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COLEÇÃO
GESTÃO
EMPRESARIAL
Eficiência e Sucesso para seus Negócios
SUMÁRIO
Apresentação ............................................................................. 5
Capítulo 1
Visão geral de finanças .............................................................. 6
Capítulo 2
Grandes decisões financeiras .................................................. 16
Capítulo 3
Orçamento: plano e controle .................................................... 28
Capítulo 4
Fluxo de caixa .......................................................................... 42
Capítulo 5
Risco e retorno ........................................................................ 58
Capítulo 6
Avaliação de empresas ............................................................ 78
Capítulo 7
O caixa é rei ............................................................................. 92
APRESENTAÇÃO
Quem tem negócio próprio sabe como é preciso, por vezes, fazer
muitas contas, tirar daqui, pôr ali, tudo para fechar o mês no azul.
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10% de
R$ 10,00 = margem
R$ 100,00 operacional
Margem líquida
Depois de todo esse trabalho de
análise de rentabilidade, resta
saber quanto sobrou para os
donos da empresa. O objetivo da
mento de seus custos de 70 reais,
margem líquida é a análise do re-
obteve lucro bruto de 30 reais.
sultado do negócio sobre a pers-
Adicionando suas despesas opera-
pectiva de retorno ao acionista.
cionais (comerciais e administrati-
Compara o lucro líquido da
vas) de 20 reais, seu lucro opera-
empresa – após o pagamento de
cional será de 10 reais. No entan-
todos os custos, despesas e impos-
to, se a empresa precisar pagar o
tos – com o faturamento. Ou seja,
Imposto de Renda de 3 reais
de toda a soma de recursos obti-
sobre o lucro operacional, seu
dos pela empresa com a venda de
lucro líquido será de 7 reais.
seus produtos ou a prestação de
Assim, a margem líquida será de:
seus serviços, quanto efetivamente
sobrou para o dono do negócio. Margem Lucro líquido
=
líquida Receita
Exemplo: pelo exemplo anterior, o
faturamento ou receita da empre- R$ 7,00 10% de
=
sa foi de 100 reais e, após o paga- R$ 100,00 margem líquida
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Retorno do
Lucro líquido
patrimônio =
Patrimônio líquido
líquido
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1. Custo
O custo do dinheiro próprio (do
caixa da empresa ou de seus
donos) e o custo do dinheiro de
terceiros. Esse tópico será analisa-
do de modo detalhado posterior-
mente, quando estudarmos o
item referente a custo de capital. Custos fixos e variáveis
A principal característica que divi-
2. Risco de o comportamento dos custos
Originalmente, as diferentes for- originados nos recursos prove-
mas de financiamento – com nientes de terceiros ou de capital
dinheiro próprio ou de terceiros – próprio reside na definição dada
apresentam um aspecto bastante pelos administradores financeiros
interessante quanto a seu impac- à diferença entre os custos fixos e
to no resultado do caixa da os variáveis.
empresa: pode influenciar defini-
tivamente o risco do empreendi- Custos fixos
mento e a sua velocidade em Como a própria definição sugere,
gerar resultados. É o que os admi- são custos eternamente fixos
nistradores financeiros chamam quando comparados ao comporta-
de alavancagem financeira, que mento das vendas e receitas da
trata do aumento da velocidade empresa e a seu respectivo reflexo
dos resultados. no lucro operacional.
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Decisão de dividendos
Se não existir melhor
Na realidade, a teoria de finanças
alternativa de investimentos
avalia a decisão de dividendos den-
no mercado do que o
tro da mesma lógica que orienta
próprio negócio, o bom
todo o fluxo financeiro da empre-
empreendedor não deverá
sa, relacionando-a diretamente
retirar dividendos. A decisão
com as decisões de investimento e
mais acertada seria
financiamento da empresa.
reinvestir a sobra de caixa
Teoricamente, quando está tratan-
no próprio negócio.
do da política de dividendos da
empresa, o empreendedor também
deve seguir a mesma filosofia de negócio e as diferentes necessida-
criação de valor para o negócio des de investimentos. Basicamente
que orienta suas demais decisões a empresa apresenta três principais
do dia-a-dia. fases em termos de fluxo de caixa:
Ou seja, se não existir melhor alter-
nativa de investimentos no merca- Fase 1 – Star (Estrela)
do do que o próprio negócio, o Período em que o negócio está se
bom empreendedor não deverá estabelecendo e a necessidade de
retirar dividendos. A decisão mais aporte de caixa é alta. Como a
acertada seria reinvestir a sobra de empresa está ganhando mercado,
caixa no próprio negócio. suas vendas indicam altas taxas de
crescimento. Nessa fase inicial, não
Ciclo de vida se deve distribuir dividendos, uma
É importante notar que o ciclo de vez que a empresa se apresenta
vida de qualquer negócio apresen- como a melhor alternativa de
ta diferentes fases de maturação e investimento para o dono nesse
consolidação. Cada fase indica uma momento. A empresa precisa de
perspectiva de retorno para o seu empenho máximo.
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Origens de recursos
A entrada de dinheiro na empre-
sa não é obra do acaso. O proces-
so natural de ingresso de recursos
dentro de uma organização sau-
dável deve ocorrer principalmen-
te por meio de seus faturamentos
– ou seja, pela venda de produtos
ou serviços que definem sua
razão de existência.
Unidade-base
O total de ingresso de recursos setor energético, o indicador de
obtidos pela venda de produtos faturamento pode ser o mega-
ou serviços é o resultado da soma watts/hora (MWh). Para o setor
da venda de todos os produtos da pecuário, a unidade de faturamen-
empresa multiplicados por seu to adotada é a arroba. Já, para a
respectivo preço de venda. área de telefonia, pode-se adotar
Para que o administrador finan- como unidade-base o pulso.
ceiro possa decompor esse núme- Uma vez identificada a unidade de
ro e analisar a contribuição de faturamento de cada produto da
cada produto vendido para o empresa, o administrador financei-
faturamento total da empresa, é ro tem condições de adquirir sensi-
de fundamental importância iden- bilidade quanto ao valor agregado
tificar a unidade-base de venda de cada produto e ponderar sua
de seus produtos. importância para o mix de produ-
Por exemplo, para um negócio do tos totais da empresa.
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Receitas financeiras
Sem o suporte do resultado
São receitas adicionais que, mal
financeiro, o administrador
gerenciadas, podem se mostrar
imprudente acaba se
traiçoeiras ao futuro do negócio.
deparando com uma
A receita financeira de uma empre-
empresa operacionalmente
sa representa uma forma secundá-
mal gerenciada.
ria de ingresso de recursos.
Origina-se dos juros cobrados pela
empresa quando esta financia atenções estão voltadas ao geren-
clientes em vendas a prazo ou apli- ciamento do capital de giro para
ca a sobra de caixa em instrumen- proporcionar receitas financeiras
tos de investimentos presentes no crescentes, a empresa põe seu fatu-
mercado financeiro. ramento em segundo plano e
Uma distorção típica da economia negligencia as decisões operacio-
brasileira deixa à mostra uma ver- nais que proporcionam o sucesso
dadeira armadilha aos administra- do próprio negócio.
dores financeiros. O passado de Essa estratégia é baseada em um
altas taxas de inflação e as eleva- cenário extremamente falso e vul-
das taxas de juros têm induzido nerável. A redução da inflação ou
administradores financeiros a das taxas de juros poderá eliminar
gerenciar o capital de giro das o resultado da ciranda financeira
empresas de modo a proporcionar que sustentava a empresa.
expressivos resultados de receita Sem o suporte do resultado finan-
financeira – chegando a superar o ceiro, o administrador imprudente
faturamento da empresa com a acaba se deparando com uma
venda de produtos e serviços. empresa operacionalmente mal
Em geral, o resultado dessa prática gerenciada, uma vez que o foco de
leva a empresa a inverter os papéis trabalho não estava mais na venda
de seu fluxo de caixa: como as de seu produto ou serviço.
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Custos fixos
São geralmente formados por cus-
tos indiretos de fabricação, não se
relacionando diretamente com o
processo produtivo.
Exemplos: aluguel da fábrica, conta Custos variáveis
de energia elétrica, salário da equi- São aqueles diretamente relacio-
pe de segurança etc. nados ao processo produtivo.
Esses custos são gerados indepen- Esses custos se destinam à confec-
dentemente da empresa estar pro- ção de cada unidade de produto
duzindo seus produtos ou não. O da empresa, variando proporcio-
valor dos custos fixos relaciona-se nalmente e de acordo com seu
mais com o tamanho ou a capaci- nível de atividade.
dade total de produção da fábrica
do que com seu nível de atividade. Custo total
Se a empresa estiver parada, conti- Como mostra o gráfico abaixo, o
nuará a arcar com os custos fixos. custo total da empresa deve ser
analisado de forma global. Ele será
obtido pela soma dos custos indire-
tos (fixos) com os custos diretos
(variáveis). O resultado está apre-
sentado na área hachurada.
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4 FLUXO DE CAIXA
Que diferença faz entender o
ciclo operacional de uma
empresa para meus negócios?
Como integrar as áreas de
compras, produção e vendas?
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Ano 1
Faturamento – Caixa à vista R$ 320.000,00
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Fórmula do PMP
Uma vez adquiridas as
matérias-primas, o relógio
Período
começa a correr contra o
Custo
PMP = empreendedor, porque o
Fornecedores a pagar
prazo para pagar os
fornecedores já passou a
Exemplo
ser contado a partir dessa
Se o período de elaboração das
compra. O dono do negócio,
demonstrações financeiras for
porém, ainda precisa
anual, utilizaremos, por exemplo,
confeccionar seus produtos
360 dias como período-base para a
e, em seguida, estocá-los
fórmula. Se for trimestral, 90 dias;
até que sejam vendidos.
se for bimestral, 60 dias, e assim
por diante.
O balanço anual de uma empresa Prazo médio de estocagem
apresenta um custo de mercadorias Uma vez adquiridas as matérias-pri-
vendidas de 140 reais e um saldo mas, o relógio começa a correr con-
médio de fornecedores de 70 reais. tra o empreendedor, porque o prazo
Portanto, o PMP será: para pagar os fornecedores já pas-
sou a ser contado a partir dessa
360 compra. O dono do negócio, porém,
R$ 140,00 ainda precisa confeccionar seus pro-
PMP =
R$ 70,00 dutos e, em seguida, estocá-los até
que sejam vendidos. O período do
processo de produção, a partir da
360 saída da matéria-prima da fábrica
PMP = = 180 dias
2 dos fornecedores até a venda efeti-
va do produto, é coberto pelo prazo
médio de estocagem (PME).
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estoque mínimo
de segurança
tempo
}
data de reposição
do estoque
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360
R$ 90,00
PME =
R$ 30,00
o tipo de negócio. A programação
para o pagamento dos recebimen-
360
PME = = 120 dias tos a prazo foi fixada em diversas
3 datas: 30, 60 e 90 ou mais dias.
Vamos considerar também que
Prazo médio de recebimento podem ocorrer atrasos não progra-
Uma vez finalizado o ciclo opera- mados quando o cliente, por
cional – ou seja, os produtos algum contratempo financeiro, não
foram adquiridos pelos clientes e cumprir com o prazo para o paga-
já não fazem mais parte do esto- mento acordado no ato da venda.
que de produtos –, o empreende- Enquanto os recursos correspon-
dor se encontra em condições de dentes às vendas não ingressam no
destinar sua atenção ao recebi- caixa da empresa, o cálculo do
mento pelas vendas. prazo médio de recebimento (PMR)
Vamos imaginar que uma parte das é fundamental. O período que se
vendas tenha sido realizada à vista, estende até o efetivo recebimento
enquanto outra importante porção do pagamento determina o plane-
dos recebimentos da empresa será jamento financeiro do ciclo opera-
feita a prazo – a quantidade de cional e dos recursos necessários
parcelamentos varia de acordo com para financiá-lo.
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C I C L O D E C A P I TA L D E G I R O O P E R A C I O N A L
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5 RISCO E RETORNO
Como avaliar as situações de
risco de um negócio? Por que
um faturamento acima do
esperado pode causar
problemas à empresa?
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Exemplo
Suponha que o preço de um pro-
É importante notar que
duto seja 10 dólares, e a cotação
nenhuma empresa está
do dólar esteja de 1 para 1 – ou
imune ao risco. Em um
seja, 1 dólar equivale a 1 real.
mundo em constante
Portanto, o preço é 10 reais.
mutação tecnológica, a
Se o produto sofrer aumento de
dinâmica dos mercados
10%, passará a custar 11 dólares
desaparece da noite para
(10 dólares + 10%).
o dia, afetando até mesmo
Se a cotação do dólar também
as empresas consideradas
variar de 1 real para 1,10 real, o
mais sólidas, com séculos
valor do produto, em nossa moeda,
de reputação e estabilidade.
será de 12,10 reais (11 reais x 1,10
real). Repare que houve uma varia- previsibilidade de receitas. Elas
ção de 21% sobre seu valor origi- podem atingir esse patamar se
nal (10 reais), resultante da varia- forem as únicas de um mercado ou
ção do dólar sobre a variação, em se tiverem contratos de forneci-
dólares, no preço do produto. mento com seus clientes com cláu-
Portanto, empresas cuja política de sulas específicas de reajuste de pre-
preços é determinada por fatores ços, entre outros fatores.
externos à sua administração, sujei- No entanto, é importante notar
tos à oscilação do mercado, apre- que nenhuma empresa está imune
sentam um risco intrínseco natural- ao risco. Em um mundo em cons-
mente mais alto. tante mutação tecnológica, a dinâ-
mica dos mercados desaparece da
2. Menor grau de incerteza noite para o dia, afetando até
Empresas que apresentam maior mesmo as empresas consideradas
controle sobre seu faturamento mais sólidas, com séculos de repu-
têm, certamente, maior grau de tação e estabilidade.
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Volatilidade de custos
Assim como o empreendedor preci-
sa prestar atenção na avaliação do
risco implícito nos componentes de
preço de seus produtos, deve anali-
sar o comportamento do mercado
que determina os principais com-
ponentes de custo. Entre eles:
to commodity em um mercado
• matéria-prima; extremamente competitivo, em
• infra-estrutura de operação; que os preços são determinados
• salários. pela demanda de seus consumido-
res. Se a empresa comprar as maté-
• Matéria-prima rias-primas em um mercado con-
É ingrediente da cadeia produtiva, centrado nas mãos de poucos for-
portanto as regras que se aplicam à necedores, que estabelecem o
avaliação da volatilidade sobre os preço das matérias-primas, o risco
produtos vendidos pela empresa operacional será muito alto. Afinal,
são utilizadas na análise dos merca- a determinação de sua margem de
dos de seus fornecedores. contribuição será integralmente
Nesse caso, a empresa deve estar estabelecida por fatores externos à
preparada para repassar os reajus- sua administração.
tes de preços de seus clientes a Portanto, a solidez da diversidade
seus fornecedores, garantindo a de fornecedores é uma variável
margem de contribuição. importante na redução do risco do
negócio, porque diminui a volatili-
Exemplo dade nos preços das matérias-pri-
Imagine uma situação de risco mas e reduz os riscos de falta de
grave: a empresa vende seu produ- suprimento de produtos.
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1. Nível de endividamento
Quanto maior a dívida sobre
Para calcular a capacidade financei-
o patrimônio da empresa,
ra de uma empresa, analisa-se a
maior o risco do credor e,
proporção entre sua dívida total –
conseqüentemente, maior o
contraída com terceiros – e o mon-
custo do empréstimo.
tante de capital próprio, compro-
metido pelos empreendedores ou
Risco de crédito os donos do negócio.
O conceito de crédito relaciona-se O princípio dessa análise se baseia
à percepção de credibilidade. Em no fato de que, se o empreendi-
outras palavras, é a capacidade de mento apresentar uma geração de
uma empresa, um indivíduo ou um caixa negativa, as dívidas terão de
governo de honrar seus compro- ser honradas pelo capital do dono
missos firmados. da empresa.
Assim, a avaliação de crédito Portanto, quanto maior a dívida
concentra seus estudos na capaci- sobre o patrimônio da empresa,
dade financeira de a empresa maior o risco do credor e, conse-
pagar as amortizações e os juros qüentemente, maior o custo do
de suas respectivas obrigações empréstimo. É o que mostra o grá-
financeiras contraídas em emprésti- fico abaixo, que relaciona o custo
mos e financiamentos. do empréstimo e a dívida/patrimô-
A capacidade de crédito de qual- nio da empresa.
quer instituição se traduz por seu
fluxo de caixa positivo. Portanto,
os principais fatores que deverão
ser estudados na empresa são:
1. Nível de endividamento.
2. Capacidade de pagamento.
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Risco político-soberano
O chamado risco soberano
Após analisar todos os componen-
independe do ramo de
tes de risco que envolvem um
negócio ou do nível de
empreendimento e tomar as ações
alavancagem. Corresponde
cabíveis para reduzi-los de forma a
ao risco apresentado por
minimizar o risco global do negó-
decisões tomadas pelo
cio, descobre-se que ainda existe
governo de qualquer país.
um tipo de risco intangível.
O chamado risco soberano inde-
pende do ramo de negócio ou do Risco de força maior
nível de alavancagem. Além dos riscos mensuráveis, conse-
Corresponde ao risco apresentado qüência de ações humanas (gover-
por decisões tomadas pelo governo nantes, agentes do mercado ou os
de qualquer país no que diz respei- próprios administradores das
to à política econômica, monetária, empresas), existe aquele grupo de
cambial e fiscal, entre outras. risco que simplesmente não está
Essas medidas afetam todos os sob o controle humano. Resulta
empreendimentos e podem repre- do acaso e da própria ação da
sentar o fracasso absoluto de qual- natureza, como terremotos, fura-
quer negócio independentemente cões e tempestades.
de seu tamanho, solidez etc. A avaliação é efetuada por mode-
Portanto, países que apresentam los estatísticos extremamente com-
sistemas políticos estáveis, cujas plexos, utilizados principalmente
regras econômicas não mudam para verificar o efeito das variações
constantemente, são premiados climáticas sobre a produção agríco-
pelos empreendedores interna- la. No entanto, apesar da alta sofis-
cionais por representar regiões ticação dos modelos, as catástrofes
mais seguras para se montar naturais causam prejuízos à econo-
um empreendimento. mia de diversos países.
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RTE = Kf + Ke
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6 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Em termos financeiros, todo
O que significa avaliar uma
benefício a ser proporcionado pela
empresa? Em quais momentos
empresa é traduzido por sua capaci-
é preciso realizar a avaliação?
dade de geração de caixa futuro
Como calcular o valor total
subtraído do pagamento de dívidas
de um negócio?
e impostos.
De forma genérica, pode-se afirmar
A avaliação de um bem, um ativo, que toda riqueza gerada pela
um negócio ou uma empresa é uma empresa por meio da venda de seus
tentativa de expressar o quanto produtos – traduzida por sua gera-
vale, no momento presente, o obje- ção de caixa – será destinada:
to que está sendo avaliado.
Instintivamente, qualquer indivíduo, • ao pagamento de impostos;
ao avaliar determinado objeto, pro- • ao pagamento de suas dívidas
cura quantificar quais benefícios com terceiros;
presentes e futuros serão gerados • aos acionistas.
pelo fato de adquiri-lo. E, conse-
qüentemente, quanto está disposto
Destino da geração
a pagar para ser dono de tal objeto.
do caixa empresarial
O procedimento utilizado na avalia-
Imposto
ção empresarial parte do mesmo do governo
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Fatores decisivos
Como a capacidade de geração de
caixa é dada pelas características
operacionais típicas da empresa, os
objetivos do acionista são:
80
Balanço patrimonial
Ativos totais R$ 140,00 Passivos totais R$ 140,00
Ativo de curto prazo R$ 25,00 Passivo de curto prazo R$ 50,00
Contas a receber R$ 10,00 Fornecedores R$ 15,00
Estoques R$ 15,00 Dívidas R$ 15,00
Ativo de longo prazo R$ 65,00 Impostos R$ 10,00
Créditos R$ 25,00 Passivo de longo prazo R$ 25,00
Direitos R$ 35,00 Financiamentos R$ 35,00
Outros R$ 5,00 Patrimônio líquido R$ 55,00
Ativo fixo R$ 50,00 Capital R$ 25,00
Imóveis R$ 20,00 Reservas R$ 15,00
Investimentos R$ 30,00 Lucro acumulado R$ 15,00
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7 O CAIXA É REI
Para finalizar o tema finanças, Para analisar qualquer
tenha em mente que teorias, situação, utilize a análise
políticas e decisões financeiras fundamentalista, questione e,
são meios para atingir um fim se preciso, derrube os mitos.
maior: a missão empresarial. Na prática, nenhum problema
pode ser real se não passar
O estudo das finanças empresa- pelo teste do “e daí?”.
riais pode parecer bastante com-
plexo, repleto de fórmulas e
estruturas jurídicas complicadas. sociedade está disposta a
Porém, a base do raciocínio pagar por eles um preço superior
financeiro já faz parte do ser aos custos necessários para
humano e baseia-se no pensamen- sua elaboração.
to fundamentalista.
Apesar dos modelos complexos que • Foco na geração de caixa
são criados e de todas as novas A estabilidade financeira depende
teorias, o objetivo central das da existência de um caixa suficien-
finanças empresariais, tomando te para pagar os passivos. O valor
por base o fundamentalismo, é o de um empreendimento somente
de orientar as ações de uma em- apresenta taxa de crescimento
presa com os seguintes objetivos: positiva se a geração de caixa
é superavitária.
• Receita maior do que a despesa
Produtos, projetos, serviços, por • Ações para a criação de valor
mais nobres que sejam, só se Empreendedores tendem a alme-
materializam e se justificam se a jar projetos fantásticos ao mesmo
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SOBRE O AUTOR
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SAIBA MAIS
Administração Financeira. Jeff Madura e Lawrence J. Gitman, Editora
Pearson Brasil, 2003.
Administração Financeira. Louis C. Gapenski, Eugene F. Brigham e Michael
C. Ehrhardt, Editora Atlas, 2001.
Análise Financeira de Balanços. Dante C. Matarazzo, Editora Atlas, 2003.
Analysis for Financial Management. Robert C. Higgins, Editora McGraw-Hill
Professi, 2005.
Principles of Corporate Finance. Franklin Allen, Richard A. Brealey e
Stewart C. Myers, Editora McGraw-Hill Professi, 2005.
The Analysis and Use of Financial Statements. Awsinpaul C. Sondhi, Dov
Fried e Gerald I. White, Editora IE-Wiley, 2002.
Valuation – Measuring and Managing the Value of Companies. Tim Koller,
Marc Goedhart e David Wessels, Editora John Wiley, 2005.
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EDITORES
Domingo Alzugaray
Cátia Alzugaray
DIRETOR EXECUTIVO
Carlos Alzugaray
COLEÇÃO
GESTÃO EMPRESARIAL
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