREDO ZAMAR TAQUES - OAB: 8.233 | DIEGO GOMES DA SILVA LESSI - OAB: 15.159 | AUGUSTO CEZAR DE AQUINO TAQUES - OAB: 12026 | GILMAR GONALVES ROSA - OAB: 18.662 REPRESENTANTE: JOS PEDRO GONALVES TAQUES ADVOGADO(S): PAULO CSAR ZAMAR TAQUES - OAB: 4.659 | GUSTAVO ADOLFO ALMEIDA ANTONELLI - OAB: 10.042 | JOO VICTOR TOSHIO ONO CARDOSO - OAB: 14.051 | GILMAR GONALVES ROSA - OAB: 18.662 | JOO BOSCO RIBEIRO BARROS JNIOR - OAB: 9607 REPRESENTADO: COLIGAO "AMOR A NOSSA GENTE" ADVOGADO(S): MAIRLON DE QUEIROZ ROSA - OAB: 13.956 | JACKSON FRANCISCO COLETA COUTINHO - OAB: 9172-B | JOS PATROCNIO DE BRITO JUNIOR - OAB: 4.636 | LUCIEN FABIO FIEL PAVONI - OAB: 6.525 | JOS RENATO DE OLIVEIRA SILVA - OAB: 6557 | ERIS ALVES POND - OAB: 13.830 RELATOR: ANA CRISTINA SILVA MENDES
DECISO INTERLOCUTRIA
VISTOS,
Cuida-se de Representao Eleitoral c/c Pedido de Liminar, ofertada pela COLIGAO "CORAGEM E ATITUDE PRA MUDAR e pelo candidato JOS PEDRO GONALVES TAQUES em desfavor da COLIGAO "AMOR A NOSSA GENTE"," em razo da realizao de suposta propaganda eleitoral irregular, na modalidade em bloco, veiculada na televiso.
De acordo com a inicial, baseada em documentos, a Representada teria infringido a lei eleitoral, ao divulgar no dia 10.09.2014, durante o perodo noturno, na televiso, na modalidade de bloco, propaganda eleitoral negativa contra o Representante. Aduz que "...de forma dissimulada, atacar a honra e a moral do candidato representante, ao veicular propaganda mentirosa, ridicularizante e difamatria, atingindo milhares de eleitores/cidados mato-grossense e causando abalo lisura e regularidade do pleito, com o que no podemos concordar."
Requer em sede de liminar a suspenso da veiculao da referida propaganda, bem como, no mrito, pugna para que seja mantida a liminar.
Identificada a existncia de pedido liminar, deixou a Secretaria Judiciria de proceder notificao imediata, fazendo os autos conclusos com espeque no art. 8, 4, da Resoluo n 23.404, do Tribunal Superior Eleitoral.
Relatados. Decido.
Os requisitos bsicos para a concesso da medida liminar so o fumus boni iuri e o periculum in mora. O primeiro se refere demonstrao preliminar e superficial da existncia do direito material, enquanto o segundo repousa na verificao de que o autor se encontra em situao de urgncia, necessitando de pronta interveno jurisdicional, sob pena de o bem ou direito que se afirma titular venha a perecer.
No caso em apreo, o fumus boni iuris, em cognio sumria, apresenta-se evidenciada. A propaganda eleitoral em questo se utiliza de montagens e traz vrias citaes de condutas ilcitas, ligando-as ao candidato representante de forma irnica e ridicularizante, o que transborda o razovel e se perfaz em potencial lesividade a sua campanha e ntido desequilbrio no pleito eleitoral, podendo, com obviedade, desviar a higidez das eleies e do processo de escolha livre e consciente do eleitor, ainda mais, pelo tempo perdurvel que foi transmitido.
Nesse ponto, resguardada a particularidade de cada ao, a Justia Eleitoral possui o dever e a funo de assegurar todo o aspecto poltico-democrtico do pleito eleitoral, preservando nada mais do que a legalidade dos atos de campanha. No se olvida que a campanha eleitoral no palco para o encadeamento de ataques honra, dignidade ou decoro dos candidatos, tanto que o prprio legislador, ao modular a propaganda eleitoral em ponderao com a liberdade de expresso, veda a veiculao de conceito, imagem ou afirmao caluniosa, injuriosa, difamatria ou sabidamente inverdica em desfavor de candidato, partido ou coligao, assegurando ao ofendido, inclusive, direito de resposta e a proibio da renovao do assunto ofensivo, consoante dispem os artigos 53 e 58 da Lei n 9.504/97.
Ainda, se enxerga no material apresentado o contedo irregular, apto a configurar as afirmaes injuriosas de que cuida o art. 243, IX, do Cdigo Eleitoral.
Nesse sentido:
REPRESENTAO - PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA - INSERES - EMISSORA DE TELEVISO - VEICULAO DE VDEO COM EDIO TENDENTE A PREJUDICAR CANDIDATO - DESCONTEXTUALIZAO DE FATOS - PROPAGANDA DEGRADANTE - CONFIGURAO - PERDA DO TEMPO EQUIVALENTE AO DOBRO DO USADO NA PRTICA DO ILCITO - ART. 55 DA LEI N. 9.504/1997 e 32, II, DA RESOLUO TSE N. 22.261/2006 - PROCEDNCIA DA REPRESENTAO. (TRE-SC - REP: 2437 SC , Relator: VOLNEI CELSO TOMAZINI, Data de Julgamento: 27/10/2006, Data de Publicao: PSESS - Publicado em Sesso, Data 26/10/2006)
Com efeito, o periculum in mora, por seu turno, tambm se afigura presente, tendo em vista que o dano emergente da exposio da referida propaganda eleitoral diretamente proporcional ao tempo em que permanece disponvel no veculo em questo, jamais se olvidando do dever das coligaes, partidos polticos e candidatos, de zelarem pela adequao das suas propagandas polticas legislao pertinente.
Por derradeiro, obtempera-se que, o instituto jurdico da suspenso encontra amparo no princpio constitucional da inafastabilidade do controle jurisdicional, no devendo o Poder Judicirio ficar adstrito a reparar leso a direito consumadamente violado, podendo agir a qualquer tempo diante de uma ameaa ao direito, como espcie de tutela jurisdicional conhecida como inibitria ou preventiva.
Assim sendo, com esteio nos arts. 797 e 798, do Cdigo de Processo Civil, e 243, IX, do Cdigo Eleitoral, DEFIRO o pedido de liminar formulado pelos Representantes, DETERMINANDO a SUSPENSO IMEDIATA da veiculao da propaganda eleitoral da Representada, no horrio gratuito na televiso, que contenha as irregularidades aqui tratadas, CD s fls. 29 (entre 00" a 0100" de gravao), at que a coligao representada apresente nova mdia, suprindo-as.
Outrossim, com o fito de dar efetividade presente deciso, ADVIRTO a Representada, sob pena de crime de desobedincia, que se abstenham de divulgar a presente mdia com o contedo, em tese, injurioso.
Para a hiptese de descumprimento a tempo e modo ora determinado, fixo multa diria no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em desfavor da Representada.
NOTIFIQUE-SE a emissora geradora do sinal, para que se abstenha de veicular a mesma mdia ora questionada, devendo constar, em substituio, a legenda: "CORTE EFETUADO PELA JUSTIA ELEITORAL" , assim como devero ser advertidos que o no cumprimento poder incidir na aplicao de multa, crime de desobedincia e at, consoante os termos do artigo 56, da Lei 9504/97, a SUSPENSO DA PROGRAMAO NORMAL da emissora, por vinte e quatro horas.
NOTIFIQUE-SE a Representada, para os fins do art. 96, 5, da Lei n. 9.504/97.
Aps, colha-se parecer do Ministrio Pblico Eleitoral.
Publique-se. Registre-se. Notifique-se.
Cumpra-se, com urgncia.
CUIAB/MT, 11 de Setembro de 2014
(original assinado) Doutora ANA CRISTINA SILVA MENDES Relatora
Certifico que a presente deciso foi publicada em Mural Eletrnico, sob n 230/2014, no dia 12 de Setembro de 2014 s 10:00h, com fundamento na Resoluo TRE-MT n 1468/2014. Hash gerado: 1b42fd2b1119468c725e85591c71aa30