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1. O documento descreve um experimento de cromatografia líquida para determinar níveis de hormônios em amostras sintéticas.
2. Foi usada cromatografia líquida de alta eficiência para separar e quantificar estrona, estradiol, estriol e 17α-etinilestradiol em duas amostras.
3. Os resultados das amostras serão usados para construir curvas de calibração e quantificar os níveis de hormônios presentes.
1. O documento descreve um experimento de cromatografia líquida para determinar níveis de hormônios em amostras sintéticas.
2. Foi usada cromatografia líquida de alta eficiência para separar e quantificar estrona, estradiol, estriol e 17α-etinilestradiol em duas amostras.
3. Os resultados das amostras serão usados para construir curvas de calibração e quantificar os níveis de hormônios presentes.
1. O documento descreve um experimento de cromatografia líquida para determinar níveis de hormônios em amostras sintéticas.
2. Foi usada cromatografia líquida de alta eficiência para separar e quantificar estrona, estradiol, estriol e 17α-etinilestradiol em duas amostras.
3. Os resultados das amostras serão usados para construir curvas de calibração e quantificar os níveis de hormônios presentes.
1.1 Contaminantes emergentes O desenvolvimento da vida em nosso planeta est ligado utilizao dos recursos hdricos, em especial a gua doce, porm este um recurso escasso. Segundo Baird e Cann (2004), apenas 3% da gua disponvel no planeta considerada doce, com o agravante de que deste total, trs quartos esto nas geleiras e calotas polares, tornando os rios e lagos as principais fontes de gua disponveis, oferecendo apenas 0,1% do suprimento total de gua doce. Segundo Sperling (1996) a reserva hdrica disponvel para a humanidade agrega diversos usos, como o abastecimento pblico, abastecimento industrial, irrigao, dessedentao de animais, aquicultura, preservao da flora e fauna, recreao e lazer, harmonia paisagstica, gerao de energia eltrica, navegao e diluio de despejos. Dentro do papel que a gua exerce na sociedade a presena de contaminao de origem qumica e agrotxica e seus efeitos ambientais devem ser monitorados para evitar elevados nveis txicos, segundo Fernandes (2011) outros contaminantes, at ento negligenciados, vm chamando a ateno da comunidade cientfica, sendo denominados contaminantes emergentes (CE). Estes contaminantes so compostos normalmente utilizados em atividades dirias, sendo metabolizados e excretados, entrando em contato com os corpos hdricos, os CE so produtos novos, desta forma no possuem regulamentao jurdica nem avaliaes sobre o efeito toxico junto ao meio ambiente. Fernandes (2011) menciona ainda que os CE podem mesmo em pequena quantidade interferir no sitema endcrino humano e de outros animais, afetando a sade, o crescimento e a reproduo dos mesmo, sendo conhecidos como interferentes endcrinos (IE). Dentre este IE, podemos citar a estrona (E1), estradiol (E2), estriol (E3) e o 17 -etinilestradiol (EE2), com as suas respectivas estruturas apresentadas na Fig01.
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Fig01 Estrutura da estrona, estradiol, estriol e o 17 -etinilestradiol
Dentro do exposto a prtica de cromatografia foi realizada utilizando duas amostras sintticas, contendo os hormnios E1, E2, E3 e o EE2.
1.2 Cromatografia A tcnica analtica empregada na execuo da aula pratica na determinao dos hormnios, foi a da cromatografia, sendo definida por Skoog (2010) como uma tcnica na qual os componentes de uma mistura so separados com base nas diferenas de velocidade nas quais so transportados atravs de uma fase fixa estacionria por uma fase mvel liquida ou gasosa. A classificao geral desta tcnica baseada na natureza da fase mvel, sendo caracterizada como liquida, gasosa e supercrtica, Segundo Vogel (2002) a cromatografia liquida de alta eficincia mais verstil do que a cromatografia com fase gasosa porque ela no esta limitada a amostras volteis e termicamente estveis e tambm devido escolha de fases moveis e estacionaria mais ampla. A cromatografia liquida apresenta caracterstica de alto poder de resoluo, separao rpida, monitoramento continua do eluente, medidas quantitativas acuradas, 5
analise repetitivas e reprodutveis com a mesma coluna e automao do procedimento analtico e do manuseio de dados. Para a determinao dos hormnios presentes nas amostras sintticas de numero 1 e 8, foi aplicada a cromatografia liquida de alta eficincia (CLAE). Os principais componentes presentes em um sistema de CLAE esta representada na Fig02. Fig 02 Diagrama demonstrando os componentes tpicos de um sitema CLAE.
No diagrama mostrado podemos verificar a presena de reservatrios, contendo os solventes que representam a fase mvel da cromatografia liquida. Durante o processo de eluio, caso seja aplicado apenas um solvente de composio constante, teremos uma eluio isocrtica, caso acha a aplicao de uma mistura de solventes com concentraes variando em funo do tempo, teremos uma eluio por gradiente, sendo muito empregada por melhorar a eficincia da separao na amostra. As colunas aplicadas na cromatografia apresentam um recheio com partculas na faixa de 3 e 10 m, onde segundo Skoog (2010), o tipo mais comum de recheio para a cromatografia lquida preparado a partir de partculas de slica, as quais so sintetizadas aglomerando-se partculas de slica de tamanho submicromtrico sob condies que levam formao de partculas maiores com dimetros altamente uniformes. 6
Os detectores mais amplamente empregados em cromatografia lquida so baseados na absoro da radiao ultravioleta ou visvel. Os fotmetros e os espectrofotmetros projetados especificamente para uso com colunas cromatogrficas esto disponveis comercialmente. Os instrumentos modernos usam arranjos lineares de fotodiodos que podem adquirir um espectro completo medida que o analito deixa a coluna (SKOOG, 2010).
2. Objetivos Determinar as concentraes dos hormnios E1, E2, E3 e EE2 presentes nas amostras sintticas 01 e 08. Propiciar uma aprendizagem aos alunos da disciplina de introduo aos mtodos instrumentais experimentais, sobre a tcnica de cromatografia liquida.
3.2 Procedimentos experimentais * Os resultados referentes leitura dos padres para a construo da curva analtica j haviam sido realizados, devido ao tempo excessivo necessrio para a sua obteno, e os valores disponibilizados para a turma. - o equipamento encontrava-se ligado e com a passagem da soluo de acetonitrila; - foram escolhidas as amostras sintticas de numero 01 e 08 para serem analisadas; 7
- inicialmente foi inserida a amostra 01 no equipamento com o auxilio de uma seringa, em volume de microlitros; - o equipamento estava configurado para realizar a eluio seguindo as especificaes: - 15 % de acetonitrila durante os 03 minutos iniciais; - realizar a eluio utilizando um gradiente de 15 50 % de acetonitrila durante o intervalo de 3 a 8 minutos; - trabalhar com 50% de acetonitrila no intervalo de 8 a 14 minutos. - 100% de acetonitrila durante um intervalo de 14 a 16 minutos, com a inteno de limpar o sistema para a prxima amostra. - Durante o processo o equipamento demonstrava o sinal analtico obtido, com a utilizao de um Arranjo de diodos (DAD); - aps o perodo de limpeza da coluna, o processo foi repetido inserindo a amostra 08; - os resultados obtidos esto apresentados na tabela 02.
4 Resultados e Discusso
4.1 Curvas analticas As curvas analticas destinadas aos compostos E1, E2, E3 e EE2 foram construdas aplicando um total de 13 padres, com concentrao variando de 4 a 10 ppm. Os valores foram fornecidos ao grupo, de acordo com os dados demonstrados no quadro 1.
Partindo dos dados da tabela foram construdas as curvas analticas para cada um dos compostos e representadas nos grficos (graf01, graf02, graf03 e graf04). Em cada uma das curvas foi determinadas as suas equaes e seu respectivo R 2 , aplicando o mtodo dos mnimos quadrados.
y = 0.1687x - 0.0632 R = 0.9975 0.000 0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 0 2 4 6 8 10 12 E2 E2 Linear (E2) y = 0.1703x - 0.1178 R = 0.996 0.000 0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 0 2 4 6 8 10 12 E3 E3 Linear (E3) 10
Graf04 curva analtica para o composto 17 -etinilestradiol
4.2 Cromatogramas A passagem das amostras pelo cromatografo gerou uma resposta analtica na forma de grfico, definida de cromatograma, representada nos graf05 (amostra 01) e graf06 (amostra 08). Graf05 cromatograma da amostra sinttica 01
y = 0.1406x - 0.0231 R = 0.9955 0.000 0.200 0.400 0.600 0.800 1.000 1.200 1.400 1.600 0 2 4 6 8 10 12 EE2 EE2 Linear (EE2) 11
Graf06 cromatograma da amostra sinttica 08
A presena de diversos picos representados no cromatograma possibilita a identificao dos componentes presentes na amostra, onde o pico obtido reflete a deteco do analito pelo detector do equipamento. Desta forma a rea dos picos em funo do tempo, pode ser aplicada na identificao e quantificao dos componentes presentes na amostra analisada. Para a determinao da quantidade dos analitos presente nas amostras foi necessrio correlacionar o valor da rea do pico presente no cromatograma com os obtidos na curva analtica, desta forma foram obtidas pelo equipamento os valores apresentados na tabela02.
Tabela02 resultados da rea dos picos obtidos na cromatografia E1 E2 E3 EE2 Amostra 1 rea 0,8744 0,832 0,6327 0,7235 Amostra 8 rea 1,0642 1,1684 1,1671 1,2858
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A obteno quantitativa dos analitos esta relacionada com a aplicao das equaes da reta presentes nas curvas analticas (graf01, graf02, graf03 e graf04), considerando os valores de y como os da rea do pico referente a cada analito, obtendo assim o valor de x como a concentrao procurada (tabela03).
Tabela02 resultados da rea dos picos obtidos na cromatografia
Observando os resultados apresentados na tabela02, verificamos que as concentraes encontradas dos analitos presentes nas amostra 01 e 08 apresentaram valores prximos ao esperado (valor real), com exceo dos valores para o analito E3, tanto na amostra 01 como para a 08. Avaliando os cromatogramas presentes nos graf05 e graf06, podemos identificar os picos reverentes aos analitos em estudo, e observar que para o analito E3 o pico presente no cromatograma apresenta uma sobreposio, e que interfere diretamente no valor da sua rea, acarretando uma variao no clculo da sua concentrao aplicando a curva analtica.
5 Concluses Com os dados expostos conclui-se que a cromatografia lquida pode ser aplicada na quantificao dos contaminantes emergentes, relacionado aos interferentes endcrinos. Devemos destacar que dentro das configuraes aplicadas na anlise das amostras sintticas, a determinao do analito E3 apresentou uma sobreposio no sinal presente no cromatograma, o que corrobora com a divergncia encontrada em relao ao seu valor real, indicando que a anlise nas configuraes escolhidas no E1 Valor Real E2 Valor Real E3 Valor Real EE2 Valor Real Amostra 1 ppm 5,3097 5,300 5,3064 5,300 4,043 5,300 5,3101 5,300 Amostra 8 ppm 6,3034 6,300 7,3005 7,300 7,5449 8,300 9,3094 9,300 13
pode ser aplicada na quantificao do E3 (estriol), mas pode ser aplicada na determinao dos demais analitos (E1, E2 e EE2).
Referencias Bibliogrficas
BAIRD, C.; CANN, M.; Qumica ambiental. 4.ed. Porto Alegre. Bookman, 2004. . SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de Qumica Analtica, Traduo da 8 Edio norte-americana. Ed. Cencage Learning. 2010.
SPERLING, M. S. Introduo qualidade das guas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte. UFMG. 2.ed. 1996. VOGEL, Anlise Qumica Quantitativa. Rio de Janeiro. LTC Livros Tcnicos e Cientficos, 6 ed. 2002
FERNANDES, A. N. E. et. al. Remoo Dos Hormnios 17b-Estradiol E 17a- Etinilestradiol De Solues Aquosas Empregando Turfa Decomposta Como Material Adsorvente. Qumica Nova , v.34, n.9. p.1526-1533, 2011.